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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Problemas e algumas esperanças

Como sabem, uma área do tamanho do estado de New South Wales está inundada em Queensland. O ponto central são os sistemas dos rios Condamine, Burnett e Fitzroy, que já deixaram 40 cidades isoladas ou parcialmente debaixo d'água, cerca de 1.200 casas inundadas e 10.700 tocadas pela água. No total, 200 mil pessoas foram atingidas pelas inundações, sendo que 4 mil estão desabrigadas e vivendo provisoriamente em um dos 17 centros de evacuação espalhados por 10 cidades. Três pessoas morreram.



Esperava-se que o Fitzroy River, na cidade de Rockhampton, chegasse a 9.4 metros acima de seu nível, o que seria o maior pico desde 1954, mas ele ficou em 9.2m e está assim desde ontem, o que evitará a inundação de 200 novas casas e o contato de outras 2 mil com a água.



Já o Balonne River, que passa por St George, cidade a 550km de Rockhampton, pode atingir o recorde histórico de 14 metros no domingo, o que inundaria cerca de 80% da cidade.

Em Condamine, sudoeste do estado, o rio de mesmo nome atingiu 14.25 metros, inundando 42 das 60 casas e obrigando todos os 150 moradores a deixarem a cidade na quinta-feira passada. Existia a possibilidade deles retornaram hoje, mas em virtude das fortes tempestades de ontem, rodovias foram fechadas e a volta talvez seja adiada.



Estima-se que o prejuízo esteja na casa dos 5 bilhões de dólares australianos - lembrando que o nosso dólar está mais valorizado do que o norte-americano. Os governos federal e estadual já abriram os cofres, mas toda ajuda é extremamente bem-vinda.

Para quem está na Austrália, no domingo, a partir das 19h30, o Channel 9 fará o Nine's Flood Relief Appeal - Australia Unites, programa de duas horas do tipo teletom com artistas e celebridades atendendo as ligações para arrecadar dinheiro.



Quem quiser ajudar neste exato momento, pode doar através do site www.qld.gov.au/floods, com cartão de crédito ligando para 1800 219 028 (estes servem para qualquer pessoa do planeta) ou mesmo pessoalmente nos bancos Commonwealth Bank, NAB, Westpac, ANZ, Bank Of Queensland, Suncorp e no supermercado Coles.



Também no domingo, acontecerá mais uma festa para arrecadar dinheiro para o Leandro Barata, o capoeirista brasileiro que em seu terceiro mês de Austrália sofreu acidente na praia de Bondi e ficou tetraplégico. O evento será no Empire Hotel (32 Darlinghurst Rd, Kings Cross), das 20h30 às 3h. Entrada mediante doação.

E já que o assunto é ajudar, não posso deixar de citar a Hyundai, principal patrocinadora do Hopman Cup, torneio de tênis que acontece em Perth. A empresa está doando 100 doletas por cada ace.

Ontem, vendo o Andy Murray vencer o francês Nicolas Mahut, o dinheiro arrecadado já estava em 22 mil dólares. Haja ace! O valor deve ter aumentado, pois eles ainda disputariam um set inteiro e depois partida de duplas.

O Hopman Cup vai até sábado, a Sérvia será campeã e imagino que deve chegar fácil fácil na casa do $40 mil!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Queimando os livros sagrados até a última ponta

Hoje, a taxa de desemprego na Austrália está por volta de 5.2%, mas nas próximas horas deve ganhar um reforço.

Alex Stewart, funcionário da Queensland University of Technology, inflamado pela polêmica em torno da declaração de um pastor norte-americano que sugeriu queimar exemplares do alcorão durante o nono aniversário do 11 de setembro, resolveu virar estatística.



Ateísta Graças a Deus, Alex pegou uma Bíblia, um Alcorão e preparou um cigarrinho para ver qual dos dois livros sagrados queimava mais rápido. O conteúdo do cigarro parecia ser a erva do capeta, mas ele afirma que não passava de grama.



Se fizesse isso com os amigos durante um churrasco, provavelmente niguém ficaria sabendo. Mas o blasfemo de Brizzie filmou o test-drive e publicou no YouTube, despertando a ira de grupos islâmicos, da igreja católica e também desagradando a direção da universidade.

Resultado: a ideia era mostrar que tanto a Bíblia quanto o Alcorão são apenas livros (o que não há nada de errado). Porém, a forma escolhida deverá lhe custar o emprego e talvez a vida. Basta lembrar o que aconteceu com o chargista dinamarquês Kurt Westergard, que em 2005 publicou charge de Maomé com um turbante em forma de bomba e sofreu tentativa de assassinato. O vídeo já foi retirado do YouTube, mas a heresia está feita. Vai ter que arcar com as consequências.



Ah, a Bíblia ganhou!

terça-feira, 27 de julho de 2010

Gold Coast - Não tinha como não gostar



Com uma reunião marcada para segunda-feira passada, na Gold Coast, não tive dúvida: embarquei dois dias antes para aproveitar o final de semana e fazer um reconhecimento da área, já que nunca havia ido para aquelas bandas, nem mesmo pisado no estado de Queensland.

Detesto fazer comparações com o Brasil para descrever lugares, pessoas ou o que quer que seja, mas brasileiro adora. Portanto, vamos lá!

Se a Gold Coast, a sexta cidade mais populosa da Austrália, tivesse nascido no Brasil, certamente seria catarinense. É verdade! Com ares de Balneário Camburiú, pinta de determinados locais de Floripa e um toque de Itapema, ela só não é 100% catarina porque traz algo de Guarujá (o lado legal do Guarú), com um sotaque da Flórida norte-americana via Fort Lauderdale.



No sábado, capitaneado pela Mirella, amiga de São Paulo, saímos de Surfers Paradise (alguém aí citou Guarujá?) e fomos até Coolangatta de carro, parando de praia em praia. Un e-p-e-t-á-c-u-l-o de aproximadamente 20km de céu azul, brisa de inverno e ondas de metro e meio.

Muitos em Sydney falaram que eu não iria gostar da Gold. Mas conforme andava e parava em cada praia, com Mirella explicando absolutamente tudo, fui curtindo o lugar. Não a ponto de pensar em viver lá, como aconteceu no quarto minuto em Melbourne, mas, por exemplo, se eu tivesse 20 anos e estivesse morando no Brasil, com aquela vontade de sair do país para viajar, estudar, aprender inglês e pegar onda, não pensaria duas vezes em seguir para lá.



Algo que chamou a atenção na Gold Coast foi a quantidade de adolescentes. Famosos pelas arruaças durante a temporada dos schoolies, que rola no final do ano, achei que a concentração fosse apenas nesta época. Que nada! Em toda esquina, há sempre uma meia-dúzia de quatro ou cinco versões cheias de espinha do Mick Fanning. Mas com praias fantásticas para se viver como Burleigh Heads e Coolangatta - as que mais gostei -, além de Palm Beach, onde uma ex-flatmate tem uma casinha de $4 milhões, não os culpo. A única coisa que realmente me recuso a comentar sobre a Gold são os parques temáticos, que detesto.

Por outro lado, temos Dan Murphys, uma espécie de Walt Dysney dos vinhos, irish pubs como o Waxy's, em Surfers, RSL's (tipo de bar/restaurante/casa da terceira idade) praticamente na areia da praia, cafés/tavernas como o The Cavern, em Nobby Beach (aliás, impressionante a quantidade de taverns), e, claro, festas fortes, como a organizada pelo meu chapa Gustavo Daresi, às terças, na Beach House. Entre as atrações: DJ V.H.S. (aquele mesmo que fez a turnê australiana do D2), jug de cerveja a $10 e 4 horas de espumante grátis para a mulherada, das 21h à 1h. Sem falar que o lugar é de frente para a praia de Surfers Paradise e com uma bela piscina ao ar livre. Ou seja, muito mais divertido do que pular de cabeça, sóbrio, num toboágua cheio de micose.

Bem, mas como nem tudo era festa, enquanto desbravava me dei conta que havia deixado a câmera na casa da Mirella. Ou seja, perdi uma oportunidade única de fotografar as praias, já que não é todo dia que se faz aqueles 20km de carro com tempo para contemplar cada lugar. Com a batalha perdida, porém não a guerra, sapequei a primeira cerveja do dia com o intuito de atrair alguma luz reveladora que me abrisse caminho para registrar a Gold Coast de maneira ainda melhor no dia seguinte. E ela veio...



Antes, porém, na noite de sábado, finalmente conheci a minha grande amiga que jamais havia visto pessoalmente, Vanessa Feitosa, além de ter reencontrado os grandes Montezano e Adriana Ikeda no indescritível condomínio que vivem em Mermaid Beach. Sim, este é outro aspecto totalmente positivo da Gold, os excelentes apês e condomínios, grandes e novos, por preços totalmente acessíveis.

Voltando à questão da falta de chapas, no domingo Mirela surgiu com a luz. Na verdade, quem trouxe foi Dave, marido dela e um dos caras mais gente fina que conheci desde que cheguei na Austrália. A família, a bordo do Lady Angela, barco batizado em homenagem a irmã, passaria o dia em alto-mar.



E assim, no melhor estilo Jéssico Watson (sim, Jessica Watson é de Queensland e já velejou muito por aquelas águas), passei O DOMINGO não apenas fotogrando a Gold de um ângulo, no mínimo, inesperado, como também sapecando várias vevejinhas enquanto ouvia algumas baleias e tirava mal tiradas chapas de golfinhos.

Em resumo: não tinha como não gostar da Gold!




sexta-feira, 16 de julho de 2010



Antes de mais nada, Jana, parabéns e muitas felicidades! Adoraria dar uma passada aí hoje pra tomar um café com a senhora e o chef, seguido de quantidades industriais de botejas, mas não conseguirei. Motivo?



Logo mais irei para o nosso glorioso Ceará australiano, também conhecido como Gold Coast. É verdade! Esta será a minha primeira vez por aquelas bandas, estou com novo equipamento fotográfico e em breve postarei chapas e posts sobre a capital do surfe do nordeste australiano.


Vanessa Feitosa, companheira de firrrma e vereadora de Coolangatta - um mix de Juazeiro com Cariri -, já avisou que posso desempoeirar as Havaianas e as bermudas do fundo do armário. Assim espero! Em breve trago mais informações.

Por ora, anotem na agenda:


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Circus
Sexta-feira, 16 de julho, a partir das 21h, na The Eastern (Bondi Junction)

Kid Mac Europe Tour
Sexta-feira, 16 de julho, na Winston Kinkdom (Amsterdam - HOL)
Sábado, 17 de julho, no Magneetbar Festival (Amsterdam - HOL)
Domingo, 18 de julho, no Zwarte Cross Festival (Amsterdam - HOL)

Ziggy and Wild Drums
Domingo, a partir das 18h, no Beach Road (Bondi Beach)

Tropical Jam (Geléia)
Domingo, a partir das 22h, no Favela (Kings Cross)
- Nos intervalos, sonzeira com o DJ Leo Chaibun, o uruguaio mais brasileiro do terceiro continente à sua escolha

Abuka Duo no The Pitanga Project
Quarta-feira, 21 de julho, a partir das 19h, no M'ocean (Bondi Beach)

Vote For Mary
Sexta-feira, 23 de julho, a partir das 20h, no The Basement (Circular Quay)

Chilli Samba no Tupinikings
Sexta-feira, 23 de julho, a partir das 21h, no Number Five (Melbourne)

Exibição de "Edifício Master" no Samba Cine Club
Sexta-feira, 23 de julho, a partir das 17h30, no 1000 Poun Bent (Melbourne)
- DJ's from Sydney: Mau e Rapha da Vibez Brazil

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Surfari na costa leste – Seguindo a trilha dos pioneiros

Texto publicado na edição 2010/11 da Student Planet Magazine, revista da Ozzy Study Brazil.

O surfe na Austrália tem data e local de nascimento: 5 de janeiro de 1915, praia de Freshwater. O pai? Duke Kahanamoku, nadador campeão olímpico que veio a Sydney fazer uma exibição. Aproveitando a oportunidade, Duke trouxe algumas pranchas e caiu na água. A partir daquele dia, a cultura de praia na Austrália nunca mais foi a mesma.



Freshwater faz parte das Northern Beaches, sequência de 15 praias que se estendem ao norte de Sydney, entre Manly e Palm Beach. De lá sairam lendas como Midget Farrelly, Nat Young e Tom Carroll. Bicampeão mundial em 1983/84, Carroll é natural de Newport, praia com boa variação de ondas, em especial em The Peak, ao norte. Um pouco acima, Avalon funciona bem com swells de norte e sul. Dee Why e Curl Curl, passando Manly, são bem conhecidas dos estudantes brasileiros, enquanto Narrabeen, sede do famoso World Junior Championships, chega a produzir ondas perfeitas.

Foto de Guilherme Jorge - Bondi Beach


O surfe foi rapidamente absorvido nos Eastern Suburbs de Sydney, tornando-se popular entre os jovens. Bondi, Bronte e Maroubra têm as melhores formações, em especial no inverno. MacKenzies e Tamarama não são tão costantes mas vale ficar de olho. Ainda na região metropolitana, ao sul de Botany Bay está Cronulla Beach, a única da cidade com acesso de trem.



A partir dos anos 1950, os surfistas de Sydney passaram a desbravar a costa leste atrás de novas praias, fazendo os chamados “surfaris”. Os destinos preferidos eram o norte, subindo para Byron Bay e indo até Noosa, em Queensland; e o litoral sul de New South Wales, seguindo até Victoria.

Para o sul, a 15 km de Cronulla, está Garie Beach, ideal para quem deseja fugir da cidade sem rodar muito. Descendo a costa tem Sandon Point, um dos melhores breaks do estado com ondas que podem chegar a mais de 4 metros, e Woonoona, já em Wollongong, com boas paredes de esquerda. Dali em diante a brincadeira fica séria. Windang Island possui grandes esquerdas e, um pouco ao sul de Jervis Bay, Aussie Pipe tem ondas que podem alcançar 3,5 metros.



Em dezembro de 1956, Torquay (foto acima), em Victoria, entrou no mapa do surfe mundial quando surfistas australianos receberam a visita de norte-americanos para o International Surf Carnival. A apenas duas horas de Melbourne, é lá que está Bells Beach, um dos templos sagrados do esporte, local do Rip Curl Pro, a etapa mais antiga do circuito mundial profissional. Ao lado, Winki Pop impressiona com algumas das paredes mais longas de Victoria.

Rumo à Queensland
Pela proximidade com Sydney, as regiões de Central Coast e Newcastle, ao norte, já eram bem familiares para os surfistas nos anos 1950. Forresters, com algumas das maiores ondas da costa leste, e Terrigal Haven, com sólidas direitas, estão entre as preferidas. Continuando ao norte, eles elegeram Crescent Head, praia com paredes de 300 a 400 metros de puro deleite, como parada oficial. Para quem é muito experiente, Angourie tem uma direita violenta. E a mítica Byron Bay, escolhida por muitos desses surfistas para viver, se tornou ponto da contra-cultura dos anos 1960/70, sendo influenciada até hoje pelo movimento.



Tweed Heads divide o surfe de New South Wales com o de Queensland. E a primeira sequência de praias é a Gold Coast, que abriga alguns dos melhores point breaks do planeta em apenas 40 km de costa, além da outra etapa australiana do circuito mundial profissional. Na sequência tem praias como Snapper Rocks, famosa por sua bancada, Rainbow Bay, ideal para quem está aprendendo, Kirra, simplesmente fantástica, Burleihgh Heads, com ondas que chegam a 3 metros, e Spit, em Southport, a alternativa para fugir do crowd sem perder a qualidade. Pouco acima, já na Sunshine Coast, Nossa Heads, com seu fenomenal point break de direita, sempre foi uma espécie de premiação que fecha qualquer “surfari” com chave de ouro.



Este e muitos outros textos estão na revista, que é grátis e está disponível em todas as agências da Ozzy na Austrália e no Brasil. É só passa e pegar!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Nas águas da Austrália fechando a circunavegação

Enquanto o navio chinês Shen Neng 1 continua seu rastro de destruição na Grande Barreira de Corais, iniciado em 3 de abril; e a Austrália suspende por tempo determinado os pedidos de asilo do Afeganistão e Sri Lanka, após a marinha ter interceptado mais um barco tentando entrar ilegalmente por essas bandas; Jessica Watson, a versão adolescente e de saia do Amyr Klink, já navega em águas australianas. É verdade!


Canal de óleo de 3 km. Well done Shen Neng 1!

Ela, que está prestes a se tornar a pessoa mais jovem do mundo a circunavegar o planeta sozinha e sem assistência, na segunda-feira completou 20 mil milhas náuticas, o dobro que havia navegado em toda vida.

Jessica, 16 anos, partiu da Sydney Harbour em 18 de outubro de 2009 a bordo do Ella's Pink Lady, em 13 de janeiro deixou para traz o Cabo Horn, na América do Sul, em 24 de fevereiro foi a vez do Cabo da Boa Esperança, na África, e na última segunda o Cabo Leewuin, no extremo oeste da Austrália (clique aqui para ver onde ela está).


Em meio a tanto enlatado, uma lulinha fresca que pulou no deck.

Agora, conforme informou em seu blog, em vez de seguir pela Great Australian Bight, entre os estados de Western Australia e South Australia, e depois atravessar o Bass Strait entre Victoria e Tasmania, Jessica deverá se afastar da costa e passar ao sul da Tasmania para evitar o Bass Strait, que é cheio de barcos e ilhas (o que significa poucas horas de sono) e também porque a previsão de vento não é das melhores.

Restam aproximadamente 2500 milhas náuticas e pelo que tudo indica o desembarque histórico em Sydney deverá acontecer nos primeiros dias de maio. Como já disse anteriormente, sou um entusiasta dela e se puder, irei.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Tsunami neste domingo - Evitem as praias

Com o terremoto de magnitude 8.8 (o máximo é 9) que atingiu o Chile ontem, registrando, até o momento, 122 mortes, outras partes do Oceano Pacífico estão em alerta de Tsunami.

Neste exato momento, quase 6 horas da manhã (horário de Sydney), a costa do Havaí está sendo evacuado, e de lá parece que o problema vem para o Japão, Filipinas e também Austrália.

Por ora, não é necessário evacuar nenhuma área. As autoridades só estão pedindo para as pessoas evitaram, de qualquer maneira, irem à praia ou próximo dela (até mesmo para tentar fotografar possíveis ondas gigantes).

O alerta de Tsunami foi dado ontem, às 19h45, pelo The Joint Australian Tsunami Warning Centre (JATWC), e é esperado que atinja a costa de New South Wales às 8h45 deste domingo, e a de Queenslnad às 8h15.

A verdadeira dimensão só será conhecida após atingir o Havaí.

Portanto, para quem está aqui, fiquem em casa, vão para o trabalho, mas nem pensem em ir pra Bondi Beach, Manly, Surfers Paradise ou qualquer outra praia. Para os pais e quem está no Brasil, resta aguardar e não entrar em pânico.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Alguma coisa tá fora da ordem

Ainda na onda das bizzarrices do mundo animal australiano, essa aconteceu em North Mackay, Sunshine Coast (QLD), no final do ano passado.



Acostumado a ver sapos comerem insetos e cobras comerem sapos, no que os cientistas, seguindo a cartilha do Criador, chamam de cadeia alimentar, Ian Hamilton não acreditou quando viu esse simpático sapo invertendo completamente a ordem natutal do planeta e jantando uma cobra (sim, aquilo na boca dele é uma cobra).

Pior, segundo o próprio Hamilton, vários outros sapos que frequentam o seu quintal pararam pra assistir à mais essa aberração ecológica em solo australiano.


El niño? Aquecimento global? Rebaixamento de plutão? Efeito obama?

Independentemente da causa, a certeza é uma só: reparem na cara de deleite do sem vergonha, o novo herói entre os anuros locais!

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

E o zelador da ilha quase morreu


Keppel Beach, foto do próprio Ben Southall

Lembram que há praticamente um ano, o governo de Queensland lançou a campanha do "melhor emprego do mundo"?

Então, Ben Southall, esse inglês fanfarrão de 34 anos foi o grande vencedor e se mudou para Hamilton Island em primeiro de julho deste ano.



Não é que o homem quase morreu aos 43 minutos do segundo tempo?

É verdade! Curtindo uma sessão de jet ski no último domingo - há 4 dias de terminar o trabalho e receber $ 150 mil - ele foi picado no cotovelo por uma água-viva. Na verdade, pela pequena e periculosa Irukandji jellyfish, mais um monstrinho letal da incrível fauna australiana.



Minutos depois de ser picado e ter deixado a água, o síndico provisório sentiu que o movimento dos pés e das mãos estavam ficando lentos. Ao identificar os sintomas, membros do staff da ilha o levaram para o ambulatório, enquanto a temperatura do inglês elevava, o corpo transbordava suor, a cabeça explodia e um grande enjôo embrulhava o estômago. Se não tivesse sido prontamente assistido, tomando injeção e uma série de remédios, teria morrido.

Sempre digo que na Austrália não tenho medo de gente, só de animal, o que pra nós, brasileiros, não tem preço (ops, tem sim, a escola). Basta tomar alguns cuidados e torcer para não ter chegado a hora. No caso do Ben Southall, ele não tomou cuidado, pois nas águas daquela região de Queensland é impensável entrar sem roupa de proteção, mas por sorte não havia chegado a hora. Mas que bateu na trave, bateu.



O fato é que com roupa ou sem roupa, com água-viva ou sem água-viva, o importante é lembrar o que mamãe dizia: "água no umbigo, sinal de perigo; água no pescoço, sinal de sufoco".

E Feliz Ano Novo e Vida Nova pro Ben Southall!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Schoolies - Colônia Sexual de Férias

Aqui na Austrália existe uma "instituição" chamada schoolies, que funciona mais ou menos assim.

No final de novembro, quando os adoescentes fazem o último exame da high-school (equivale ao término do colegial), os estudantes vão para um final de semana prolongado - atualmente virou várias semanas prolongadas - para celebrar. É uma espécie de rito de passagem, e neste período eles são conhecidos como schoolies.



Isso surgiu no início dos anos 70, e é cada vez mais popular. Mas, claro, tem muitos problemas.



O principal destino dos schoolies é a Gold Coast, em Queensland, e é pra lá que boa parte dos formandos se encontram.



Pergunto: conseguiram imaginar o resultado da equação espinhas + hormônios + álcool + drogas?



Pior! A maioria dos colégios na Austrália são unissex (tipo cabelereiro), ou seja, exclusivo para meninas ou meninos. Mesmo quando são para os dois, as classes são exclusivas para cada um.

Com isso, a concentração de hormônios é ainda mais explosiva, pois passando boa parte da adolescência apenas com pessoas do mesmo sexo, eles não desenvolvem muito tato para a socialização com o sexo oposto, acabam ficando demasiadamente bolinhas ou luluzinhas (brasileiras, entenderam porque vocês reclamam tanto dos australianos?) e, quando ganham a alforria e seguem para a Gold Coast ou qualquer outra colônia sexual de férias, é pior do que micareta.



Coma alcoólica, violência sexual e até morte fazem parte do script dos schoolies, tanto que a polícia monta um grande esquema em torno das principais aglomerações.




Mesmo assim, diariamente os jornais trazem notícias de algo que aconteceu na noite anterior, enquanto a internet publica dezenas de fotos. Algumas, por sinal, bem patéticas.



Um brinde aos dois tremendos fanfarrões!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Jessica Watson - Uma Voltinha ao Mundo



"Não aceite bala de estranhos" e "leve casaco" são alguns dos conselhos maternos mais ouvidos pelas adolescentes antes de viajarem. Mas no caso de Jessica Watson, australiana de 16 anos, as recomendações foram um pouco além.

Às 9h49 da manhã do último domingo, na Sydney Harbour, Jessica despediu-se dos pais, dos amigos, dos patrocinadores e fãs, e partiu para uma viagem não muito comum para adolescentes: uma voltinha ao mundo, sozinha, e num barco.



Abordo do Ella's Pink Lady, a menina, natural da Gold Coast (QLD), quer se tornar a pessoa mais jovem a dar uma volta ao mundo sem paradas e assistência.

Para legitimar o feito, foram estipuladas algumas regras: ela deve partir e chegar no mesmo porto, cruzar todas as faixas de longitude, cruzar pelo menos uma vez a linha do Equador (ou seja, dar um pulinho no Hemisfério Norte) e passar pelos pontos mais ao sul da América do Sul e da África.

A aventura está planejada para durar cerca de 8 meses, num total de 23 mil milhas náuticas (38 mil quilômetros). Nada mal para quem deveria estar na aula de física ou biologia pensando o que vai ser quando crescer.

Na etapa final da preparação, há pouco mais de um mês, houve uma colisão entre o barco de Jessica e um navio, resultando em um mastro quebrado, uma avalanche de críticas e muitas dúvidas sobre o preparo dela para a aventura, mas Jessica seguiu em frente.



Estarei acompanhando e, sempre que tiver novidades, mantendo vocês informados.

Por ora, ela está na "Parte 1 da missão", que é a partida de Sydney sentido norte da Nova Zelândia, seguindo na direção de Fiji e Samoa, e continuando a nordeste para Kiribati, já acima do Equador.

A "Parte 2" será descer sul para o Chile e Cabo Horn, mas até lá tem água.

Para quem deseja acompanhar diariamente, aqui está o blog dela, que ao contrário dos blogs teens, não tem clipes da Avril Lavigne, referências às amigas como Pá, Cá, Mi e Tá, fotos de emo-garotos ou descrições de como foi o almoço no Sushi Train.



Boa sorte e ótimos ventos, pois serão necessários!