sexta-feira, 4 de junho de 2010

Samba Feijoada e Caipirinha

Eu, que acredito em reencarnação e conheço bem o Balu, tenho uma certeza: o cara foi um poste em alguma vida passada. Sim! Porque o homem não pára.

É Balu dos Canarinhos, da Barbiecrew, do CarnaCoogee, do Pitanga Project, dos jogos do Brasil na Copa, da Carol e, a partir de manhã, do Samba Feijoada e Caipirinha.



É verdade! Neste sábado, das 14 às 18h, Baluart Productions leva para o M'Ocean Bar (1/34 A Campbell Parade - Bondi Beach) feijoada da melhor qualidade. Preço: $15. De fundo, chorinho ao vivo com três feras, caipora (lógico que vai ter caipirinha) a $7.50 e baldinho com 4 Coronas a $20.

Com essa chuva torrencial que cai lá fora - e só deve parar na quarta-feira de cinzas - é o programa para o sábado à tarde.

Ah! E na lista acima, esqueci de mencionar que é o Balu do feijãozinho também, o filho (a) que ele está esperando. Quem sejam muito bem-vindos!

Guilherme Jorge

Pra quem não conhece, é o fanfarrão da esquerda.

Quen-Quen (dá-lhe chuva)!



Chove tanto em Sydney que acabo de ouvir dois pássaros, sendo um deles o escandaloso Kookaburra, proferirem "Quen-Quen!" Acho que estavam se afogando e tentaram dar um migué.



quinta-feira, 3 de junho de 2010

Samba Mundi no 505 (e entrevista com Sandro Bueno)



Hoje à noite tem Samba Mundi, uma das melhores bandas de groove-funk-dance-samba-salsa, enfim, de Sydney, tocando no 505, um dos melhores lugares para ver e ouvir som ao vivo. O show começa às 20h, a entrada é $15 e o 505 é aquela mesma casa que falei em um post anterior, em Surry Hills (280 Cleveland St).

O Samba Mundi vai a campo com Junichi Shiomi (baixo), Toni Allayialis (vocal), Marcello Maio (teclado e acordeon), Rafael Hora (percussão), Sandro Bueno (percussão) e Giorgio Rojas (bateria), além de Daniel Goodacre (piano e trompete), que fará participação especial.

Para quem não conhece a banda, ninguém melhor do que o percussionista Sandro Bueno, um ano e nove meses de Austrália, para falar:

Há quanto tempo você toca percussão?
Toco desde os 12 anos. Quando comecei a treinar capoeira, tive que aprender todos os instrumentos que fazem parte da arte (berimbau, pandeiro, atabaque, reco-reco e agogô). Comecei a tocar profissionalmemte com bandas a partir do final dos anos 1990, início de 2000.

Você tem algum instrumento de percussão preferido?
Amo todos os instrumentos! Esse pra mim é o diferencial da percussão, pois você precisa aprender vários instrumentos e ritmos diferentes. Mas tenho as congas e o cajon como especiais. As congas porque são o clássico da percussão em qualquer lugar do mundo, e o cajon por ser um instrumento versátil que, se bem usado, pode ser tocado em qualquer tipo de música, do samba ao rock.

Quando você entrou no Samba Mundi?
Fiz meu primeiro show em novembro de 2008, quando conheci o Rodrigo Galvão (bateirista que hoje vive na África do Sul). Ele logo me apresentou pra todo mundo e, uma semana depois, me chamou para tocar no Marble Bar (Hilton Hotel) com a banda preferida dele (o cara tocava em diferentes e muito boas bandas). Depois fiz participacões em várias gigs, até que acabei sendo convidado pelo Marcello Maio (pianista e atual líder d0 Samba Mundi) para gravar o disco em março de 2009. Eles me aturam até hoje.

Fale um pouco sobre a banda.
O Samba Mundi surgiu em 2004 como um trio (Marcello Maio, Rodrigo Galvão e Junichi Shiomi). Com o decorrer do tempo, outros músicos foram entrando no time. A proposta era e ainda é fazer músicas dançantes, mas com compromisso tanto de arranjos como de letras. O Samba Mundi é, como dizem os críticos: "a funk multicultural collective", tendo gente de tudo quanto é lugar.

Fale rapidamente sobre cada um.
Junichi Shiomi - Baixista japonês, é um funky-man. O cara toca afro-music, samba, salsa e reggae com um groove de deixar qualquer negão com inveja.

Toni Allayialis - Australiana com raízes gregas, vocalista poderosa (tocou com INXS, entre outros), é a "aunty" da galera.

Marcello Maio - Australiano pianista e líder da banda, escreveu todas as músicas do disco. É um geniozinho de 24 anos.

Rafael Hora - Carioca da gema, veio da nata do samba do Rio. É, pra mim, o melhor percussionista brasileiro de Sydney. Meu parceirão na cozinha do Samba Mundi e em outros projetos. Tipo um lava a louça e o outro enxuga e guarda (rs).

Giorgio Rojas - Bateirista e percussionista peruano de primeiríssima linha, toca música latina como poucos e estuda música brasileira como um louco (na casa dele só se ouve música tupiniquim).

Sandro Bueno - Sou de Santos e venho aprendendo muito com essa galera.

É a primeira vez você que toca no 505? O que apresentarão hoje à noite?
Essa é a segunda vez que toco no 505, uma casa cultural, muito legal pra quem gosta de música boa. Apresentaremos as músicas do disco e alguns covers de clássicos dancantes, brasileiros ou não.

Onde compro o disco?
A banda tem um disco que pode ser encontrado hoje no show ou entrando em contato com algum dos integrantes via Myspace ou Facebook.

Quais são seus outros projetos?
Além do Samba Mundi, tenho outros projetos como a Banda Abuka, com meu parceiro Tiago de Lucca (São Paulo), cuja proposta é fazer músicas originais e clássicos da mpb, funk e do jazz mundial no melhor estilo "Brazilian Infused Grooves". O cara é o melhor parceiro que já trabalhei em toda minha vida, e fazemos as formacões de Duo, Trio, Banda e Full Band, com tudo que temos direito e sempre sonhamos.

Minha outra paixão é a capoeira, que pratico há quase 20 anos e estou ministrando aulas desde fevereiro num espaço em Woollahra, muito legal, com a sorte de ser procurado por alunos/amigos, contruindo uma atmosfera muito parecida com a que tenho com meu grupo no Brasil, o "Capoeira Santista - Mestre Ribas", no qual tenho muito orgulho de fazer parte!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Austrália 1 x 0 Dinamarca

Ontem à noite, os Socceroos fizeram o primeiro amistoso em território africano antes da estreia na Copa do Mundo. O adversário foi a Dinamarca e o estádio provavelmente pertencia a uma universidade ou algum fazendeiro rico, pois além de ser no meio do nada, toda tentativa de lançamento ia direto para a linha de fundo ou para as mãos dos goleiros, de tão reduzido.

Primeiro tempo
A Austrália não jogou nada, mas jogou bem melhor do que na semana passada. Ela foi totalmente dominada pela Dinamarca, que tem um bom toque de bola mas não conseguiu ameaçar nosso arqueiro Mark Schwarzer. Resultado: 0 a 0 fraco, sem lances de perigo. Na verdade, teve um no finalzinho para a Austrália, mas pela chatice não contabilizo.

O principal problema era a meia cancha. Com Emerton e Kewell contundidos, a criação ficou por conta de Cahill e Bresciano, o que acabou não acontecendo, pois o primeiro ainda se recupera de lesão e o segundo não tem esse perfil. Sem ligação, o atacante Kennedy batia cabeça lá na frente e não conseguia dominar a bola nas raras vezes em que ela chegava... quadrada.



Segundo tempo
A segunda etapa começou bem melhor, apesar do mesmo problema na criação. A bola simplesmente não parava na meia cancha, que era ocupada por um monte de caras que não conseguiam fazer a bola chegar redonda no único atacante.

Porém, o time já não foi tão dominado pelos dinamarqueses, conseguiu trocar mais passes, o volume de jogo aumentou e até surgiram algumas oportunidades, como a aproveitada pelo atacante Joshua Kennedy, que recebeu na área, deu um balão pra cima e pegou na volta acertando esse belo chute abaixo.

Um alerta para a estreia: se o zagueiro Moore não baixar o ímpeto, vai ser expulso na primeira dividida contra os alemães. O que o homem distribui de pontapé não é brincadeira!



Outro amistoso interessante foi Holanda x Gana. A primeira é adversária de estreia da Dinamarca no grupo E, enquanto a segunda está no grupo da Austrália. Jogando em Roterdã , os holandeses sapecaram 4 a 1 nos africanos, o que é bom para nós. Aliás, no papel, a Holanda tem um dos times mais fortes e potencial para jogar o futebol mais vistoso, o que não significa que necessariamente vai levantar o caneco. Já a Austrália... vamos aguardar o próximo amistoso, contra os Estados Unidos, sábado, às 22h (AET).

BTW: jogo assistido no local pub!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Festa Junina do BraCCA

O assunto hoje, primeiro de junho, não poderia ser outro: festa junina. Se no Brasil acontecem 2.463 festas por dia, aqui no terceiro continente à sua escolha é diferente. No caso de Sydney, por exemplo, temos pouquíssimas (umas três, no máximo), sendo que um delas, a do Brazilian Community Council of Australia, o popular BraCCA, é bastante tradicional, já que que reúne tanto o pessoal da velha guarda (com todo o respeito, galera) como os estudantes recém-chegados.



A festa será dia 20 de junho, das 11 às 18h, no Fraser Park, dentro do Portuguese Club - 100 Marrickville Rd, pertinho da Syndenham Station. É só sair da estação à direita, descer a rua, fazer a curva contornando o muro e bingo. Melhor descrição, impossível! Caso se percam, liguem no celular do Ernani, o presidente do BraCCA (ops, brincadeirinha).

A entrada custa somente $5 e lá dentro vai ter de tudo. De coxinha e pão de queijo a churrasco e feijoada, passando por Guaraná, quentão, forró...

Ah, e lembrando que na madrugada do dia 20 para 21, às 4 da manhã, tem Brasil x Costa do Marfim. Ou seja, é sair de lá, retomar o fôlego e seguir para a Home, em Darling Harbour, onde a partir das 23h vai ter festa brasileira.

Segunda-feira o call sick tá liberado!

Ensaio sobre o outono (Sydney)

Das 4 estações, minha preferida é o outono. Na verdade, a primeira parte do outono, aquela mais próxima do verão com céu azul durante o dia e um monte de cores no final da tarde, sempre acompanhado por uma ligeira queda de temperatura. O que não significa que não gosto da segunda parte do outono, que são esses dias mais gélidos e úmidos pré-inverno que estamos enfrentando.

Como Sydney tem um charme todo especial no outono, resolvi dar uma volta em dois dos meus bairros favoritos da cidade, Woollahra e Paddington, e tirar algumas chapas. Fiz isso no último sábado, debaixo de uma fina garoa tipicamente paulistana, e o resultado está abaixo.













































domingo, 30 de maio de 2010

Dois adversários, um vizinho, uma pole e um penetra

Pela terceira vez consecutiva, Mark Webber vai largar na pole position. Sim, Red Bull dá asas e o o australiano está voando. Não duvido que seja a primeira vez na história que um aussie faz três poles seguidas. Pesquisarei! E não vou duvidar se, caso ele ganhe o GP da Turquia hoje à noite, também seja a primeira vez que um australiano vença três corridas na sequência.



O homem é o líder da temporada com 78 pontos. Em segundo vem o alemão Sebastian Vettel (78), em terceiro o espanhol Fernando Alonso (75) e em quarto o britânico Jenson Button (70).

Grid do GP da Turquia
1º Mark Webber (AUS/Red Bull)
2º Lewis Hamilton (ING/McLaren)
3º Sebastian Vettel (ALE/Red Bull)
4º Jenson Button (ING/McLaren)
5º Michael Schumacher (ALE/Mercedes)
8º Felipe Massa (BRA/Ferrari)
15º Rubens Barrichello (BRA/Williams)
22º Bruno Senna (BRA/Hispania)



Duas adversárias da Austrália na primeira fase da Copa do Mundo entraram em campo agora a pouco. A primeira foi a Sérvia, que recebeu a nossa vizinha Nova Zelândia e foi derrotada por 1 a 0.

Sim! Os mesmos kiwis que perderam injustamente para a Austrália na semana passada, venceu o último adversário dos Socceroos no grupo D na casa deles. O gol foi marcado pelo atacante Shane Smeltz, do Gold Coast United. A Nova Zelândia está no grupo F, ao lado de Itália, Paraguai e Eslováquia, e começo a achar que os All White podem surpreender e passar para a segunda fase.



A Alemanha, o primeiro adversário da Austrália na Copa do Mundo, acaba de vencer a Hungria, na casa deles, por 3 a 0, com gols de Podolski, Mario Gómez (sem alusões ao Luca de Verede Tropical) e ele mesmo, Cacau, o brasileiro naturalizado alemão que entrou no segundo tempo e deu mais um passo para se garantir entre os 23 que disputarão o mundial. Aliás, de alemão, o nosso glorioso Claudemir Jerônimo Barretto (foto acima) só tem o passaporte!




Em memória