E já que o assunto é Bondi, essa aconteceu na porta de casa. Como não se tratava de integrante de banda, registrei.
Na primeira chapa, temos dois simpáticos veículos estacionados. Normal.
Na segunda chapa, notamos que há algo colado no vidro da frente do Hyundai. O que será perguntariam os mais curiosos.
Numa aproximação do veículo, vemos que de fato foi colocado um bilhete de maneira bem grosseira, uma vez que os quatro pedaços de fita crepe estão mal e porcamente cortados e colados, sem a menor simetria ou senso estético, o que nos leva a concluir que o acabamento da peça certamente não era prioritário na ocasião - nos remetendo, então, ao conteúdo.
Assim, num trabalho de extrema perícia jornalística e correndo riscos, tamanha gravidade da situação, consegui registrar a mensagem do bilhete, esclarecendo de vez o que levou um ser humano em pleno final de tarde de uma ensolarada terça-feira de verão a digitar um bilhete no computador, imprimi-lo às pressas e colá-lo, com ainda mais pressa e doses cavalares de ódio, no vidro de um carro.
A equação é simples: um motorista folgado + um vizinho de saco cheio do motorista folgado que ocupou duas vagas para estacionar a merda de um carro = um dos melhores bilhetes já escritos e colados em um vidro de todos os tempos.
Importante: vamos relevar o erro de digitação, afinal, o gênio estava com pressa e ódio. Ele quis dizer ASSHOLE!!!
Well done!
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
DJ Cia
Lembrando que hoje à noite, na The Eastern, em Bondi Junction, começa a turnê do DJ Cia pela Austrália. Eleito o melhor DJ de hiphop da década, o brasileiro, que entre outros trabalhos faz o projeto RZO e atualmente produz o novo álbum dos Racionais Mc's, passará por quatro cidades.
Terça, 7 de dezembro - THE EASTERN HOTEL (SYDNEY)
Quarta, 8 de dezembro - MONA VALE HOTEL (SYDNEY)
Quinta, 9 de dezembro - ROXANNE PARLOUR (MELBOURNE)
Domingo, 12 de dezembro - SIN CITY NIGHT CLUB (GOLD COAST)
Pré-venda na Ozzy Study Brazil a $15 e na porta $20.
Terça, 7 de dezembro - THE EASTERN HOTEL (SYDNEY)
Quarta, 8 de dezembro - MONA VALE HOTEL (SYDNEY)
Quinta, 9 de dezembro - ROXANNE PARLOUR (MELBOURNE)
Domingo, 12 de dezembro - SIN CITY NIGHT CLUB (GOLD COAST)
Pré-venda na Ozzy Study Brazil a $15 e na porta $20.
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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Aquele abraço!
Por gentileza, não me levem a mal, mas é porque hoje cedo Bondi Beach estava bombando, as ondas sendo disputadas a tapa pelos surfistas, o que me fez lembrar do grande Montezano, o popular Montê, pai do João Pedro, marido da Adriana Ikeda, e aí resolvi usar esse espaço para mandar aquele abraço para os três, que estão na Gold Coast.
SEM mais...
SEM mais...
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Gold Coast
domingo, 5 de dezembro de 2010
Bondi, Bono e um pouco de filosofia barata
Bondi Beach tem algo além da nossa compreensão. Uns amam, outros não suportam, muitos apenas são. Sim, simplemente são Bondisiders em seu estado mais bruto - seja lá o que isso significa.
Quando cheguei na Austrália, morei nove meses em Coogee. Adorei. Depois, mais nove em North Bondi. Idem! Na sequência, um ano e meio em Bronte. A mesma coisa! E hoje, estou novamente em North Bondi. Amo cada vez mais esse lugar!
Bondi tem vários problemas, está longe de ser um paraíso. Aquela calçada do lado oposto à praia que concentra McDonalds, Hungry Jacks e outras porcarias é simplesmente detestável nos finais de semana de verão.
Hoje mesmo, acordei cedo, fui correr para os lados de Rose Bay e, ao voltar, na esperança de dar um mergulho, foi simplesmente impossível. A praia estava absolutamente caótica, com tudo acontecendo ao mesmo tempo e para todas as idades. Porém, não reclamei, apenas prorroguei o mergulho.
Apesar de ser a praia mais famosa da Austrália, Bondi não se mostra de primeira. Na verdade, exibe-se sim, mas de maneira superficial. E passa ótima impressão. Conforme a pessoa fica, gosta cada vez mais, até que chega um momento em que cansa. Na verdade, é o ponto darwiano.
Bondi faz a sua própria seleção natural, e conforme a gente permanece e absorve o lugar (ou é absorvido), ela aos poucos mostra que vai muito além de Campbell Parade, Bondi Hotel, Beach Road, Hall Street e North Bondi RSL. São nas ruas de dentro, nas entranhas das ruelas e prédios construídos pelos judeus onde moram os Oscars, Raphas, Jasmins, Julios, Claries, Nicoles, Maus, Tercios e Jesuses da vida que a verdadeira Bondi começa a aparecer.
E agora a pouco, no final de tarde, tive o privilégio de ver Bondi em seu estado bruto - seja lá o que isso significa. Saí de casa e, caminhando lentamente, passei pela Grega, pelo ex-Iemanja, fiz a curvota descendo a Campbell e, num daqueles simpáticos restaurantes à direita, estavam ninguém menos do que Bono Vox e The Edge, tranquilos, na mesa que dá para a janela sem vidro.
Não havia um segurança sequer, paparazzi, nem mesmo fã com câmera na mão. Mais! Não tinha como não vê-los, e todos que os viam simplesmente abriam um sorriso e continuavam andando, sem parar para perturbá-los. Claro, alguns Bondisiders julgam-se mais artistas do que a dupla, mas de qualquer maneira, é a cara do lugar.
Até pensei em falar hey, vocês dois, aproveitem Bondi. Mas como a tradução literal para o inglês não passaria de um grande e terrível trocadilho, também não os perturbei. Coisas de Bondi!
Quando cheguei na Austrália, morei nove meses em Coogee. Adorei. Depois, mais nove em North Bondi. Idem! Na sequência, um ano e meio em Bronte. A mesma coisa! E hoje, estou novamente em North Bondi. Amo cada vez mais esse lugar!
Bondi tem vários problemas, está longe de ser um paraíso. Aquela calçada do lado oposto à praia que concentra McDonalds, Hungry Jacks e outras porcarias é simplesmente detestável nos finais de semana de verão.
Hoje mesmo, acordei cedo, fui correr para os lados de Rose Bay e, ao voltar, na esperança de dar um mergulho, foi simplesmente impossível. A praia estava absolutamente caótica, com tudo acontecendo ao mesmo tempo e para todas as idades. Porém, não reclamei, apenas prorroguei o mergulho.
Apesar de ser a praia mais famosa da Austrália, Bondi não se mostra de primeira. Na verdade, exibe-se sim, mas de maneira superficial. E passa ótima impressão. Conforme a pessoa fica, gosta cada vez mais, até que chega um momento em que cansa. Na verdade, é o ponto darwiano.
Bondi faz a sua própria seleção natural, e conforme a gente permanece e absorve o lugar (ou é absorvido), ela aos poucos mostra que vai muito além de Campbell Parade, Bondi Hotel, Beach Road, Hall Street e North Bondi RSL. São nas ruas de dentro, nas entranhas das ruelas e prédios construídos pelos judeus onde moram os Oscars, Raphas, Jasmins, Julios, Claries, Nicoles, Maus, Tercios e Jesuses da vida que a verdadeira Bondi começa a aparecer.
E agora a pouco, no final de tarde, tive o privilégio de ver Bondi em seu estado bruto - seja lá o que isso significa. Saí de casa e, caminhando lentamente, passei pela Grega, pelo ex-Iemanja, fiz a curvota descendo a Campbell e, num daqueles simpáticos restaurantes à direita, estavam ninguém menos do que Bono Vox e The Edge, tranquilos, na mesa que dá para a janela sem vidro.
Não havia um segurança sequer, paparazzi, nem mesmo fã com câmera na mão. Mais! Não tinha como não vê-los, e todos que os viam simplesmente abriam um sorriso e continuavam andando, sem parar para perturbá-los. Claro, alguns Bondisiders julgam-se mais artistas do que a dupla, mas de qualquer maneira, é a cara do lugar.
Até pensei em falar hey, vocês dois, aproveitem Bondi. Mas como a tradução literal para o inglês não passaria de um grande e terrível trocadilho, também não os perturbei. Coisas de Bondi!
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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
I Les Murray Cup
A verdade é uma só: o australiano médio, aquele tomador de VB em RSL, está pouco se lixando para o futebol (ou soccer, como ainda chamam por aqui).
Independentemente do que rola na Fifa, o que mais contou contra a candidatura australiana foi o desinteresse da população em ver o país sediando a competição, e a oposição interna de diversos setores, incluindo meios de comunicação e entidades esportivas como NRL e, principalmente, AFL.
Afinal, eles sabem do perigo que o futebol representa para as diferentes ligas de rugby, para o Australian Football, cricket etc, pois uma vez que pegar, vai estourar e ficar pra sempre. Mas, por ora, o soccer não passa de esporte de imigrante e wog (filho de imigrante nascido na Austrália).
A única emissora que realmente apoia o futebol no país é a SBS, que transmite alguns jogos internacionais ao vivo, possui programas especializados, abre espaço em seus noticiários e, acima de tudo, transmite a Copa do Mundo desde 1986 (só não mostra mais porque a Fox Sports compra tudo e o governo não protege a transmissão em tv aberta de futebol como de outros esportes nacionais). E ninguém simboliza melhor o futebol na emissora e na própria Austrália do que o lendário Les Murray, australiano nascido na Hungria apaixonado pelo esporte que esteve presente na transmissão de todas as Copas exibidas pela SBS.
Com esse perfil e trabalhando há décadas na única emissora realmente multicultural do país, não é de se estranhar que o cara é um entusiasta do futebol brasileiro e, infelizmente, vascaíno. Mas tem explicação. E matemática!
Les Murray está para o futebol australiano assim como os Canarinhos estão para o futebol brasileiro em Sydney. Ou seja, pensou em jogar uma pelada com brasileiros na cidade, o primeiro pensamento que vem à cabeça é o Sydney Brazilian Social Club, o popular Canarinhos, que desde 1972 joga religiosamente todo santo domingo, sendo que há pelo menos 20 anos no campo 7 do Centennial Park, oficialmente batizado de Brazilian Fields.
Pois bem, há tempos Les Murray é, digamos, patrono dos Canários, não em termos financeiros, mas no sentido de apoiar e dar força ao clube, já que o nome do homem pesa. Em 2004, por exemplo, juntamente com o atual presidente, Gel Freire, e o grande Dinamite, o maior artilheiro do Centennial Park caso o gol fosse 2 metros mais alto, Murray esteve no Brasil e acabou se convertendo ao time de São Januário.
E agora, para homenageá-lo e retribuir o apoio, os Canários criaram a I Les Murray Cup, competição que acontece neste domingo, no... Centennial Park, a partir das 9h30. A copa será disputada por 12 times formados por jogadores de diferentes nacionalidades e localidades. Serão 13 partidas no total, incluindo a grande final. Além do futebol, claro, vai rolar muita festa nos arredores, com participação especial do próprio Les Murray, que fará o discurso de abertura. Entrada grátis!
E para celebrar a primeira edição, às 17h, todos seguem para o Selina's, no Coogee Bay Hotel, onde rola mais uma edição do Beach Samba, festa da Baluart com batucada de esquenta e Samba Groove até às 22h. A entrada é grátis até às 19h - tanto pra mulher quanto pra homem. Depois é $10.
Enfim, se o australiano não gosta de futebol, o problema é dele. Nós gostamos! Se a Rússia e o Catar tem quantidades intercontinentais de petro-dólares, bom para a Fifa. Por aqui, um viva ao Les Murray e aos Canários (clique aqui para ler a história dos Canarinhos na íntegra)!
Independentemente do que rola na Fifa, o que mais contou contra a candidatura australiana foi o desinteresse da população em ver o país sediando a competição, e a oposição interna de diversos setores, incluindo meios de comunicação e entidades esportivas como NRL e, principalmente, AFL.
Afinal, eles sabem do perigo que o futebol representa para as diferentes ligas de rugby, para o Australian Football, cricket etc, pois uma vez que pegar, vai estourar e ficar pra sempre. Mas, por ora, o soccer não passa de esporte de imigrante e wog (filho de imigrante nascido na Austrália).
A única emissora que realmente apoia o futebol no país é a SBS, que transmite alguns jogos internacionais ao vivo, possui programas especializados, abre espaço em seus noticiários e, acima de tudo, transmite a Copa do Mundo desde 1986 (só não mostra mais porque a Fox Sports compra tudo e o governo não protege a transmissão em tv aberta de futebol como de outros esportes nacionais). E ninguém simboliza melhor o futebol na emissora e na própria Austrália do que o lendário Les Murray, australiano nascido na Hungria apaixonado pelo esporte que esteve presente na transmissão de todas as Copas exibidas pela SBS.
Com esse perfil e trabalhando há décadas na única emissora realmente multicultural do país, não é de se estranhar que o cara é um entusiasta do futebol brasileiro e, infelizmente, vascaíno. Mas tem explicação. E matemática!
Les Murray está para o futebol australiano assim como os Canarinhos estão para o futebol brasileiro em Sydney. Ou seja, pensou em jogar uma pelada com brasileiros na cidade, o primeiro pensamento que vem à cabeça é o Sydney Brazilian Social Club, o popular Canarinhos, que desde 1972 joga religiosamente todo santo domingo, sendo que há pelo menos 20 anos no campo 7 do Centennial Park, oficialmente batizado de Brazilian Fields.
Pois bem, há tempos Les Murray é, digamos, patrono dos Canários, não em termos financeiros, mas no sentido de apoiar e dar força ao clube, já que o nome do homem pesa. Em 2004, por exemplo, juntamente com o atual presidente, Gel Freire, e o grande Dinamite, o maior artilheiro do Centennial Park caso o gol fosse 2 metros mais alto, Murray esteve no Brasil e acabou se convertendo ao time de São Januário.
E agora, para homenageá-lo e retribuir o apoio, os Canários criaram a I Les Murray Cup, competição que acontece neste domingo, no... Centennial Park, a partir das 9h30. A copa será disputada por 12 times formados por jogadores de diferentes nacionalidades e localidades. Serão 13 partidas no total, incluindo a grande final. Além do futebol, claro, vai rolar muita festa nos arredores, com participação especial do próprio Les Murray, que fará o discurso de abertura. Entrada grátis!
E para celebrar a primeira edição, às 17h, todos seguem para o Selina's, no Coogee Bay Hotel, onde rola mais uma edição do Beach Samba, festa da Baluart com batucada de esquenta e Samba Groove até às 22h. A entrada é grátis até às 19h - tanto pra mulher quanto pra homem. Depois é $10.
Enfim, se o australiano não gosta de futebol, o problema é dele. Nós gostamos! Se a Rússia e o Catar tem quantidades intercontinentais de petro-dólares, bom para a Fifa. Por aqui, um viva ao Les Murray e aos Canários (clique aqui para ler a história dos Canarinhos na íntegra)!
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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Abuka, Vote for Mary e Vote for Australia
Enquanto aguardo o anúncio da Fifa sobre o país que sediará a Copa do Mundo de 2022, o que resultará em post com Les Murray Cup, samba, futebol e cia, vamos ao que rola hoje à noite, na música, e já estendendo para o sabadão.
Daqui a pouco, das 20h às 22h, o Abuka Duo se apresenta no Hugos Lounge, em evento especial de Natal. O lance é aquele de sempre, música de boa qualidade, pizza + taça de vinho por $10, mulher saindo pelo ladrão e, como é dezembro, deixem os seus presentes na árvore de Natal da casa, que depois serão distribuídos para as crianças assistidas pela instituição de caridade Bernardos (não, não é do nosso Bernardo Daudt).
No sábado, o Vote For Mary de Laura, Manduka, Júlio e Mark abrirá o show da lendária banda australiana Ganggajang, no Coogee Diggers. Formada em 1984, o Ganggajang é o autor do clássico local Sounds Of Then (This is Australia) e já esteve no Brasil três vezes. O show começa às 20h30 e os ingressos estarão à venda na porta.
Bem, sabendo da dificuldade que será para a Austrália ganhar o bid da Fifa e que os 22 oficiais com direito a voto são senhores ricos e poderosos na faixa dos 60 anos, segue o meu lobby particular.
Com voês, Elle Macpherson, integrante do comitê australiano que ontem deu um show durante a apresentação na sede da entidade!
Daqui a pouco, das 20h às 22h, o Abuka Duo se apresenta no Hugos Lounge, em evento especial de Natal. O lance é aquele de sempre, música de boa qualidade, pizza + taça de vinho por $10, mulher saindo pelo ladrão e, como é dezembro, deixem os seus presentes na árvore de Natal da casa, que depois serão distribuídos para as crianças assistidas pela instituição de caridade Bernardos (não, não é do nosso Bernardo Daudt).
No sábado, o Vote For Mary de Laura, Manduka, Júlio e Mark abrirá o show da lendária banda australiana Ganggajang, no Coogee Diggers. Formada em 1984, o Ganggajang é o autor do clássico local Sounds Of Then (This is Australia) e já esteve no Brasil três vezes. O show começa às 20h30 e os ingressos estarão à venda na porta.
Bem, sabendo da dificuldade que será para a Austrália ganhar o bid da Fifa e que os 22 oficiais com direito a voto são senhores ricos e poderosos na faixa dos 60 anos, segue o meu lobby particular.
Com voês, Elle Macpherson, integrante do comitê australiano que ontem deu um show durante a apresentação na sede da entidade!
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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
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