Muitos duvidaram que hoje ela pudesse estar em casa comemorando os 17 anos. Mas está, e após ter escrito o nome na história.
Happy Birthday
terça-feira, 18 de maio de 2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Luto, uma vitória, uma derrota e o Ganso de Chuquinha
Estou de luto!
Começar a semana recebendo a notícia de que Ronnie James Dio, um dos papas do Heavy Metal, passou dessa para uma melhor, é triste. Mas faz parte da vida. Resta saber para onde ele foi: Heaven or Hell?
Tenho certeza de que para o lugar mais infernalmente musical do Céu. Felizmente tive a chance de assistir a dois grandes shows em SP, um solo e outro com o Deep Purple. Gênio! Três "Enter´s" em homenagem.
ENTER
ENTER
ENTER
A vitória fica por conta do nosso Mark Webber, o primeiro australiano a vencer o GP de Mônaco desde 1951, e o primeiro aussie a liderar o mundial de Fórmula 1 desde Alan Jones, em 1981. Se ele tem bala pra conquistar o título da temporada, difícil dizer, mas impossível não é. Seria Mark Webber (os sapos adoram pronunciar o nome dele: U-ééé-ber! U-ééé-ber) o Jessico das pistas?
A derrota fica para o nosso escrete de cricket, que tomou um vareio da arqui-rival Inglaterra na final do Twenty20Twenty World Cup, em Barbados, confirmando a freguesia para a matriz nos últimos anos.
E hoje à noite sai a convocação mais aguardada. Não estou falando da seleção australiana de futebol para a Copa do Mundo, mas do time de New South Wales que disputará o State of Origin de Rugby League contra Queensland, o confronto mais esperado do primeiro semestre.
A grande expectativa é pela convocação de Jamal Idris, o maior homem da Terra, como é chamado, o popular Chuquinha. O cara, uma jamanta, é uma espécie de Ganso (o do Santos, não o primo do pato). Está jogando muito, é um atleta diferenciado, mas é novo (19 anos) e tem pouca experiência.
A dúvida: leva para esquentar o banco, ganhar cancha, talvez entrar e até fazer um grande jogo, ou chama alguém mais experimentado? Até a hora da convocação, nos dias seguintes e após o jogo, só vão falar nisso. Dunga que o diga!
Começar a semana recebendo a notícia de que Ronnie James Dio, um dos papas do Heavy Metal, passou dessa para uma melhor, é triste. Mas faz parte da vida. Resta saber para onde ele foi: Heaven or Hell?
Tenho certeza de que para o lugar mais infernalmente musical do Céu. Felizmente tive a chance de assistir a dois grandes shows em SP, um solo e outro com o Deep Purple. Gênio! Três "Enter´s" em homenagem.
ENTER
ENTER
ENTER
A vitória fica por conta do nosso Mark Webber, o primeiro australiano a vencer o GP de Mônaco desde 1951, e o primeiro aussie a liderar o mundial de Fórmula 1 desde Alan Jones, em 1981. Se ele tem bala pra conquistar o título da temporada, difícil dizer, mas impossível não é. Seria Mark Webber (os sapos adoram pronunciar o nome dele: U-ééé-ber! U-ééé-ber) o Jessico das pistas?
A derrota fica para o nosso escrete de cricket, que tomou um vareio da arqui-rival Inglaterra na final do Twenty20Twenty World Cup, em Barbados, confirmando a freguesia para a matriz nos últimos anos.
E hoje à noite sai a convocação mais aguardada. Não estou falando da seleção australiana de futebol para a Copa do Mundo, mas do time de New South Wales que disputará o State of Origin de Rugby League contra Queensland, o confronto mais esperado do primeiro semestre.
A grande expectativa é pela convocação de Jamal Idris, o maior homem da Terra, como é chamado, o popular Chuquinha. O cara, uma jamanta, é uma espécie de Ganso (o do Santos, não o primo do pato). Está jogando muito, é um atleta diferenciado, mas é novo (19 anos) e tem pouca experiência.
A dúvida: leva para esquentar o banco, ganhar cancha, talvez entrar e até fazer um grande jogo, ou chama alguém mais experimentado? Até a hora da convocação, nos dias seguintes e após o jogo, só vão falar nisso. Dunga que o diga!
sábado, 15 de maio de 2010
Jessica Watson - Home Sweet Home
Há 3 dias de completar 17 anos, após quase 7 meses no mar e com 3 horas de atraso em relação ao combinado com as dezenas de milhares de pessoas que foram até a Sydney Harbour e demais baías adjacentes, Jessica Watson pisou em terra firme, sã e salva.
Para terem ideia do feito, estavam presentes Kevin Rudd, primeiro-ministro da Austrália, Kristina Keneally, primeira-ministra de New South Wales, e Jess Martin, o australiano detentor do recorde que Jessica tentou quebrar (a pessoa mais jovem a dar uma volta ao mundo sozinha e sem assistência).
Escrevi “tentou” porque oficialmente não vão reconhecer o feito (vide posts anteriores). Mas quem se importa? Para a multidão que foi a loucura quando o Ella’s Pink Lady despontou na Harbour escoltada por dezenas de barcos, ali estava uma garota de 16 anos que acabara de dar uma volta no planeta, sozinha e sem assistência. Basta!
Recebida pelos pais no deck improvisado entre a Opera House e o Botanic Gardens, Jessica não apenas se tornou heroína nacional (mesmo dizendo que não se considera) e provável Australian of the Year em 2011, como também inspiração para milhões de pessoas em todo o mundo que diariamente registravam mais de 100 mil acessos ao blog da nossa Amyr Klink de saias.
Como Jessica disse, essa viagem diz respeito a correr vários riscos para realizar um sonho. E é isso que dá sentido a vida.
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sexta-feira, 14 de maio de 2010
Férias tardias às Havaianas (Al Gore?)
Deixa eu fazer as devidas apresentações: aquecimento global -terráqueos / terráqueos - aquecimento global.
Ontem, quinta-feira, 13 de maio, pendurei as chuteiras (no caso, as Havaianas). Mas de maneira tardia, se comparada aos anos anteriores. Seria o aquecimento global, Al Gore?
Não que não seja mais possível usá-las, ainda é, mas somente entre às 10h17 e 15h48, e em dias de sol. Antes e depois disso, é pedir pra passar frio.
Mas demorou!
Reparem nas marcas de dedo. Heavy user eu?
Desde que cheguei na Austrália, há quase 3 anos, não tinha visto um outono tão quente. Lembro que tanto em 2008 quanto em 2009, em abril o scaaarrrrf (com sotaque carioca mesmo), o popular cachecol, já estava fora do armário, enquanto as Havaianas eram usadas mais moderadamente.
Claro, sou suspeito por ser um heavy user de chinelos, mas até a última terça-feira à noite, quando iniciei a minha Cruzada Jazzística, ainda estava com elas nos pés praticamente em tempo integral. Era chinelo de manhã pra ir à escola, em casa trabalhando, à tarde seja lá onde ia (com exceção da Ozzy, claro) e à noite nos pubs, bares, restaurantes ou onde quer que fosse. Porém, na noite de terça os primeiros ventos que trarão o inverno finalmente sopraram, a temperatura baixou e, pela primeira vez em 2010, senti fio. Tardiamente, não Al Gore?
Na quarta, tivemos o primeiro dia realmente de outono, com frio na sombra, vento gelado e temperatura sem sofrimento apenas no sol. À noite, friaca! Mas scaaarrrrf ainda no armário.
Neste exato momento, em Sydney, 18 graus em um belo dia ensolarado. Mais! Máxima de 21 e alerta de ventos fortes de sul a sudoeste, atingindo de 25 a 30 nós offshore.
Resumo da ópera: demorou mas chegou. Havaianas descansam, scaaarrrrf vai para a máquina de lavar para matar os ácaros e, em breve, chega ao blog a primeira relação Pablito Austrália com 40 vinhos para o brasileiro tomar no inverno australiano (o que significa diferentes categorias a no máximo $25). Aguardem!
Enquanto isso, que os ventos fortes tragam Jessica Watson com total segurança para casa. Amanhã estaremos lá (com frio, é verdade, mas talvez de chinelo, pois ela deve chegar às 11h30)!
Designed by Rodrigo Holler
Ontem, quinta-feira, 13 de maio, pendurei as chuteiras (no caso, as Havaianas). Mas de maneira tardia, se comparada aos anos anteriores. Seria o aquecimento global, Al Gore?
Não que não seja mais possível usá-las, ainda é, mas somente entre às 10h17 e 15h48, e em dias de sol. Antes e depois disso, é pedir pra passar frio.
Mas demorou!
Reparem nas marcas de dedo. Heavy user eu?
Desde que cheguei na Austrália, há quase 3 anos, não tinha visto um outono tão quente. Lembro que tanto em 2008 quanto em 2009, em abril o scaaarrrrf (com sotaque carioca mesmo), o popular cachecol, já estava fora do armário, enquanto as Havaianas eram usadas mais moderadamente.
Claro, sou suspeito por ser um heavy user de chinelos, mas até a última terça-feira à noite, quando iniciei a minha Cruzada Jazzística, ainda estava com elas nos pés praticamente em tempo integral. Era chinelo de manhã pra ir à escola, em casa trabalhando, à tarde seja lá onde ia (com exceção da Ozzy, claro) e à noite nos pubs, bares, restaurantes ou onde quer que fosse. Porém, na noite de terça os primeiros ventos que trarão o inverno finalmente sopraram, a temperatura baixou e, pela primeira vez em 2010, senti fio. Tardiamente, não Al Gore?
Na quarta, tivemos o primeiro dia realmente de outono, com frio na sombra, vento gelado e temperatura sem sofrimento apenas no sol. À noite, friaca! Mas scaaarrrrf ainda no armário.
Neste exato momento, em Sydney, 18 graus em um belo dia ensolarado. Mais! Máxima de 21 e alerta de ventos fortes de sul a sudoeste, atingindo de 25 a 30 nós offshore.
Resumo da ópera: demorou mas chegou. Havaianas descansam, scaaarrrrf vai para a máquina de lavar para matar os ácaros e, em breve, chega ao blog a primeira relação Pablito Austrália com 40 vinhos para o brasileiro tomar no inverno australiano (o que significa diferentes categorias a no máximo $25). Aguardem!
Enquanto isso, que os ventos fortes tragam Jessica Watson com total segurança para casa. Amanhã estaremos lá (com frio, é verdade, mas talvez de chinelo, pois ela deve chegar às 11h30)!
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quinta-feira, 13 de maio de 2010
E se o Kaká tiver uma disenteria?
Raramente, o Brasil não tem ao menos um corte dramático por contusão às vésperas da Copa do Mundo. Foi assim em 1994, quando Ricardo Rocha deu lugar a Ronaldão; em 1998, com Romário chorando ao ser trocado por Emerson; em 2002, com o mesmo Emerson dando lugar a, se não me engano, Kleberson ou talvez Gilberto Silva (alguém lembra quem foi?).
Não, não quero ser o asa negra, mas há menos de um mês do início, algo me diz que ainda vai ter reviravolta e Ganso herdará um lugar entre os 23. Meu nome não é Pablito Dinah, mas é algo que sempre acontece.
No mais, conforme escrevi no post anterior sobre a convocação, ela não me surpreendeu (o que não significa que adorei). No gol, o Suzano é o cara e o Doni tem um grande empresário. Na lateral-direita estamos tranquilos, miolo de zaga idem e a lateral-esquerda é um grande problema. Deixa eu frizar: gran-de-pro-ble-ma! No meio, temos muitos volantes e poucos meias, o que não é surpresa tratando-se do Dunga, ex-volante que só não passava os 90 minutos olhando para o gramado pois de vez em quando levantava a cabeça para esculhambar um companheiro ou xingar o juiz. O que nos faz voltar ao ponto central do post anterior:
E SE O KAKÁ TIVER UMA DESENTERIA?
Na frente, sou suspeito para falar pois não acompanho o campeonato alemão. Mas Gra-fi-te? E olha que sou são-paulino! Na boa, ele tem muita vontade, é esforçado, faz uns gols, mas tecnicamente é muito fraco. Claro, pode ter evoluído muito nesses anos de Alemanha, assim espero. De resto, Luis Fabiano terá a chance da vida para se consagrar como um dos grandes jaquetas 9 da seleção (ou se queimar para sempre - vou na alternativa "a"), gostei da convocação do Nilmar, e Robinho é Robinho, uma das maiores "focas" do planeta (traduzindo: joga pra ele e para o público, não para o time). Mas vamos torcer para que tome um chá de coletividade ou, caso comece com as firulas sem objetividade, um chá de cadeira no banco de reservas.
Mas o melhor mesmo foi ver Neymar, a maior neo-foca do futebol brasileiro, fora da lista. Vai ter muito tempo para aprimorar as dancinhas, dar um tapa no cabelo e até criar novos passos. Bola ele joga, mas é muito mala!
Não, não quero ser o asa negra, mas há menos de um mês do início, algo me diz que ainda vai ter reviravolta e Ganso herdará um lugar entre os 23. Meu nome não é Pablito Dinah, mas é algo que sempre acontece.
No mais, conforme escrevi no post anterior sobre a convocação, ela não me surpreendeu (o que não significa que adorei). No gol, o Suzano é o cara e o Doni tem um grande empresário. Na lateral-direita estamos tranquilos, miolo de zaga idem e a lateral-esquerda é um grande problema. Deixa eu frizar: gran-de-pro-ble-ma! No meio, temos muitos volantes e poucos meias, o que não é surpresa tratando-se do Dunga, ex-volante que só não passava os 90 minutos olhando para o gramado pois de vez em quando levantava a cabeça para esculhambar um companheiro ou xingar o juiz. O que nos faz voltar ao ponto central do post anterior:
E SE O KAKÁ TIVER UMA DESENTERIA?
Na frente, sou suspeito para falar pois não acompanho o campeonato alemão. Mas Gra-fi-te? E olha que sou são-paulino! Na boa, ele tem muita vontade, é esforçado, faz uns gols, mas tecnicamente é muito fraco. Claro, pode ter evoluído muito nesses anos de Alemanha, assim espero. De resto, Luis Fabiano terá a chance da vida para se consagrar como um dos grandes jaquetas 9 da seleção (ou se queimar para sempre - vou na alternativa "a"), gostei da convocação do Nilmar, e Robinho é Robinho, uma das maiores "focas" do planeta (traduzindo: joga pra ele e para o público, não para o time). Mas vamos torcer para que tome um chá de coletividade ou, caso comece com as firulas sem objetividade, um chá de cadeira no banco de reservas.
Mas o melhor mesmo foi ver Neymar, a maior neo-foca do futebol brasileiro, fora da lista. Vai ter muito tempo para aprimorar as dancinhas, dar um tapa no cabelo e até criar novos passos. Bola ele joga, mas é muito mala!
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quarta-feira, 12 de maio de 2010
Pra não dizer que não falei de... Perth (A Cruzada Jazzística)
Roberta Toneto, filha da futura prefeita de Perth, sempre reclama que só falo de Sydney e, mais recentemente, de Melbourne, mas nunca de Perth. Pior! Nas poucas vezes que escrevo sobre a cidade, refiro-me como a capital mais distante de outra capital do planeta.
Para não me tornar persona non-grata por aquelas bandas, aqui vai uma dica para os perthianos (ou perthsiders, como provavelmente dizem lá).
Perth, a capital mais distante de outra capital do planeta.
Ontem à noite, iniciei a minha cruzada jazzística por Sydney. É verdade! Não me conformo com o fato da noite musical de Melbourne ser infinitamente superior a daqui. Por ora, parece ser, mas quero acreditar que não. E a melhor maneira de descobrir isso é através das casas e bandas de jazz (ou "jáixxzz" - como os entusiastas pronunciam no Brasil).
Seguindo dica do meu amigo Julio Araujo Albuquerque Figueroa Mattarazzo Diniz da Cunha, batera do Vote For Mary, fiquei sabendo da Jazzgroove Association, associação de músicos de jazz que lança álbuns, organiza shows, eventos, enfim, gente do meio espalhando a palavra. E ao me cadastrar no site, vi que realizam apresentações às terças (ainda não sei a frequência) numa casa em Surry Hills chamada 505. Fui!
A casa é simplesmente perfeita: acústica, localização (portinha pequena numa biboca) e ótima visão para o palco. A primeira banda de ontem, Jackson Jive, era formada por músicos dessa associação que estudam ou ensinam em um dos conservatórios mais renomados de Sydney. Fizeram um jazz tradicional, com sax alto, trombone, piano, contrabaixo acústico e batera. Sonzeira e já valera os $10 da porta! Mas na sequência...
Confesso que não esperava muito da segunda banda. Quando vi que era um trio de guitarra, baixo e batera que fazia um jazz bem moderno, já imaginei 3 doidos eletronicamente ensandecidos desfilando notas pra eles mesmo. De fato, foi mais ou menos isso, mas os caras, naturais da minha Perth, eram fantásticos.
O nome da banda é the grid (perthianos, quando verem esse nome, vão!). O batera era simplesmente o melhor que vi ao vivo desde que cheguei na Austrália. Na verdade, o segundo melhor, já que fui ao show do Stevie Wonder, mas o cara era um monstro. Técnico, ligeiro, alterava várias vezes a afinação dos ton-tons durante a música, tinha um estilo totalmente próprio e fazia ótimas piadinhas nos intervalos. Craque! O baixista, outro monstro. Tocava como se fosse guitarra e grande parte das músicas saíam das melodias criadas para o baixo. Já o guitarra também era grande músico mas não tão absurdo quanto os outros dois. O som partia do jazz moderno, ia na direção do Radiohead (isso mesmo), trilhando uma pegada oitentista, bem na onda daqueles beats marcados pela batida contínua da batera e dos sintetizadores que se fazia no início dos 80, e depois retornava ao modern jazz. Noite para sair com o ouvido feliz e a alma lavada.
E foi somente a primeira noite da cruzada jazzística. Melbourne, se cuida!
Para não me tornar persona non-grata por aquelas bandas, aqui vai uma dica para os perthianos (ou perthsiders, como provavelmente dizem lá).
Perth, a capital mais distante de outra capital do planeta.
Ontem à noite, iniciei a minha cruzada jazzística por Sydney. É verdade! Não me conformo com o fato da noite musical de Melbourne ser infinitamente superior a daqui. Por ora, parece ser, mas quero acreditar que não. E a melhor maneira de descobrir isso é através das casas e bandas de jazz (ou "jáixxzz" - como os entusiastas pronunciam no Brasil).
Seguindo dica do meu amigo Julio Araujo Albuquerque Figueroa Mattarazzo Diniz da Cunha, batera do Vote For Mary, fiquei sabendo da Jazzgroove Association, associação de músicos de jazz que lança álbuns, organiza shows, eventos, enfim, gente do meio espalhando a palavra. E ao me cadastrar no site, vi que realizam apresentações às terças (ainda não sei a frequência) numa casa em Surry Hills chamada 505. Fui!
A casa é simplesmente perfeita: acústica, localização (portinha pequena numa biboca) e ótima visão para o palco. A primeira banda de ontem, Jackson Jive, era formada por músicos dessa associação que estudam ou ensinam em um dos conservatórios mais renomados de Sydney. Fizeram um jazz tradicional, com sax alto, trombone, piano, contrabaixo acústico e batera. Sonzeira e já valera os $10 da porta! Mas na sequência...
Confesso que não esperava muito da segunda banda. Quando vi que era um trio de guitarra, baixo e batera que fazia um jazz bem moderno, já imaginei 3 doidos eletronicamente ensandecidos desfilando notas pra eles mesmo. De fato, foi mais ou menos isso, mas os caras, naturais da minha Perth, eram fantásticos.
O nome da banda é the grid (perthianos, quando verem esse nome, vão!). O batera era simplesmente o melhor que vi ao vivo desde que cheguei na Austrália. Na verdade, o segundo melhor, já que fui ao show do Stevie Wonder, mas o cara era um monstro. Técnico, ligeiro, alterava várias vezes a afinação dos ton-tons durante a música, tinha um estilo totalmente próprio e fazia ótimas piadinhas nos intervalos. Craque! O baixista, outro monstro. Tocava como se fosse guitarra e grande parte das músicas saíam das melodias criadas para o baixo. Já o guitarra também era grande músico mas não tão absurdo quanto os outros dois. O som partia do jazz moderno, ia na direção do Radiohead (isso mesmo), trilhando uma pegada oitentista, bem na onda daqueles beats marcados pela batida contínua da batera e dos sintetizadores que se fazia no início dos 80, e depois retornava ao modern jazz. Noite para sair com o ouvido feliz e a alma lavada.
E foi somente a primeira noite da cruzada jazzística. Melbourne, se cuida!
terça-feira, 11 de maio de 2010
Os 23 do Dunga - Convocação para a Copa
Fico imaginando a ansiedade que está no Brasil por conta da convocação para a Copa do Mundo. É um misto de "quem matou Lineu Vasconcelos?" com "quem matou Odete Roitman?", mas com Ganso, Neymar, Ronaldinho e Adriano entre os protagonistas. As cenas dos próximos capítulos, na verdade, o capítulo final, vem nos primeiros minutos de amanhã (duas da manhã de terça para quarta em Sydney), com a lista dos 23 convocados para a Copa do Mundo.
Há quase 3 anos na Austrália, assisti a pouquíssimos jogos da seleção por aqui, acompanho mais via internet pós-jogo. Portanto, a visão é diferente. Hoje, por exemplo, li que um tal de Victor é um dos prováveis reservas do Julio Cesar. Juro! Nunca ouvi falar, não sei onde joga ou jogava. Algo que me diz que é do sul, mas não tenho certeza.
Bem, por ser brasileiro, ou seja, um pseudo-técnico, vou tentar arriscar o que o Dunga poderá anunciar amanhã. Aliás, durante a Copa do Mundo, toda terça-feira à noite terei um espaço no programa Vibez Brazil, na 89.7 Eastside Jazz FM para comentar sobre o Mundial. Vai ser legal! Depois passo mais detalhes.
Vamos aos 23 (em bold)!
Goleiros
Júlio "Suzano" César é o dono da 1. Para o banco, imagino que Gomes seja o suplente imediato e, provavelmente, Doni, que tem um dos melhores empresários do planeta, venha na sequência.
Lateral-direita
Barbada! Maicon é o jaqueta 2 e Daniel Alves vem com a 13. No início, lá pelos idos de 2003, não gostava do Maicon. Achava que era um pouco afobado, as vezes se atrapalhava com a bola e proporcionava muitos contra-ataques. Mas com anos de Europa, o homem cresceu e hoje é um tanque na lateral, tanto para defender quanto para atacar. Alves também é um jogador de muita qualidade, talvez até com mais recurso técnico do que o Maicon (aliás, que belo nome, não?), mas peca no aspecto disciplinar. O que significa: se joga demais, reclama demais e chora demais. Típico de jogador brasileiro melindroso que sente falta do feijão da mamãe.
Zaga
Lucio é o xerife do time. Titular absoluto e capitão. É outro que não me agradava antes, mas aprendi a gostar. Joga sério, dá bico para a arquibancada, se necessário, e na hora da pressão, cresce. Só tem dois defeitos: as vezes quer apitar o jogo, recebendo cartões desnecessários, e, achando-se um Beckenbauer, adora sair jogando com a bola dominada, o que em 97% dos casos resulta em bola perdida e chance de gol adversária. Juan é o seu companheiro de zaga. Também seguro, experiente e mais técnico, passa muita tranquilidade. Para o banco, vejo Luisão e Alex, que acabou de ser campeão pelo Chelsea, com vantagem, e o tal do Thiago Silva, do Milan, quase pegando a vaga do Alex. Se o São Paulo estivesse em grande fase, Miranda poderia ter 5% de chance e até o Pirulito 1.8%, mas como não é o caso e Tricolor e CBF estão em guerra, fora.
Lateral-esquerda
O principal problema. Desde que Roberto Carlos saiu, não temos um jaqueta 6. Nunca gostei dele, mas não vejo ninguém melhor. E mesmo estando ausente da seleção há anos, acho que a experiência e a folha de serviços prestados vão pesar, levando o ex-cortador de cana de Araras para a sua quarta Copa. Mais! Se bobear, rouba a posição de titular, que imagino ser, até o momento, do Gilberto, que não diz absolutamente nada. Dica para o Roberto Carlos: amarre uma fita bem forte na canela para prender o meião.
Meio-campo
Entre os defensivos, sei que Dunga adora o Felipe Melo, eleito um dos piores jogadores estrangeiros dessa temporada europeia, e Gilberto Silva, nome seguro para a cabeça-de-área. Tem o tal do Ramires, que jogou muito bem com a camisa do Cruzeiro, porém, sempre que vestiu a da seleção sentiu o peso e foi mal. Hernanes poderia conseguir uma vaga, principalmente por jogar de volante ou meia, mas com a briga entre CBF e São Paulo, vai Josué. Kaká não apenas será o jaqueta 10, como a peça fundamental para o sucesso da seleção. Se ele estiver bem, as chances do Brasil conquistar o sexto título serão grandes, mas se não estiver em ótima fase, esqueçam! Não sei quem jogará oa lado dele como titular, e é aí que começam a aparecer os pesadelos do Dunga (ou as soluções dos problemas, depende do ponto de vista). Pelo pouco que vi, de todo esse circo armado em torno do Santos, o craque mesmo é o Ganso. O cara tem uma visão de jogo descomunal e eu o levaria, na pior das hipóteses, para ganhar experiência. Acho que o Dunga vai levá-lo, pois estamos entrando na questão primordial:
E se o Kaká tiver uma disenteria?
Sim, conforme escrevi acima, o Brasil depende muito do Kaká, ele é o homem que vai ligar o meio com o ataque e, quando não o fizer, prendará, pelo menos, um marcador com ele. Mas e se o jantar da véspera cair como uma bomba e o cara não conseguir sair do banheiro? Quem vai subsitui-lo?
No mundo perfeito, Ronaldinho Gaúcho, mesmo não sendo mais o jogador que foi até a temporada 2005/06, seria o cara para estar com o grupo e ser um reserva de luxo tanto para entrar no meio quanto no ataque. Mas não creio que o Dunga vai chamá-lo, acho que irá preferir convocar o Ganso, fazendo média com a imprensa que clama pelo santista, deixando o Ronaldinho de fora. Com isso ainda faltam duas vagas, que deverão ser de Elano, jogador que nunca me enganou, mas técnico adora, e provavelmente Júlio Batista, um dos grandes enigmas do futebol.
Atacantes
Luis Fabiano é o 9, o matador. Terá a chance da vida de mostrar que realmente é um grande centroavante. Para nós, são-paulinos, sempre foi, mas sei que as outras torcidas desconfiam. Faro de gol, todos sabem que tem, mas vai precisar estar em dia com as redes, mostrar que aguenta a pressão de uma Copa do Mundo e, mais importante (no caso dele), precisará ter a cabeça no lugar. Se perdê-la, poderá por todo o trabalho a perder (sem trocadilhos). Robinho, infelizmente, é o companheiro de ataque. Vai precisar deixar as "foquices" de lado, pensar no coletivo e jogar sério, para o gol, não querendo mostrar que é habilidoso e tem uma fábrica de pedais de bicicleta. Adriano, o Imperador, se não estivesse com tantos problemas extra-campo, seria nome certo na lista. Mas como os homens da CBF tem acesso a muito mais informações sobre o que realmente acontece com o atacante do que nós, meros mortais, acho que ele não vai. Eu apostaria em Nilmar, que sempre foi bem quando chamado e não é um cara que atrapalha o grupo.
Já a última vaga estaria entre Alexandre Pato, Grafite, Diego Tardelli e Neymar. Uma pena o Fred ter sido prejudicado por tantas contusões, pois além de ser matador, já jogou uma Copa e inclusive fez gol. Eu o levaria e ele aparece correndo muuuuito por fora. Dos 4 citados acima, Tardelli para Copa do Mundo é piada, Grafite também não diz muita coisa, já Pato é mais experiente, apesar de novo, e Neymar, que todos querem, tem futebol mas ainda é muito mala, muito deslumbrado. Não sei até que ponto Dunga juntaria Robinho, Ganso e Neymar na mesma barca, pois a molecagem pode extrapolar o limite, como ocorreu quando Robinho e Diego foram convocados para o fiasco do Pré-Olímpico em 2003 (lembram? Um baixou a calça do outro, essas coisas). Maaasssssss... Por ter mão firme e contar com jogadores de nome, experientes, acho que ele pode confiar nisso e baixar a bola dos novatos fanfarrões. Portanto, amanhã tem Neymar na lista!
E para entrar de vez no clima da Copa, com a palavra, Bono Vox!
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