Foi uma final com cara de semifinal. Fato! No início, parecia que iria para uns 4 a 5 disputadíssimos sets, mas não foi o que aconteceu. O sérvio e piadista (vejam o vídeo dele no Youtube) Novak Djokovic não deu chance para o escocês Andy Murray respirar e a vitória foi mais do que merecida. Ainda mais depois de ter atropelado o Federer na semi.
Mas o ponto principal, para nós, que estamos acompanhando o esporte neste verão australiano, e vendo a humilhação que a Austrália vem sofrendo para a Inglaterra/Grã Betrenha, principalmente após a Ashes Series de cricket, é saber que finalmente os bretões/pomes/whatever não comemoraram mais um título por aqui.
É verdade! Andy Murray, discípulo da Rainha e grande tenista - em breve estará entre os dois primeiros do mundo -, felizmente perdeu em solo australiano. Vendo o Djokovic vencendo no Channel 7 e a seleção australiana de cricket finalmente vencendo a Inglaterra no Channel 9, tudo o que tenho a dizer é... ufa! Um respiro nesse verão britânico de humilhação.
Quarta-feira estarei no Sydney Cricket Ground, mas o principal agora é que, findados o tênis e o cricket, que venha o rugby...
domingo, 30 de janeiro de 2011
sábado, 29 de janeiro de 2011
Obrigado, Kim!!!
Após três anos estudando em Chinatown; desde quinta ouvindo as entrevistas da tenista chinesa, Na Li; e vendo as atitudes dela a partir do momento em que começou a perder a partida de hoje - incluindo a patética reclamação sobre o flash -, só tenho uma coisa a dizer: parabéns e obrigado, Kim Clijster, grande tenista, mãe e a cara da minha amiga Denise - sem contar que a Austrália te ama!
Amanhã? Go Djokovic!
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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Sunshine Cup - A Day to Raise Hope and Money for QLD and Rio
Estudo mostra que 39.3% das boas ideias nascem no bar, 31.1% no banheiro, 12.4% na cozinha, 4.2% no alto da montanha, 3.6% com o pé na areia e 0.81% naqueles lugares que costumamos chamar de escritório. Brancos e indecisos correspondem ao que falta para completar 100%.
Com a Sunshine Cup - A Day to Raise Hope and Money for QLD and Rio não foi diferente. Em um domingo qualquer de Sydney, há poucas semanas, estava com os amigos Gel Freire, presidente dos Canarinhos, e Nélio Borges, ex-jogador de futebol profissional - o homem, a lenda -, conversando sobre o de sempre, quando o assunto partiu para Queensland e Rio de Janeiro.
Era o auge da desgraça nos dois estados e começamos a pensar o que poderíamos fazer para ajudar. Em Queensland, bastava uma ligação ou transferência, e o dinheiro já estava na conta. No Rio, era mais complicado, pois naquele momento alimentos e produtos de higiene eram muito mais urgentes do que qualquer quantia, e a distância nos impossibilitava de fazer qualquer doação.
Como estávamos no glorioso Charing Cross, fomos inspirados pela graça do pub (e por jarras e mais jarras de Carlton/Tooheys), e ali nasceu a ideia dos Canarinhos organizarem um campeonato nos moldes da Les Murray Cup, sucesso absoluto no final do ano passado com times de 7 jogadores e partidas de 2 tempos de 20 minutos, mas com algumas peculiaridades.
A primeira: cobertos os custos do Sydney Brazilian Social Club, os Canarinhos, metade do lucro vai para as vítimas de Queensland, metade para as vítimas do Rio de Janeiro. Ponto!
Serão 12 times, sendo que cada um representará uma região atingida e deverá ser adquirido por um patrocinador. Ou seja, a empresa compra a cota de $250 e, após sorteio, terá algo como Academies Australasia/Nova Friburgo, Soccer Brasil/Toowoomba, Bradesco/Rio de Janeiro e Coca-Cola/Brisbane.
Se não deseja ter um time no torneio, mas quer ajudar a viabilizá-lo entrando como patrocinador/doador, a cota é $350.
Por ora, 8 empresas já adquiriram seus times, restando apenas 4 vagas. Portanto, se você tem interesse em participar e, principalmente, ajudar, entre em contato com o Rodrigo Faria através do telefone 0410 272 714. A data do torneio é 27 de março. Participem!
Depois da tempestade, vem a bonança. Mas no meio tempo, tem muito trabalho. Segue canção para inspirar!
Com a Sunshine Cup - A Day to Raise Hope and Money for QLD and Rio não foi diferente. Em um domingo qualquer de Sydney, há poucas semanas, estava com os amigos Gel Freire, presidente dos Canarinhos, e Nélio Borges, ex-jogador de futebol profissional - o homem, a lenda -, conversando sobre o de sempre, quando o assunto partiu para Queensland e Rio de Janeiro.
Era o auge da desgraça nos dois estados e começamos a pensar o que poderíamos fazer para ajudar. Em Queensland, bastava uma ligação ou transferência, e o dinheiro já estava na conta. No Rio, era mais complicado, pois naquele momento alimentos e produtos de higiene eram muito mais urgentes do que qualquer quantia, e a distância nos impossibilitava de fazer qualquer doação.
Como estávamos no glorioso Charing Cross, fomos inspirados pela graça do pub (e por jarras e mais jarras de Carlton/Tooheys), e ali nasceu a ideia dos Canarinhos organizarem um campeonato nos moldes da Les Murray Cup, sucesso absoluto no final do ano passado com times de 7 jogadores e partidas de 2 tempos de 20 minutos, mas com algumas peculiaridades.
A primeira: cobertos os custos do Sydney Brazilian Social Club, os Canarinhos, metade do lucro vai para as vítimas de Queensland, metade para as vítimas do Rio de Janeiro. Ponto!
Serão 12 times, sendo que cada um representará uma região atingida e deverá ser adquirido por um patrocinador. Ou seja, a empresa compra a cota de $250 e, após sorteio, terá algo como Academies Australasia/Nova Friburgo, Soccer Brasil/Toowoomba, Bradesco/Rio de Janeiro e Coca-Cola/Brisbane.
Se não deseja ter um time no torneio, mas quer ajudar a viabilizá-lo entrando como patrocinador/doador, a cota é $350.
Por ora, 8 empresas já adquiriram seus times, restando apenas 4 vagas. Portanto, se você tem interesse em participar e, principalmente, ajudar, entre em contato com o Rodrigo Faria através do telefone 0410 272 714. A data do torneio é 27 de março. Participem!
Depois da tempestade, vem a bonança. Mas no meio tempo, tem muito trabalho. Segue canção para inspirar!
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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Australian Open em Bondi e Forró de luxo
Essa derrota doeu! Após vencer o primeiro set e dominar quase por inteiro o segundo, Caroline Wozniacki, a dinamarquesa número 2 do mundo, acaba de tomar uma incrível virada da chinesinha da SBTA, Li, e está fora da final. Uma pena!
Mas fica o convite para a Carol vir à Bondi Beach entre hoje à noite e domingo para acompanhar os capítulos finais do Australian Open 2011 no telão 6 x 4 instalado na praia. Sim! Sapecaram uma tela grande na altura da Hall Street, montaram um bar patrocinado pela Jacob's Creek e pela Heineken e é o que chamamos de paraíso. Não precisa nem pagar! Basta chegar, sentar, torcer, beber e assistir.
Foto da Fabi Almeida, miss Skate-Bondi 2008/09
Eu, um xavante-dinamarco, faço o convite diretamente: Caroline Wozniacki, hvis du ønsker at se finalen ved siden af mig, er mere end velkommen (vantagens de ter uma flatmate finlandesa).
Neste exato momento, começa a segunda semifinal feminina, envolvendo a belga que não está grávida Kim Clijster e a russa dos olhos biônicos Vera Zvonareva. Jogo pra 3 sets também. Sou Clijster!
A partir das 19h30, Djokovic e Federer fazem a primeira semifinal masculina. Federer é franco favorito, mas algo me diz que o sérvio vai aprontar pra cima dele. Independentemente, jogo para mínimo de 4 sets.
Aos que não estão nem aí para o tênis, além do meu pesar, deixo também duas dicas.
A primeira, conforme falei na semana passada, é o forró de luxo que rola hoje à noite no Hugo's. A coisa é simples: entrada grátis, cerveja a $5, pizza a $5 (é uma das melhores pizzas da cidade) e uma das maiores concentrações de gatas do planeta. Mas para curtir tudo isso, você precisará deixar o boné, a regata, a corrente de prata, a bermuda irada, a camiseta também irada e o chinelo no armário, caso contrário, não entra, mesmo sendo amigo da banda Faiscada, que tocará ao vivo, do Jarbas, do Guilherme, do Rafa...
Caso o forró não seja a sua praia, bem-vindo ao meu mundo. Ops, não era isso o que eu queria dizer. O fato é, também hoje, das 20h às 23h30, o músico Oscar Jimenez, nosso brother colombiano da banda Watussi, toca no Venue 505 (280 Cleveland St.), em Surry Hills, acompanhado de um quarteto com baixo, percussão, batera e piano. Jazzeira latina da melhor qualidade! Entrada $15.
PS: Se você passar por Bondi, por favor, tira uma foto da área do tênis e envia para eu publicar no blog (com os devidos créditos, claro). Grato (pablonacer@terra.com.br)!
Mas fica o convite para a Carol vir à Bondi Beach entre hoje à noite e domingo para acompanhar os capítulos finais do Australian Open 2011 no telão 6 x 4 instalado na praia. Sim! Sapecaram uma tela grande na altura da Hall Street, montaram um bar patrocinado pela Jacob's Creek e pela Heineken e é o que chamamos de paraíso. Não precisa nem pagar! Basta chegar, sentar, torcer, beber e assistir.
Foto da Fabi Almeida, miss Skate-Bondi 2008/09
Eu, um xavante-dinamarco, faço o convite diretamente: Caroline Wozniacki, hvis du ønsker at se finalen ved siden af mig, er mere end velkommen (vantagens de ter uma flatmate finlandesa).
Neste exato momento, começa a segunda semifinal feminina, envolvendo a belga que não está grávida Kim Clijster e a russa dos olhos biônicos Vera Zvonareva. Jogo pra 3 sets também. Sou Clijster!
A partir das 19h30, Djokovic e Federer fazem a primeira semifinal masculina. Federer é franco favorito, mas algo me diz que o sérvio vai aprontar pra cima dele. Independentemente, jogo para mínimo de 4 sets.
Aos que não estão nem aí para o tênis, além do meu pesar, deixo também duas dicas.
A primeira, conforme falei na semana passada, é o forró de luxo que rola hoje à noite no Hugo's. A coisa é simples: entrada grátis, cerveja a $5, pizza a $5 (é uma das melhores pizzas da cidade) e uma das maiores concentrações de gatas do planeta. Mas para curtir tudo isso, você precisará deixar o boné, a regata, a corrente de prata, a bermuda irada, a camiseta também irada e o chinelo no armário, caso contrário, não entra, mesmo sendo amigo da banda Faiscada, que tocará ao vivo, do Jarbas, do Guilherme, do Rafa...
Caso o forró não seja a sua praia, bem-vindo ao meu mundo. Ops, não era isso o que eu queria dizer. O fato é, também hoje, das 20h às 23h30, o músico Oscar Jimenez, nosso brother colombiano da banda Watussi, toca no Venue 505 (280 Cleveland St.), em Surry Hills, acompanhado de um quarteto com baixo, percussão, batera e piano. Jazzeira latina da melhor qualidade! Entrada $15.
PS: Se você passar por Bondi, por favor, tira uma foto da área do tênis e envia para eu publicar no blog (com os devidos créditos, claro). Grato (pablonacer@terra.com.br)!
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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Rafael Nadal e o espírito esportivo
Quando era moleque, eu amava esporte. Hoje adoro, gosto muito, tenho o esporte como algo fundamental para as nossas vidas, mas o esporte que praticamos.
O profissional, aquele de alto nível que vemos na tv, pagamos para ir ao estádio e envolve bilhões de dólares, gosto, acompanho como torcedor-espectador, como jornalista, porém, há anos não acredito no "espírito esportivo".
Esse, pra mim, foi exorcizado na medida em que o profissionalismo/dinheiro foi dominando a partir dos, digamos, anos 1980. Não estou dizendo que é errado, longe disso, esporte é um produto e, como tal, empresas, atletas, jornalistas e tantos outros precisam faturar, e bilhões querem consumir. Este é o mundo em que vivemos.
Mas agora a pouco, vendo o Rafael Nadal perder para o compatriota David Ferrer, foi simplesmente sensacional. Dizer que ele lutou até o fim é exagero, mas que ele jogou até o final respeitando o adversário, o público na arena, em casa, os patrocinadores, a televisão, o país dele e o esporte, é a mais pura verdade.
Nadal deixou o Australian Open nas quartas, mas com a cabeça erguida. Que sirva de exemplo para tantos afinões e melindrosos que têm por aí, e é torcer para a lesão não ser tão grave!
O profissional, aquele de alto nível que vemos na tv, pagamos para ir ao estádio e envolve bilhões de dólares, gosto, acompanho como torcedor-espectador, como jornalista, porém, há anos não acredito no "espírito esportivo".
Esse, pra mim, foi exorcizado na medida em que o profissionalismo/dinheiro foi dominando a partir dos, digamos, anos 1980. Não estou dizendo que é errado, longe disso, esporte é um produto e, como tal, empresas, atletas, jornalistas e tantos outros precisam faturar, e bilhões querem consumir. Este é o mundo em que vivemos.
Mas agora a pouco, vendo o Rafael Nadal perder para o compatriota David Ferrer, foi simplesmente sensacional. Dizer que ele lutou até o fim é exagero, mas que ele jogou até o final respeitando o adversário, o público na arena, em casa, os patrocinadores, a televisão, o país dele e o esporte, é a mais pura verdade.
Nadal deixou o Australian Open nas quartas, mas com a cabeça erguida. Que sirva de exemplo para tantos afinões e melindrosos que têm por aí, e é torcer para a lesão não ser tão grave!
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Australia Day - República e Bandeira
Se você não sabe o que se comemora hoje na Austrália, clique aqui e descubra a origem deste porre cívico. Como é o meu quarto Australia Day, precisamos seguir em frente.
Conforme predito no blog, em 15 de maio de 2010, Jessica Watson, a Amyr Klink de saias, a pessoa mais jovem do mundo a circunavegar o planeta sozinha, sem parar, sem os pais e sem assistência, foi escolhida Young Australian of the Year. No referido post, escrevi que ela seria apontada Australian of the Year de 2011, portanto, bateu na trave.
Todo ano, durante as celebrações, são nomeados o australiano do ano, o mais jovem australiano do ano, o veterano, o herói local, o melhor imitador de canguru, essas coisas. Na foto acima, Jessica fez até biquinho ao posar ao lado do empreendedor e filantrópico Simon McKeon, o grande vencedor de 2011.
Historicamente, o Australia Day sempre traz algum assunto relevante ou polêmica à tona. Neste ano, os temas da vez são república e bandeira. A primeira foi levatada pelo apresentador de tv britânico Michael Parkinson, que discursou a convite do Australia Day Council of NSW, na última segunda-feira, e questionou se a Austráia não deveria se tornar uma república assim que a Rainha Elezabeth morrer ou abdicar do trono. A discussão está no ar e hoje cedo, no rádio, ouvi um ótimo texto de um acadêmico durante um fórum chamado Yes we’re still a monarchy but it’s not my fault.
Quanto à bandeira, o assunto já está pegando fogo. Quize Australians of the Year escolhidos desde os anos 1960 declararam ontem serem a favor de uma nova bandeira para o país. Isso mesmo! Existe uma organização chamada Ausflag, que luta pela adoção de uma bandeira "verdadeiramente australiana", refletindo muito mais valores genuinamente australianos do que a atual. E esta mudança também iria na direção da adoção da república. Abaixo, é só uma ilustração, e não uma sugestão, baseada na bandeira aborígene e no principal símbolo do país.
Polêmicas à parte, o país amanheceu hoje com duas boas notícias. A primeira veio do Catar, com a seleção australiana de futebol goleando o Uzbequistão por 6 a 0, pela semi-final da Asian Cup, e classificando-se pela primeira vez para a final (é a segunda participação da Austrália no torneio). Os Socceroos disputarão a grande final na madrugada de sábado para domingo, contra o Japão.
E de Hollywood, três atores australianos foram indicados ao Oscar 2011. São eles: Jacki Weaver (melhor atriz coadjuvante por Animal Kingdom), Nicole Kidman (melhor atriz por Rabbit Hole) e Geoffrey Rush (melhor ator coadjuvante por The King's Speech).
Happy Australia Day!
Conforme predito no blog, em 15 de maio de 2010, Jessica Watson, a Amyr Klink de saias, a pessoa mais jovem do mundo a circunavegar o planeta sozinha, sem parar, sem os pais e sem assistência, foi escolhida Young Australian of the Year. No referido post, escrevi que ela seria apontada Australian of the Year de 2011, portanto, bateu na trave.
Todo ano, durante as celebrações, são nomeados o australiano do ano, o mais jovem australiano do ano, o veterano, o herói local, o melhor imitador de canguru, essas coisas. Na foto acima, Jessica fez até biquinho ao posar ao lado do empreendedor e filantrópico Simon McKeon, o grande vencedor de 2011.
Historicamente, o Australia Day sempre traz algum assunto relevante ou polêmica à tona. Neste ano, os temas da vez são república e bandeira. A primeira foi levatada pelo apresentador de tv britânico Michael Parkinson, que discursou a convite do Australia Day Council of NSW, na última segunda-feira, e questionou se a Austráia não deveria se tornar uma república assim que a Rainha Elezabeth morrer ou abdicar do trono. A discussão está no ar e hoje cedo, no rádio, ouvi um ótimo texto de um acadêmico durante um fórum chamado Yes we’re still a monarchy but it’s not my fault.
Quanto à bandeira, o assunto já está pegando fogo. Quize Australians of the Year escolhidos desde os anos 1960 declararam ontem serem a favor de uma nova bandeira para o país. Isso mesmo! Existe uma organização chamada Ausflag, que luta pela adoção de uma bandeira "verdadeiramente australiana", refletindo muito mais valores genuinamente australianos do que a atual. E esta mudança também iria na direção da adoção da república. Abaixo, é só uma ilustração, e não uma sugestão, baseada na bandeira aborígene e no principal símbolo do país.
Polêmicas à parte, o país amanheceu hoje com duas boas notícias. A primeira veio do Catar, com a seleção australiana de futebol goleando o Uzbequistão por 6 a 0, pela semi-final da Asian Cup, e classificando-se pela primeira vez para a final (é a segunda participação da Austrália no torneio). Os Socceroos disputarão a grande final na madrugada de sábado para domingo, contra o Japão.
E de Hollywood, três atores australianos foram indicados ao Oscar 2011. São eles: Jacki Weaver (melhor atriz coadjuvante por Animal Kingdom), Nicole Kidman (melhor atriz por Rabbit Hole) e Geoffrey Rush (melhor ator coadjuvante por The King's Speech).
Happy Australia Day!
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terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Eu te amo São Paulo - por Paulo Bomfim
Não conheço ninguém que ame mais a cidade de São Paulo do que o poeta Paulo Bomfim, amigo da família a quatro gerações. Quando nasci, no estado de São Paulo, na cidade de São Paulo, na Maternidade São Paulo, de pai, avô e bisavô são-paulinos, recebi de boas-vindas um poema do poeta. Vinte e sete anos depois, ao lançar o meu primeiro livro, foi ele quem escreveu o prefácio e eternizou minha bisavó Maria, minha avó Maria Manucha e minha mãe Ana Maria, todas paulistanas com muito orgulho, referindo-se como "a fascinante constelação das Três Marias". E é com uma de suas crônicas mais conhecidas, que deixo minha homenagem aos 457 anos de São Paulo. Obrigado, Paulo – eu te amo São Paulo!
Eu te amo São Paulo
por Paulo Bomfim
E é com uma de suas crônicas mais famosas sobre a cidade, que faço a minha homenagem aos
Eu te amo São Paulo, em teu mistério de chão antigo, em teu delírio de cidades novas; e porque teus cafezais correm por meu sangue e tuas indústrias aquecem o ritmo de meus músculos; pela saga de meus mortos que vêm voltando lá do sertão, pela presença dos que partiram, pela esperança dos que vêm vindo – eu te amo São Paulo!
Em teu passado em mim presente, em teus heróis sangrando rumos, em teus mártires santificados pela liberdade, em teus poetas e em teu povo de tantas raças, tão brasileiro e universal – eu te amo São Paulo!
Pela rosa dos ventos do sertão, pelas fazendas avoengas, pelas cidades ancestrais, pelas ruas da infância, pelos caminhos do amor – eu te amo São Paulo!
Na hora das traições, quando tantos se erguem contra ti, no instante das emboscadas, quando novos punhais se voltam contra teu destino – eu te amo São Paulo!
Pelo crime de seres bom, pelo pecado de tua grandeza, pela loucura de teu progresso, pela chama de tua história – eu te amo São Paulo!
Desfazendo-me em terra roxa, transformando-me em terra rubra, despencando nas corredeiras do meu Tietê, rolando manso nas águas santas do Paraíba, vivendo em pedra o meu destino nos contrafortes da Mantiqueira, salgando pranto, dor e alegria na areia branca de nossas praias, na marcha firme dos cafezais, nas lanças verdes do canavial, no tom neblina deste algodão, na prece de nossos templos, no calor da mocidade, na voz de nossas indústrias, na paz dos que adormeceram – eu te amo São Paulo!
Por isso, enquanto viver, por onde andar, levarei teu nome pulsando forte no coração, e quando esse coração parar bruscamente de bater, que eu retorne à terra donde vim, à terra que me formou, à terra onde meus mortos me esperam há séculos; por epitáfio, escrevam apenas sobre meu silêncio, minha primeira e eterna confissão: – EU TE AMO SÃO PAULO!
Eu te amo São Paulo
por Paulo Bomfim
E é com uma de suas crônicas mais famosas sobre a cidade, que faço a minha homenagem aos
Eu te amo São Paulo, em teu mistério de chão antigo, em teu delírio de cidades novas; e porque teus cafezais correm por meu sangue e tuas indústrias aquecem o ritmo de meus músculos; pela saga de meus mortos que vêm voltando lá do sertão, pela presença dos que partiram, pela esperança dos que vêm vindo – eu te amo São Paulo!
Em teu passado em mim presente, em teus heróis sangrando rumos, em teus mártires santificados pela liberdade, em teus poetas e em teu povo de tantas raças, tão brasileiro e universal – eu te amo São Paulo!
Pela rosa dos ventos do sertão, pelas fazendas avoengas, pelas cidades ancestrais, pelas ruas da infância, pelos caminhos do amor – eu te amo São Paulo!
Na hora das traições, quando tantos se erguem contra ti, no instante das emboscadas, quando novos punhais se voltam contra teu destino – eu te amo São Paulo!
Pelo crime de seres bom, pelo pecado de tua grandeza, pela loucura de teu progresso, pela chama de tua história – eu te amo São Paulo!
Desfazendo-me em terra roxa, transformando-me em terra rubra, despencando nas corredeiras do meu Tietê, rolando manso nas águas santas do Paraíba, vivendo em pedra o meu destino nos contrafortes da Mantiqueira, salgando pranto, dor e alegria na areia branca de nossas praias, na marcha firme dos cafezais, nas lanças verdes do canavial, no tom neblina deste algodão, na prece de nossos templos, no calor da mocidade, na voz de nossas indústrias, na paz dos que adormeceram – eu te amo São Paulo!
Por isso, enquanto viver, por onde andar, levarei teu nome pulsando forte no coração, e quando esse coração parar bruscamente de bater, que eu retorne à terra donde vim, à terra que me formou, à terra onde meus mortos me esperam há séculos; por epitáfio, escrevam apenas sobre meu silêncio, minha primeira e eterna confissão: – EU TE AMO SÃO PAULO!
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