Meia-estação, apesar de levemente gay, é uma palavra que eu gosto. Não define nada mas diz absolutamente tudo. E ontem, 15 de julho, estávamos, literalmente, no meio da estação, o que não tem nada a ver com meia-estação.
Seguindo a lógica racional anglo-saxônica, na Austrália as estações do ano começam no primeiro dia do respectivo mês, e não lá pro dia 22, 23, como estamos acostumados no Brasil.
Assim, ontem à noite, 15 de julho, estávamos, literalmente, no meio da estação, como podem ver nessas imagens de duas pobres árvores numa noite que beirava os 16º C.
Por sorte, seguindo a lógica racional anglo-saxônica, por aqui o governo está muito mais preocupado em trabalhar para o povo do que contra o povo, como estamos acostumados no Brasil.
E esta manhã, ao abrir a caixa de correio, recebi um simpático e lúdico folder da nossa EnergyAustralia, dando algumas dicas de como aquecer a casa no inverno. Mais! Preocupados em economizar energia, eles nos deram um simpático e nada lúdico termômetro para mantermos a temperatura da casa sob controle, não deixando os aquecedores elevarem a temperatura para mais de 21º C, o que significaria desperdício e conta alta no final do trimestre (tchu-tchin!).
Resumindo: com o termômetro, a gente controla a temperatura, mantém a casa aquecida e ainda economiza, o que significa que sobra mais dinheiro para tomar mais vinho, mantendo o corpo aquecido e a temperatura lá em cima no inverno. Isso que é governo!
quinta-feira, 16 de julho de 2009
segunda-feira, 13 de julho de 2009
De domingo a domingo – Uma nova cena pintando
Samba Mundi
Primeiro foi no domingo, 28 de junho, no RSL de Coogee, com a festa de despedida do Rodrigo Galvão, batera do Samba Mundi, excelente banda formada por brasileiros e um baixista japonês que tocam bossa nova com samba com jazz com etc etc etc.
A festa atraiu muita gente bacana, incluindo aí vários músicos, que fizeram uma jam session de altíssima qualidade com muita sonzeira brasileira.
Estiveram no palco músicos como a cantora e compositora Tina (valeu, Julião), décadas de Austrália e que toca um violão lascado; novos talentos como o recém-chegado Gabriel Nascimento, o Bizu, moleque de 25 anos que não sai de casa sem o violão, e passeia por Noel Rosa a Lenine com uma naturalidade assustadora; figuraças como o baterista e percussionista Julio Araujo, dono de uma batida potente, que toca na Vote For Mary, banda com mais dois brasileiros e um baixista australiano; e talentos como o percussionista Sandro, craque que, além de tocar muito, é ótimo professor.
Vote For Mary
Um pouco desta noite poderá ser visto em breve no programa 4U Brasil, que rola na internet e mostra um pouco do dia-a-dia de alguns brasileiros na Austrália. O projeto, capitaneado por Anderson Miranda, o popular Cipó, é dividido em capítulos, cada um sobre um personagem diferente. A idéia é ótima e a evolução do piloto para o primeiro episódio é grande. Tem tudo pra ficar cada vez melhor!
E ontem à noite, no Coogee Bay Hotel, rolou o Beach Samba Rock, festa organizada pela Fibra Entertainment, da dupla Fernando e Igor, e pela BO3 Baluart Productions, do volante e capitão dos Canarinhos Balu Gimenez. A atração principal foi o Toca Jorge, banda que manda um samba-rock de primeira e tem nos vocais e no violão elétrico o talentoso Fernando Aragones, que paralelamente é baterista da Dubbly, excelente banda de reggae com dois australianos. Nos intervalos, o DJ Fabricio Alves misturou um pouco de música brasileira com hip hop e electro house e manteve o astral da festa, que já estava ótimo, lá em cima.
Dubbly
Para quem não sabe, a Fibra foi a responsável pelas apresentações do Marcelo D2 por aqui, que rolaram em maio deste ano, e a BO3 tem feito ótimas festas sempre com bons shows. Para agosto, as duas empresas prometem um festival de bandas brasileiras e australianas que, na minha opinião, vai ser o marco de uma nova cena que está pintando por aqui. Falo sobre isso assim que eles anunciarem o festival.
Por ora, não percam duas ótimas apresentações que acontecem esta semana:
Gabriel Nascimento (Bizu) - Amanhã, 14/7, no Manhattan Lounge Sydney (50 Elizabeth St, perto de Martin Place), a partir das 20h.
Vote For Mary - Quarta, 15/7, no Excelsior Hotel (64 Foveaux St – Surry Hills), a partir das 20h15. Entrada: $10.
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Mark "Uéh-ber" fez história
Alan Jones foi o primeiro e único australiano a vencer uma temporada da Fórmula 1. Isso aconteceu em 1980. E até ontem à noite, ele mantinha a escrita de ter sido o último piloto australiano a vencer um GP, quando conquistou o de Las Vegas em 1981.
Mas ontem, Mark Webber (eu gostaria de ouvir um sapo pronunciar o sobrenome dele: uéh-ber) acabou com 27 anos de espera. Correndo na Alemanha o seu GP de número 130, em seu oitavo ano na categoria, Uéh-ber (como diria o sapo) terminou na frente pela primeira vez e comemorou como poucos, ainda na pista, conforme ouvimos pela televisão. Foi até emocionante.
De quebra, assumiu a terceira posição na classificação geral com 45.5 pontos (como parei de acompanhar F1 quando o Mansell saiu, não entendo o meio ponto), ficando atrás do líder Jenson Button (68 pontos) e do seu companheiro de Red Bull Sebastian Vettel (47), e à frente do nosso glorioso Rubens Barrichello (44), que chegou a liderar a prova, mas depois... bem, vocês sabem.
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quinta-feira, 9 de julho de 2009
O cara e as cinzas
Se tem um esporte que o australiano ama é o cricket. E se tem uma competição que ele quer vencer de qualquer maneira é a série The Ashes, que acontece desde 1882 e envolve somente Austrália e Inglaterra.
Como ocorre apenas de dois em dois anos, cada vez em um dos países durante o verão no respectivo hemisfério (sim, o cricket é um esporte de veraneio), a ansiedade nos meses que antecedem é descomunal.
E ontem, pouco antes de iniciar a primeira partida em Cardiff, na Grã-Bretanha, Richard Branson, o bilionário inglês dono da Virgin, fez uma iluminada aparição na torre sul da Harbour Bridge, em Sydney.
Através de uma projeção de 25 metros, ele provocou nosso capitão Ricky Pontin e, consequentemente, o resto do país ao desejar sorte e dizer que ele precisará. Mais! Vai doar mil libras para cada rebatedor inglês que fizer 50 pontos.
O cara, além de gênio, excêntrico e chapa do Rubinho, é um tremendo de um marketeiro!
Como ocorre apenas de dois em dois anos, cada vez em um dos países durante o verão no respectivo hemisfério (sim, o cricket é um esporte de veraneio), a ansiedade nos meses que antecedem é descomunal.
E ontem, pouco antes de iniciar a primeira partida em Cardiff, na Grã-Bretanha, Richard Branson, o bilionário inglês dono da Virgin, fez uma iluminada aparição na torre sul da Harbour Bridge, em Sydney.
Através de uma projeção de 25 metros, ele provocou nosso capitão Ricky Pontin e, consequentemente, o resto do país ao desejar sorte e dizer que ele precisará. Mais! Vai doar mil libras para cada rebatedor inglês que fizer 50 pontos.
O cara, além de gênio, excêntrico e chapa do Rubinho, é um tremendo de um marketeiro!
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quarta-feira, 8 de julho de 2009
Australia's Perfect Couple e São Firmino
Enquanto aguardo o início do reality show Australia's Perfect Couple, vou acompanhando o festival de São Firmino, em Pamplona, na Espanha.
Explico: não sou muito chegado em televisão, muito menos em reality shows, mas no referido programa teremos a participação do nosso glorioso Rafael, chapa brasileiro, e de sua mulher neozelandesa Gemma (foto acima). A competição começa em breve, eles disputarão prêmio de 250 mil dólares e estarei torcendo. Quanto ao festival, como é uma tremenda sacanagem com os famigerados touros, ficarei aqui contabilizando quantos australianos se estouram por lá.
E já tivemos um! O nome dele ainda não foi divulgado, mas o cara tem 24 anos e teve o maxilar quebrado em uma daquelas correrias. O australiano médio já não é muito chegado em abrir a boca pra falar, no caso deste, vai ficar praticamente impossível entender o que fala.
E, claro, também acompanharei o festival pra ficar de olho nos modelos "irados" das camisetas comemorativas desta edição.
terça-feira, 7 de julho de 2009
E continuam afundando!
A capa do Wentworth Courier, nosso simpático jornal do bairro, trouxe, na semana passada, a seguinte manchete na capa: Roosters em desgraça... de novo.
Rooster, pra quem não sabe, é o Sydney Roosters, time de Bondi Junction que disputa a liga mais importante de Rugby League da Austrália.
Ainda na capa, 4 fotos de 4 momentos recentes do time, entre 29 de março e 29 de junho, envolvendo jogadores e o próprio técnico que, entre outras coisas, se meteram em confusão por beberem em dia que não podiam, por beberem e assediarem sexualmente uma mulher em uma boate, por beberem e tentarem invadir o quarto de duas mulheres em um hotel, ou simplesmente por beberem e dirigirem embrigados.
O olho da matéria dizia:
Outra semana, outro incidente. Fans dizem que estão perdendo a paciência com o time que tem coinstruído reputação por perder jogos e ficar bêbado.
E anteontem, domingo, Nate Myles, jogador dos Roosters, não contente em ficar bêbado e andar pelado em um hotel, também defecou nos corredores. Isso mesmo, fez "to-tô" no corredor de um hotel na Central Coast. Detalhe: na noite anterior, ou seja, na origem da bebedeira, ele estava em um evento de jogadores de rugby... juniores.
O cara, que seria hoje convocado para disputar o próximo jogo do State of Origin, um dos mais importantes daqui, foi banido da partida e suspenso por 6 jogos. Já o time, que vinha nesta ótima sequência de problemas alcoólicos, recebeu uma multinha de $50 mil. Não por acaso são os lanternas do campeonato com 4 vitórias e 12 derrotas.
Pior: estão afundando e, literalmente, cagan%$ e andando.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
VB - Perdemos 1%!
Victoria Bitter, a popular VB, é a cerveja favorita da Austrália. Eu gosto, já tomei um bocado, principalmente quando cheguei por aqui, mas das cervejas do dia-a-dia, prefiro a Tooheys New e a Carlton. Especialmente as negras delas, Old e Black, respectivamente.
Mas hoje levei um baque ao ver que por uma questão puramente econômica, a VB, a cerveja número 1 do meu novo ídolo local, Todd Farrawell, vai perder 0.1% de álcool. Isso mesmo, de 4.7%, vai para 4.6%, 0.3% a menos em relação ao valor original de 4.9%, quando foi criada há 50 anos.
Segundo a Foster's Group Limited, dona da VB e de várias outras marcas como Carlton, Pure Blond e Cascade, com a redução de 0.1% do álcool a companhia economizará cerca de 20 milhões de dólares por ano.
Entenderam como funciona a coisa? É igual a banco, que de centavo em centavo pego da gente, faz lucros exorbitantes. No caso da VB, de 1% em 1% que tira da cerveja nossa de cada dia, vai economizar milhões. O mundo, definitivamente, está perdido.
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