Mostrando postagens com marcador Jogos Olímpicos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Jogos Olímpicos. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 30 de novembro de 2010

A Deusa, a FIFA e a nota de $18

Enquanto uma penca de músicos, atores e celebridades como Oprah Winfrey, Jack Johnson, Rob Schneider, Bon Jovi, Axl Rose, Bob Geldorf e John Malcovitch desembarca por aqui nas próximas semanas, Elle Macpherson, modelo e deusa, faz o caminho inverso e segue para a Suíça, onde integrará o quarteto que vai defender, durante 30 minutos, a Austrália como país sede da Copa do Mundo de 2022.

A apresentação acontece na quarta-feira (meia-noite de quinta aqui) e a cerimônia na quinta (1h55 de sexta - transmissão ao vivo na SBS), quando anunciarão os países que sediarão os Mundiais de 2018 e 2022. Independentemente dos ganhadores, a credibilidade das escolhas será a mesma de uma nota de 18 dólares australianos (que equivale àquela nota lanranja de 16 reais).

Com todo respeito ao Papai Noel, só quem acredita no Bom Velinho para achar que a escolha de países para sediar Copas do Mundo e Olimpíadas são processos puramente técnicos e cristalinos. Em zonas que envolvem bilhões de dólares, política, muito poder e grandes tubarões do desporto nacional e internacional, sabemos que não tem virgem.

Há algumas semanas, três oficiais da FIFA (incluindo o solitário representante da Oceania) foram suspensos por possível envolvimento na venda de seus votos. Agora a pouco, a BBC exibiu na Inglaterra o tão aguardado episódio do Panorama trazendo denúncia contra outros três oficiais da entidade que, de 1989 a 1999, estariam envolvidos em um grande esquema de propina. Entre os acusados, ninguém menos do que Ricardo Teixeira, o poderoso chefão do futebol brasileiro.

Cenários como estes explicam o porquê do Brasil ter sido escolhido para sediar a Copa de 2014 e o Rio para as Olimpíadas de 2016. Claro, para o povo é maravilhoso, para a economia é fantástico, no meu caso, que sou jornalista, é uma oportunidade única mas, como todos sabem, o que vai de dinheiro pelo ralo e para outros lugares não tão inóspitos, é igualmente proporcional à popularidade do esporte.

De qualquer maneira, espero que Elle Macpherson, juntamente com o dono do Westfield e papa do futebol australiano, Frank Lowy, nossa representante da Rainha Elizabeth e Governadora-Geral, Quentin Bryce, além de celebridades como Hugh Jackman, Cathy Freeman, Ian Thorpe, Nicole Kidman e Kylie Minogue consigam bater Coreia do Sul, Japão, Estados Unidos e Catar, trazendo a Copa do Mundo pela primeira vez ao terceiro continente à sua escolha.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Bolt nos 10 anos das Olimpíadas



Para celebrar os 10 anos das Olimpíadas de Sydney, o governo de New South Wales, juntamente com alguns patrocinadores de peso, farão um grande evento hoje à noite com a presença de ninguém menos do que homem mais rápido do mundo.

É verdade! O jamaicano Usain Bolt desembarcou ontem com a simpatia (e a marra) de sempre, distribuindo sorriso pra todo lado, fazendo pose e, claro, muito merchandising (tchu-tchín!).



Com sede, ele apareceu no saguão do aeroporto tomando um Gatorade da sua linha pessoal (tchu-tchín!). Para não trazer muita mala e pagar excesso de bagagem, ele carregava um par de tênis Puma na mão (tchu-tchín!). Horas depois, muito interessado no dia-a-dia australiano, devorou o Daily Telepraph (tchu-tchín!).



Bolt, o homem que corre 9.58 segundos em 100 metros, ficará poucos dias por aqui, mas a agenda está lotada. O grande momento será hoje à noite, no Sydney Olympic Park, onde vai ser host de diversas corridas, incluindo o Gatorade Bolt, o momento mais aguardado, quando quatro dos maiores jogadores de football (leia-se rugby) da Austrália disputarão os 100m para saber quem é o "footballer" mais veloz do país.



Este é um desafio que acontece todo ano por aqui e, entre as estrelas, terá Greg Inglis do Melbourne Storm, Jarryd Hayne dos Eels, o Wallaby Lachie Turner e Nathan Gardener dos Sharks. O vencedor leva $20,000 do Auburn RSL (algo em torno de $1818 por segundo). Dêem uma olhada nesses dois vídeos.



Go Jarryd!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Segundo ouro no freezer canadense



Na primeira medalha de ouro da Austrália nesses Jogos Olímpicos de Inverno, Torah Bright, a gata, teve que desbancar duas norte-americanas. Agora foi a vez de Lydia Lassila, que para conquistar o segundo ouro do país, precisou deixar duas chinesas para trás.

A medalha veio no esqui aéreo estilo livre, uma espécie de salto ornamental, só que em vez de piscina, trampolim e maiô; neve, rampa, esqui e muita roupa.



E assim como Torah havia conquistado o ouro com uma manobra jamais realizada por uma mulher em competições, Lassila fez o mesmo.

Ela sapecou um inédito salto mortal triplo com uns giros no meio que não faço a menor idéia de como explicar (obviamente não sei nada de esportes praticados sob temperaturas abaixo de 10º C), somando 214.74 pontos, bem mais do que os 207.23 e 205.22 das intrépidas chinesinhas.



A vitória teve um sabor mais do que especial para Lassila, que há exatos 4 anos, nos Jogos de Inverno de Turim, arrebentou o joelho na mesma prova (se tivesse nascido no Brasil diriam que ela é brasileira e não desiste nunca).



Com o feito, a Austrália passa a somar 3 medalhas (duas de ouro e uma de prata). E no momento em que publico este post, ocupamos a 13a posição, sendo o único país do hemisfério sul a aparecer no quadro e estando à frente, inclusive, da matriz Grã-Bretanha, que só tem um ourinho.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Mestre-Ice Man e Porta-bandeira

O que faltou de roupa no Carnaval brasileiro, tá sobrando em Vancouver!



Torah Bright, porta-bandeira da Austrália nos Jogos Olímpicos de Inverno, e gata, conquistou o primeiro ouro para o país.

A snowboarder de 23 anos nasceu em Cooma, cidade a 397 km de Sydney, uma das entradas para as Snowy Mountains daqui de New South Wales.

Com 45 pontos, de 50 possíveis, T-Bone, como é conhecida, desbancou as favoritas norte-americanas com uma combinação altamente técnica e arriscada, porém calculada, de back-side 360 com switchback 720.



Para vocês terem uma idéia, pouquíssimos homens conseguem fazer o switchback 720, e mulheres jamais fizeram em competições.

Mas Torah fez! Falhou na primeira tentativa e quebrou absolutamente tudo na segunda (sim, meus amigos, é preciso arriscar na vida).



Resultado: segunda medalha para a Austrália, que já havia conquistado uma prata com o esquiador Dale Begg-Smith, o popular Ice Man.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Yes We Créu no Coogee Bay (e promoção relâmpago)



Para comemorar o evento que vai fazer Nelsinho Piquet voltar às pistas e Sasha Meneghel gastar a sua alfabetização bilíngue, domingo vai ter festa brasilera no Coogee Bay Hotel, em Sydney.

É a Brazilian Fever, que no melhor estilo Yes We Créu, fará homenagem à escolha do Rio de Janeiro como cidade sede da Olimpíada 2016.



Carlos Arthur Nuzman, nosso popular Wally, já garantiu que Piquet Son será o motorista oficial da vila olímpica (um merecido reconhecimento a essa brilhante carreira), enquanto a filha da rainha será a intérprete número um das Olimpíadas do Rio.

Mas voltando à festa...

Domingo, 18 de outubro, a partir das 17hs, no Selina's (Coogee Bay Hotel), vai rolar muito samba, partido alto e outros ritmos bem cariocas com a banda Samba Soul e seus convidados especiais, além dos DJ's Juliana Cesso - a mulher que mais gasta agulha de vitrola na Austrália - e Fab.

A festa, produzida pela Baluart 03 Productions, e patrocinada pela Ozzy Study Brazil, faz parte do projeto SummerOzzy, lançado mês passado.



A entrada custa somente $5 para as mulheres (até às 18 é free) e $10 para os homens. Lá dentro, caipirinha Sagatiba a 5 doletas.

Promoção relâmpago
E se você quer entrar sem pagar nada, responda corretamente em algum post deste blog que apareça a palavra Coogee (esse aqui não vale) qual é o significado da palavra COOGEE em aborígene. Fácil!

A primeira pessoa que responder , ganha um VIP da festa.


Piscina natural de Coogee Beach

O resultado divulgarei no sábado, aqui no blog!

sábado, 7 de fevereiro de 2009

79 coisas que você precisa saber sobre a Austrália

Hoje faz 1 ano e meio que cheguei na Austrália. Não é muito tempo, mas vale uma comemoração. Como 1 ano e meio nada mais é do que 18 meses ou 79 semanas (o que perigosamente corresponde a 79 finais de semana), selecionei 79 coisas que você precisa saber sobre a Austrália:



1. A capital da Austrália não é Sydney.
2. Muito menos Melbourne.
3. A capital da Austrália é Canberra.
4. Atravessar a Austrália de trem, de costa a costa, saindo de Sydney e chegando em Perth, leva 3 dias, num total de 4 mil km.
5. Perth é a capital de estado mais distante de qualquer outra capital de estado do planeta.
6. O que não significa que Perth esteja mais no fim do mundo do que o autódramo de Eastern Creek, no oeste de Sydney.
7. A Austrália tem 6 estados e 2 territórios (além de outros territórios ultramarinos).
8. A Austrália é quase do tamanho do Brasil.
9. Já a população da Austrália é um pouco maior do que a da região metropolitana de São Paulo.
10. A taxa de alfabetização entre pessoas acima de 15 anos é 100%.



11. Carvão, bauxita, ferro e tungstênio são alguns dos principais recursos naturais.
12. 96.2% da população não sabe que o país possui tungstênio.
13. 99.2% da população não sabe o que é tungstênio.
14. Os primeiros habitantes do país foram os aborígenes.
15. “Kang-ooroo” é como os aborígenes chamavam o grande canguru negro.
16. Não há cangurus andando nas avenidas das grandes cidades.
17. Mas há cangurus atravessando as estradas que cortam as grandes cidades.
18. O nome daquele instrumento de sopro dos aborígenes é didgeridoo.
19. Ele é feito de tronco de eucalipto atacado por cupins.
20. Pronuncia-se “didgeridú”.
21. Sydney não é banhada pelo Oceano Pacífico.
22. Aquela água gelada que banha Bondi e Coogee Beach é o Mar da Tasmânia.
23. A origem do nome Austrália vem do latim terra australis incognita, que significa “terra desconhecida do sul” (o meu Uruguai até hoje poderia ser chamado de terra australis incognita).
24. Oficialmente, a Austrália foi descoberta pelo capitão inglês James Cook, em 28 de abril de 1770.
25. Mas os chineses estiveram por aqui bem antes, em 1422.
26. No início da colonização, a Austrália nada mais era do que uma colônia penal britânica.
27. A ilha era usada para aliviar as prisões britânicas.
28. Ou seja, um australiano que se diz 100% australiano, tem grande chance de ter tido um parente britânico condenado por algum crime.
29. O Australia Day, um dos feriados mais importantes, é comemorado em 26 de janeiro.
30. Anzac Day é o outro grande feriado da Austrália.
31. Comemorado em 25 de abril, o Anzac Day é o único dia na Austrália em que as pessoas podem jogar cara ou coroa, legalmente, apostando dinheiro.
32. Nos outros 364 dias do ano, quem jogar cara ou coroa apostando dinheiro pode ir para a cadeia.



33. A Austrália declarou independência em 1901.
34. Mas até hoje a rainha do Reino Unido é oficialmente rainha da Austrália.
35. O brasão australiano traz um canguru e um emu (primo local do avestruz) guardados por acácias douradas.
36. A acácia dourada é a flor oficial da Austrália.
37. O Cruzeiro do Sul na bandeira australiana representa a posição geográfico do país.
38. A bandeira da Grã-Bretanha na bandeira australiana representa a... Grã-Bretanha.
39. Apesar das cores da bandeira serem azul, vermelha e branca, as cores nacionais são verde e dourada.



40. “Advance Australia Fair” é o nome do hino oficial do país.
41. A música "Down Under", lançada pelo Men at Work em 1983, é considerada o hino não-oficial da Austrália.
42. Colin Hay, vocalista, guitarrista e compositor do Men at Work, nasceu na Escócia.
43. A atriz australiana Nicole Kidman nasceu em Honolulu, Havaí (EUA).
44. O ator Mel Gibson, que todos acham que é australiano, é norte-americano.
45. Assim como o gladiador Russell Crowe, natural de Wellington, Nova Zelândia.
46. Russell Crowe foi convidado para ser o protagonista do filme Australia, mas recusou por causa do salário.
47. Já Heath Ledger recusou convite para integrar o elenco de Australia para atuar em Batman.
48. Foram usados cerca de 1500 cavalos durante as filmagens de Australia.



49. A banda australiana AC/DC vendeu mais de 200 milhões de álbuns em 35 anos de carreira.
50. Peter Garrett, o vocalista gigante e careca da banda Midnight Oil que parece um boneco de Olinda versão Outback, atualmente é ministro do meio ambiente.
51. O rugby é o esporte número 1 da Austrália.
52. O cricket é o esporte número 1 da Austrália.
53. Em 239 anos de história, o australiano ainda não decidiu qual é o seu esporte favorito.



54. A seleção australiana de futebol, conhecida como Socceroos, participou de apenas duas Copas do Mundo: em 1974, na então Alemanha Ocidental, e em 2006, na Alemanha.
55. Desde 2006, a Federação Australiana de Futebol (FFA) está filiada à Confederação Asiática de Futebol.
56. Em 26 edições dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, a Austrália conquistou 135 medalhas de ouro, 141 de prata e 169 de bronze, totalizando 445.
57. Já em 20 edições dos Jogos Olímpicos de Inverno, a Austrália faturou 3 medalhas de ouro e 3 de bronze, num total de 6 medalhas.
58. A temperatura mais alta registrada na Austrália foi em 2 de janeiro de 1960, em Oodnadatta, pequena comunidade do Outback (o deserto australiano). Aquele dia fez 50,7°C.
59. A cadeia de restaurantes Outback Steakhouse, presente em 23 países e conhecida pela temática inspirada no deserto australiano, é norte-americana.
60. A Opera House, idealizada pelo arquiteto dinamarquês Jorn Oberg Utzon, começou a ser contruída em 1957 e terminou em 1973.
61. Dane Utzon abandonou o projeto em 1966.
62. A Harbour Bridge, ali pertinho da Opera House, tem 503 m de comprimento, 49 m de largura e 134 m altura.



63. Dos Doze Apóstolos localizados na Great Ocean Road, em Victoria, só restaram sete.
64. Os Doze Apóstolos são pedras gigantes esculpidas pelo vento e pela água que ficam em pleno mar. Elas atingiam até 70 metros.
65. O Ayers Rock, segundo maior monolito do mundo, é chamado de “Uluru” pelos aborígenes.
66. A Austrália possui a fauna mais perigosa do mundo.
67. O ser mais temido é o box jellyfish, uma água viva com 15 tentáculos que mata uma pessoa em segundos.
68. Os crocodilos das águas salgadas do norte da Austrália chegam a medir 7 metros e pesar uma tonelada.
69. Existem cerca de 120 espécies de marsupiais na Austrália, que vão de cangurus a pequenos ratos do deserto.
70. Tem coala que dorme até 18 horas por dia.



71. As primeiras uvas plantadas em solo australiano vieram do Brasil e da África do Sul.
72. Syraz, uva de origem francesa que faz os melhores vinhos australianos, na Austrália chama-se Shiraz.
73. Enquanto nação, a Austrália é o 16º maior consumidor de vinho do mundo.
74. Per capita, a Austrália é o número 1 do mundo
75. Foster´s, a cerveja australiana mais vendida no mundo, é praticamente inexistente por aqui (em 79 semanas, não tomei um único gole).
76. Tooheys, Carlton, VB, Coopers, Pure Blonde, Hahn, Cascade, James Boags e Crown são algumas das mais populares.
77. O Vegemite, pasta feita com levedura de cerveja que os australianos adoram, deve ser passada no pão torrado e com um pouco de manteiga.
78. Penfolds Grange e Hill of Grace são os dois melhores vinhos já produzidos na Austrália.
79. Hero of The Waterloo é o melhor e mais antigo pub da Austrália, lugar perfeito para comemorar 79 semanas por estas bandas.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Tri-vice e uma revelação: Mia Lines



Sim, ganhamos! Conforme escrevi em um dos posts anteriores, faturei uma graninha no Australian Open com as irmãs Williams nas duplas, e com a irmã Serena na simples. Uma espécie de Obama de saias, ontem à noite Serena passou feito um rolo compressor sobre a russa Dinara Safina, a irmã do Marat, por 2 sets a 0, parciais de 6/0 e 6/3, voltando ao posto de número 1 do mundo. YES SHE CAN!

A russa de 22 anos, então terceira do mundo (e a partir de amanhã segunda), tão cedo, não volta para a Austrália. Ela desembarcou por aqui no início de janeiro e participou de três torneios. Chegou à final dos três. E perdeu os três. Vai ser pé fria assim lá em Moscou.



A epopéia dos vices começou em Perth, cidade da Roberta, onde ela perdeu a final do Hopman Cup para a eslovaca Dominika Cibulkova por 2 sets a 1, de virada. Na semana seguinte, Safina veio para Sydney e chegou à final do Medibank International, perdendo para a compatriota Elena Dementieva por 2 a 1. Detalhe: Dinara havia sido derrotada por ela na final das Olimpíadas de Pequim, no ano passado. E ontem, fechando com chave de prata a sua participação em terras australianas, foi atropelada pela Serena.



Como estou com muita pena da moça, realizarei um mini-torneio aqui em North Bondi. Será o Dom Pablito North Bondi Safino Open. Na verdade, é uma final, e feita para ela ganhar. Convidarei a mais nova revelação do tênis australiano, Mia Lines. Treinada pelo famoso técnico norte-americano Ricky Macci, que já treinou Andy Roddick, Jennifer Capriati e as irmãs Williams quando ainda eram jovens, a australianinha foi apontada pelo próprio com uma das mais promissoras jogadoras que ele viu nos últimos 25 anos. Importante: Mia Lines tem 4 anos de idade. Acho que a Safina ganha.



Mas lembrem-se deste nome: Mia Lines.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Onde está o Wally?



Vocês se lembram do Wally, aquele intrépido mala que surgiu nos anos 90 desaparecendo no meio de multidões? Pois bem, esses dias ele reapareceu numa versão "cartola verde e amarelo" em Beijing. Na verdade, ele andou bem escondido durante os Jogos, até que no penúltimo dia, ao ver uma oportunidade de ouro, C. A. Wally N. (seu nome completo) não aguentou tamanha quantidade de holofote e deu o ar de sua graça. Vamos ver se vocês conseguem encontrá-lo nas imagens abaixo.



Basquete feminino: atuação patética. Nenhuma vitória. Alguém viu o Wally?



Diego Hypólito, o Daiano: erra no final de sua apresentação, fica em sexto, chora, dá um pití, chora mais um pouco, entra em depressão e pede desculpas ao Brasil (essa última foi demais - Quem se importa???). Alguém viu o Wally?



Fabio Luiz e Marcio (nomes de dupla de vôlei de prédio, daquelas que passam o domingo jogando contra Franja e Gu e Marcão e Paulão): não conseguiram atravessar a muralha careca norte-americana e acabaram tomando uma sova no terceiro set. Alguém viu o Wally?



Natália Falavigna: taekwondo. Ficou em quarto em Atenas, foi campeã mundial em 2005 e conquistou o bronze em Beijing por puro mérito próprio, pois se dependesse do apoio do governo... Alguém viu o Wally?



Futebol masculino. A menina dos olhos do país. Na verdade, as meninas, pois não passam de 22 primas-donas que jogam muito menos do que acham que jogam (sem contar o comandante). Tomaram um vareio da Argentina, venceram a Bélgica e amargaram o bronze (pelo menos apareceram pra receber, ao contrário de douze anos atrás). Alguém viu o Wally? Aliás, imaginem o Wally caso tivessem conquistado o inédito ouro.



Vôlei masculino. Geração que ganhou tudo e, como todo time no esporte, vive ciclos. Já não está lá em cima e mais uma vez perdeu uma final olímpica para os Estados Unidos. Nenhuma surpresa. Alguém viu o Wally na entrega das pratas?



Futebol feminino: (literalmente) pobres meninas. Só de terem chegado à idade adulta com saúde, já foram longe demais. O que dizer de mais uma final olímpica? Alguém viu o Wally para consolá-las?



Vôlei feminino: ouro!!! E não é que o Wally finalmente apareceu!!! Vejam que sorriso de campeão no alto à esquerda. Carlos Arthur Wally Nuzman: o cartola de ouro!!!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Pablito in China (town)



A partir de hoje, começo a minha heróica e confuciana cobertura dos Jogos Olímpicos direto de China (leia-se Tchaina, in english). Na verdade, de Chinatown, o bairro onde estudo aqui na Austrália (lá é praticamente um genericão de Beijing – sem muralha).



Em Chinatown é assim: chineses por tudo quanto é lado, lojas, lojinhas e mais lojinhas amontoadas em todos os cantos, patos avermelhados pendurados nas vitrines, cheiro de simpáticos quitutes como o “sonho do imperador” misturados com o aroma de incensos e produtos da milenar medicina local, além das melhores grifes do planeta – com ótimos preços – na versão Made in China.



E aproveitando que em Sydney tem gente do mundo inteiro (mas do mundo inteiro mesmo, incluindo lugares nanicos e longínquos como Liechtenstein, Granada e Acre), tentarei (sempre que possível, por questão de tempo) acompanhar as competições em um dos 2.467 pubs da cidade, ao lado das mais diferentes torcidas, tomando quantidades industriais de cerveja, tirando várias chapas e relatando para vocês. Tudo, claro, em nome do jornalismo pubiano (que usa os pubs como matéria-prima).



Que comecem os XXIX Jogos Olímpicos da Era Moderna, e que o espírito do Barão de Coubertin não venha dar o ar da graça, pois se o importante não é vencer, mas competir, então que fique em casa e não vai fazer feio no país do nosso saudoso Zheng He – o imperador.



Viva Chinatown!

sábado, 12 de abril de 2008

Sou um rudder



Meus amigos, sou um rudder. É verdade! Não pensei que pudesse voltar a admirar um político, mas voltei. A cada semana, Kevin Rudd, nosso primeiro-ministro, tem impressionado mais.



Ele já havia dado uma grande demonstração de que é absolutamente diferente dos principais "líderes" da atualidade (leia-se últimas sei lá quantas décadas), na ocasião do Sorry Day, quando pediu desculpas aos povos aborígenes pelos abusos cometidos desde a chegada do nosso glorioso Captain Cook.



Agora, em meio ao turbilhão que a China está vivendo, com o mundo inteiro se voltando contra os absurdos que ela tem feito desde 1959 no Tibet, Kevin Rudd, falando mandarin fluente em território chinês, não titubeou em afirmar que há "significantes problemas de direitos humanos no Tibet". Meus amigos, não é qualquer um que entra lá e fala isso. Mais: que fala isso e não vai imediatamente viver a 7 palmos abaixo da terra.


Se, por exemplo, fosse Lula que estivesse visitando a China, ele faria a costumaz média com os políticos locais e não se manifestaria de maneira alguma sobre o problema. No máximo, diria que é uma questão interna da China e que prefere "não se meter" - palavras dele. Já Georg W. Bush mandaria milhares de soldados para o Tibet, mataria o restante dos monges e destruiria a região, sob a alegação de que estaria resolvendo o problema pela raiz. Hugo Chavez daria petróleo de graça para a China. E assim por diante...



Dia 24 de abril a tocha olímpica, que tem causado tumulto por onde passa, chega na Austrália. Kevin Rudd já recusou qualquer ajuda externa para garantir a segurança. Eu, claro, concordo plenamente, afinal, sou um rudder! Vamos ver no que vai dar. No mais, sensacional esta sequência sobre a criação do logo das Olimpíadas. Não sei quem fez mas tá ó-te-ma!