quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Austrália e a qualidade de vida (é vice!)
A revista norte-americana International Living acaba de divulgar o seu tradicional ranking de qualidade de vida. O trabalho envolve 194 países e leva em consideração os seguintes critérios: custo de vida, diversão e cultura, economia, meio ambiente, liberdade, saúde, infra-estrutura, risco e segurança e clima.
A Austrália aparece na vice-liderança, atrás somente da França, enquanto a nossa simpática Nova Zelândia surge na quinta colocação. Ou seja, não optei em morar no terceiro continente à sua escolha por acaso.
Pra mim, viver bem, respirando, contemplando e com qualidade de vida, é muito mais importante do que ter duas contas bancárias transbordando dinheiro, carro do ano, status ou qualquer outra coisa que traz úlcera, entope as artérias ou acelera o envelhecimento.
E a Austrália, Sydney no meu caso, me proporciona respirar, contemplar e desfrutar a vida.
A seguir, no melhor estilo Twitter (máximo de 140 caracteres), comentarei item por item da Austrália/Sydney:
Custo de vida - o que pesa é o aluguel. Mas isso tem nome: Eastern Suburbs! É o preço pra morar com vista pro mar, ao lado da praia e cercado por parques.
Diversão e cultura - no sábado assistirei ao show do grande Al Green, de graça e em praça pública. E é só o começo do Sydney Festival 2010.
Economia - em abril do ano passado, pouco antes do ápice da crise mundial, Kevin Rudd, o meu primeiro-ministro, depositou $900 na minha conta.
Meio ambiente - aqui você se sente constrangido quando o caixa pergunta se vai precisar de sacola plástica. Cada um leva a sua própria, ecologicamente correta.
Liberdade - cada um é o que é e se veste como quer, sem dar a mínima para os outros. Só quem repara e comenta é o brasileiro, que ainda vive na "cultura do vizinho".
Saúde - Atchim! Saúde! Talvez um dos pontos fracos. Eu nunca tive problema nas poucas vezes que precisei ser atendido. Mas essa cultura do Panadol...
Infra-estrutura - é possível sair de Sydney, no Oceano Pacífico, e ir até Perth, no Oceano Índico, de trem, atravessando o país de costa a costa (4.352 km).
Risco e segurança - como sempre digo, aqui tenho mais medo de bicho do que de gente. E olha que não é aquele meeeedo, é, digamos, receio e respeito.
Clima - talvez a melhor coisa de Sydney. Clima temperado com dias ensolarados e céu azul ímpar, mas sem calor insuportável (com exceções, claro).
Os 10 primeiros colocados no ranking foram:
1. França
2. Austrália
3. Suíça
4. Alemanha
5. Nova Zelândia
6. Luxemburgo
7. Estados Unidos
8. Bélgica
9. Canadá
10. Itália
O melhor latino-americano, claro, foi o meu Uruguai, que aparece na 19a colocação. O Brasil ficou na 38a.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Tênis, tennis, tênis, tennis...
Esse post foi especialmente feito para o brasileiro que está na Austrália ou em qualquer outro país do mundo (como se os outros não fossem).
O fato é que o brasileiro que está em qualquer outro país do mundo, ao abrir a internet, vê um monte de tenistas avançando em torneios na Austrália, e não faz idéia do que está acontecendo. Afinal, o Australian Open nem começou.
Já o brasileiro que está na Austrália, ao ver um monte de tenistas avançando todo santo dia, acha que o Australian Open já começou e liga para o pai avisando que esse ano o torneio está acontecendo na cidade onde ele mora.
Pra evitar confusões, explico!
O Australian Open, que tem sede em Melbourne (pelo menos até 2016), reúne os principais tenistas do planeta e é estrategicamente chamado de o Grand Slam da Ásia/Pacífico, só começa no dia 18 de janeiro.
Até lá, como Austrália, Ásia, Pacífico, enfim, tudo aqui é longe pra caramba e ninguém gosta de perder viagem - muito menos dinheiro -, os atletas vão disputando torneios na Índia, no Catar e, claro, nas maiores cidades australianas.
O primeiro é o Hyundai Hopman Cup, que tem uma fórmula bem peculiar e acontece em Perth entre os dias 2 e 9 de janeiro. Nele, só entram convidados. Na verdade, apenas tenistas de 8 países que são divididos em 2 grupos. Todos jogam contra todos do mesmo grupo, em partidas de simples no masculino e no feminino, e de duplas mistas. O país campeão de cada grupo se classifica para disputar a grande final (parece complicado, tipo regulamento do campeonato carioca com octagonal decisivo com 7 times, mas não é).
Dupla britânica: Murray e Laura Robson.
O segundo torneio, que também já começou, é o Brisbane International, que vai de 3 a 10 de janeiro. Nessa manhã, Bernard Tomic, australiano de 17 anos que despontou no Australian Open do ano passado e é o xodozinho da torcida, foi eliminado. Quem se deu bem foi o brasileiro Thomaz Bellucci, que venceu o argentino Juan Chela mas, infelizmente, deverá cair na próxima rodada pois a chave dele é bem complicada.
Bernard Tomic, o teenager que é a cara do Alexandre Pato.
No domingo é a vez de recebermos o Medibank International Sydney, e eu não perderei por nada. O torneio vai de 10 a 16 de janeiro e já tem confirmados nomes como Serena Williams, Jelena Jankovic, Elena Dementieva, Gael Monfils, o mala do Lleyton "come on" Hewitt, Marcos Baghdatis e Richard Gasquet.
E, claro, fechando a overdose de top spin, backhand e match point, de 18 a 31 de janeiro, Rafael Nadal e Serena Williams defenderão o título do Australian Open, enquanto Federer e a deusa Sharapova, por quem sou russo desde pequenininho, vão tentar reconquistá-lo.
Dica: em todos os torneios há ingressos bem baratos, a partir de $10 ou coisa do tipo. Vale a pena!
E não esqueçam deste nome: Mia Lines
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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Toca Jorge no The Basement
O Toca Jorge é, sem dúvida, a melhor banda de samba-rock de Sydney. E o The Basement é, disparado, uma das melhores casas de música ao vivo da cidade. Esta quinta, 7 de janeiro, será uma ótima oportunidade para ver se o que acabei de escrever é verdade ou bobagem.
O show começa às 8h30, e quem abre é o gaúcho Fernando Aragones, o cabeça do Toca Jorge, mas que tocará sozinho, apresentando algumas músicas de seu trabalho solo.
Na sequência, os outros sete integrantes sobem ao palco para tocar o melhor de Jorge Ben Jor (ou seja, não necessariamente só o lado A do cantor), além de sucessos de outros grandes do gênero.
Mattoli e o Clube
O samba-rock, pra quem não sabe, é um ritmo que surgiu nos anos 70 eletrificando o samba com guitarra e muito suingue. Depois, voltou com tudo no início de 2000, resgatado pelo incansável Marco Mattoli e seu Clube do Balanço nas alamedas de Pinheiros e Vila Madalena, em São Paulo.
O The Basement fica na 29 Reiby Pl, ali na Circular Quay. A entrada é somente 10 doletas!
E falando em Jorge Ben Jor, Babulina vem aí...
O show começa às 8h30, e quem abre é o gaúcho Fernando Aragones, o cabeça do Toca Jorge, mas que tocará sozinho, apresentando algumas músicas de seu trabalho solo.
Na sequência, os outros sete integrantes sobem ao palco para tocar o melhor de Jorge Ben Jor (ou seja, não necessariamente só o lado A do cantor), além de sucessos de outros grandes do gênero.
Mattoli e o Clube
O samba-rock, pra quem não sabe, é um ritmo que surgiu nos anos 70 eletrificando o samba com guitarra e muito suingue. Depois, voltou com tudo no início de 2000, resgatado pelo incansável Marco Mattoli e seu Clube do Balanço nas alamedas de Pinheiros e Vila Madalena, em São Paulo.
O The Basement fica na 29 Reiby Pl, ali na Circular Quay. A entrada é somente 10 doletas!
E falando em Jorge Ben Jor, Babulina vem aí...
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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
E o zelador da ilha quase morreu
Keppel Beach, foto do próprio Ben Southall
Lembram que há praticamente um ano, o governo de Queensland lançou a campanha do "melhor emprego do mundo"?
Então, Ben Southall, esse inglês fanfarrão de 34 anos foi o grande vencedor e se mudou para Hamilton Island em primeiro de julho deste ano.
Não é que o homem quase morreu aos 43 minutos do segundo tempo?
É verdade! Curtindo uma sessão de jet ski no último domingo - há 4 dias de terminar o trabalho e receber $ 150 mil - ele foi picado no cotovelo por uma água-viva. Na verdade, pela pequena e periculosa Irukandji jellyfish, mais um monstrinho letal da incrível fauna australiana.
Minutos depois de ser picado e ter deixado a água, o síndico provisório sentiu que o movimento dos pés e das mãos estavam ficando lentos. Ao identificar os sintomas, membros do staff da ilha o levaram para o ambulatório, enquanto a temperatura do inglês elevava, o corpo transbordava suor, a cabeça explodia e um grande enjôo embrulhava o estômago. Se não tivesse sido prontamente assistido, tomando injeção e uma série de remédios, teria morrido.
Sempre digo que na Austrália não tenho medo de gente, só de animal, o que pra nós, brasileiros, não tem preço (ops, tem sim, a escola). Basta tomar alguns cuidados e torcer para não ter chegado a hora. No caso do Ben Southall, ele não tomou cuidado, pois nas águas daquela região de Queensland é impensável entrar sem roupa de proteção, mas por sorte não havia chegado a hora. Mas que bateu na trave, bateu.
O fato é que com roupa ou sem roupa, com água-viva ou sem água-viva, o importante é lembrar o que mamãe dizia: "água no umbigo, sinal de perigo; água no pescoço, sinal de sufoco".
E Feliz Ano Novo e Vida Nova pro Ben Southall!
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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Sunset at Château
Penúltimo pôr-do-sol de 2009 aqui no Château Elle Macpherson (onde moro).
Para um ano que começou "um passo pra trás para dar dois pra frente"...
Para um ano que começou "um passo pra trás para dar dois pra frente"...
... só tenho a agradecer.
Thank God and Happy New Year to everyone!!!
Thank God and Happy New Year to everyone!!!
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Bronte
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Festa e funeral na Nova Zelândia
T
Conforme anunciado no blog na semana passada, ontem, às 22h02, o barco neozelandês Alfa Romeo chegou em primeiro lugar na tradicionalíssima regata Sydney Hobart, que acontece há 65 anos.
Foram 2 dias, 9 horas, 2 minutos e 10 segundos desde a largada, num total de 628 milhas náuticas. Com o feito, o Alfa Romeu quebrou sequência de 4 vitórias consecutivas do Wild Oats XI, que chegou em segundo.
Conforme anunciado no blog na semana passada, ontem, às 22h02, o barco neozelandês Alfa Romeo chegou em primeiro lugar na tradicionalíssima regata Sydney Hobart, que acontece há 65 anos.
Foram 2 dias, 9 horas, 2 minutos e 10 segundos desde a largada, num total de 628 milhas náuticas. Com o feito, o Alfa Romeu quebrou sequência de 4 vitórias consecutivas do Wild Oats XI, que chegou em segundo.
Mas nem tudo é festa nas águas kiwis. Ontem, mais de 120 baleias morreram na região próxima a Colville Bay.
Elas foram vistas encalhadas às 6 da manhã por pescadores, que logo chamaram ajuda. Moradores e turistas passaram o dia na água tentando salvá-las, e de fato conseguiram devolver 2/3 para o mar.
Hoje, os maoris, que têm forte conexão com os famigerados e mesopotâmicos mamíferos, farão um funeral em homenagem. Eu adoraria assistir.
PS: Maori é um povo e não um brasileiro.
Elas foram vistas encalhadas às 6 da manhã por pescadores, que logo chamaram ajuda. Moradores e turistas passaram o dia na água tentando salvá-las, e de fato conseguiram devolver 2/3 para o mar.
Hoje, os maoris, que têm forte conexão com os famigerados e mesopotâmicos mamíferos, farão um funeral em homenagem. Eu adoraria assistir.
PS: Maori é um povo e não um brasileiro.
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