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domingo, 28 de agosto de 2011

Dogajolo Toscano Rosso - Dica de vinho italiano

O blog já está em reta final de transição e nos próximos dias volta com tudo. Por ora, mantemos a linha devagar e sempre dos posts, trazendo dica de um vinho fantástico que descobri ontem e, acreditem, em termos de relação preço/qualidade, é tão bom quanto o californiano da semana passada.

Estou falando do Dogajolo Toscano Rosso I.G.T., da Carpineto, um "jovem Supertoscano" que traz um bouquezão de flores no nariz, explosão de frutas vermelhas na boca, corpo médio, certa complexidade e uma textura aveludada que é e-p-e-t-a-c-u-l-a-r!


Sabendo que eu faria um nhoque para uns amigos, à tarde passei no meu local bottle shop atrás de um italiano ou um australiano com alguma uva da Itália, e fui atraído pelo rótulo.

Quando vi o preço, $15, desconfiei, pois italiano barato em geral é fria por aqui. Mas ao ler o verso e ver que tratava-se de um "jovem Supertoscano", categoria que não é qualquer vinho que pode se enquadrar, pus na sacola.


Supertoscano vem de Super-Tuscan, termo que um jornalista, beberrão ou jornalista beberrão anglo-saxão criou nos anos 1970 para designar vinhos fantásticos da região italiana da Toscana que são produzidos com algumas uvas que fogem das tradições/legislações locais. Não podendo ser enquadrados com as denominações que atestam suas origens e modo de praparo, criou-se este termo que logo virou referência.

E poder comprar um exemplar que faz jus à fama dos Supertoscanos por apenas $15 chega a ser piada. Sério! Me arrependi de não ter comprado mais.



Na próxima vez que você fizer uma massa na sua casa ou for a um restaurante italiano BYO, principalmente o Bar Reggio, em Darlinghurst, não deixe de levá-lo. Ele está à venda na rede BWS.

Para ler mais sobre vinho, clique na imagem abaixo e dê uma olhada no Guia do blog.


Quanto ao jantar, maravilhoso na casa da Lola, obviamente acabou com os mestres tocando MPB.



*************Patrocinadores do Guia***************

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Consumo de cerveja e vinho na Austrália

Amyr Klink, o irmão da Ashraf, observou em seu "100 Dias entre o Céu e o Mar" que o consumo alcoólico em terras insulares é muito maior do que nas continentais.

Para vocês terem uma ideia da situação por aqui, a Austrália é uma ilha tão grande, mas tão grande que é considerada continente, já que num passado não tão distante, um norte-americano determinou que a Groenlândia é a maior ilha do planeta, e com isso, qualquer porção contínua de terra maior do que ela seria considerada continente.


Como a Austrália é maior do que a "Grô", tecnicamente somos uma ilha ao cubo - de gelo, etilicamente falando, uma espécie de nação on the rocks com a Antárctica logo abaixo.

E hoje, ao receber do Australian Bureau of Statistics os últimos dados sobre o consumo alcoólico por aqui, fiquei muito feliz em saber que em 2010 tivemos na Austrália 68 452 000 litros de vinhos disponíveis para o consumo no mercado, sendo que cada pessoa acima de 15 anos bebericou média de 3.81 litros, o que dá cerca de 5 garrafas por ano.


Numa projeção absolutamente amigável com o meu fígado, vamos chutar que em 2010 tomei somente uma boteja por semana, o que nos dá 52 garrafas no ano ou 39 litros. Tendo em vista a média de 3.81 litros do bureau australiano, só me resta vir a público e pedir desculpas por ter enxugado a cota anual de boa parte da população. I´M SORRY!

PS: no Brasil, o consumo de vinho é de cerca de 2 litros por pessoa, o que significa que o Paulinho e o Fafau deveriam fazer o mesmo.

Mudando da água para o vinho, no caso, do vinho para a cerveja, na mesma pesquisa o ABS divulgou que em 2010 tivemos 79 734 000 litros de cerveja disponíveis no mercado, números que certamente garantiram o bom funcionamento dos pubs, bottle shops e da sociedade australiana, este primor de capitalismo-democrático que teima brincar de monarquia.


Dessa quantia, 4.44 litros foram consumidos por cada pessoa acima dos 15, o que me faria morrer de rir no caso de uma projeção de quanto tomei em 2010. Neste caso, nem pedido de desculpas adiantaria - ser jogado aos cangurus em praça pública talvez fosse o mais justo.

O que mais gostei da pesquisa foi o gráfico de "long term trend", que mostra que nos últimos 50 anos a quantidade de cerveja disponível para consumo caiu drasticamente, ao mesmo tempo em que a de vinho subiu substancialmente (só para usar termos técnicos).

Hoje, 43% do que tem disponível para tomar é cerveja e 37% vinho (em 1960 era 76% contra 12%, respectivamente). Sinal que os ilhéus estão refinando o gosto (ou tomando mais vinhos de caixinha, não sabemos).

Por tudo isso e sendo sexta-feira, preciso admitir que:

1. Estou escrevendo este post no Palace, pub ao lado de casa, já que está rolando inspection por lá (adoro inspections às sextas).


2. Mais tarde, no Cock n´ Bull (Bondi Junction), o pub que mais consumi cerveja no primeiro ano de Austrália, tem reggae ao vivo e de graça com Ziggy and Wild Drums. Imperdível!


3. Para quem está em Manly, Fernando Aragones se apresenta com o Costa Rae no The Old Manly Boatshed (Corso), a partir das 20h.


4. Amanhã tem dica de vinho no blog.

Bom final de semana a todos e saúde!


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sábado, 6 de agosto de 2011

Alex Atala em Sydney

Quando ele veio para o Melbourne International Food Festival, em março de 2010, seu restaurante figurava na posição 18 da lista dos 50 melhores do mundo da S.Pellegrino.


Daqui a dois meses, em outubro, o homem volta à Austrália para participar do Crave Sydney Food Festival, agora com o restaurante ranqueado na posição 7 da mesma lista.

Com isso, e a tal da progressão geométrica em mente (ou seria a aritmética?), pergunto: se vier em 2012, o homem estará no topo a lista? Tratando-se do talento e do comprometimento que tem com a gastronomia e a cozinha brasileira, não duvido!


Estou falando do chef Alex Atala, proprietário do D.O.M., o melhor restaurante do Hemisfério Sul, e do Dalva e Dito, ambos em São Paulo.

Atala é uma das atrações do Crave, que acontece nos dias 1 e 2 de outubro, no Hilton Hotel, e se apresenta na sessão matinal de sábado, ao lado de craques como Martin Benn, do Sepia (Sydney), Tony Bilson, do lendário Bilson's (Sydney), e Andrea Petrini, do Cook it Raw (França). Na boa, quem gosta de gastronomia e não for, não vai para o Céu. Sério!

Ano passado, entrevistei o chef antes dele vir para a Austrália, e o texto está aqui. Se quiser saber como foi o jantar que fez no festival de Melbourne, clique aqui.

Aproveitando que o assunto é gastronomia, que o final de semana está aí e estamos vivendo dias atípicos de primavera em pleno inverno, segue uma dica de vinho direto do Guia de Vinho do blog deste ano.


É o Mornington Estate Pinot Noir 2008 ($19), que reúne uma combinação rara de atributos para um Pinot como ser bom, ter preço razoável e estar pronto para beber. Isso mesmo! Redondo e delicado, o Mornington Estate traz as frutas e o caramelo de sempre e é perfeito para esses dias que não estão nem quentes, nem frios, nem invernais, nem primaverais, enfim... experimente!

Para ver mais vinhos do Guia 2011, clique aqui.

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sábado, 30 de julho de 2011

Paladar - Cozinha do Brasil

Paladar, para quem não sabe, é o caderno de gastronomia do jornal O Estado de São Paulo - disparado, o melhor suplemento do gênero no país, batendo inclusive o de terça do Sidney Morning Herald, da Austrália.


Em 2008, eles realizaram o Paladar - Cozinha do Brasil, evento que contou com os chefs Alex Atala, Mara Salles e Edinho Engel, e tinha como intuito começar a dar uma cara para a gastronomia brasileira. Foi praticamente um laboratório, que deu certo, cresceu e agora está na quarta edição, reunindo mais de 60 especialistas entre chefs, jornalistas, fotógrafos, escritores, sommeliers e entusiastas.


Hoje pela manhã, fui na aula inaugural do Edinho Engel, chef por quem tenho, além de uma profunda admiração profissional e pessoal, um carinho muito grande, pois foi numa tarde de junho de 2005, no restaurante dele do Litoral Norte de São Paulo, o Manacá, que após tomar um vinho do Porto com o próprio e o amigo e chef Paulinho Martins, decidi que precisava aprender sobre vinho e comecei a fazer cursos, participar de degustações e, obviamente, beber mais e mais botejas.

Coincidentemente, hoje também é o meu último dia no Brasil, já que amanhã volto para a Austrália. Mais do que isso, como a viagem teve um mesopotâmico foco gastronômico e etílico, foi um fechamento de ouro, uma vez que a aula do mestre foi sobre... feijão.


Sim, meus amigos, este grão tão comum por aqui e muitas vezes desprezado, como bem disse o chef, na Austrália é motivo de reverência, já que não faz parte da dieta local. Mais! Quando algum amigo faz um panelaço de feijão, sempre chama os outros para comer. Sonia, minha sogra, foi em março pra lá e até hoje comemos o feijão preto que ela deixou no freezer. Uma exxxplosão de sabores - como ela diria. Ou seja, feijão na Austrália é quase commodity.


Esta pesquisa do Edinho sobre feijões começou em 2007, na Bahia, com o Paulinho, e o resultado foi apresentado hoje. Edinho mostrou 11 tipos e criou um prato para cada.


Ele começou a aula falando de cada tipo, enquanto experimentávamos (o feijão mangalô que já vem com gosto de peixe foi a grande surpresa pra mim). Depois, serviu, um a um, as onze criações, transformando o nosso prato em um verdadeiro mapa do feijão no Brasil. Fantástico.



Para terem uma ideia, tivemos, entre outros, Bacalhau com feijão mangalô, Creme de feijão branco e frutos do mar, Moqueca de ovo e feijão mulatinho, Bolo e renda de feijão com calda de figo seco, Salada de feijão verde, polvo e maxixe e Cozido de feijão fradinho com paleta de queixada - queixada, por sinal, fornecida pelo amigo de aldeia xavante Gonzalo Barqueiro, que eu não via há 8 anos.

O evento está apenas começando e é um programaço para quem estiver em São Paulo neste final de semana. Comprando ingresso, é possível participar de aulas e palestras de nomes como Alex Atala, Eduardo Maya, Helena Rizzo, Maurizio Remmert, Paulinho Martins, Roberta Sudbrack, Salvatore Loi, Manoel Beato, Ignácio de Loyola Brandão, Pedro Martinelli e Luiz Fernando Veríssimo (que por sinal, estava na aula do Edinho).


Aproveitando, quero agradecer a todos os amigos e familiares pelas três semanas e-p-e-t-a-c-u-l-a-r-e-s que tive em São Paulo, e, como de praxe às sextas, disponibilizar o botão de emergência (abaixo), que leva direto ao pdf do Guia de Vinho do blog. Afinal, o final de semana está aí!


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sábado, 23 de julho de 2011

Profissão: sommelier Paixão: vinho

Matéria publicada na edição 16 da Radar Magazine, na Austrália. Fotos de Guilherme Infante.

Nascido e criado em Sydney, Dennys Roman mudou-se com a família para Santiago, quando ainda era criança, em 1992, retornando para a Austrália em 2007. No Chile, apaixonou-se por vinho, o que o levou a trabalhar na vinícola Concha y Toro. De volta a Sydney, vem trabalhando para o grupo Merivale, onde é head sommelier do restaurante Uccello. Pertencente a um seleto grupo de sommeliers certificados pela Court of Master Sommeliers, Dennys fala sobre a profissão, vinhos, mercado e, no final, indica um vinho que foi harmonizado com um prato de autoria do chef Tercio Raddatz, sous-chef do Mad Cow, restaurante do mesmo grupo.


O que faz o sommelier?
Basicamente, o sommelier é um administrador de vinhos, ele está totalmente ligado ao serviço do vinho.

Como é o trabalho do sommelier no restaurante?
O trabalho consiste em conhecer a carta de vinhos, preferencialmente ter degustado todos eles, ou pelo menos ter uma retaguarda teórica. Uma vez que você controla isso, você deve olhar o restaurante como um todo para ter certeza de que tudo está sendo feito dentro dos padrões. E sei que não soa bem, mas tem também um papel de vendas. Se você vê que o cliente passa rapidamente pela carta de vinhos, ou se ainda nem abriu e a conversa está se estendendo demais, é sua hora de agir, pois às vezes a conversa vai longe, ele esquece de pedir o vinho e quando vai ver, a comida já está na mesa.

Como funciona essa abordagem?
Uma vez que você faz o primeiro contato com o cliente, descobre quem é o anfitrião da mesa, quem escolherá o vinho, você cria a ocasião. Isso é algo que deve ser feito em segundos, e o resultado vir nos segundos seguintes. Você deve estar ligado no que acontece nas outras mesas, naquela mesa, se eles ainda estão tomando o aperitivo, se estão vendo o cardápio de comida. Cada pessoa que vai pedir o vinho, é uma ocasião diferente, portanto, é preciso ser muito observador para saber qual é o momento certo.

Fale sobre o outro lado da profssão de sommelier.
Esse é o lado chato (risos), nós precisamos viajar, visitar regiões vinícolas, degustar vinhos, fazer contatos, é uma vida muito movimentada antes e depois do horário do restaurante. Nessa busca, tento preencher as lacunas da carta de vinhos levando em consideração preço, origem e estilo, e também preciso identifcar vinhos que não estão saindo muito ou que estão com poucas garrafas no estoque. Fazemos também muito treinamento através de degustação às cegas, sem ver o rótulo.

Como você iniciou no vinho?
Comecei a estudar hospitality no final dos anos 1990, no Chile, fiz alguns trabalhos casuais, até que fui para uma loja especializada e me apaixonei. Mais tarde, fiz o curso de sommelier e fui trabalhar na Concha y Toro. Comecei como guia e depois de três meses fui convidado para cuidar de todas as degustações vips, lidando com jornalistas e grandes compradores. Também virei uma espécie de mão direita dos enólgos, pois degustava tudo e fui ganhando a confiança deles. Foram cinco anos na companhia.

Como você vê a indústria de vinho no Chile?
Um dos projetos de maior sucesso dos últimos anos iniciou quando a Concha y Toro comprou uma vinícola no norte, no Valle del Limarí. Não somente ela, mas outras companhias chilenas foram pra lá e começaram a experimentar essa região de clima frio produzindo Chardonnay e Syrah. Os tintos já receberam alguns prêmios importantes e são grandes promessas.

Fale um pouco sobre a uva Carmenère, a grande estrela do Chile.
Pra mim, a Carmenère é uma espécie de bênção para o Chile. Ela estava há cerca de 150 anos no Chile, mas plantada e produzida como Metlot. Até que em 1994, um francês notou diferenças entre o tamanho das folhas, as cores e, após exames de DNA, constatou que nas vinhas de Merlot também estavam plantadas Carmenère. A partir daí, o trabalho foi intenso para descobrir como funcionava.

Como foi esse processo?
A partir de 1996, foram lançados os primeiros Carmenères, sendo que o primeiríssimo foi o Carmen Grand Vidure. Levou-se um bom tempo para aprender, não só por ser uma nova variedade, como também por ser uma uva difícil, de lento amadurecimento. As primeiras safras foram um pouco criticadas, mas no começo de 2000 começamos a ver complexos e maduros exemplares passados por carvalho com bom potencial de envelhecimento. Temos um dito no Chile sobre a Carmenère que diz “Francesa de origem e chilena de coração”. Assim como a Austrália tem a Shiraz e a Argentina a Malbec, o Chile finalmente tem a sua varietal.

Além dela, quais são as melhores uvas do Chile?
A Sauvignon Blanc está a caminho, a Cabernet Sauvignon é algo que certamente só ficará melhor e, como eu disse, há um grande potencial nessa nova região ao norte, especialmente com a Chardonnay, que pelo o que ouvi se aproxima do estilo do Chablis.

E o que mais você destaca na América do Sul?
Certamente, a Malbec da região de Mendonza, na Argentina, e a Torrontés de Salta, também na Argentina. Não tenho muito contato com a Tannat do Uruguai, mas quero conhecer mais. Quanto ao Brasil, tenho boas lembranças de bons espumantes.

E os vinhos australianos, como você os vê?
Tenho me divertido muito desde que voltei e descoberto algumas regiões muito bacanas, como Mornington Peninsula, em Victoria, e um pouco mais pro interior, a Grampians. Também gosto do Cabernet Sauvignon e do Chardonnay de Margaret River, e de alguns Shiraz de clima frio que trazem uma característica de especiarias, diferente das regiões mais quentes.

Qual vinho você escolheu para harmonizar? Por que?
Escolhi um Carmenère chileno produzido pela William Cole, que representa bem esta variedade. Tive uma rápida conversa com o chef Tercio sobre a harmonização e entendemos que esse vinho merece textura e um certo nível de riqueza de proteína. Por ter um toque de chocolate, ameixas maduras e frutas negras, e um caráter distinto de vegetais doces, optamos pelo lombo de porco com nuances de doces e vegetais.

Harmonização
Vinho
William Cole Carmenere 2007
Colchagua Valley - Chile
Preço $ 34.90 no The Bottle Shop – ivy

Lombo de porco recheado com frutas secas, nozes e sálvia



Ingredientes
1.5kg de lombo de porco com pele
Sal e pimenta do reino branca a gosto
50ml de azeite de oliva
2 dentes de alho fatiados
1 maço de sálvia
50g de figos secos picados bem pequenos
50g de damascos secos picados bem pequenos
50g de ameixas pretas secas picadas brunoise
50g de nozes
Barbante de cozinha

Preparo
Faça cortes no lombo de aproximadamente um centimetro de espessura na parte da pele, sentido vertical e horizontal. Nos cortes verticais, faça-os da espessura que você fatiará o lombo. Isso ajudará a pele a ficar crocante e servirá de parâmetro na hora de fatiar. Vire-o. Faça um corte longitudinal no centro do lombo, sem separar as partes, deixando a pele para baixo. Vai ficar parecido com um livro aberto. Tempere o interior do lombo com sal, pimenta e azeite a gosto. Espalhe o alho, a sálvia, as frutas secas e as nozes nesta sequência. Feche o lombo juntando suas partes. Com o barbante de cozinha, amarre o lombo três vezes, começando pelas pontas e terminando no meio. Esfregue na parte de fora um pouco mais de sal, de pimenta e azeite de oliva. Salgue a pele (ajuda a desidratar e a ficar crocante). Leve ao forno pré-aquecido por 1h15 a 200ºC. Retire do forno e deixe descansar por 20 minutos. Volte ao forno por mais uns 5 minutos para reaquecer e sirva fatiado.

Para servir
Servimos o lombo com 3 texturas de mini-vegetais (purê de mini-beterraba; mini-cenouras amarelas e roxas cozidas caramelizadas na frigideira; e beterraba ouro torneada e cozida).

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Aproveitando o final de semana, aperte o botão de emergência abaixo e veja o Guia de Vinho 2011 do blog.



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sábado, 16 de julho de 2011

The Footbolt - Shiraz

Lendo a boa e velha Gula, edição 220, "Especial - 100 Rótulos que valem a pena beber", dei uma olhada nas botejas disponíveis no mercado brasileiro que estão em alta (pelo menos para os degustadores da revista), com foco, é claro, nos australianos, para saber o que chega aqui e por quanto.

Dos cem, encontrei seis aussies, o que para um país distante como a Austrália (leia-se alto custo com transporte e impostos), está bom.


Dos seis, dois produtores entraram no Guia 2011 deste blog, entre eles o d'Arenberg, ícone do McLaren Vale, região no estado de South Australia.

Eles têm uma linha chamada The Musketeers Red, referência aos três mosqueteiros, cujo rótulo, praticamente uma eno-leitura do uniforme do River Plate, é extremamente popular na Austrália.

Originalmente, os três mosqueteiros respondiam pelo d'Arry's Original, corte de Shiraz com Grenache, The High Trellis, Cabernet Sauvignon, e The Footbolt, Shiraz (hoje, a linha ganhou mais dois rótulos).

E foi justamente o The Footbolt 2007 que entrou no ranking da Gula (leiam descrição abaixo).


No Brasil, ele custa R$80, enquanto que na Austrália não passa de AU$20. Numa rápida conversão com o câmbio de hoje, seria R$33.74. Mas, claro, é preciso calcular taxas, transporte, luz, água, cafezinho, staff, impostos, lucro... o que eleva o preço duas vezes e meia.

Independentemente, recomendo que experimentem por aqui, pois é um vinho absolutamente fiel à sua região, e na Austrália idem, pois a AU$20 é fantástico.

Principalmente o mosqueteiro Cabernet The High Trellis, que indiquei no Guia para ser combinado com canguru. Aliás, aproveitando este final de semana gelado aí na Austrália, é uma excelente pedida, já que combina com várias outras carnes.

No Brasil, à venda na Zahil.
Na Austrália, em quase todo bottle shop.


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sexta-feira, 8 de julho de 2011

São Paulo, Brasil, Sydney, Pizza & Vinho

Poucas datas são mais paulistas do que 9 de julho, assim como poucas coisas são mais paulistanas do que a pizza.

Dito isso, e tendo em vista que embarco para o Brasil em 9 de julho, desembarco (se tudo der certo, vulcanicamente falando) em 9 de julho, e que 10 de julho é o Dia da Pizza, em São Paulo, já estou no clima.


Para quem estiver em Sydney no final de semana e quiser comer uma pizza feita por um paulistano da gema, num dos restaurantes mais agradáveis da cidade (além de ser, disparado, o que oferece a melhor relação preço/qualidade), vá até o Bar Reggio, na 135 Crown Street, Darlinghurst.


O chef é o Rodrigo Holtz, craque, que infelizmente (para nós) estará off no domingo, mas faz uma pizza sensacional (se der, vá no sábado). Essa foto, ao lado do maior particular do mundo, foi tirada na semana passada, enquanto fazia uma meia Reggio meia Nick's (peça, é simplesmente e-p-e-t-a-c-u-l-a-r!).

E como lá é BYO e realmente muito barato, minha dica é: leve o vinho italiano que recomendei no Guia deste ano, o Ruffino Aziano Chianti Classico 2008, ou o Romitorio Morellino Di Scansano, do Guia do ano passado, ambos encontrados na Vintage Cellars por $25.


Se quiser uma opção um pouco mais em conta, vá de Seaview Italian Varietals Sangiovese 2008, à venda também na Vintage.


Aos que estiverem em São Paulo, já aviso que domingão à noite, se o vulcão permitir, estarei no Grazie a Dio para a missa dominical do Sambasonics, dos mestres Rubinho Lima, Marcelo Munhoz e Chulapa. Quem estiver de bobeira, apareça (Rua Girassol, 67 - Vila Madalena)!

E na hipótese geral de, em algum momento deste final de semana frio e ensolarado da Austrália, você decidir tomar uma boteja de vinho, aperte o botão de emergência abaixo, imprima o Guia e divirta-se no bottle shop mais próximo!



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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Frio pela frente em NSW

O cisne, aquela simpática ave aquática da sub-família Anserinae, profere um belo e triste canto pouco antes de morrer, conhecido como canto do cisne.


Pois bem, sabe este maravilhoso final de semana ensolarado que tivemos em Sydney com parques lotados, praias cheias e fanfarra em todo lugar?

Não passou de um canto do cisne, pois daqui a poucas horas o inverno volta em seu estado mais bruto, fazendo as temperaturas despencarem através de fortes ventanias por todo o estado de NSW.

Neste exato momento, segundo o iPhone6, fazem 20 graus lá fora. Para amanhã, o Bureau de Metereologia, que não acerta uma, prevê máxima de 17 graus de dia, porém, com sensação térmica de 8 graus. E a partir daí, ladeira abaixo até sexta.


Para quem tem viagem marcada para Perisher Blue, aproveite, pois a neve vem com tudo. Para todos os outros, restam duas opções: dar uma passadinha na arena de gelo instalada na areia de Bondi Beach ou apertar o botão de emergência do blog (abaixo), imprimir o Guia de Vinho para o Inverno 2011 e "botejar".


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domingo, 3 de julho de 2011

Botão de emergência - Guia de Vinho



Sabe aquela hora em que você está dentro do bottle shop, com 342 opções de vinho na sua frente, mas sem saber por onde começar? Aquela mesma em que você lembra do Guia de Vinho PablitoAustrália, mas obviamente não está com o computador por perto?

Então, já me falaram para fazer um aplicativo do Guia para telefones esperrtoxxss (com sotaque carioca mexsmo), também conhecidos como "smart phones", mas o investimento seria muito alto.

Porém, preocupado com o bem-estar etílico dos leitores do blog, apresento uma espécie de genérico manual dos aplicativos da Apple.

É verdade! Tudo o que você precisa fazer é apertar o botão de emergência abaixo, esperar um bocado pois realmente leva tempo e, assim que abrir, imprimir o pdf do Guia de Vinho e se divertir no bottle shop.

Aproveite!




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