quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Quer brincar? Vai no Playcenter!

Ainda sobre o dust storm que rolou ontem em Sydney...

No final do meu texto, postei um videozinho filmado da minha casa. Piada! Brincadeirinha de criança! Vejam este abaixo, que impressionante!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O dia em que Sydney amanheceu alaranjada



Depois do "Dia em que Sydney parou", neste exato momento temos o "Dia em que Sydney amanheceu alaranjada - e sem exergar absolutamente nada".

Nunca vi nada igual. No melhor estilo Outback (o deserto, não o restaurante), após chuvas torrenciais e tempestades na noite passada, estamos assim desde às 4h30. O sol, dizem que deu o ar de sua imensa e calorosa graça às 5h45, mas, por ora, ninguém o viu.





As fotos foram tiradas um pouco depois das 6 da manhã da sacada do Château Elle Macpherson, o apartamento onde moro, e só agora, quase 7 horas, ouvi os primeiros pássaros (mas eles já se calaram novamente). As chapas ensolaradas, claro, são de dias normais, sem invasões alienígenas.

Na verdade, o que temos é uma tempestade de poeira que resultou neste fenômeno (batizaremos de Dia Nacional da Asma). Consequentemente, a cidade está um caos, os vôos atrasados nos aeroportos, as ferries fechadas, os pássaros mudos, a deusa loira do carro verde conversível ainda não foi trabalhar e eu estou aqui atualizando o blog, em vez de dormindo.

Mas tudo em nome do jornalismo laranja!





E como estou num momento musical do blog, quero tranquilizá-los com as sábias palavras de um ex-ministro:

Não é Natal / Nem ano bom / Nem um sinal no céu / Nenhum armagedom / Nenhuma data especial / Nenhum ET brincando aqui / No meu quintal




O vídeo está um pouco trêmulo, pois estamos falando de 6 horas de uma manhã com tempestade de poeira, após noite de drinks no Château.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O dia em que Sydney parou (viva o call sick)

Duas festas fizeram o domingão dos brasileiros em Sydney.

By Carol Favero


Primeiro, durante todo o dia, foi o 9th Ritmo Brazilian Festival, em Darling Harbour. Organizado pelo BraCCA, o festival juntou cerca de 15 mil pessoas (eu contei 15.543, mas posso ter esquecido alguém), e foi bem bacana.

By Carol Favero


Na sequência, a Fibra, juntamente com a Sollarium, mais a Ozzy Study Brazil e outras empresas, fizeram a We Love Brazil, festa que reuniu cerca de duas mil pessoas na Home, também em Darling Harbour. A casa (sem trocadilhos) simplesmente bombou!

By Carol Zatt


A consequência foi um recorde histórico de call sick nesta manhã. É verdade! O call sick é uma instituição local que foi rapidamente incorporada pelos brasileiros na Austrália.

By Carol Zatt


Ele nada mais é do que aquele telefonema em cima da hora, em geral feito da cama (nos dias de semana) ou da praia ou churrasco (aos finais de semana), dizendo ao boss que está muito doente e é impossível ir ao trabalho.



No melhor estilo Raulzito Seixas na Ozzyland, o que tivemos nesta segunda-feira foi mais ou menos assim:

O australiano não foi tomar café,
Pois sabia que a garçonete brasileira não estava lá
E o kitchen hands brasileiro não foi para o café
Pois sabia que o chef brasileiro também não estava lá
O professor não foi lecionar,
Pois sabia que os estudantes brasileiros não estavam lá
E os estudantes não foram estudar
Pois sabiam que os professores brasileiros não iriam acordar

No dia em que Sydney parou (Êêê)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou

Dona de casa não saiu pra comprar pão
Pois sabia que o baker brasileiro também não tava lá
A madame não saiu para se arrumar
Pois sabia que a manicure brasileira também não tava lá
E a saidinha não foi se depilar
Pois sabia que o brazilian wax não iam aplicar
E as agências de intercâmbio não puderam funcionar
Pois todo o staff brasileiro ainda estava a festejar

No dia em que Sydney parou (Êêê)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou

Os restaurantes tiveram que fechar
Pois não tinha motorista brasileiro para a carne entregar
E a function não pôde começar
Pois não tinha brasileiro para circular
O avião da Qantas não pôde pousar
Pois não não tinha brasileiro, ali pra sinalizar
E o doutor não foi trabalhar
Pois mesmo com tanto call sick não havia ninguém pra medicar

No dia em que Sydney parou (Êêê)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou

Agora todo mundo junto!



domingo, 20 de setembro de 2009

Um (f***ing) dia de fúria



Quem proferiu as seguintes frases em pouco menos de 15 segundos?

I don't care what you f***ers think!
You can get f***ed!
Don't you f***ing understand?

a) Samuel L Jackson antes de apagar um nigger mother f***er em Pulp Fiction

b) O tal do Kanye West, bêbado, estragando alguma premiação da MTV

c) Tommy Lee tomando café da manhã romântico com a Pamela Andreson

d) Kevin Rudd, primeiro-ministro da Austrália, em seu gabinete, no Parlamento



Se você optou pelo alternativa "d", a sua resposta está eeeeeee... xata!

Para os alunos do Objetivo Santo Amaro: em testes de múltipla escolha, se você não sabe a resposta, chute sempre "d" (em último caso, se estiver errada, o Marquinhos te passa).



Educado, poliglota (fala até mandarim fluente) e muitas vezes chamado de nerd pela imprensa local, Kevin Rudd, nosso primeiro-ministro, foi o autor dos impropérios acima.

Há duas semanas, Rudd recebeu um grupo de líderes do seu próprio partido, o Labour Party, em Canberra (incluindo 3 mulheres). O assunto em pauta era uma questão seríssima: o corte de $25,000 nos gastos em impressos.

Descontentes com a restrição ao Xerox e às impressoras governamentais, eles tentaram argumentar o contrário. O primeiro falou, o segundo cutucou e o terceiro insistiu. Quando chegou a vez do quarto, o senador David Feeney, Rudd explodiu e soltou, primeiro para todos:

I don't care what you f***ers think!

Depois, específico para o senador:

You can get f***ed! Don't you f***ing understand?

É por isso que eu amo a Austrália!

Aqui, problema de soberania nacional que faz o nosso pacato primeiro-ministro perder a cabeça é verba pra impressão.



Nada como um país que funciona!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Brazilian Day e os 3 tipos de brasileiros na Austrália



Importante:
Se você é daqueles que pagam pra ficar longe de brasileiros, mantenha-se a, pelo menos, 10 km de distância de Darling Harbour, em Sydney, no próximo domingo.



Podemos dividir os brasileiros na Austrália em 3 categorias: os que odeiam brasileiros, os que só andam com brasileiros, e o caminho do meio.

Os que odeiam brasileiros, em geral, são mal-humorados e levemente arrogantes. Eles acham que ter nascido no Brasil foi um acidente de percurso, uma falha Divina, e fazem de tudo para não interagir com os conterrâneos. Pior! Sempre tentam disfarçar a origem, mas os traços luso-indígena-ítalo-tupiniquim não deixam enganar. Ah, e são os primeiros a procurar um brasileiro quando a coisa aperta.

Os que só andam com brasileiros são aqueles que, no fundo, não querem nada com nada. Vivem exatamente como viviam no Brasil, fazem as mesma brasileirices que faziam no país, acham que todo mundo é obrigado a ouvir o pandeiro desafinado a qualquer hora, em qualquer lugar, e, em sua grande maioria, queimam o filme por aqui.

Eu sou o caminho do meio, a exemplo de grande parte dos brasileiros de bem. No melhor estilo búdico, o caminho do meio não perde as raízes, convive muito bem com os conterrâneos, mas também está ligado na cultura australiana e na convivência com os outros estrangeiros (quase ¼ da população) que vivem aqui. É a mistura da feijoada com o fish n’ chips, da Tooheys New com a caipirinha, do futebol com o Rugby League e, claro, do cabelo moreno com os olhos azuis (biônicos no caso das “suécias”).

Mas o que isso tem a ver com o domingo?



Bem, no próximo domingo, 20 de setembro, vai rolar em Darling Harbour o 9th Ritmo Brazilian Festival. Das 11 da manhã às 6 da tarde, terá apresentação de bandas nacionais, grupos de capoeira e dança, além de barracas com feijoada, pão de queijo, brigadeiro, Guaraná e outras delícias. São esperadas mais de 25 mil engenheiros (ops, pessoas), entre brasileiros, australianos, kiwis, latinos em geral, européias que estão chegando pra fugir do inverno e asiáticas que vivem nas redondezas e amam o Kaká.



E a partr das 17h, ali mesmo em Darling Harbour, na Home, vai rolar a festa We Love Brazil. Com 2 lounges, 3 palcos, 4 bandas (entre elas Samba Australia e Pisa na Fulô) e 15 DJ’s, são esperadas 2 mil pessoas. Para garantir o ingresso a $10, basta passar em uma das agências da Ozzy Study Brazil. Na porta custará $20. Já o Ritmo Brazilian é de graça, na faixa, no vasco, você só paga o que consumir.

Nos vemos lá!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O bem dotado homem from Bangkok

Sexta-feira, no aeroporto de Melbourne, um homem vindo de Bangkok foi preso com 7 mil tabletes de esteróides. Detalhe: estava tudo na cueca.

O “pacote”, obviamente, chamou a atenção dos oficiais do aeroporto.

Se entrar na Austrália com alimentos ou coisas do tipo já é complicadíssimo, pois eles são absolutamente neuróticos em relação à fronteira (ou à falta dela), imaginem com 7 mil tablóides ilegais na cueca.



O cara achou que seria fácil dar uma de Lírio, mas rodou!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O maior campo de golf do mundo

Logo mais, em 22 de outubro, vai ser inaugurado na Austrália o maior campo de golf do mundo, o Nullarbor Links. Com 1365 km, o campo cruza dois estados, entre as cidades de Kalgoorie, em Western Australia, e Ceduna, em South Australia. Cada um dos 18 buracos está em uma cidade diferente, e a distância média entre um buraco e outro são 66 km.



Com tamanha grandiosidade e se tratando de Austrália, não preciso dizer que a idéia surgiu com uma botejinha. É verdade! Alf Caputo e Bob Bongiorno, de saco cheio de viverem no meio de uma estrada imensa sem nada pra fazer, idealizaram o projeto enquanto tomavam um vinhozinho tinto. Nada mal!



É óbvio que ninguém fará os 18 buracos em um dia. A idéia é viajar até lá, se hospedar pela região e ir jogando aos poucos. Em 4 dias é possível completar tudo. Alguns buracos estão em campos de golf já existentes que acabaram sendo incorporados ao Nullarbor Links. Outros foram construídos especialmente para o projeto.

Ocupando áreas que vão do Outback ao litoral, ao longo do percurso pela Eyre Highway é possível ver animais típicos como cangurus, wombats, camelos e, acreditem, até baleias, as grandes estrelas do buraco 5.