sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Miss Cougar Australia
Eu, ex-frequentador assíduo de clássicos balzaquianos de São Paulo como Charles Edward, Miller & Goddard e o imbatível Metrópoles, o popular "Necrópoles", saúdo as coroas locais, por aqui chamadas de cougars, que esta semana realizaram a I Convenção das Cougars da Austrália.
O evento, que aconteceu no RSL de Burwood, em Sydney, reuniu cerca de 200 jovens madames. Julie d'Aiglemont estaria orgulhosa das companheiras australianas, principalmente ao saber que amanhã, 20 de fevereiro, haverá convenção também em Melbourne e, em 5 de junho, na Sunshine Coast, será coroada (sem trocadilhos) a primeira Miss Cougar Australia.
Essa da foto, uma espécie de Cicciolina aussie, é Helen Razer, escritora e habitué da mídia local que irá à convenção em Melbourne, à paisana, cobrir para a revista Rolling Stones.
Falando em Melbourne, má notícia para os garotões, os chamados cubs, que frequentam os pubs e baladas atrás das cougars.
Foi aprovada uma lei no estado de Victoria que obriga os pubs, nightclubs e afins a fornecerem água grátis para os clientes. Não estou falando de copo com água da torneira, como já acontece em New South Wales (importante: aqui a água da torneira é potável).
E sim uma garrafinha de plástico, dessas que pagamos $1.30, $1.80, $2.40, $3.20, $4, dependendo do lugar. O estabelecimento que não cumprir será multado em mais de $6 mil.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Me, Myself and My Book at Brazilian Festa
On Sunday the 28th of February, I will be attending the Brazilian Festa, a special event inside the Starlight Cinema, at North Sydney Oval, where I will be giving a brief insight of my book Meu Avô A’uwê (My Indigenous Grandfather).
The book is a report of my three visits to an Indian settlement in Mato Grosso (countryside of Brazil), where I had the opportunity to stay with the Xavante people, live with them and write about my experiences and their story.
If you don’t know anything about Meu Avô A’uwê, below is a small introduction written by the Brazilian writer Antonio Penteado Mendonça.
The chat will start at 5:45 pm, and I hope to see you there. Tickets on sale at Ozzy Study Brazil (with discount) and here (all activities included in the ticket price).
A different book
In a time when people and things are labeled according to famous brands not always the best, a book such as this one makes an enormous difference. Since the end of communism, a whole class of people, “the old militants”, became orphan of ideals, without knowing why to fight or what to do, in face of a world which, in practice, proved that everything they did was wrong.
The great way out was to protect the environment, therein included, to their bad luck, the native people, namely incapable and, therefore, constituting raw-material for everything foolish that is been done on their behalf.
Africans, American Indians, natives of Oceania, of the Pacific Islands, Eskimos, Latvians, people lost on the Himalayan hillsides, in the Asiatic forests, all of them were fit into a huge plastic bag and underwent pasteurization. They were equaled, distorted and painted according to such senseless standards as those in Hollywood films, in which the good girl, submitted to a cruel ritual, was thrown into the volcano to save her tribe and the island.
That is why My Indigenous Grandfather is so fascinating. It rescues the Xavante as they truly are. Without being pretentious, conceited or caricatural, the book truly portrays the discovery of another group of people by a white man, young and namely civilized, brought up in the great city.
Pablo Nacer tells us about the everyday life of the Indians, rescues their past and, moreover, transmits the great emotion he felt upon entering a new, rich and different universe, which took him in, amidst other values, all of them strikingly humane.
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Meu Avô A'uwê
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
CarnaCoogee 2010
Vem aí o maior Carnaval do terceiro continente à sua escolha.
Sábado, 6 de março, o Coogee Bay Hotel vai bombar com o CarnaCoogee, o Carnaval da Baluart que começa às 13h e vai até às 3 da matina. Isso mesmo! Festa totalmente fora dos padrões locais.
O esquenta começa no Beer Garden, do lado de fora, onde vai rolar comes e bebes brasileiros, batucada, mulatas, DJ's, enfim, vai ter até abadá para as duas mil primeiras pessoas que comprarem uma caipirinha.
A partir das 21h, a festa segue para o Selina's Bar, lá dentro do Coogee Bay, onde terá show do Samba Australia, mais batucada, mulatas e DJ's tocando marchinhas, axé e samba-enredo.
E o melhor de tudo: a entrada é grátis, free, no vassssssco... Chame os amigos, as amigas e não perca!
Sábado, 6 de março, o Coogee Bay Hotel vai bombar com o CarnaCoogee, o Carnaval da Baluart que começa às 13h e vai até às 3 da matina. Isso mesmo! Festa totalmente fora dos padrões locais.
O esquenta começa no Beer Garden, do lado de fora, onde vai rolar comes e bebes brasileiros, batucada, mulatas, DJ's, enfim, vai ter até abadá para as duas mil primeiras pessoas que comprarem uma caipirinha.
A partir das 21h, a festa segue para o Selina's Bar, lá dentro do Coogee Bay, onde terá show do Samba Australia, mais batucada, mulatas e DJ's tocando marchinhas, axé e samba-enredo.
E o melhor de tudo: a entrada é grátis, free, no vassssssco... Chame os amigos, as amigas e não perca!
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Baluart 03 Productions,
Coogee
domingo, 14 de fevereiro de 2010
É campeão!!!
E o clube que, desde o início do ano, tem no estatuto que não contrata jogador brasileiro, acaba de ser campeão.
É verdade! Sydney FC, time que teve Juninho Paulista na temporada passada, sapecou 2 a 0 em cima do Melbourne Victory, então atual campeão, e conquistou pela primeira vez a A-League de futebol.
Os gols foram marcados por Karol Kisel e John Aloisi, um em cada tempo, diante de 25,407 espectadores que não lotaram o Aussie Stadium.
Criada em 2004 para substituir a finada National Soccer League, a A-League ainda não pegou. Em parte em função do lobby feito pelas ligas de rubgy, que sabem do perigo que o futebol representa pra eles. E em parte porque críquete e o próprio rugby ainda estão anos-luzes a frente na preferência nacional. E no fundo no fundo, porque o nível ainda é muito fraco e os jogos desinteressantes.
O que não significa que a seleção nacional vai mal. Pelo contrário! Os Socceroos, como são conhecios, estão com um time equilibrado, os jogadores são experientes (todos estão no exterior) e, não é de hoje que estou falando, vão longe na Copa. Não jogando um grande futebol, mas praticando um jogo eficiente, classificando-se em segundo na fase de grupo, passando pela Inglaterra nas oitavas, já que o ex-capitão Terry (foto acima) conseguiu quebrar o time corneando o companheiro, e chegando às quartas.
E é impossível falar em seleção australiana e Sydney FC sem citar os grandes Agenor Muniz, Nelinho Borges e Marquinhos. O primeiro, que chegou aqui no início dos anos 70 pra jogar no Sydney Hakoah, disputou 20 partidas pela Austrália. Nélio Borges e Marquinhos, naturais de Maricá, vieram juntamente com Mozart, no final dos 70, e fizeram muito sucesso nos anos 80. Marquinhos, para vocês terem uma idéia, jogou com Zico no Flamengo (era juvenil quando o Galinho estava no profissional).
Os dois, mais Agenor, podem ser encontrados quase todos os domingos no Centennial Park, no Brazilian Fields, com os Canarinhos. São garantia de ótimas histórias (algumas impublicáveis) e muitas risadas.
Dá-lhe, Sydney!!!
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futebol
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
AC/DC - Ingressos sobrando
Os homens já estão na área, Brian Johnson, o vocalista, tem falado algumas besteiras sobre Bono Vox e Bob Geldof, mas quem se importa?
O fato é que o AC/DC, a maior banda australiana de todos os tempos, se apresenta no ANZ Stadium, em Sydney, no final de semana que vem; e acabo de saber que temos 3 ingressos sobrando.
Isso mesmo! Três tickets para o maior concerto de todos os tempos da próxima semana. Portanto, se você está na cidade ou nos arredores, e quer ir de qualquer jeito, me avise o quanto antes! Os ingressos são para sábado, 20/02 (ops, cabalístico, não?).
pablonacer@terra.com.br
www.twitter.com/pablonacer
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Guilherme Pires: INOCENTE
Agora há pouco, na Glebe Coroners Court, em Sydney, o brasileiro Guilherme Pires foi declarado inocente da morte do adolescente Anthony Paul Marsh.
Para a justiça, ele agiu em legítima defesa quando, ao voltar pra casa, em Marrickville, em novembro de 2008, Guilherme confrontou o adolescente, 18 anos, que hava invadido para roubá-la.
Ao vê-lo carregando alguns objetos como lap top, Guilherme, à época com 26 anos, pediu para que deixasse os pertences, mas Anthony foi pra cima do brasileiro, que conseguiu se defender e imobilizá-lo. Com medo que alcançasse o bolso para pegar alguma faca ou arma, Guilherme manteve as mãos na garganta do adolescente, asfixiando-o.
Quando a polícia chegou, Guilherme ainda estava em cima do adolescente, que foi levado para o hospital e morreu dias depois. Segundo o laudo médico, Anthony estava sob efeito de drogas.
Para a justiça, ele agiu em legítima defesa quando, ao voltar pra casa, em Marrickville, em novembro de 2008, Guilherme confrontou o adolescente, 18 anos, que hava invadido para roubá-la.
Ao vê-lo carregando alguns objetos como lap top, Guilherme, à época com 26 anos, pediu para que deixasse os pertences, mas Anthony foi pra cima do brasileiro, que conseguiu se defender e imobilizá-lo. Com medo que alcançasse o bolso para pegar alguma faca ou arma, Guilherme manteve as mãos na garganta do adolescente, asfixiando-o.
Quando a polícia chegou, Guilherme ainda estava em cima do adolescente, que foi levado para o hospital e morreu dias depois. Segundo o laudo médico, Anthony estava sob efeito de drogas.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Se beber, não dirija (nem pegue o bus 380)
Essa aconteceu em junho do ano passado, em Sydney.
Se tem um ônibus que brasileiro conhece bem é o 380, que vai da City a North Bondi e, dependendo da linha, até Dover Heights.
Pois bem, já que dirigir alcoolizado é fria por aqui, Anthony Luders, após tomar 4 cervejas no Bondi Hotel (outro local beeeeeeem conhecido dos brasileiros), optou por ir de ônibus pra casa.
Prudente, Mr. Luders passou num bottle shop, comprou mais duas botejinhas, colocou num saco plástico e pegou o 380.
O ônibus, seguindo o itinerário de sempre, contornou a praia, subiu a Military Rd e parou no final dela, esquina com a Old South Head Rd.
Luders, achando que o motorista, Surya Narayan, deveria continuar viagem até o cemitério (no sentido literal, não figurado), foi tomar satisfação.
Importante: pouco mais a frente, de fato, há um cemitério, porém, ele é o ponto final das linhas 386 e 387, e não do nosso três-oitão-zero.
Mas com as cervejas na cabeça, Luders intimidou o motorista dizendo que anotaria o número de registro para reportá-lo por "não estar fazendo o trabalho apropriadamente". Ofendido, Surya Narayan não pensou duas vezes e foi pra cima, acertando-lhe vários socos na cara e na cabeça, antes de jogá-lo pra fora do ringue (ops, do ônibus).
O caso, claro, foi parar no tribunal, e Surya Narayan foi condenado à pena máxima de 9 meses de prisão (mas como a justiça daqui é legal, cumprirá somente 6).
Moral da história: se beber, não dirija e nem encha o saco de quem está dirigindo, pois bêbado quando é chato é muito chato, sempre acha que tem razão e, em 99% das vezes, está errado.
E caso encerrado!
Se tem um ônibus que brasileiro conhece bem é o 380, que vai da City a North Bondi e, dependendo da linha, até Dover Heights.
Pois bem, já que dirigir alcoolizado é fria por aqui, Anthony Luders, após tomar 4 cervejas no Bondi Hotel (outro local beeeeeeem conhecido dos brasileiros), optou por ir de ônibus pra casa.
Prudente, Mr. Luders passou num bottle shop, comprou mais duas botejinhas, colocou num saco plástico e pegou o 380.
O ônibus, seguindo o itinerário de sempre, contornou a praia, subiu a Military Rd e parou no final dela, esquina com a Old South Head Rd.
Luders, achando que o motorista, Surya Narayan, deveria continuar viagem até o cemitério (no sentido literal, não figurado), foi tomar satisfação.
Importante: pouco mais a frente, de fato, há um cemitério, porém, ele é o ponto final das linhas 386 e 387, e não do nosso três-oitão-zero.
Mas com as cervejas na cabeça, Luders intimidou o motorista dizendo que anotaria o número de registro para reportá-lo por "não estar fazendo o trabalho apropriadamente". Ofendido, Surya Narayan não pensou duas vezes e foi pra cima, acertando-lhe vários socos na cara e na cabeça, antes de jogá-lo pra fora do ringue (ops, do ônibus).
O caso, claro, foi parar no tribunal, e Surya Narayan foi condenado à pena máxima de 9 meses de prisão (mas como a justiça daqui é legal, cumprirá somente 6).
Moral da história: se beber, não dirija e nem encha o saco de quem está dirigindo, pois bêbado quando é chato é muito chato, sempre acha que tem razão e, em 99% das vezes, está errado.
E caso encerrado!
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