quarta-feira, 4 de maio de 2011

Artur Cimirro na Austrália e NZ

Ontem tive a oportunidade de conversar com a senhora Katie Stuart, da empresa de piano Stuart & Sons Factory, e ela me passou duas informações bem interessantes sobre o pianista gaúcho Artur Cimirro, que desembarca por aqui na próxima semana.

Artur vem a convite da Stuart & Sons e será o primeiro brasileiro a testar e se apresentar com um piano nada usual. Em vez das 88 teclas e dos 3 pedais de praxe, ele tocará em um instrumento com 102 teclas e 4 pedais (haja nota, Fafau!). No repertório, 3 prelúdios compostos por ele especialmente para explorar as possibilidades deste piano, e uma adaptação da famosa Tocata e Fuga em ré menor de Johann Sebastian Bach.

Aproveitando a vinda para a Austrália, Artur resolveu passar na Nova Zelândia. Motivo? Há alguns anos, quando tinha 15, Adriano Mann, construtor de pianos, começou a desenvolver o projeto do que viria a ser o maior piano do mundo. O instrumento ficou pronto em 2009 e está instalado no galpão de uma fazenda em Timaru, cidade a 160 quilômetros de Christchurch, ilha sul do país.

Com 5,7 metros de comprimento, cordas bem maiores do que as usuais e timbre modificado, tamanha extravagância fez com que muitos pianistas profissionais torcessem o nariz para o instrumento. Mas não foi o caso de Artur, que ficou curioso e será o primeiro pianista internacional a fazer um recital no piano de Itu (ops, de Timaru). Fantástico!

Eu vou com certeza no recital de North Sydney e convido vocês a fazerem o mesmo. Além de prestigiarmos um brasileiro de talento extraordinário se apresentando no outro lado do Pacífico, é uma ótima oportunidade para sairmos um pouco da caixinha e curtirmos algo diferente.

Ouçam abaixo o que estou falando!


O programa vai variar em cada apresentação e passará por nomes como Liszt, Bach, Stravinsky, Cziffra e Villa Lobos, além do próprio Cimirro.

Newcastle (NSW)
Domingo, 15 de maio, às 15h
The White Room - Stuart & Sons Factory (67 – 77 Mc Michael Street)
Ingressos (Newcastle Musica Viva Fundraising): director@stuartandsons.com ou 02 4961 3771

North Sydney (NSW)
Quinta-feira, 19 de maio, às 20h
The Independent (269 Miller St)
Ingressos a $35 aqui ou pelo telefone 8019 0290

South Melbourne (VIC)
Domingo, 22 de maio, às 15h
Piano Time Showroom (109 York St)
Ingressos a $35 aqui ou pelo telefone 03 9690 5566

Timaru (NZ)
Sábado, 28 de maio, às 14h
Peter & Jane Evans' Alpine Farm (Pareora Gorge Road)
Ingressos a $20 na Artma Spiritual Gallery, Royal Arcade, Timaru - (64) 03 686 9878 ou com Jan Prestidge (64) 03 684 7369

terça-feira, 3 de maio de 2011

Tamboro no Samba Cine Club

A Juliana Frantz, uma das criadoras e organizadoras do Samba Cine Club, vinha falando deste filme há tempos. Primeiro sobre a possibilidade de consegui-lo, já que é incrível, e depois comemorando o êxito.

Hoje chegou o dia, e a única coisa que eu - xavante-paulistano - posso fazer, além de recomendar aos amigos de Melbourne, é lamentar por não estar na cidade.


A partir das 19h30, no Australian Centre for Moving Image (ACMI) - Federation Square, o Samba Cine Club exibe Tamboro (2009), filme de Sergio Bernardes que é um tremendo tapa na cara. De quem? Não sei, pois ainda não vi, mas pelo o que a Ju me falou e lendo a sinopse abaixo, não tenho dúvida.

Documentário que aborda as principais questões sociais e ambientais do Brasil. O desmatamento da Floresta Amazônica, a luta pelas terras no campo, a favelização e a criminalidade nos grandes centros urbanos são projetadas formando um panorama quase muralista de nossa civilização. Do Monte Roraima aos Aparados da Serra, o filme percorre todo o Brasil nos revelando imagens surpreendentes de nosso país.

Caso ainda não se convenceu, veja o trailer.


Ingressos a $14 ($11 concession) no ACMI (8663 2583) ou via internet por aqui.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Ataque a Bin Laden e Justin Bieber!

Aproveitando que a redação está aberta: Justin Bieber sofre ataca de ovos em Sydney, mas quem morre é Osama Bin Laden.


E hoje, na Austrália, já é 02/05/2011: 2+5+2+1+1=ONZE!

Tributo ao Manu Chao, Kid Mac e Let's Help Dione Schaaf

Semana começando, chimarrão esquentando e redação aberta!


Nesta quinta, além da festa brasileira no Hugos (post anterior), tem também tributo ao Manu Chao e a nomes do rock sulamericano no Notes (75 Enmore Road). Organizado pelo Oscar Jimenez, do Watussi, o show contará com a presença dos brasileiros Sandro Bueno e Tiago de Lucca, do jamaicano Ras Roni, entre tantos outros. O preço é $15 antecipado e $20 na porta. Mas compre logo, pois deve esgotar.


No sábado, dia 7, a partir das 21h, Kid Mac fará show no Piano Room (Kings Cross) com a participação especial do Mat. McHugh, vocalista do The Beautiful Girls. McHugh participou da gravação e do clipe de "Hear You Calling", o último single do Mac, e esta será a primeira vez que os dois cantarão a música ao vivo. Na sequência, Mat. McHugh segue para o Brasil e para os Estados Unidos, onde fará turnê solo. Vejam o clipe!



Já está no Facebook a página criada para a Dione Schaaf, brasileira que vive na Austrália e precisa de ajuda. Para visitar, basta clicar aqui ou no banner à direita. Se preferir, estes são os dados bancários:

Bank: Commonwealth
Account Name: Dione Gazire Schaaf
Account Number: 10757377
BSB: 062124


Pelo que vi, hoje é o último dia de radio e quimioterapia. Depois é aguardar e se fortalecer para a cirurgia, que acontece em 22 de junho.

sábado, 30 de abril de 2011

Noite brasileira no Hugos

O forró mais fancy de Sydney está de volta. Na próxima quinta-feira, 5 de maio, às 20h, o Hugos (33 Bayswater Road – Kings Cross) fará mais uma noite brasileira com samba e forró ao vivo.



Se você não sabe dançar, não esquenta, pois a partir das 19h tem aula grátis. Falando em grátis, a entrada também é faixa, enquanto que vinho, cerveja e pizza custam somente $5 (noite mais brasileira impossível).

Só fique ligado no figurino, pois se você não deixar bermuda, regata, boné, chinelo e corrente de prata no armário, o guarda-roupas que cuida da porta vai barrá-lo.

Nos vemos lá (tipo fanfarrão)!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Evolution - Clipe do Vote For Mary

O ano de 2011 tem sido bem interessante para o Vote For Mary, banda aqui de Bondi Beach que tem Laura Ribeiro no vocal e guitarra, Armando Manduka na guitarra, Comendador Júlio Araújo na bateria, Mark O’Hare no baixo e Tiger Gontijo em todos os ensaios.

Após abrirem shows para nomes de peso da música australiana como a banda Ganggajang, no final do ano passado, e Chris Bailey (The Saints), no início deste, eles acabam de lançar o primeiro vídeo clipe com grande produção, que vocês vêem em primeira mão aqui no blog.

O nome é “Evolution” e foi totalmente rodado debaixo d'água. Para falar sobre ele e os novos projetos, que inclui gravação de álbum, conversei com a banda. O clipe, recém-saído do forno (no caso, da piscina), está na sequência.

Fale com um pouco sobre o clipe, quando gravaram, quem dirigiu...
O clipe foi dirigido e idealizado pela fantástica fotógrafa do mundo da música Wendy Mcdougall. Toda a ideia de fazer um clipe em baixo d'água nos leva ao princípio da nossa evolução. Bacana foram as 12 horas de gravação batendo perna e engolindo água! Mas com o Vote For Mary não tem tempo ruim...

Este é o primeiro clipe da banda?
"Evolution" é o primeiro clipe da banda que envolve uma produção grande, isso pra gente é um passo importante e a mensagem que a música passa é algo muito forte pra gente.

Recentemente, vocês abriram shows de nomes de peso da música australiana, fale um pouco sobre isso, sobre a responsabilidade...
O fato de dividir o palco com essas lendas do rock australiano é um aprendizado sem palavras. Da postura de palco até as conversas no backstage. A gente aprende muito. Mas acima de tudo, o Vote For Mary quer trazer uma vibração nova, mostrar o que está vindo no mundo do rock e ter o apoio dessas lendas é sempre um sentimento de conquista. A gente sente a responsa sim, mas não diminui a pressão também não.

Fale um pouco sobre o som da banda, em qual estágio vocês estão e para onde estão indo?
O som do Vote é sempre uma caixinha de surpresas! Mas o mais bacana que aconteceu com a banda e influenciou muito o nosso som nesses últimos tempos foi cada um se preocupar menos com si e mais com a união do som dos quatro. Isso deu luz ao "quinto" membro da banda, que é justamente a consequência dessa humildade e união. Daqui pra frente é deixar o quinto elemento falar cada vez mais alto!

Quais são os objetivos para este ano? Parece que vem o primeiro álbum, é isso mesmo? E o Brasil, com 3 membros da banda brasileiros, vocês pensam em tocar lá?
Dois mil e onze é ano de soltar o Vote pra voar. Estamos em período de conversa com uma gravadora e logo logo a gente vai ter mais força no time. Depois do carinho do público com os shows acústicos no Brasil no ano passado, vai ter turnê e gravação no Brasil na segunda metade do ano! Assim que as datas estiverem fechadas, a gente avisa pra galera. Agora é espalhar a mensagem e, se vocês curtirem o som, curtirem o vídeo, passem a mágica pra frente!



quinta-feira, 28 de abril de 2011

Dione Schaaf - Vamos Ajudar!


A exemplo do que tem acontecido com o Leandro Barata, que desde o acidente em Bondi Beach, em dezembro passado, gerou uma onda de comoção e, principalmente, de solidariedade, mais uma vez é hora da gente se mobilizar por um brasileiro, pois, longe de casa, se um não olhar pelo outro, ninguém vai olhar por nós.

A questão é com a paulistana Dione Schaaf, 30 anos, que vive em Sydney e está com câncer no reto.

O problema começou no final de agosto do ano passado, quando a Dione sentiu fortes dores na lombar. Como na época ela estava trabalhando longos shifts numa fábrica onde carregava peso, pensou ser conseqüência disso. Após três semanas de tratamento com um quiroprata, sem melhoras, resolveu usar a passagem de volta para o Brasil e iniciar tratamento lá, já que estava sem condições para trabalhar na Austrália.

No Brasil, foi a um ortopedista, que fez alguns exames de raio-x e receitou anti-inflamatórios. Passou um mês e a dor não cessou. Foi em um segundo ortopedista, que solicitou uma ressonância. O resultado acusou desgaste nas últimas vértebras da coluna, justificando as dores. Como durava dois meses, a crise se tornara crônica, sendo necessário anti-inflamatorios mais fortes e fisioterapia diariamente. As dores diminuíram, mas não desapareceram.

De volta à Austrália, ela seguiu o tratamento fazendo sessões de fisioterapia e RPG. Mesmo assim, as dores continuaram e inchaços muito grandes apareceram na barriga, seguidos de dores mais fortes. Ela foi em um primeiro hospital, que diagnosticou erroneamente “crise de prisão de ventre”. Uma semana depois, em 14 de fevereiro, com as dores cada vez piores e febre alta, ela deu entrada no Royal Prince Alfred Hospital. O câncer foi diagnosticado oito dias depois, em 22 de fevereiro. A internação durou 26 dias e durante esse tempo ela passou por dois procedimentos cirúrgicos iniciais.

Por conta das dores e, posteriormente, do diagnóstico, Dione não trabalha desde o ano passado. Quem está ajudando é a irmã, Roxane, que vivia no Brasil e, assim que soube, deixou o trabalho e tudo para trás para acompanhar a irmã. Ela desembarcou em Sydney em 5 de março, porém, com visto de turista, o que significa que não pode trabalhar. Os pais, do Brasil, ajudam como podem enviando dinheiro da aposentadoria.

Após seis semanas de sessões de quimio e radioterapia, que terminarão em 3 de maio, a dúvida era se voltaria para o Brasil ou se faria a cirurgia para retirada do tumor na Austrália. Em razão da logística e da urgência, os médicos aconselharam fazer por aqui. Está marcada para 22 de junho, com previsão de oito semanas para recuperação e quatro meses e meio de quimioterapia.

Como estava no bridging visa quando retornou do Brasil, Dione não tinha plano de saúde. Para terem uma ideia, a diária no Royal Prince Alfred Hospital para pacientes nesta situação é de mil dólares. Mas, felizmente, após ler carta escrita pela própria Dione sobre a situação financeira, o hospital resolveu bancar todo o tratamento, incluindo as cirurgias. Fantástico!

Mas a questão financeira ainda é complicada, pois nenhuma das duas pode trabalhar e, por mais que o hospital cubra as despesas, elas ainda precisam pagar aluguel, comprar remédios, comida, usar transporte etc.

O objetivo deste post é dividir a história com vocês para que possamos de alguma maneira ajudar a Dione.

Se vocês tiverem ideias, quiserem realizar eventos em prol ou seja lá o que for, vamos em frente. Se alguém quiser traduzir este texto para o inglês, fique à vontade. O importante é espalhar a mensagem para a maior quantidade possível de pessoas.

Já falei com o Sydney Brazilian Social Club (Canarinhos), que na semana passada depositou AU$ 1.927.00 na conta do Leandro Barata referente à Sunshine Cup ($1.590) e ao Futebol das Piranhas ($337), e eles vão se mobilizar. Empresas, associações e o que mais tivermos por aqui, vamos fazer o mesmo!

Em breve será construída página no Facebook com o número da conta, vai ser uma maneira ágil para trocar ideias, atualizar informações, criar eventos e manter contato com a irmã. Passo o link assim que fizerem.

PS: a página no Facebook já está criada. Clique aqui!

Toda a sorte para a Dione e a família!