segunda-feira, 29 de junho de 2009

VB nele!



Eu tenho alguns ídolos na Austrália. Uns eu conheço pessoalmente, como Captain Kevin, Larry Shuttes, John Fordham e o meu cunhado Rob. Outros, como Peter Garrett (ministro e Midnight Oil), ainda não tive a oportunidade. Mas o fato é que ontem, antes dos Canários, lendo o The Sunday Telegraph, encontrei o meu grande ídolo australiano.

Ele atende pelo nome de Todd Farrawell e tem 38 anos. Profissão? Pedreiro especialista em subir paredes, o popular bricklayer. Com sua caminhonete anos 1970, CDs do AC/DC no porta-luvas e cabelo comprido em volta da careca, ele é uma espécie de herói da resistência dos subúrbios do Oeste, que, segundo o próprio, estão sendo invadidos pelos metrossexuais.



A filosofia do homem é simples:

- Tanto no trabalho quanto em ocasiões sociais só usa shorts. Se precisa comprar jeans, vai na Lowes (loja de produtos baratos).
- Anda sempre com um cachorro na caçamba da caminhonete.
- Não tem tempo para o David Beckham.
- Uma torta de carne no trabalho conta como refeição.

E o mais importante:
- Não toma cerveja low-carb (essas com baixa quantidade de carboidrato).

É ou não é o cara? Aliás, também sou absolutamente contra Pure Blonde, Super Dry, Extra Dry e outras cervejas low-carb. Tomo, claro, mas se posso escolher, sem chance!

E falando nisso, outro ídolo, mas não australiano, está em Sydney. É o ator inglês Sacha Baron Cohen, que veio promover Bruno. VB (Victoria Bitter - a cerveja da foto acima) nele!!!

sábado, 27 de junho de 2009

Bit it!



O péssimo trocadilho acima, em clima de Michael Jackson, foi para avisar que, após longo e tenebroso outono, acabamos de ter mais um ataque de tubarão. O primeiro do inverno 2009.



O ataque ocorreu agora a pouco, às 8h45 da manhã, na Seven Mile Beach, em Gerroa, sul de New South Wales. Pelo que tudo indica, a mordida foi "leve", dilacerando apenas a parte de baixo da perna.



A questão que não quer se calar, é:

O que o cara fazia na água, neste frio, às 8h45 da manhã de um sábado?

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Luto (duplo) e um apelo



Apesar dela não ter nada a ver com a Austrália (ou com o terceiro continente à sua escolha - temas principais deste blog), eu, enquanto oitentista, ocidental, americano do sul e dono do blog, não poderia deixar passar em branco. Afinal, foi o primeiro amor da minha vida e o meu ideal de beleza até descobrir as "suécias"!



Viva Farrah Fawcett (1947-2009)!



E no momento em que atualizo este post, Michael Jackson acaba de morrer. Eu, enquanto oitentista, ocidental, americano do sul e dono do blog, também preciso registrar, afinal, todo amor platônico é embalado por algumas músicas, e no início dos anos 80, não importa onde estava ou o que fazia, ao fundo sempre rolava algum clááááássico de Thriller.



Com duas perdas oitentistas na sequência, uma na TV e outra na música, faço um apelo:

Muller, cuidado ao sair de casa hoje. Perder o ídolo oitentista do futebol seria demais!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Programa bem australiano



Sábado passado foi o aniversário da minha irmã, a mãe dos gêmeos. A idéia original era comemorar no Randwick Racecourse, o principal palco de corridas de cavalos de Sydney. Programa bem australiano, principalmente aos sábados, quando a mulherada nas tribunas usa vestidos longos e chapéus coloridos, enquanto os homens tentam parecer mafiosos.



A festa da minha irmã não seria nas tribunas, mas num gramado dentro do racecourse, com acesso ao bar, às apostas e podendo levar quitutes e toalhas para fazer piquenique. Coisas dos gêmeos e, mais uma vez, programa bem australiano.

Não sei se por descenderem de prisioneiros, por viverem em um paraíso ou ambos, mas o fato é que australiano adora toda e qualquer atividade ao ar livre, entre elas um bom piquenique. Eu adoro! Com algumas botejas de vinho, queijinhos, pães e boa companhia, passa-se um dia perfeito em parques, praias, cliffs ou seja lá onde estiver.

Mas no sábado o tempo estava horrível, o que nos levou ao plano B: RSL. O Returned and Services League of Australia, o popular RSL, surgiu em 1916 como programa do governo para receber os homens e mulheres que voltavam da I Guerra Mundial, oferecendo um lugar para eles se reunirem, confraternizarem, enfim, beberem.



Os RSL’s estão espalhados por toda a Austrália, são frequentados não só por veteranos de guerras, mas também por famílias, jovens, estudantes brasileiros e quem mais quiser. Além do bar, que é a atração principal, em geral eles também têm restaurante, área para apostas, jogos e outros entretenimentos.

O grande lance do RSL é se tornar membro. Por $5, $6, $10 por ano, você ganha a sua carteirinha e tem ótimas vantagens como cerveja mais barata, desconto no restaurante e acesso a vários sorteios, promoções etc. Em um dos que eu era sócio, em Coogee, às segundas-feiras um honesto steak + cerveja saía por apenas $5,50. Praticamente de graça e já pagava a anuidade!



E todo santo dia, às 6 em ponto da tarde, quem está nos RSL’s mais tradicionais é obrigado a se levantar, olhar para uma espécie de altar onde estão algumas referências militares e fazer um minuto de silêncio em homenagem aos aussies que morreram na guerra. Como eu disse, programa bem australiano, mas que todo mundo gosta!

domingo, 21 de junho de 2009

Panadol nele!



Eu amo a Austrália. O lugar, as pessoas, o estilo de vida, o transporte público, o vinho, as mulheres, tudo. Mas tem algo que me assusta: os médicos.

Não sei a razão por tamanho despreparo, pois os caras têm ótimas instalações, equipamentos de última geração, estudam vários anos em boas universidades, mas na hora de fazer um simples diagnóstico, é absolutamente assustador.

Não sei se por preguiça (o australiano como o restante do hemisfério sul é bem preguiçoso), por incompetência ou por pressão do fabricante, mas eles não são de examinar muito e, após alguns pouquíssimos minutos, o diagnóstico é sempre o mesmo:

"Não deve ser nada, toma um Panadol que passa."



Paul Curtis, 31 anos, após dois dias de muita dor no pescoço, passou pela emergência do Sydney's Ryde Hospital. Os médicos, sem mesmo pedir um raio-x, mandou ele pra casa e receitou o Panadol.

A dor não passou e Paul voltou para o hospital, quando outro médico diagnosticou que o cara havia quebrado o pescoço. Só isso!

Minha irmã, quando teve os gêmeos, graças ao bom Deus, foi muito bem atendida, deu tudo certo, mas sei de muita história de brasileiro que ouviu diagnósticos pra lá de assustadores.

Aliás, se você souber de algum, conte aí embaixo.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Só pra confirmar - Go Socceroos!

A vaga para a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul já estava garantida, e com a vitória (de virada) por 2 a 1 contra o Japão, agora a pouco, em Melbourne, a seleção australiana confirmou a primeira colocação no grupo 1 asiático (sim, estamos na Oceania mas disputamos na Ásia - coisas do terceiro continente à sua escolha).



Os dois gols australianos foram marcados por Tim Cahill (o da jaqueta 4 fazendo careta), meio-campista do Everton que na Copa de 2006 havia feito outros dois gols contra o mesmo Japão na estréia das duas seleções. Já o gol japonês foi marcado pelo brasileiro Tulio Tanaka (sim, ele nasceu no Brasil mas joga pelo Japão - coisa do continente azul claro acima do terceiro à sua escolha).

terça-feira, 16 de junho de 2009

O tio dos gêmeos

Domingo passado fui à festa junina do BraCCA (Brazilian Community Council of Australia), a principal associação de brasileiros por aqui. Já tradicional, a festa rolou em um clube português e, apesar das filas (brasileiro adora uma fila) e da chuva, estava bem bacana.

Principalmente por eu ter conhecido uma honesta cerveja portuguesa que jamais ouvira falar, a Super Bock, e, claro, por ter encontrado algumas figuraças que só a comunidade brasileira tem. Verdadeiros “engenheiros”!



Mas o engraçado mesmo foi a maneira como uma mulher se referiu a mim, quando me apresentaram a ela:

- Esse aqui é o Pablo, jornalista, trabalha na Ozzy, escreve pra Radar e tem um blog superlegal.

- Ahhhhhhhhhh, você é o tio dos gêmeos!

Lição do dia: anos de jornalismo, uma batalha para conseguir escrever deste lado do Pacífico, litros e mais de litros de café, horas debruçado no computador (seja em casa ou na biblioteca de Waverley), mas desde 30 de outubro do ano passado, nada mais do que o tio dos gêmeos.

Com vocês, as últimas chapas de Patrick e Georgia: