quinta-feira, 29 de abril de 2010

Samba Cine Club em Melbourne



A ideia do cineasta carioca João Oliveira era recriar em Melbourne o ambiente dos “Cine Clubs” do Rio de Janeiro, que combinam cinema e música brasileira. Para viabilizá-la, chamou a produtora e promotora Juliana Frantz e o DJ Guido Melo. Eles conseguiram!

No início do ano nasceu o Samba Cine Club, evento mensal que teve as duas primeiras edições no 1000 Pound Bend, e agora foi para um espaço maior, o SHED 4, em Docklands, que não poderia ser mais apropriado, já que abriga a cooperativa de cinema OpenChannel.



Amanhã, sexta-feira, tem sessão. Será exibido o excelente “Estômago” (2007), de Marcos Jorge, eleito Melhor Filme no Festival do Rio 2007 (entre outros prêmios), que aborda poder, sexo e comida através da trajetória de Raimundo Donato, cozinheiro nordestino que aprende na marra a diferença entre os que devoram e os que são devorados.



O formato do Samba Cine Club é muito bacana, pois além do filme, sempre traz música e um bate-papo informal no final. A programação de amanhã é a seguinte:

Entrada: A partir das 17h30. Grátis!
Música: Trio Agogo, grupo de choro formado por australianos, às 18h30.
Filme: Estômago, às 19h30.
Bate-papo: Debate após o filme aberto a todos os espactadores.
Especial: Desta vez, por se tratar de comida, no final serão vendidos quitutes que aparecem no filme.


Paulo Miklos parece não estar muito satisfeito, mas vai ter coisa boa.

Aos organizadores, muitíssimo obrigado pelo convite, mas não pude ir por um motivo simples: em semana que estudante internacional paga escola na Austrália, o máximo que dá pra viajar é através do Google Earth. Fica para a próxima!

E quem estiver em Melbourne e não for, já sabe: não vai para o Céu. É sério!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Nada demais se não fosse por um detalhe...

É a lua!!!










Abuka Trio no Robin Hood (hoje) e mais!

Há duas quartas fui ao meu local pub número 1 (são douze no total), o Robin Hood, e saí impressionado com o que ouvi.

Fazia tempo que eu não assistia a uma banda aqui em Sydney tocar samba, bossa nova e mpb com tanta qualidade. Por sorte, no domingo seguinte, outra banda, desta vez a Tropical Jam, do nosso glorioso Geleia, lotou o Beach Road e mostrou que estamos no caminho certo.



Mas voltando, a banda de duas quartas atrás é o Abuka Trio, formada pelo Sandro Bueno (percussão), Marcello Maio (tecladista e também da Tropical Jam) e Tiago De Lucca (violão acústico e vocal). E hoje eles se apresentam novamente no Robin Hood (203 Bronte Rd, Waverley - perto de Bondi Junction), das 20h às 23h.

Se você gosta de música brasileira da melhor qualidade, não perca. Bem, pode até perder, mas provavelmente não vai para o Céu.

Vem aí

Kid Mac no Beach Road, nessa sexta (30/04)
Samba Cine Club, em Melbourne, com exibição de "Estômago", também na sexta (30/04)
Vote For Mary
no Bondi Pavillion, em 12/06



Mais detalhes em breve!


Um oferecimento: Guia de Motéis

terça-feira, 27 de abril de 2010

Top 50 dos Restaurantes - 2 Australianos e D.O.M.



A revista inglesa Restaurant Magazine acaba de divulgar a sempre aguardada lista com os 50 melhores restaurantes do mundo (na opinião deles, claro, mas a credibilidade é indiscutível, pois leva em conta o voto de 800 profissionais, entre críticos internacionais, chefs e experts - um dia chego lá!).

A Austrália continua com dois restaurantes no Top 50: o Quay, na Circular Quay, em Sydney, que pulou da 46a posição para 27a, e o Tetsuya's, do mestre Tetsuya Wakuda, também de Sydney, que caiu da 21a para 38a.



Entre os 100 também aparecem o Marque, em Sydney, na 67a, e o Attica, da minha Melbourne (ops), na 73a.

Mas a grande presença mesmo é o D.O.M., do grande Alex Atala, de São Paulo, que desde 2006 figura entre os 50 e, de 2009 para 2010, pulou da 24a para a 18a. Monstro! Não só ele como toda brigada que faz o D.O.M. ser o que é. Até 2012 vai ser top 10!



Caso não tenha visto a entrevista que fiz com o chef no início do ano, clique aqui. Ou se preferir ler sobre o jantar que ele fez na minha Melbourne (ops) - e nós fomos, it's over here!

No topo dos 50, o espanhol El Bulli, do mestre Ferran Adria, caiu para a 2a posição, enquanto o Noma, da Dinamarca, pulou da 3a para 1a posição.

Um viva às dinamarquesas!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Legalizaram a cachorrada

Australiano adora café. Não só o líquido em si, mas o estabelecimento, de ir, sentar, relaxar, ver, ser visto, enfim... ir a um café é muito mais do que tomar um espresso.

Australiano também adora cachorro. E por aqui eles são muito educados. É comum ver um cão parado na porta de um café, sem coleira, quieto, esperando o dono. Em alguns lugares, especialmente em bairros mais, digamos, descolados, a presença de cachorros na parte de fora dos cafés era tolerada, mesmo que de maneira ilegal.

C. Moore Hardy


Mas agora liberou geral aqui em Sydney. Foi aprovada uma lei que permite cachorros frequentarem cafés. Isso mesmo! Tudo vai depender do dono do estabelecimento. Se o local for um dog friendly, o dono poderá sentar na parte externa e ficar o tempo que quiser com o Totó ou a Perepepê.

Claro, os cães não poderão sentar nas cadeiras, subir nas mesas, muito menos comer, mas a exemplo do dono, poderá tranquilamente relaxar, ver e ser visto.

sábado, 24 de abril de 2010

Santa bizarrice, Batman!

Tem coisas que só acontecem na Austrália (e em Gotham City)!



Aqui em Sydney é assim. Todo final de tarde, os morcegos atravessam a cidade para se divertirem não sei aonde. Os parques perto de casa recebem vários, e não só os vemos passando e dando belos rasantes, como ouvimos as góticas criaturas.

Mas, claro, nem todos se dão bem.



Vejam que situação desagradável desse nosso amigo, absolutamente estático nos fios de alta tensão da Macpherson com a Arden Street, em Bronte.







A pergunta que jamais se calará, é:

Que passa?

1. Excessos na noitada e ainda dormindo
2. Parou para tomar um sol e torrou (literalmente)
3. Quis se exibir para os colegas e se deu mal (o chamado fanfarrão)
4. Uma ação conjunta entre Coringa, Charada, Pinguim e Mulher-Gato





sexta-feira, 23 de abril de 2010

Tempestade de vergonha em Melbourne

Caixa 2 não é privilégio dos partidos brasileiros em ano eleitoral. Acaba de vir à tona mais um escândalo na sempre conturbada NRL (National Rugby League) - um dos maiores (se não for o maior) em 101 anos de existência.



Desde que cheguei na Austrália, em agosto de 2007, um time me impressionou: o Melbourne Storm. Sempre entre os primeiros colocados, os homens foram campeões naquele ano vencendo o Manly Sea Eagles na final, foram vice em 2008 perdendo para o mesmo Sea Eagles e no ano passado sagraram-se campeões batendo a sensação Parramatta Eels.

Grande time, ótimos jogadores (esse abaixo, Billi Slater, um dos melhores), enfim, tudo ia bem até que o auditor da Liga, Ian Schubert, passou a vista no famoso caderno com a relação dos pagamentos aos atletas. Em ordem. Mas quando o intrépido burocrata dos números entrou na sala ao lado e viu outro caderninho com, até o momento, 1.7 milhão de dólares extras, a casa caiu. Na verdade, o teto explodiu!



Explico: pelas regras da NRL, para manter um certo equilíbrio entre os times, eles não podem ultrapassar o teto salarial pré-estabelecido. No caderno número um, todos os pagamentos estavam de acordo. Já no dois, o teto foi parar no Melbourne Olympic Park (literalmente, pois parece que é lá que o cash ficava), e descobriu-se uma das maiores falcatruas da história do esporte australiano.

Esse $1.7 milhão vinha sendo usado como caixa 2 para pagar os atletas "em espécie" nos últimos 5 anos, incluindo $700 mil para essa temporada.

Resultado: o time perdeu os dois campeonatos conquistados nos últimos anos, levou multa de $500 mil, vai devolver $1.1 milhão de prêmios e jogará o restante da temporada para cumprir tabela, ou seja, não somando pontos. Essas, claros, são apenas as primeiras medidas. Mais estão por vir.

Outro problema sério são as apostas. Como todo esporte na Austrália está ligado a elas (lembrem-se, vivemos numa ilha), ontem mesmo foram suspendidas as apostas em quem será o último colocado, já que agora todo mundo sabe quem ocupará o posto. Isso poderia quebrar todas as casas de apostas e causar um efeito cascata catastrófico.

Mas ao contrário do que estamos acostumados a ver no Brasil (Brasileirão 2005 só para citar um exemplo recente):

1. Não acabará em pizza.
2. Vai gente pra cadeia.

Que assim seja!