Verão na Austrália é sinônimo de cricket.
Para o brasileiro, se por um lado ele não entende nada e não dá a mínima, por outro é sempre uma oportunidade de trabalho, pois nessa época os estádios recrutam bastante alcoholic overseas student para trabalhar como garçom, no bar, na cozinha e na limpeza.
Pois bem, esses dias, um estudante entrou numa agência atrás de trabalho. Rolou o seguinte diálogo:
Estudante: Fiquei sabendo que abriram as inscrições para a temporada de cricket, vocês têm algum contato lá?
Atendente: Temos sim, por que, você joga?
Sim, ele joga! No Brasil, o recém-chegado estudante era capitão do time do Corinthians de cricket!
Mas teve mais.
Um australiano, namorado de uma brasileira, contava sobre um incidente ocorrido na noite anterior. Ele falou que brigou com um maori, que o cara era enorme - a exemplo de 98,6% dos maoris - e que a coisa foi feia. A atendente pergunta:
- Mas o Maori era brasileiro?
Sim! O nome dele era Maori da Silva Jr, ele dança o haka e tem uma nêga chamada Teresa.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Caos aéreo... na Austrália
Não é só o Brasil que adora um caos nos aeroportos.
Ontem, por volta da hora do almoço, um problema num cabo de telecomunicação da Telstra, no aeroporto de Melbourne, tirou do ar todo o sistema da Virgin Blue. Resultado: 48 vôos da companhia foram cancelados, prejudicando cerca de 6 mil passageiros. A Telstra só consertou às 22h30.
Conhecendo essas detestáveis empresas de telecomunicação, imagino que o funcionário da Virgin Blue ligou para a Telstra, caiu no call center e passou horas na linha com um atendente indiano radicado no Egito. Uma verdadeira enxurrada de gerúndios!
Mas não é só!
Os engenheiros (sempre eles) da Qantas, a principal companhia aérea australiana, estão ameaçando entrar em greve nos próximos dias, mais precisamente entre o Natal e o Reveillon. Motivo? Sobrecarga de trabalho.
O curioso é o fato de ser justamente a Qantas, cujo slogan é "Spirit of Australia", quando sabemos que se tem algo que não faz parte do espírito australiano é o excesso de labuta. Ou seja, a filosofia não condiz com a realidade da empresa.
Aliás, este dé-sa-pre-ço (com sotaque bem baiano mesmo) por muito trabalho não é uma característica somente do australiano, mas se estende ao brasileiro e a praticamente todos os povos dos trópicos.
Mas deixo esse assunto para outro post, já que estou com preguiça de me aprofundar!
Ontem, por volta da hora do almoço, um problema num cabo de telecomunicação da Telstra, no aeroporto de Melbourne, tirou do ar todo o sistema da Virgin Blue. Resultado: 48 vôos da companhia foram cancelados, prejudicando cerca de 6 mil passageiros. A Telstra só consertou às 22h30.
Conhecendo essas detestáveis empresas de telecomunicação, imagino que o funcionário da Virgin Blue ligou para a Telstra, caiu no call center e passou horas na linha com um atendente indiano radicado no Egito. Uma verdadeira enxurrada de gerúndios!
Mas não é só!
Os engenheiros (sempre eles) da Qantas, a principal companhia aérea australiana, estão ameaçando entrar em greve nos próximos dias, mais precisamente entre o Natal e o Reveillon. Motivo? Sobrecarga de trabalho.
O curioso é o fato de ser justamente a Qantas, cujo slogan é "Spirit of Australia", quando sabemos que se tem algo que não faz parte do espírito australiano é o excesso de labuta. Ou seja, a filosofia não condiz com a realidade da empresa.
Aliás, este dé-sa-pre-ço (com sotaque bem baiano mesmo) por muito trabalho não é uma característica somente do australiano, mas se estende ao brasileiro e a praticamente todos os povos dos trópicos.
Mas deixo esse assunto para outro post, já que estou com preguiça de me aprofundar!
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terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Como perder uma regata
Aproveitando que o verão está aí, e que moro numa cidade localizada entre uma imensa baía e o oceano (na verdade, o Mar da Tasmânia), continuarei com os posts "pé na areia".
Agora há pouco, fui até Nielsen Park, ao lado de Vaucluse, para acompanhar de perto o SOLAS Big Boat Challenge, espécie de aquecimento para a Rolex Sydney Hobart Yacht Race, uma das regatas mais tradicionais do hemisfério sul.
Cheguei no meio da competição, e a disputa já estava bem definida entre o sempre favorito Wild Oats XI (acima, com o logo do Channel 7), campeão das últimas 3 edições da Sydney Hobart, e o Alfa Romeo, barco da vizinha Nova Zelândia (acima, com a vela branca).
Como não poderia ser diferente, o Wild Oats XI é o meu barco favorito por estas bandas, já que o seu proprietário é ninguém menos do que o grande Robert Oatley, proprietário da Robert Oatley Vineyards, vinícola com bases em Mudgee (NSW) e Western Australia que faz verdadeiros canhãozinhos.
Bem, mas voltando à Sydney Harbour, hoje não foi um grande dia para o barco do nosso Bob Oatley. Quando cheguei, o Wild Oats XI estava tranquilo e infalível como Bruce Lee na liderança, seguido pelo Alfa Romeo.
Parecia que venceria com facilidade e abriria caminho para o tetra na Sydney Hobart, uma vez que reza a lenda que o vencedor dessa regata tradicionalmente leva a Sydney Hobart na sequência.
Porém, a sorte começou a mudar, o vento a aumentar e, como podem ver abaixo, algo aconteceu com a vela do Wild Oats XI.
Eles não conseguiram arrumar, o barco perdeu velocidade e, numa verdadeira aula de como perder uma regata, assistiram ao Alfa Romeo fazer uma grande ultrapassagem e vencer!
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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Tudo acaba em function
Com 245 metros de comprimento, pouco mais de 70 mil toneladas, 11 decks e capacidade para 1950 fanfarrões (ops, passageiros), o Pacific Jewel da P&O Cruises Australia chegou na Sydney Harbour na última quinta-feira, por volta as 5h45 da manhã.
O navio passou o final de semana atracado em frente ao terminal de passageiros internacionais, atraindo milhares de pessoas. Eu, claro, fui dar uma olhada e é realmente impressionante. Basta ver que deixou a Harbour Bridge e a Opera House pequenos.
E como tudo na Austrália acaba em function, no sábado à noite o navio foi palco de uma grande festa aberta ao público. Não que o povo pudesse entrar, se debruçar na proa e gritar "I'm the king of the world", longe disso, mas montaram uma pequena e natalina área vip do lado de fora onde exibiram num telão as atrações que rolavam lá dentro.
Function, para quem não sabe, é todo e qualquer evento em que são servidos comes e bebes. Casamento é function, festa de formatura é function, jantar de premiação é function, enfim, func significa "fan", e tion "farra". Logo: function nada mais é do que uma fanfarra.
Brasileiro na Austrália adora function. Primeiro porque somos fanfarrões por natureza. E segundo porque raríssimos são os brasileiros que nunca trabalharam numa function por aqui. Principalmente na chegada, quando o inglês ainda é the book is on the table e servir 4 pratos de uma vez é uma das poucas alternativas para fazer um dinheiro (em geral pagam bem - tchu-tchin!).
Trabalhei em duas functions, e foi o suficiente para nunca mais voltar. Eu tinha uns 2 a 3 meses de Austrália e a experiência foi péssima. Quase traumática! Mas foi uma base importante para eu trabalhar durante um ano como garçom num restaurante mexicano, quando eu era, seguramente, um dos piores do mundo.
Na verdade, cheguei a trabalhar num aniversário de 40 anos realizado na terceira mansão mais cara de Sydney, o que não deixa de ser uma function. O resultado, claro, foi um tremendo desastre, como podem ver aqui e aqui!
Bem, mas o importante é que o Pacific Jewel está partindo, muitos brasileiros chegando e, de um jeito ou de outro, na Austrália, tudo acaba em function (ou na function)!
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domingo, 13 de dezembro de 2009
Festa em Coogee
Hoje, domingão, a partir das 17h, vai ter a última edição de 2009 da Brazilian Fever, festa do meu amigo Balu - o homem da Barbiecrew - com patrocínio da Ozzy.
Com sambinha ao vivo - participação especial do Léo Passion - e DJ Juliana Cesso tocando o melhor da música brasileira, a festa, como sempre, acontece no Coogee Bay Hotel. Ou seja, de frente para o crime! É aproveitar esse dia ensolarado em alguma praia dos Eastern Suburbs e depois fechar o final de semana no Coogee Bay.
Mulher até às 18h não paga entrada, depois é $5. Homem, indpendentemente da hora que chegar, paga $10 e não se fala mais nisso!
E quem quiser emcomendar uma picanha, algumas linguiças ou mesmo uma farofinha Yoki, é só entrar no site da Barbiecrew e fazer o pedido que eles entregam em casa.
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Ampliação da Opera House
Apresento, com total exclusividade, o momento exato em que o projeto de ampliação da Opera House foi concebido.
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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Schoolies - Colônia Sexual de Férias
Aqui na Austrália existe uma "instituição" chamada schoolies, que funciona mais ou menos assim.
No final de novembro, quando os adoescentes fazem o último exame da high-school (equivale ao término do colegial), os estudantes vão para um final de semana prolongado - atualmente virou várias semanas prolongadas - para celebrar. É uma espécie de rito de passagem, e neste período eles são conhecidos como schoolies.
Isso surgiu no início dos anos 70, e é cada vez mais popular. Mas, claro, tem muitos problemas.
O principal destino dos schoolies é a Gold Coast, em Queensland, e é pra lá que boa parte dos formandos se encontram.
Pergunto: conseguiram imaginar o resultado da equação espinhas + hormônios + álcool + drogas?
Pior! A maioria dos colégios na Austrália são unissex (tipo cabelereiro), ou seja, exclusivo para meninas ou meninos. Mesmo quando são para os dois, as classes são exclusivas para cada um.
Com isso, a concentração de hormônios é ainda mais explosiva, pois passando boa parte da adolescência apenas com pessoas do mesmo sexo, eles não desenvolvem muito tato para a socialização com o sexo oposto, acabam ficando demasiadamente bolinhas ou luluzinhas (brasileiras, entenderam porque vocês reclamam tanto dos australianos?) e, quando ganham a alforria e seguem para a Gold Coast ou qualquer outra colônia sexual de férias, é pior do que micareta.
Coma alcoólica, violência sexual e até morte fazem parte do script dos schoolies, tanto que a polícia monta um grande esquema em torno das principais aglomerações.
No final de novembro, quando os adoescentes fazem o último exame da high-school (equivale ao término do colegial), os estudantes vão para um final de semana prolongado - atualmente virou várias semanas prolongadas - para celebrar. É uma espécie de rito de passagem, e neste período eles são conhecidos como schoolies.
Isso surgiu no início dos anos 70, e é cada vez mais popular. Mas, claro, tem muitos problemas.
O principal destino dos schoolies é a Gold Coast, em Queensland, e é pra lá que boa parte dos formandos se encontram.
Pergunto: conseguiram imaginar o resultado da equação espinhas + hormônios + álcool + drogas?
Pior! A maioria dos colégios na Austrália são unissex (tipo cabelereiro), ou seja, exclusivo para meninas ou meninos. Mesmo quando são para os dois, as classes são exclusivas para cada um.
Com isso, a concentração de hormônios é ainda mais explosiva, pois passando boa parte da adolescência apenas com pessoas do mesmo sexo, eles não desenvolvem muito tato para a socialização com o sexo oposto, acabam ficando demasiadamente bolinhas ou luluzinhas (brasileiras, entenderam porque vocês reclamam tanto dos australianos?) e, quando ganham a alforria e seguem para a Gold Coast ou qualquer outra colônia sexual de férias, é pior do que micareta.
Coma alcoólica, violência sexual e até morte fazem parte do script dos schoolies, tanto que a polícia monta um grande esquema em torno das principais aglomerações.
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