quarta-feira, 7 de julho de 2010

Vinhos da Noite: Riesling x Tempranillo

Para a maioria, a segunda semifinal da Copa do Mundo que acontece daqui a pouco é o embate entre Alemanha e Espanha. Para outros, é a revanche da última Eurocopa. Entre os eno-beberrões, categoria na qual me incluo, é o encontro da Riesling, a uva símbolo da Alemanha, com a Tempranillo, a uva símbolo da Espanha.


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Já para os eno-beberrões brasileiros que vivem na Austrália com sérias restrições orçamentárias é a desculpa perfeita para reunir alguns amigos em casa esta noite e tomar duas botejinhas do nosso Guia de Vinho - um Riesling e um Tempranillo, claro - gastando no máximo $41 nas duas garrafas, o que sai $20.50 por boteja.

Coincidentemente, os dois vinhos indicados com essas uvas estão na categoria Para socializar (com os amigos), que é a sugestão de hoje. Não estou falando para ninguém passar a madrugada acordado tomando vinho, muito menos dormir e acordar às 4h28 para ver a partida tomando essas duas garrafas, mas aproveitando o frio ordinário que faz na Austrália e o clima de final de Copa do Mundo, por que não um jantarzinho hoje para esquentar com essas botejas?



Sei que o frio pede vinhos mais fortes e encorpados, mas começar as atividades com o nosso Leo Buring Eden Valley Riesling 2008 ($22) é bem interessante. Para muitos (e eu novamente me incluo), a Riesling é a mais elegante das uvas brancas, e na Austrália ela encontrou na fria região do Eden Valley, em South Australia, seu lar perfeito para crescer.

Muitos brasileiros não guardam boas lembranças de vinhos com qualquer referência à Alemanha, especialmente os da minha geração. Motivo? Nossas mães são marcadas por duas características: em geral são santistas por conta do Pelé e, nos anos 1980, já casadas, acordavam com fortes dores de cabeça em todo 25 de dezembro em virtude das famigeradas garradas azuis, aquelas compridas, de vinho alemão doce e barato que invadiam as ceias natalinas. Estou falando do popular Liebfraumilch, uma das poucas opções de vinho branco disponíveis no mercado, além de grandes bombas. Cada taça já vinha com um bombardeio alemão na cabeça.



Pois bem, felizmente 20 anos se passaram, o Brasil se abriu aos importados de qualidade, e aqui na Austrália temos acesso a Rieslings muito bons e com ótimos preços.

Como é o caso desse da Leo Buring, que, conforme a própria descrição do Guia, é um vinho sem excessos, na medida, com aromas de flor e levemente amanteigado no nariz, bastante mineral na boca e com um sal nada comum no final que é muito agradável. Vinho elegante para agradar em cheio aqueles que torcem o nariz para vinhos muito frutados (ou que tomaram alguma garrafa azul nos anos 1980).



Depois de bebê-lo como entrada ou mesmo acompanhando algum tira-gosto, é hora de um vinho mais encorpado. Aí entra em campo o nosso Brown Brothers Tempranillo 2006 ($19), praticamente o Puyol, jogador da seleção espanhola e do Barcelona que faz um pouco de tudo, movimenta-se bem, preenche todos os espaços e tem muita personalidade. O que é o caso desse Brown Brothers, Tempranillo produzido em Victoria (AUS) que traz aromas de violeta no nariz seguido por um defumado, confirmando os dois na boca e ainda trazendo café. Ideal para acompanhar carnes assadas e condimentadas.



Paola, Toddão, taí a dica para hoje à noite, mas, claro, somente após o State of Origin III. Happy Birthday Mate and go Riesling (2 x 0) and Blues!

Importante: os dois vinhos são encontrados na Vintage Cellars e na Dan Murphys.

kinaaaaaaaaaaaa-ko



O Uruguai perdeu como homem, lutando, acreditando até o final e saindo de cabeça erguida.
CLAP! CLAP! CLAP! CLAP! CLAP! CLAP! CLAP! CLAP!



Mas pelo menos fico feliz pela bela princesa holandesa, e também pelo princeso, um mix de Donald Trump com o esquisito do carro amarelo das ruas de São Paulo.





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terça-feira, 6 de julho de 2010

Fotos Radio SBS_Coogee Bay

Beatriz Wagner


Já estão no ar as chapas da nossa transmissão da Copa do Mundo nos estúdios da SBS, além das galerias com as principais festas que rolaram - incluindo Brasil no Coogee Bay Hotel. Dêem uma olhada.

Fotos de Thiago Siqueira e Beatriz Wagner.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Axé boludo wagneriano que nem Freud explica!


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Eu achava que só eu e a minha amiga Angela, de São Paulo, tínhamos pai uruguaio, mas pelo visto praticamente todos os meus amigos e conhecidos também. O que tenho ouvido de "nosso Uruguai" desde sábado não é brincadeira.

Uruguai x Holanda, na manhã de quarta, é um jogo imprevisível. Absolutamente tudo pode acontecer: a Holanda fazer uma grande partida e despachar a Celeste. O Uruguai jogar muito e eliminar a Laranja. Ambos jogarem como nunca e perderem como sempre (no caso, um dos dois após disputa de pênalti). E por aí vai.

A minha única certeza é de que não será um jogo chato. O Uruguai aprendeu a jogar buscando o gol e passou a gostar disso, enquanto a Holanda, por vocação, não sabe ficar parada na defesa. Meu medo é o Uruguai fazer um gol logo no começo e o instinto defensivo-retranqueiro voltar, o que pode resultar em uma virada doída.

Já a outra semi...

A Alemanha, não apenas merece passar pela Espaha, como ser campeã. Mais! Por ter humilhado Inglaterra e Argentina com 4 a 1 e 4 a 0, respectivamente, em fases decisivas de Copa do Mundo, já deveria receber o troféu antecipadamente. A semi e a final seriam apenas figurativas, para cumprir tabela e honrar os compromissos publicitários.

Em tese, a Alemanha só perde para ela mesma. E mesmo assim, precisará fazer muito esforço, pois além de ter uma força descomunal coletivamente, possui vários talentos individuais que estão desequilibrando. Entre eles, Klose, um predestinado em Copa do Mundo, Ozil, que por obra do acaso (e de uma entrada criminosa) herdou a vaga de Ballack e é a liga dos contra-ataques mortais, sem citar Lahm, Podolski, Schweinsteiger, Mueller e o próprio Joachim Low, o técnico mais flamboyant deste Mundial, que é tudo o que o Oswaldinho de Oliveira quer ser quando crescer. Ah, não esquecendo do atacante Cacau, o alemão de Santo André!

Mas, claro, estamos falando da Copa mais sem lógica de todos os tempos, do Mundial que rebaixaria Freud para a segunda divisão da psicanálise. Ou seja, um alemão pode muito bem ser expulso no começo do jogo e a Espanha fazer 1 a 0, uma zebra pode invadir o gramado e acertar o bandeirinha, que anulará incorretamente um gol alemão (no caso, a zebra não é necessária para esse tipo de erro), enfim...

Como estamos falando dos Tambores da África, de países como Espanha e Holanda, que por séculos exploraram o continente, acredito que Alemanha e Uruguai passam para a final. Mais! Veremos (agora em tom profético), no último ato, os Deuses do Futebol assumirem os tambores africanos, laureando a Alemanha com o tetra e ressucitando o Uruguai para o futebol. Afinal, Klose e Podolski, os dois principais craques alemães, são poloneses, e o Uruguai é o país do candombe (a versão boluda do candomblé). É quase um axé wagneriano que nem Freud explica!

domingo, 4 de julho de 2010

U2 na Austrália?

Por ora são apenas rumores, mas parece que o U2 vem para a Austrália em dezembro de 2010. A confirmação deve sair em agosto, após a turnê europeia para promover o último álbum, No Line On The Horizon. Acer Arena em Sydney? Talvez! No melhor do jornalismo investigativo, estou indo agora mesmo para o meu irish local pub sapecar uma Guinness e tentar descobrir mais informações. Assim que souber, conto.



Do irish sigo para o number one local pub. Sim, meus amigos, hoje tem Cultura Bondi no Beach Road, a partir das 18h, e quem vai tocar será ninguém menos do que Tropical Jam, a banda do Geléia que traz Rogério Pulga no violão e companhia.


Geléia, que desde o início da Copa falou que a seleção com Felipe Melo e Michel Bastos não funcionaria, prometeu que fará um show no melhor estilo da seleção alemã: envolvente, pra frente e no final alegrando os barsileiros.

Adios Argentina!



E falando em alegria, de lá o meu amigo uruguaio Leonardo Chaibún, que prometeu gol do Cavani até o final da Copa, vai quebrar tudo no Favela, em Kings Cross, onde se apresenta com o Faiscada a partir das 22h Sim, uruguaio no forró e o cara é um tremendo músico. Entrada free!

Adios!

Torci para a Argentina, mas 4 a 0...



... a Austrália, quando tomou 4 da Alemanha, ainda teve o melhor do time expulso injustamente.

Mais do que nunca: U-RU-GUAY!!!

sábado, 3 de julho de 2010

Finalmente vou dormir

Se os jogadores brasileiros tivessem um décimo do amor à camisa que os uruguaios têm, e se Dunga tivesse um cem avos da ousadia do Osacar Tabarez, talvez o Brasil empatasse com a Holanda.



Aquele pênalti desperdiçado no último lance da prorrogação só tem uma explicação: TAMBORES DA ÁFRICA!!!

São 7h27 da matina de sábado, hora de dormir!