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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Horário de verão (daylight saving), de primavera, de outono...



Às duas horas da madrugada do próximo sábado pra domingo, 4 de outubro, começa o horário de verão na Austrália. Bem, em quase toda a Austrália...

Se você mora em Canberra (ACT), New South Wales, South Australia, Victoria ou Tasmania, adiante o seu relógio uma hora e aproveite os próximos 6 meses, pois o daylight saving vai até 4 de abril de 2010.

Isso mesmo! Nesses estados e no Distrito Federal (ops, no Australian Capital Territory), o horário começa na primavera, atravessa o verão e termina no outuno. Parece coisa do Brasil!




Caso você viva em Western Australia, o horário de verão começa somente em 25 de outubro (não me pergunte porquê), também às duas da manhã, e termina em 28 de março de 2010.

Se você vive em Queensland, não se preocupe, pois aí não tem horário de verão.

E se você vive em Northern Territory, onde também não há daylight saving, pergunto: o que você está fazendo aí, no meio de tanto crocodilo gigante de água salgada?


Crocodilo de 5.5 m capturado em 18/set, em Darwin

domingo, 27 de setembro de 2009

Update esportivo

Este post é dedicado aos brasileiros recém-chegados na Austrália.

Neste final de semana, tivemos três grandes decisões de rugby, envolvendo dois tipos diferentes de rugby, que resultaram em um grande campeão.



Para que os recém-chegados não fiquem igual a mulher que não gosta de futebol em época de Copa do Mundo, ou seja, perguntando quem é o número 9 da seleção brasileira, e porque os jogadores usam as mãos para cobrar lateral e o pé quando o lateral é na "quina" do campo, segue uma geral no que aconteceu neste final de semana. E-que-final-de-semana!

Sexta à noite tivemos um derby: Parramatta Eels x Bulldogs. Parramatta é um subúrbio da área metropolitana de Sydney, uma espécie de São Bernardo do Campo em relação à São Paulo. E os Bulldogs são de Sydney.



O jogo foi válido pela semifinal do Rugby League, um dos 3 tipos de rugby mais populares na Austrália, o preferido nos estados de News South Wales e Queensland.

A exemplo do que aconteceu com o Santos no Brasileirão de 2002, quando ainda era no sistema de mata-mata, o Parramatta entrou no play-off por último, ou seja, em oitavo lugar, e de cara enfrentou o primeiro colocado. Desbancou o favorito! E na sexta venceu os Bulldogs - que fizeram a segunda melhor campanha - por 22 a 12. Partidaça!



Destaque para o fullback dos Eels Jarryd Hayne, 21 anos (foto acima). Rápido, habilidoso e do tipo que chama os adversários para o drible, ele lembra um pouco o Robinho naquele mesmo ano de 2002, quando a então promessa decidiu o campeonato para o Santos dando show (pena que ficou na promessa).

Com a vitória, os Eels garantiram presença na grande final que acontecerá no próximo domingo, no ANZ Stadium, o estádio olímpico de Sydney, contra o Melbourne Storm.



Eu não gostaria de enfrentar um time chamado Storm na semana seguinte à passagem de duas dust storm. Principalmente porque eles têm Billy Slater, na minha humilde (põe humilde nisso) opinião de sul-americano, o melhor jogador das finais até o momento.

O cara está simplesmente arrasador, tanto na defesa quanto no ataque, e, sem trocadilhos infames, não só faz chover como já provocou tempestade, ao marcar 4 dos 7 tries do Melboune na exibição de gala da semana passada, quando abriram as finais humilhando o Manly Sea Eagles por 40 a 12.



Ontem à noite, na semifinal contra o Brisbane Broncos, Slater (foto acima) conduziu o Melbourne a uma tranquila vitória por 40 a 10, e desembarcará em Sydney como favorito na decisão.

Torcerei para os Eels, apostarei nos Eels (10 doletas, só pra brincar - tchu-tchin), mas acho que vai dar Storm.

E ontem à tarde, em Melbourne, aconteceu a grande decisão do AFL, o rugby mais popular do estado de Victoria. Num jogo emocionante decidido somente nos minutos finais, o Geelong Cats, que esteve atrás do placar no final dos 3 primeiros quartos, cresceu na hora certa, pressionou e conquistou o título ao vencer o St Kilda Saints por 80 a 68.



Essa foi a terceira decisão de AFL que vi desde que cheguei na Austrália, e os Cats disputaram as três. Venceram em 2007 e 09, perderam em 08. Quase o mesmo aconteceu com o Melbourne Storm. Eles ganharam em 2007, perderam em 06 e 08 e, no próximo domingo, só Deus sabe o que vai acontecer.

Que vença o melh... (ops, que vença o Eels, já que colocarei 10 doletas neles - tchu-tchin)!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Bad news!

Não quero ser chato, pessimista ou alarmista, mas pelo que tudo indica, uma nova tempestade de poeira está a caminho.



Vinda diretamente do Outback, da parte localizada em South Australia, neste exato momento a caravana da asma está novamente tumultuando a vida dos moradores de Broken Hill - NSW (onde foi filmado o vídeo do post anteior). O aeroporto, por exemplo, já foi fechado.

Segundo os metereologistas, a exemplo da última quarta-feira, o dust storm deve passar por cidades nos estados de New South Wales e Queensland.

Não sei se é coincidência ou se é psicológico, mas o fato é que agora, 16h44, meu nariz está começando a me irritar. Como acabei de dar um tapinha na casa pra receber os gêmeos mais sensacionais da Oceania, talvez seja isso. Espero!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Síndico da ilha – And the winner is...



Temos um vencedor! Ben Southall (o zagueiro número 3 da esquerda), britânico de 34 anos, conseguiu o tão sonhado trampo de zelador da Hamilton Island, em Queensland. A vaga, oferecida pelo governo local, foi disputada por 34 mil candidatos de todo o mundo. Destes, 16 finalistas de 15 países passaram uns dias na ilha.



Entre as exaustivas atividades, eles posaram para fotos, andaram abraçadinhos, receberam massagem, mergulharam, alimentaram tartarugas, jogaram bumerangue, subiram em árvores, deram cambalhotas, conversaram com uma bola de vôlei e batizaram um cachorro de Sexta-feira.



O britânico, bacharel em Ciências que vivia dando pitís como gerente de eventos, salvando criancinhas como arrecador de fundos para caridade e contando mentiras como guia turístico, assume o posto de zelador do paraíso em 1º de julho. Ele receberá AUD150 mil pelos 6 meses de labuta.

Entre as funções, conforme antecipei em post anterior, Ben Southall terá que passear pelas areias brancas (tipo Caê) da ilha, cuidar da fauna e da flora locais, mergulhar na Grande Barreira de Corais, fazer periódicas conferências com a mídia e manter um blog atualizado com fotos, vídeos e as últimas notícias de Hamilton (“Tartaruga faz 100 metros em 3 dias”, “Hoje fez sol e a previsão para os próximos 6 meses é de mais sol”, “Esta manhã o mar estava fraco, vi somente 74 tubarões” e assim por diante).



Ah! E ele provavelmente continuará atualizand o Twitter: http://twitter.com/Bensouthall

sexta-feira, 20 de março de 2009

Papelão jornalístico à vista

Este caso tem tudo para virar objeto de estudo em 10 entre 10 faculdades de jornalismo em todo o mundo. Por aqui, editor deve perder a cabeça - e talvez vá em cana - assim como jornal grande deve perder credibilidade e milhões de dólares. Tudo por conta de algumas fotos de uma parlamentar seminua que, na verdade, não era ela (entenderam? Tipo novela mexicana – ops, australiana).



Pauline Hanson, ex-vendedora de fish n´ chips, é uma polêmica parlamentar que está em campanha no estado de Queensland. Conhecida por suas posições radicais (sem trocadilho) em relação a questões como imigração (ela é contra) e aborígenes (ela odeia os silvícolas), Hanson volta e meia está metida em encrenca.

A última foi no final de semana passado, quando o jornal The Sunday Telegraph publicou supostas fotos dela seminua, tiradas no início da década de 1970 por um ex-namorado, quando Pauline tinha 19 anos. A repercussão foi imediata, não só aqui como na Nova Zelândia, na Inglaterra e em países asiáticos outrora atacados por ela como Singapura.



Porém, na quarta-feira, o jornal concorrente The Sydney Morning Herald divulgou o parecer de um renomado perito em anatomia que analisou as fotos publicadas e as fotos dela da época.

A boa notícia para o jornal é que as chapas não foram alteradas em Photoshop ou em algum outro programa de computador. Já a má notícia é o fato de não se tratar da mesma pessoa. Segundo Meiya Sutisno, o perito, o pescoço muito curto e o nariz estreito são as principais diferenças.

Polêmicas e processos à vista. A mídia agradece!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Com o "cooler" virado pra lua



Falando em milagre, no último dia 23 de dezembro, dois simpáticos pescadores birmaneses (naturais da Birmânia) navegavam próximos ao Torres Strait, norte do estado de Queensland (onde no Wars tem aquela linha pontilhada entre a Austrália e a Papua-Nova Guiné), quando o barco virou.



A embarcação era de madeira, tinha 10 metros e 20 tripulantes. Aqui na Austrália, ninguém ficou sabendo do naufrágio, até que ontem, terça-feira, um cooler (aquelas geladeiras de isopor) de menos de 2 metros de cumprimento por menos de 1 de largura e 1 de altura apareceu em Cape York Peninsula, a parte mais setentrional da Austrália, com os dois simpáticos pescadores birmaneses dentro. E vivos! Eles estavam desidratados e exaustos, mas vivos.



Durante os 25 dias, os dois simpáticos pescadores birmaneses se alimentararm de água da chuva que juntava no chão do isopor e restos de peixes que também apareciam por lá. MI-LA-GRE! Mas o grande feito foi passar quase um mês à deriva nas periculosas águas australianas e não serem engolidos por esfomeados tubarões. Ainda mais embalados pra viagem dentro de um isoporzão.

Não tenho dúvida de que os dois simpáticos pescadores birmaneses estavam com o cooler, cabalisticamente, virado pra lua.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Oferta de trabalho – Síndico de um Paraíso



Se você mora fora da Austrália, gosta de sol e praia, sabe mergulhar, nadar, não é tímido, comunica-se bem e fala e escreve em inglês fluentemente, Queensland quer você.

Na última terça-feira, o governo da costa mais ensolarada da Austrália ofereceu o que eles chamam de “o melhor trabalho do mundo”. O candidato escolhido receberá AU$ 150 mil (105.00 US dollars) para labutar durante 6 meses na paradisíaca Hamilton Island, localizada na Grande Barreira de Corais da Austrália, a maior do mundo. Função? Caseiro da ilha.

Entre as obrigações estão passear pelas areias brancas (tipo Caê), cuidar da fauna e da flora locais, mergulhar na Grande Barreira, fazer periódicas conferências com a mídia e manter um blog atualizado com fotos, vídeos e as últimas notícias da ilha (“Tartaruga faz 100 metros em 3 dias”, “Hoje fez sol e a previsão para os próximos 6 meses é de mais sol”, “Esta manhã o mar estava fraco, vi somente 74 tubarões” e assim por diante).



As inscrições estão abertas até 22 de fevereiro. Em maio, 11 pré-selecionados voarão para a ilha para o processo final de seleção. O escolhido começa a trabalhar em 1º de julho.

Isso, claro, faz parte de uma campanha de marketing. Em meio à crise financeira mundial, que obviamente afetou o turismo em todo o planeta, o Governo de Queensland criou esta vaga de trabalho internacional para promover e proteger a indústria do turismo do estado, que gira cerca de AU$ 18 bilhões por ano.

Tratando-se de uma ilha na Austrália, acho que entre os requisitos para ganhar a vaga, faltou dizer que o candidato deve ser graduado em Artes Marciais Aplicada com Tubarões, Jiu-jitsu no Fundo do Mar, Caça e Pesca de Tubarões, Inglês Nível: The Shark is on the Table e Primeiros-Socorros Marítmos para Si Próprio.

Mas o melhor de tudo é que o nosso Seu Antônio do paraíso não terá que carregar aquele tradicional e insuportável molho de chaves que todo zelador tem pendurado na calça.



Foto ilustrativa, princesão, não pense que esta gata estará o esperando na ilha!