segunda-feira, 6 de julho de 2009
VB - Perdemos 1%!
Victoria Bitter, a popular VB, é a cerveja favorita da Austrália. Eu gosto, já tomei um bocado, principalmente quando cheguei por aqui, mas das cervejas do dia-a-dia, prefiro a Tooheys New e a Carlton. Especialmente as negras delas, Old e Black, respectivamente.
Mas hoje levei um baque ao ver que por uma questão puramente econômica, a VB, a cerveja número 1 do meu novo ídolo local, Todd Farrawell, vai perder 0.1% de álcool. Isso mesmo, de 4.7%, vai para 4.6%, 0.3% a menos em relação ao valor original de 4.9%, quando foi criada há 50 anos.
Segundo a Foster's Group Limited, dona da VB e de várias outras marcas como Carlton, Pure Blond e Cascade, com a redução de 0.1% do álcool a companhia economizará cerca de 20 milhões de dólares por ano.
Entenderam como funciona a coisa? É igual a banco, que de centavo em centavo pego da gente, faz lucros exorbitantes. No caso da VB, de 1% em 1% que tira da cerveja nossa de cada dia, vai economizar milhões. O mundo, definitivamente, está perdido.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Afundando (e não são poucos)
No início de maio foi o ex-jogador de rugby e comentarista Matthew Johns. No começo de junho foi a vez do polêmico jogador de cricket Andrew Symonds. E hoje, mal iniciou julho e já tivemos 3 naufrágios.
O primeiro foi literal e aconteceu na cidade de Scarborough, em Perth, quando um motorista perdeu o controle do carro, invadiu a casa do simpático Don Robins e afundou na piscina do homem. Era só o começo.
No final da tarde, Lote Tuqiri, jogador de Rugby Union que por muitos anos foi o jaqueta 10 da seleção australiana, os famosos Wallabies, teve o seu lucrativo contrato encerrado pela Australian Rugby Union. Ao que tudo indica, a exemplo de Symonds, ele também quebrou o código de conduta dos jogadores em alguma fanfarra envolvendo álcool. Não foi a primeira dele.
E no time de Rugby League Cronulla Sharks, que há meses vem afundando no melhor estilo Titanic (sem uma intervenção divina vai desaparecer em breve), anunciou que o jogador Brett Seymour quebrou pela terceira vez este ano o código dos jogadores – problemas com álcool, claro – e teve o seu contrato de AU$150 mil anuais também cancelado. Já tomei alguns porres que me custaram caro, mas este...
Com tudo isso (e antes de abrir uma cerveja), preciso fazer a pergunta que não quer se calar:
Estaria o nosso motorista/náufrago de Perth, provavelmente mais um australiano fanfarrão, submergido em álcool no momento em que afundou na piscina?
O primeiro foi literal e aconteceu na cidade de Scarborough, em Perth, quando um motorista perdeu o controle do carro, invadiu a casa do simpático Don Robins e afundou na piscina do homem. Era só o começo.
No final da tarde, Lote Tuqiri, jogador de Rugby Union que por muitos anos foi o jaqueta 10 da seleção australiana, os famosos Wallabies, teve o seu lucrativo contrato encerrado pela Australian Rugby Union. Ao que tudo indica, a exemplo de Symonds, ele também quebrou o código de conduta dos jogadores em alguma fanfarra envolvendo álcool. Não foi a primeira dele.
E no time de Rugby League Cronulla Sharks, que há meses vem afundando no melhor estilo Titanic (sem uma intervenção divina vai desaparecer em breve), anunciou que o jogador Brett Seymour quebrou pela terceira vez este ano o código dos jogadores – problemas com álcool, claro – e teve o seu contrato de AU$150 mil anuais também cancelado. Já tomei alguns porres que me custaram caro, mas este...
Com tudo isso (e antes de abrir uma cerveja), preciso fazer a pergunta que não quer se calar:
Estaria o nosso motorista/náufrago de Perth, provavelmente mais um australiano fanfarrão, submergido em álcool no momento em que afundou na piscina?
terça-feira, 30 de junho de 2009
Semana das celebridades na Austrália (e dicas)
E as celebridades não param de chegar. Depois de Sacha Baron Cohen, ou Bruno, como preferirem, foi a vez de Tom Cruise aterrisar na Ozzyland. Ele veio com a mulher, a filha, os aposnes, o papagaio e, provavelmente, várias esquisitices.
A família desembarcou com o jatinho particular em Melbourne, onde a primeira-dama rodará o remake de terror Don't Be Afraid of the Dark, nos estúdios em Docklands. Ele, que já morou aqui e conhece a Austrália como poucos, com certeza vai dar um pulo em Sydney para alguma sessão domenical na igreja de Cientologia, ali na Castlereagh Street, na altura da Town Hall.
Mas não é só! Paulinha Furlan também está chegando. Ela aterrisa na quinta e ficará alguns meses entre Sydney e Gold Coast. Aliás, já falei com ela e estendo a dica: na bagagem de mão, traga sempre o COE (comprovante de matrícula) e o endereço da homestay, casa do primo ou seja lá onde for ficar.
Motivo: enquanto aguarda para retirar a bagagem, pode ser que um estranho de uniforme azul se aproxime para fazer algumas perguntas. E se você vem com visto de estudante, só de mostrar o COE e informar onde se vai se hospedar, diminuirá em 90% as chances de dor de cabeça com o Departamento de Imigração. Outra dica: limpe bem a sola dos sapatos. Não só o que estará usando, mas todos os modelitos da mala (falando tipo Bruno).
Poucas coisas preocupam tanto a Imigração local quanto barro e terra nos calçados. Por ser uma ilha – mesmo de proporções continentais – eles acham que fungo, bactéria, verme, nematóide ou qualquer outro bichinho microscópico da aula de biologia pode destruir o país. Portanto, uma aguinha nas solas antes de embarcar já é suficiente. Depois, é relaxar, atravessar o Pacífico (ou o mundo, dependendo por qual companhia vier) e aproveitar a Austrália.
Ah, e se você está se perguntando quem é Paulinha Furlan? É minha amiga, ora!
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segunda-feira, 29 de junho de 2009
VB nele!
Eu tenho alguns ídolos na Austrália. Uns eu conheço pessoalmente, como Captain Kevin, Larry Shuttes, John Fordham e o meu cunhado Rob. Outros, como Peter Garrett (ministro e Midnight Oil), ainda não tive a oportunidade. Mas o fato é que ontem, antes dos Canários, lendo o The Sunday Telegraph, encontrei o meu grande ídolo australiano.
Ele atende pelo nome de Todd Farrawell e tem 38 anos. Profissão? Pedreiro especialista em subir paredes, o popular bricklayer. Com sua caminhonete anos 1970, CDs do AC/DC no porta-luvas e cabelo comprido em volta da careca, ele é uma espécie de herói da resistência dos subúrbios do Oeste, que, segundo o próprio, estão sendo invadidos pelos metrossexuais.
A filosofia do homem é simples:
- Tanto no trabalho quanto em ocasiões sociais só usa shorts. Se precisa comprar jeans, vai na Lowes (loja de produtos baratos).
- Anda sempre com um cachorro na caçamba da caminhonete.
- Não tem tempo para o David Beckham.
- Uma torta de carne no trabalho conta como refeição.
E o mais importante:
- Não toma cerveja low-carb (essas com baixa quantidade de carboidrato).
É ou não é o cara? Aliás, também sou absolutamente contra Pure Blonde, Super Dry, Extra Dry e outras cervejas low-carb. Tomo, claro, mas se posso escolher, sem chance!
E falando nisso, outro ídolo, mas não australiano, está em Sydney. É o ator inglês Sacha Baron Cohen, que veio promover Bruno. VB (Victoria Bitter - a cerveja da foto acima) nele!!!
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sábado, 27 de junho de 2009
Bit it!
O péssimo trocadilho acima, em clima de Michael Jackson, foi para avisar que, após longo e tenebroso outono, acabamos de ter mais um ataque de tubarão. O primeiro do inverno 2009.
O ataque ocorreu agora a pouco, às 8h45 da manhã, na Seven Mile Beach, em Gerroa, sul de New South Wales. Pelo que tudo indica, a mordida foi "leve", dilacerando apenas a parte de baixo da perna.
A questão que não quer se calar, é:
O que o cara fazia na água, neste frio, às 8h45 da manhã de um sábado?
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sexta-feira, 26 de junho de 2009
Luto (duplo) e um apelo
Apesar dela não ter nada a ver com a Austrália (ou com o terceiro continente à sua escolha - temas principais deste blog), eu, enquanto oitentista, ocidental, americano do sul e dono do blog, não poderia deixar passar em branco. Afinal, foi o primeiro amor da minha vida e o meu ideal de beleza até descobrir as "suécias"!
Viva Farrah Fawcett (1947-2009)!
E no momento em que atualizo este post, Michael Jackson acaba de morrer. Eu, enquanto oitentista, ocidental, americano do sul e dono do blog, também preciso registrar, afinal, todo amor platônico é embalado por algumas músicas, e no início dos anos 80, não importa onde estava ou o que fazia, ao fundo sempre rolava algum clááááássico de Thriller.
Com duas perdas oitentistas na sequência, uma na TV e outra na música, faço um apelo:
Muller, cuidado ao sair de casa hoje. Perder o ídolo oitentista do futebol seria demais!
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quarta-feira, 24 de junho de 2009
Programa bem australiano
Sábado passado foi o aniversário da minha irmã, a mãe dos gêmeos. A idéia original era comemorar no Randwick Racecourse, o principal palco de corridas de cavalos de Sydney. Programa bem australiano, principalmente aos sábados, quando a mulherada nas tribunas usa vestidos longos e chapéus coloridos, enquanto os homens tentam parecer mafiosos.
A festa da minha irmã não seria nas tribunas, mas num gramado dentro do racecourse, com acesso ao bar, às apostas e podendo levar quitutes e toalhas para fazer piquenique. Coisas dos gêmeos e, mais uma vez, programa bem australiano.
Não sei se por descenderem de prisioneiros, por viverem em um paraíso ou ambos, mas o fato é que australiano adora toda e qualquer atividade ao ar livre, entre elas um bom piquenique. Eu adoro! Com algumas botejas de vinho, queijinhos, pães e boa companhia, passa-se um dia perfeito em parques, praias, cliffs ou seja lá onde estiver.
Mas no sábado o tempo estava horrível, o que nos levou ao plano B: RSL. O Returned and Services League of Australia, o popular RSL, surgiu em 1916 como programa do governo para receber os homens e mulheres que voltavam da I Guerra Mundial, oferecendo um lugar para eles se reunirem, confraternizarem, enfim, beberem.
Os RSL’s estão espalhados por toda a Austrália, são frequentados não só por veteranos de guerras, mas também por famílias, jovens, estudantes brasileiros e quem mais quiser. Além do bar, que é a atração principal, em geral eles também têm restaurante, área para apostas, jogos e outros entretenimentos.
O grande lance do RSL é se tornar membro. Por $5, $6, $10 por ano, você ganha a sua carteirinha e tem ótimas vantagens como cerveja mais barata, desconto no restaurante e acesso a vários sorteios, promoções etc. Em um dos que eu era sócio, em Coogee, às segundas-feiras um honesto steak + cerveja saía por apenas $5,50. Praticamente de graça e já pagava a anuidade!
E todo santo dia, às 6 em ponto da tarde, quem está nos RSL’s mais tradicionais é obrigado a se levantar, olhar para uma espécie de altar onde estão algumas referências militares e fazer um minuto de silêncio em homenagem aos aussies que morreram na guerra. Como eu disse, programa bem australiano, mas que todo mundo gosta!
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