Mostrando postagens com marcador rugby. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador rugby. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Sexta em Melbourne, Sydney e Gold Coast Titans

Se este blog fosse em inglês, os assuntos deste post seriam Final, Finals and Grand Final. Como é em português...

O final de semana começa oficialmente daqui a pouco, em Melbourne, com a Super Juliana Frantz e o Samba Cine Club, que hoje exibe “Corisco & Dadá” (1996). História real de um, digamos, genérico do Lampião que causou um bocado no sertão nordestino e entrou para a história como Diabo Loiro. O Samba Cine acontece no 1000€ Bend (361 Little Lonsdale St), o filme começa às 19h30, depois rola forró, xaxado e baião e a entrada é quanto você puder doar. Para mais informações, clique aqui.


Plena segunda em Melba. Em breve tem mais!

Ainda em Melba, a partir das 21h, DJ Hasin comanda a sua tradicional Tupinikings, balada na NUMBER FIVE (6 Queensbridge Square - Southbank) que hoje traz a cantora baiana Dany Maia acompanhada de seu quinteto. Depois, a festa continua até às 3 da matina com muito samba-rock, funk carioca, nova mpb, forró e house music. Ingresso a $15 na porta, $10 antecipado.



Por aqui, tudo começa às 19h45, com o jogo que na verdade acontece em Brisbane. Valendo vaga na Grand Final da Rugby League, os Roosters vão até a Gold enfrentar os Titans. Vai ser um jo-ga-ço! Desde que voltei a morar em North Bondi, tenho tentado torcer para os Roosters, que é daqui, mas não é fácil.

Semana passada, apoiei o time contra os Panthers, o five-eighth Todd Carney é um dos meus ídolos da temporada, pensei em continuar seguindo em homenagem ao amigo Todd Olivier, que já jogou pela agremiação, porém, depois de vê-lo com a camisa do Corinthians no último domingo, abortei temporariamente o projeto.

Sendo assim e sabendo que ele está aprendendo português para passar três semanas no Brasil pescando e secando o Timão, segue uma rápida aula.

Aula de Brasil para Todd Olivier
Mate there is a band in Brazil called Titãs (which means Titans). They are very popular, they've been playing for almost 30 years and their fans always yell Titans! Titans! Titans! on the concert. You should practice it tonight.




Fisicamente em Sydney, partir das 21h, Fernando, Igor e Careca Daresi, o maior torcedor do Gold Coast Titans de NSW, farão a festa semanal que mais bomba na cidade: a Circus, que rola toda sexta na The Eastern (500 Oxford Street) até às 5 da matina.

Lá a fórmula é a seguinte: entrada grátis a noite inteira + drinks acessíveis = estudantes de escola de inglês e backpackers. Com os europeus desembarcando por aqui por conta da alta temporada (leia-se as europeias), isso significa balada cada vez mais florida!



Mas se a ideia é assitir a uma das melhores bandas de Sydney, sem pagar um centavo por isso e ainda tomar as deliciosas Schwartz Dark Bier, Schwartz Wheat, Schwartz Stout, Schwartz Bavarian Red Lager, entre ouras que eles produzem no próprio pub, a dica é seguir até a 42 Wentworth Av, entre o Hyde Park e a Central Station, entrar no Macquarie Hotel e curtir o Samba Mundi, que se apresenta a partir da meia-noite.

A banda, que já é e-p-e-t-a-c-u-l-a-r, hoje terá participação especial de Tiago de Lucca, que se juntará aos colegas de Abuka Trio - Sandro Bueno e Marcello Maio -, além de Giorgio Rojas, Junichi Shiomi e Rafael Hora, entre outros. Diez puntos (pronuncia-se dié púnto). O Samba Mundi toca até às 3h.




Bem, amanhã falo dos dois jogos que faltaram - Dragons x Tigers e a Grand Final do AFL entre Colingwood x St. Kilda -, já que o post ficou grande, o sol está forte e vou descer para a praia.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Finais e fanfarrões

Imbuído do espírito bandeirante-jesuíta-anglo-saxão-down-under, continuo minha árdua missão de catequisar os brasileiros que vivem na Austrália em relação aos esportes locais (exceto o netball, que desconsidero). Felizmente, essa semana está bem mais simples do que a passada, já que estamos próximos das duas grandes finais.



Hoje, às 19h45, no Melbourne Cricket Ground, Collingwood e Gelong farão o jogo do ano da AFL. O primeiro fez a melhor campanha da temporada enquanto o segundo é o atual campeão, vencedor de dois títulos nos últimos três anos. Jo-ga-ço!



Quem ganhar disputa a Grand Final do próximo sábado contra o vencedor de St Kilda e Western Bulldogs, que se enfrentam amanhã, às 19h20, também no MCG. Acredito que o St Kilda atropela os Bulldogs e pegam o Collingwood na final.

Já na Rugby League, hoje, às 19h45, em Canberra, a sensação Raiders enfrenta o West Tigers. A grande dúvida é se Benji Marshall, aquele que eu falei na semana passada que afina em decisão, joga. Eu acho que sim. Quem passar enfrenta os Dragons na pré-final (o estágio carioca/repescagem entre a semi e a final).



Na outra chave, teremos amanhã Roosters x Panthers. A partida tem tudo para ser um jogaço e vale a pena assistir no Sydney Football Stadium ou em algum pubão (pronuncia-se pâbão). O jogo também começa às 19h45 e o vencedor enfrenta os Titans, em Brisbane, na próxima semana, valendo vaga na Grand Final.

Enquanto isso, Craig Moore, o zagueiro da seleção australiana de futebol que antes da Copa escrevi que batia até na mãe, está preso em Dubai por ter enchido a lata e discutido com policiais. Grande fanfarrão!



Em Dubai, segundo o nosso amigo aeromoço Lucas Furieri (acima e abaixo), é proibido beber na rua e ficar bêbado em público. Não por acaso nosso amigo (e também grande fanfarrão) não sai da piscina do hotel, uma vez que o copo grudou na mão desde que ele desembarcou há cerca de dois meses (ops, não só o copo).



Outro jogador que também deu um chego na cadeia foi o melhor jaqueta 7 da Rugby League, Johnathan Thurston. O capitão dos Cowboys passou a noite de quarta para quinta num cassino, em Brisbane, foi colocado pra fora e depois, após discutir com policiais, passou à noite no xilindró.

O pior foi a minha sobrinha Georgia, quase dois anos, que há algumas semanas finalmente aprendeu a falar o meu nome. Ela, já grande leitora, estava no colo da minha irmã, que abria a internet.



Ao ver a foto do atleta-fanfarrão-meliante com cabelo comprido, barba por fazer e aspecto beberrão, ou seja, desleixo total, Georgita proferiu:



- Pabo!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Bolt nos 10 anos das Olimpíadas



Para celebrar os 10 anos das Olimpíadas de Sydney, o governo de New South Wales, juntamente com alguns patrocinadores de peso, farão um grande evento hoje à noite com a presença de ninguém menos do que homem mais rápido do mundo.

É verdade! O jamaicano Usain Bolt desembarcou ontem com a simpatia (e a marra) de sempre, distribuindo sorriso pra todo lado, fazendo pose e, claro, muito merchandising (tchu-tchín!).



Com sede, ele apareceu no saguão do aeroporto tomando um Gatorade da sua linha pessoal (tchu-tchín!). Para não trazer muita mala e pagar excesso de bagagem, ele carregava um par de tênis Puma na mão (tchu-tchín!). Horas depois, muito interessado no dia-a-dia australiano, devorou o Daily Telepraph (tchu-tchín!).



Bolt, o homem que corre 9.58 segundos em 100 metros, ficará poucos dias por aqui, mas a agenda está lotada. O grande momento será hoje à noite, no Sydney Olympic Park, onde vai ser host de diversas corridas, incluindo o Gatorade Bolt, o momento mais aguardado, quando quatro dos maiores jogadores de football (leia-se rugby) da Austrália disputarão os 100m para saber quem é o "footballer" mais veloz do país.



Este é um desafio que acontece todo ano por aqui e, entre as estrelas, terá Greg Inglis do Melbourne Storm, Jarryd Hayne dos Eels, o Wallaby Lachie Turner e Nathan Gardener dos Sharks. O vencedor leva $20,000 do Auburn RSL (algo em torno de $1818 por segundo). Dêem uma olhada nesses dois vídeos.



Go Jarryd!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Finais da Rugby League e AFL

Tirem as crianças da sala, pois agora é pra valer. Neste final de semana começam as finais da Rugby League. Detalhe: daqui até a decisão, em 3 de outubro, todos os jogos serão transmitidos ao vivo em canal aberto pelo Channel 9. Haja VB!



Os oito times classificados são:

1. St George Illawarra Dragons
2. Penrith Panthers
3. Wests Tigers
4. Gold Coast Titans
5. New Zealand Warriors
6. Sydney Roosters
7. Canberra Raiders
8. Manly Sea Eagles

A grande ausência, claro, é o Melbourne Storm, atual campeão que teve participação apenas figurativa nesta temporada, já que se envolveu em um escândalo salarial e jogou sem disputar pontos (tipo aquele seu irmão mais novo que era café com leite nos jogos do prédio).



A partida de abertura acontece nesta sexta, às 19h45, entre Titans e Warriors. Apesar dos Titans jogarem em casa, acho que os Warriors do meu amigo Paul podem surpreender. Vou torcer pelos kiwis e apostar em uma vitória com margem mínima de diferença.

No sábado, aniversário da Vezita, teremos dois jogos. Às 18h30, Tigers e Roosters se enfrentam no Sydney Football Stadium. Jogo equilibrado, o West Tigers tem Lote Tuqiri, que voltou este ano para a League e está voando, porém, Benji Marshall sempre afina em decisões. Sendo assim, vou com Minichiello, Mitchell Pearcee, Nate Myles e, principalmente, Todd Carney, acreditando que os Roosters do meu amigo Todd Olivier ganham.

Jás às 20h30, os Panthers, mesmo com a ausência do capitão Petero Civoniceva (suspenso), uma versão aborígene e mais técnica do nosso tetracampeão Mauro Silva, irão atropelar os Raiders. Por gentileza, alguém anote a placa.




E no domingo, às 16h, Dragons e Sea Eagles fecham a primeira rodada das finais. Esse jogo terá um sabor de revanche e talvez vingança, já que no ano passado, após fazer a melhor campanha a exemplo deste ano, os Dragons foram eliminados pelo time de Manly. Acredito que domingão a história será completamente diferente, os Dragons, que possuem uma defesa impressionante, têm em Brett Morris, Matt Cooper, Jason Nightingale, Jamie Soward e Ben Hornby o quinteto que pode fazer a diferença e conduzir o time de Illawarra para a grande final.

Veremos!

Enquanto isso, a situação da AFL é a seguinte:

O Collingwood, que tem o brasileiro Harry O’Brien, fez a melhor campanha da fase classificatória e já está na preliminar da final (um estágio entre a semi e a final - coisa de anglo-saxão nascido no Outback). Eles aguardam o vencedor de Geelong e Fremantle, que se enfrentam nesta sexta às 19h45, no MCG. Podem cravar Geelong, o atual campeão, para ganhar com folga.



No sábado, às 19h20, o meu Sydney Swans, único time da cidade na competição, disputará o jogo da vida contra o Western Bulldogs, uma equipe marrenta com jogadores detestáveis. Será muito difícil, principalmente porque o jogo será em Melbourne, mas acho que os Swans consegum um feito heróico vencendo no finalzinho. Quem passar enfrenta o St Kilda, meu segundo time na liga, que na semana passada venceu o Geelong numa espécie de pré-semi-final-com-direito-a-repescagem (coisa de anglo-saxão nascido no Outback), e aguarda de camarote.



Os vencedores destas duas chaves, digamos assim, se enfrentam na grande final.

Sei que parece complicado, o regulamento das finais provavelmente foi feito pelo mesmo cara que faz o do Campeonato Carioca, o único torneio do planeta que 5 times jogam o quadrangular final, e o único do universo que um time foi tricampeão em 2 anos (o Flamengo em 1978/79). Mas no final dá tudo certo e vale a pena acompanhar os jogos, pois são batalhas homéricas. Que vençam os melhores (ou os times nos quais farei uma fezinha)!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Vinhos da Noite: Riesling x Tempranillo

Para a maioria, a segunda semifinal da Copa do Mundo que acontece daqui a pouco é o embate entre Alemanha e Espanha. Para outros, é a revanche da última Eurocopa. Entre os eno-beberrões, categoria na qual me incluo, é o encontro da Riesling, a uva símbolo da Alemanha, com a Tempranillo, a uva símbolo da Espanha.


Ir para o Guia de Vinho

Já para os eno-beberrões brasileiros que vivem na Austrália com sérias restrições orçamentárias é a desculpa perfeita para reunir alguns amigos em casa esta noite e tomar duas botejinhas do nosso Guia de Vinho - um Riesling e um Tempranillo, claro - gastando no máximo $41 nas duas garrafas, o que sai $20.50 por boteja.

Coincidentemente, os dois vinhos indicados com essas uvas estão na categoria Para socializar (com os amigos), que é a sugestão de hoje. Não estou falando para ninguém passar a madrugada acordado tomando vinho, muito menos dormir e acordar às 4h28 para ver a partida tomando essas duas garrafas, mas aproveitando o frio ordinário que faz na Austrália e o clima de final de Copa do Mundo, por que não um jantarzinho hoje para esquentar com essas botejas?



Sei que o frio pede vinhos mais fortes e encorpados, mas começar as atividades com o nosso Leo Buring Eden Valley Riesling 2008 ($22) é bem interessante. Para muitos (e eu novamente me incluo), a Riesling é a mais elegante das uvas brancas, e na Austrália ela encontrou na fria região do Eden Valley, em South Australia, seu lar perfeito para crescer.

Muitos brasileiros não guardam boas lembranças de vinhos com qualquer referência à Alemanha, especialmente os da minha geração. Motivo? Nossas mães são marcadas por duas características: em geral são santistas por conta do Pelé e, nos anos 1980, já casadas, acordavam com fortes dores de cabeça em todo 25 de dezembro em virtude das famigeradas garradas azuis, aquelas compridas, de vinho alemão doce e barato que invadiam as ceias natalinas. Estou falando do popular Liebfraumilch, uma das poucas opções de vinho branco disponíveis no mercado, além de grandes bombas. Cada taça já vinha com um bombardeio alemão na cabeça.



Pois bem, felizmente 20 anos se passaram, o Brasil se abriu aos importados de qualidade, e aqui na Austrália temos acesso a Rieslings muito bons e com ótimos preços.

Como é o caso desse da Leo Buring, que, conforme a própria descrição do Guia, é um vinho sem excessos, na medida, com aromas de flor e levemente amanteigado no nariz, bastante mineral na boca e com um sal nada comum no final que é muito agradável. Vinho elegante para agradar em cheio aqueles que torcem o nariz para vinhos muito frutados (ou que tomaram alguma garrafa azul nos anos 1980).



Depois de bebê-lo como entrada ou mesmo acompanhando algum tira-gosto, é hora de um vinho mais encorpado. Aí entra em campo o nosso Brown Brothers Tempranillo 2006 ($19), praticamente o Puyol, jogador da seleção espanhola e do Barcelona que faz um pouco de tudo, movimenta-se bem, preenche todos os espaços e tem muita personalidade. O que é o caso desse Brown Brothers, Tempranillo produzido em Victoria (AUS) que traz aromas de violeta no nariz seguido por um defumado, confirmando os dois na boca e ainda trazendo café. Ideal para acompanhar carnes assadas e condimentadas.



Paola, Toddão, taí a dica para hoje à noite, mas, claro, somente após o State of Origin III. Happy Birthday Mate and go Riesling (2 x 0) and Blues!

Importante: os dois vinhos são encontrados na Vintage Cellars e na Dan Murphys.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Luto, uma vitória, uma derrota e o Ganso de Chuquinha

Estou de luto!



Começar a semana recebendo a notícia de que Ronnie James Dio, um dos papas do Heavy Metal, passou dessa para uma melhor, é triste. Mas faz parte da vida. Resta saber para onde ele foi: Heaven or Hell?

Tenho certeza de que para o lugar mais infernalmente musical do Céu. Felizmente tive a chance de assistir a dois grandes shows em SP, um solo e outro com o Deep Purple. Gênio! Três "Enter´s" em homenagem.

ENTER
ENTER
ENTER

A vitória fica por conta do nosso Mark Webber, o primeiro australiano a vencer o GP de Mônaco desde 1951, e o primeiro aussie a liderar o mundial de Fórmula 1 desde Alan Jones, em 1981. Se ele tem bala pra conquistar o título da temporada, difícil dizer, mas impossível não é. Seria Mark Webber (os sapos adoram pronunciar o nome dele: U-ééé-ber! U-ééé-ber) o Jessico das pistas?



A derrota fica para o nosso escrete de cricket, que tomou um vareio da arqui-rival Inglaterra na final do Twenty20Twenty World Cup, em Barbados, confirmando a freguesia para a matriz nos últimos anos.

E hoje à noite sai a convocação mais aguardada. Não estou falando da seleção australiana de futebol para a Copa do Mundo, mas do time de New South Wales que disputará o State of Origin de Rugby League contra Queensland, o confronto mais esperado do primeiro semestre.

A grande expectativa é pela convocação de Jamal Idris, o maior homem da Terra, como é chamado, o popular Chuquinha. O cara, uma jamanta, é uma espécie de Ganso (o do Santos, não o primo do pato). Está jogando muito, é um atleta diferenciado, mas é novo (19 anos) e tem pouca experiência.

A dúvida: leva para esquentar o banco, ganhar cancha, talvez entrar e até fazer um grande jogo, ou chama alguém mais experimentado? Até a hora da convocação, nos dias seguintes e após o jogo, só vão falar nisso. Dunga que o diga!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Aos amigos corintianos da Austrália

A primeira torcida oficial de um time de futebol nos Eastern Suburbs - exclusiva para jogos da Libertadores da América - nasceu em 22 de maio de 2008, no Coogee Bay Hotel. Nome? Setanta Tricolor. Na ocasião, fomos eliminados pelo Fluminense com um gol do Washington no último lance do jogo. Nossa esperança de gol naquela partida? Adriano.



Hoje de manhã, houve uma tentativa semelhante. Alguns corintianos tentaram formar a Gaviões da Fiel Eastern Suburbs. Fizeram um estardalhaço na véspera, falaram que invadiriam os principais local pubs da área, mas não foi o que aconteceu. Como um entusiasta da Libertadores, juntei-me aos 4 corintianos para acompanhar a partida. Isso mesmo, invasão de 4! A maior esperança de gols contra o Corinthians? Adriano, mais uma vez.

Obviamente não ficarei aqui fazendo chacota e pilherices com a desgraça alheia, mas vendo o sofrimento dos amigos, imaginando a dor de tantos outros corintianos que vivem na Austrália como, por exemplo, o ícone maior Roberto Banana, figuras como Alexandre Rubial, Balu e Gustavo Durasi, entre tantos outros bravos torcedores, fica aqui o meu apoio e uma dica.

Não percam amanhã o tradicional VB Test Match de Rugby League, envolvendo Austrália x Nova Zelândia, ao vivo, a partir das 20h, no Channel 9. Vai ser um jogaço! O escrete aussie entrará com craques como Billy Slater, Brett Morris, Greg Inglis, Jarryd Hayne Winger, Darren Lockyer e Cameron Smith. Já os kiwis vêm com niguém menos do que Benji Marshall, Adam Blair, Kieran Foran, Issac Luke, Sika Manu e Steve Matai. Imperdível!


sexta-feira, 23 de abril de 2010

Tempestade de vergonha em Melbourne

Caixa 2 não é privilégio dos partidos brasileiros em ano eleitoral. Acaba de vir à tona mais um escândalo na sempre conturbada NRL (National Rugby League) - um dos maiores (se não for o maior) em 101 anos de existência.



Desde que cheguei na Austrália, em agosto de 2007, um time me impressionou: o Melbourne Storm. Sempre entre os primeiros colocados, os homens foram campeões naquele ano vencendo o Manly Sea Eagles na final, foram vice em 2008 perdendo para o mesmo Sea Eagles e no ano passado sagraram-se campeões batendo a sensação Parramatta Eels.

Grande time, ótimos jogadores (esse abaixo, Billi Slater, um dos melhores), enfim, tudo ia bem até que o auditor da Liga, Ian Schubert, passou a vista no famoso caderno com a relação dos pagamentos aos atletas. Em ordem. Mas quando o intrépido burocrata dos números entrou na sala ao lado e viu outro caderninho com, até o momento, 1.7 milhão de dólares extras, a casa caiu. Na verdade, o teto explodiu!



Explico: pelas regras da NRL, para manter um certo equilíbrio entre os times, eles não podem ultrapassar o teto salarial pré-estabelecido. No caderno número um, todos os pagamentos estavam de acordo. Já no dois, o teto foi parar no Melbourne Olympic Park (literalmente, pois parece que é lá que o cash ficava), e descobriu-se uma das maiores falcatruas da história do esporte australiano.

Esse $1.7 milhão vinha sendo usado como caixa 2 para pagar os atletas "em espécie" nos últimos 5 anos, incluindo $700 mil para essa temporada.

Resultado: o time perdeu os dois campeonatos conquistados nos últimos anos, levou multa de $500 mil, vai devolver $1.1 milhão de prêmios e jogará o restante da temporada para cumprir tabela, ou seja, não somando pontos. Essas, claros, são apenas as primeiras medidas. Mais estão por vir.

Outro problema sério são as apostas. Como todo esporte na Austrália está ligado a elas (lembrem-se, vivemos numa ilha), ontem mesmo foram suspendidas as apostas em quem será o último colocado, já que agora todo mundo sabe quem ocupará o posto. Isso poderia quebrar todas as casas de apostas e causar um efeito cascata catastrófico.

Mas ao contrário do que estamos acostumados a ver no Brasil (Brasileirão 2005 só para citar um exemplo recente):

1. Não acabará em pizza.
2. Vai gente pra cadeia.

Que assim seja!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Melbourne: Parte II - A Cidade



Três dias para conhecer uma cidade não é nada. Por outro lado, três dias, se bem aproveitados, é tempo de sobra para, ao menos, começar a ter uma idéia. Eu nunca havia visitado Melbourne até o final de semana passado, e achei sensacional. Mas claro, tem os seus problemas.



Sensacional porque é uma cidade cortada por um belo rio, o Yarra River, limpo (pelo menos parece ser), bem cuidado, sem mau cheiro e convidativo (não para nadar, mas para ficar nos arredores e até navegá-lo). Para quem viveu 26 dos primeiros 33 anos de vida em São Paulo (sendo 5 deles com vista para o Pinheiros), é algo sensacional ter um rio limpo dentro da cidade. Ainda mais tratando-se da segunda maior da Austrália.



Seria este o motivo pelo qual Melbourne é considerada a mais européia das cidades down under? Com certeza não, pois Perth, Brisbane e Hobart também são cortadas por rio.



A referência à Europa talvez seja pelas construções vitorianas, as mais fiéis e elaboradas ao estilo inglês de toda a Austrália, ou talvez pelo clima frio aliado aos bares e restaurantes, muitos deles à beira do próprio Yarra ou em ruelas estreitas e escondidas, todos muito charmosos e servindo boa comida e ótimos vinhos das regiões do Yarra Valley, Mornington Peninsula e Geelong, entre outras de Victoria. Passaria horas neles (aliás, passamos!).



Já St. Kilda é o bairro para se hospedar. Ou morar! A uns 20 minutos do centro, é onde está St. Kilda Beach, pedaço da costa que os moradores chamam de praia mas, na verdade, é uma baía.



A atmosfera do bairro é única. Acland Street, por exemplo, é uma espécie de Hall Street de Bondi, porém bem mais aculturada, com muito menos "artistas" e um contingente feminino mais interessante (incluindo a garçonete mais gata dos países não-nórdicos). A Acland, assim como a Fitzroy Street, merece uma caminhada a pé com parada em todo santo café, bar ou restaurante.



Já St. Kilda Beach é o local para praticar esportes, tomar sol, visitar a feirinha de artes e esquisitices que rola aos domingos e, claro, passar uma tarde tomando cerveja no beer garden dos hotéis ou nas varandas dos bares, enquanto ouve uma sonzeira ao vivo de frente para o mar (ops, pra baía).



Falando em som ao vivo, o grande barato de Melbourne é pegar todos os guias, tudo que se fala sobre a cidade - incluindo este blog - e deixar em casa. A cidade é repleta de bibocas, lugares pequenos onde você não dá nada ao passar pela porta, mas lá dentro rola uma música lascada ou uma comida incrível. O negócio é fuçar e descobrir.

Em off
Lembrem deste nome: Claypot.

Esporte é outra paixão e vocação da cidade. Todo mundo se lembra das Olimpíadas de Sydney 2000, mas não são todos que sabem que a primeira olimpíada no país foi disputada em 1956, em Melbourne.



Na semana que estávamos, além da final do futebol, tristemente relatada no post anterior, começaria o Australian Football Rules (AFL), modalidade número um do sul do país disputada em um campo oval e jogada com os pés e as mãos, cujo objetivo é fazer pontos chutando para um gol que é misto de trave de rugby com a do nosso futebol. Complicado? Nem tanto! O templo sagrado deste esporte e também do cricket em toda Austrália é o MCG (Melbourne Cricket Ground).

A cidade também já estava vivendo o clima da Fórmula 1, que começaria no final de semana seguinte (hoje). Mas, pra mim, o ápice esportivo é mesmo em janeiro, com o Australian Open de tênis que acontece no Melbourne Park, complexo que inclui a Rod Laver Arena, outro templo do esporte. Ainda assistirei umas partidas in loco.



Aliás, amo Sydney e por mim viveria aqui para sempre. Mas adoraria passar uma temporada "sabática" em Melbourne, chegando dia 1 de janeiro e ficando até 31 de dezembro. Neste período, iria em cada festival que rolasse na cidade, seja esportivo, artístico, gastronômico, enfim, viveria um ano em Melbourne conhecendo não só a cidade como o estado de Victoria inteiro, que por ser o segundo menor do país, não seria tão difícil.



Mas nem tudo é perfeito. Conforme dito no começo, a cidade tem alguns problemas.



O primeiro deles é a ausência de schooner. Sim! Uma cidade sem este copo pode se tornar inviável. Em Sydney, em qualquer pub que se vá, você sabe que pagará entre $4.50 e $6 num copo de cerveja de 425ml, a schooner. Lá só tem a pot, de 285ml, que seria a nossa middy, custa uns $4 e não dá nem para o cheiro; e a pint, o copão clássico de 568ml, mas que não sai por menos de $8. Só achamos schooner em um pub, num total de 147 que fomos. Ou seja, falência à vista!



O segundo problema é o clima. Não só por ser mais frio, o que não chegaria a ser um graaande problema, mas pela mudança constante de temperatura. Pô, meu, sou paulistano e sei bem o que é sair de manhã com vários casacos, ficar praticamente pelado na hora do almoço, começar a espirrar a partir das 17h e chegar em casa à noite querendo ir direto para o cobertor. Mas lá a alternância não pára. Em 4 horas sentado num pub ao ar livre, tirei e coloquei o casaco umas 14 vezes, sem exagero. As vezes eu não sabia se estava suando de calor ou se já era a febre por conta do frio.



E por último, mas não menos importante, temos os trams, os famosos bondinhos de Melbourne. Eu sei, fazem parte do DNA local, é a cara da cidade e tudo mais. Audrey e Ju, não se ofendam! Mas que eles são lentos demais, eles são, e que param a cada 15 metros, ah, eles param. Principalmente porque as ruas do centro são todas quadradas, e assim é esquina com farol demorado atrás de esquina com farol demorado, além de 4 paradas entre uma esquina demorada e outra. Perceberam a encrenca? Queria ver o que seria desses trams em Brasília, sem esquinas.



Parte III em breve com "O Jantar".

domingo, 27 de setembro de 2009

Update esportivo

Este post é dedicado aos brasileiros recém-chegados na Austrália.

Neste final de semana, tivemos três grandes decisões de rugby, envolvendo dois tipos diferentes de rugby, que resultaram em um grande campeão.



Para que os recém-chegados não fiquem igual a mulher que não gosta de futebol em época de Copa do Mundo, ou seja, perguntando quem é o número 9 da seleção brasileira, e porque os jogadores usam as mãos para cobrar lateral e o pé quando o lateral é na "quina" do campo, segue uma geral no que aconteceu neste final de semana. E-que-final-de-semana!

Sexta à noite tivemos um derby: Parramatta Eels x Bulldogs. Parramatta é um subúrbio da área metropolitana de Sydney, uma espécie de São Bernardo do Campo em relação à São Paulo. E os Bulldogs são de Sydney.



O jogo foi válido pela semifinal do Rugby League, um dos 3 tipos de rugby mais populares na Austrália, o preferido nos estados de News South Wales e Queensland.

A exemplo do que aconteceu com o Santos no Brasileirão de 2002, quando ainda era no sistema de mata-mata, o Parramatta entrou no play-off por último, ou seja, em oitavo lugar, e de cara enfrentou o primeiro colocado. Desbancou o favorito! E na sexta venceu os Bulldogs - que fizeram a segunda melhor campanha - por 22 a 12. Partidaça!



Destaque para o fullback dos Eels Jarryd Hayne, 21 anos (foto acima). Rápido, habilidoso e do tipo que chama os adversários para o drible, ele lembra um pouco o Robinho naquele mesmo ano de 2002, quando a então promessa decidiu o campeonato para o Santos dando show (pena que ficou na promessa).

Com a vitória, os Eels garantiram presença na grande final que acontecerá no próximo domingo, no ANZ Stadium, o estádio olímpico de Sydney, contra o Melbourne Storm.



Eu não gostaria de enfrentar um time chamado Storm na semana seguinte à passagem de duas dust storm. Principalmente porque eles têm Billy Slater, na minha humilde (põe humilde nisso) opinião de sul-americano, o melhor jogador das finais até o momento.

O cara está simplesmente arrasador, tanto na defesa quanto no ataque, e, sem trocadilhos infames, não só faz chover como já provocou tempestade, ao marcar 4 dos 7 tries do Melboune na exibição de gala da semana passada, quando abriram as finais humilhando o Manly Sea Eagles por 40 a 12.



Ontem à noite, na semifinal contra o Brisbane Broncos, Slater (foto acima) conduziu o Melbourne a uma tranquila vitória por 40 a 10, e desembarcará em Sydney como favorito na decisão.

Torcerei para os Eels, apostarei nos Eels (10 doletas, só pra brincar - tchu-tchin), mas acho que vai dar Storm.

E ontem à tarde, em Melbourne, aconteceu a grande decisão do AFL, o rugby mais popular do estado de Victoria. Num jogo emocionante decidido somente nos minutos finais, o Geelong Cats, que esteve atrás do placar no final dos 3 primeiros quartos, cresceu na hora certa, pressionou e conquistou o título ao vencer o St Kilda Saints por 80 a 68.



Essa foi a terceira decisão de AFL que vi desde que cheguei na Austrália, e os Cats disputaram as três. Venceram em 2007 e 09, perderam em 08. Quase o mesmo aconteceu com o Melbourne Storm. Eles ganharam em 2007, perderam em 06 e 08 e, no próximo domingo, só Deus sabe o que vai acontecer.

Que vença o melh... (ops, que vença o Eels, já que colocarei 10 doletas neles - tchu-tchin)!