quinta-feira, 21 de maio de 2009
Duas australianas, um conto de fadas e um pesadelo com final feliz
Esta semana, duas histórias envolvendo australianas repercutiram na mídia. Uma passou por um pesadelo que acabou em final feliz; a outra viveu um conto de fadas que, por se tratar de um casamento, tem 50.2% de chances de ter um final feliz.
Na estréia mundial do filme “Anjos e Demônios”, um ilustre casal de desconhecidos chamou a atenção no tapete vermelho. Eles não eram figurantes, fãs, muito menos aspones, e sim, convidados de honra do ator Tom Hanks. Por que?
Todo casamento é marcado com meses de antecedência. O de Natalia Dearnley, australiana de Melbourne, não foi diferente. Vivendo no Reino Unido com o noivo, eles decidiram selar o sagrado matrimônio no mundialmente famoso Panteão de Roma, em 9 de junho do ano passado.
Acontece que na hora do casório, enquanto o noivo aguardava a australiana no altar, as ruas e acessos nos arredores do Panteão foram fechados por conta das gravações do filme. Resultado: a noiva, que já estava atrasadona, não tinha como chegar.
Percebendo a situação, o ator Tom Hanks gritou um sonoro “corta” e, no melhor estilo Robert Langdon fugindo da polícia francesa, correu até a limosine. Ele pegou a noiva pelo braço, abriu caminho no set e a conduziu com o pai, que gentilmente o convidou para participar da cerimônia.
Tom Hanks, sabendo que não podia parar as gravações de um projeto de 200 milhões dólares, recusou. Mas ao término, conversou com os noivos e os convidou para a estréia mundial que ocorreu nesta semana, ocasião em que os pombos anunciaram a gravidez de Natalia. Aposto 200 milhões dólares que se for menino chamará Tom, Hanks, Robert Langdon ou Wilson.
Já o pesadelo aconteceu um pouco mais perto, na Tailândia, com uma australiana também de Melbourne. Annice Smoel, 34 anos, mãe de 4 pimpolhas – nenhuma chamada Tom – estava comemorando os 60 anos da mãe em um bar australiano em Phuket (sem trocadilhos, é o nome do local), quando dois policiais à paisana revistaram a bolsa dela e acharam um mat (espécie de descanso pra copos).
Smoel foi levada para a delagacia e autuada por furto e desacato. Uma das amigas jura que foi ela quem colocou o mat na bolsa, mas eles não quiseram saber. Annice Smoel teve o passaporte confiscado, foi em cana, teria que aguardar de 3 a 4 meses até o julgamento e poderia pegar até 5 anos de prisão.
O caso, claro, causou grande comoção por aqui, principalmente após apelo das filhas, que pediram ajuda até ao primeiro-ministro Kevin Rudd (neste curto período um delas sofreu uma operação de emergência e outra completou 11 anos). Ele prometeu não medir esforços para libertá-la e trazê-la de volta.
Coincidência ou não, após muita pressão dos ministros tailandeses ligados ao turismo e relações internacionais, Wichai Praisa-nob, governador de Phuket (novamente sem trocadilho), foi pessoalmente até a corte e pagou a multa de 1000 baht (AUD38). Mas antes, fez ela se declarar culpada (caso contrário, teria que permanecer na Tailândia para se defender).
Agora a pouco, Annice Smoel e o marido desembarcaram em Melbourne, onde reencontram as filhas, a irmã e o cunhado, que estavam cuidando das meninas. Final mais do que feliz para uma viagem de 18 dias que se tornou um pesadelo de 4 noites na prisão. Mas a dúvida que não quer se calar, é:
Afinal, ela trouxe ou não o mat para a Austrália?
terça-feira, 19 de maio de 2009
Borba Gato em Sydney
A questão é simples! Esta imagem que vocês estão vendo da nossa gloriosa Opera House, não é a original em Sydney, mas sim o projeto do arquiteto francês Orland Castro para construir uma réplica na beira do rio Gennevilliers, na orla noroeste de Paris (brasileiros na França, por favor, me corrijam se eu estiver geograficamente errado).
Acho isso um absurdo, um descalabro e uma total falta de respeito (pra não dizer algumas palavrinhas transadas em français). Mas caso os franceses realmente roubam a maravilha arquitetônica do dinemarquês Joern Utzon, lançarei, imediatamente, neste mesmo espaço, a campanha Borba Gato em Sydney – Welcome Borba!.
E vocês, brasileiros em Sydney e em toda a Austrália, estão intimidados a participar! Se as grandes cidades começarem a clonar o patrimônio alheio, por aqui não será diferente. Traremos o Talidomila (como ele era carinhosamente conhecido nos anos 1960) a todo custo.
Para saber tudo sobre o Borba Gato, medidas, o porque do figurino, análise comportamental etc, leiam o texto que publiquei no meu outro site (a nave-mãe deste blog), na época em que ele deveria ter disputado a eleição das Novas 7 Maravilhas do Mundo.
Welcome Borba Cat, our great hero!
Acho isso um absurdo, um descalabro e uma total falta de respeito (pra não dizer algumas palavrinhas transadas em français). Mas caso os franceses realmente roubam a maravilha arquitetônica do dinemarquês Joern Utzon, lançarei, imediatamente, neste mesmo espaço, a campanha Borba Gato em Sydney – Welcome Borba!.
E vocês, brasileiros em Sydney e em toda a Austrália, estão intimidados a participar! Se as grandes cidades começarem a clonar o patrimônio alheio, por aqui não será diferente. Traremos o Talidomila (como ele era carinhosamente conhecido nos anos 1960) a todo custo.
Para saber tudo sobre o Borba Gato, medidas, o porque do figurino, análise comportamental etc, leiam o texto que publiquei no meu outro site (a nave-mãe deste blog), na época em que ele deveria ter disputado a eleição das Novas 7 Maravilhas do Mundo.
Welcome Borba Cat, our great hero!
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segunda-feira, 18 de maio de 2009
O melhor vinho barato da Austrália
Ontem à noite, tomei o melhor vinho barato da Austrália. Se alguém descobrir um superior a este pelo mesmo preço (ou mais em conta, claro), me avise, mas por ora este é o número um.
Estou falando do McWilliams Inheritance Shiraz/Merlot 2008, um vinho de AUD 7.50 (isso mesmo, sete dólares australianos e cinquenta centavos) que bate tranquilamente muitas botejas de 12, 15 doletas. Não sei porque ele é tão barato, não quero saber e provavelmente tenho raiva de quem sabe.
Foto ilustrativa, este é 2004, estou escrevendo sobre o 2008, mas fiquei com preguiça de tirar uma chapa da boteja.
O máximo que espero de um vinho de $7.50 é um corpo fraco e total desequlibrio. Mas não é o que acontece com o Inheritance. Ele tem corpo médio, traz aquela pimenta característica da Shiraz, amaciada pelo corte com a Merlot. Perfeito! Tanto no nariz quanto na boca tem alguma fruta vermelha, escura e um toque de madeira.
A esse preço e com o outono cada vez mais frio, vale comprar uma caixa e deixar em casa. É o típico vinho despretencioso para ser tomado nos dias de semana à noite, enquanto faz ou espera o jantar.
E o que é melhor, comprei no bottle shop do Robin Hood, aquele pub aqui no Eastern Suburb entre a Carrington e a Bronte Rd. Ou seja, pertinho da metade dos brasileiros que vivem em Sydney (a outra metade está em Manly), e ele só fecha à meia-noite, o que na Austrália pode ser considerado "altas horas" quando se trata de comprar bebida alcoólica. Barganha total!
Estou falando do McWilliams Inheritance Shiraz/Merlot 2008, um vinho de AUD 7.50 (isso mesmo, sete dólares australianos e cinquenta centavos) que bate tranquilamente muitas botejas de 12, 15 doletas. Não sei porque ele é tão barato, não quero saber e provavelmente tenho raiva de quem sabe.
Foto ilustrativa, este é 2004, estou escrevendo sobre o 2008, mas fiquei com preguiça de tirar uma chapa da boteja.
O máximo que espero de um vinho de $7.50 é um corpo fraco e total desequlibrio. Mas não é o que acontece com o Inheritance. Ele tem corpo médio, traz aquela pimenta característica da Shiraz, amaciada pelo corte com a Merlot. Perfeito! Tanto no nariz quanto na boca tem alguma fruta vermelha, escura e um toque de madeira.
A esse preço e com o outono cada vez mais frio, vale comprar uma caixa e deixar em casa. É o típico vinho despretencioso para ser tomado nos dias de semana à noite, enquanto faz ou espera o jantar.
E o que é melhor, comprei no bottle shop do Robin Hood, aquele pub aqui no Eastern Suburb entre a Carrington e a Bronte Rd. Ou seja, pertinho da metade dos brasileiros que vivem em Sydney (a outra metade está em Manly), e ele só fecha à meia-noite, o que na Austrália pode ser considerado "altas horas" quando se trata de comprar bebida alcoólica. Barganha total!
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Kid Mac - Vai longe!
Primeiro conheci o pai, Seu Macario, uma figuraça. Era domingo, estávamos com os Canarinhos, e ele mostrou o jornal do dia, todo orgulhoso, que trazia foto grande do filho ilustrando uma matéria sobre as peripécias dele em Hollywood. Alguém virou e falou: esse menino vai longe.
Agora a pouco conheci o filho, Macario de Souza. Nome artístico: Kid Mac. Nascido na Austrália há 25 anos, Mac viveu do 1 aos 5 anos no Brasil, voltou pra cá e começou a aprender violão com o pai aos 11, enquanto ouvia Roberto Carlos com a mãe.
Mas a prioridade era mesmo o futebol. Tanto que aos 16 foi para o Brasil jogar no Atlético Mineiro. Ganhando 100 reais por mês, bem menos do que faturava em um supermercado na Austrália, resolveu voltar.
Aos 18 anos estourou o pé. Ficou um ano e meio sem chutar uma bola, o que abriu espaço para a música. Ele levou a sério, entrou para a universidade e estudou fine arts, onde aprendeu sobre cinema. Durante o curso, editou, co-dirigiu, compôs a música e sonorizou o premiadíssimo Bra Boys (2007), documentário sobre um polêmico grupo de surfistas de Maroubra Beach, que teve locução de Russel Crowe.
Mac também produziu outro documentário para a TV sobre os Rabbitohs, time de rugby league do ator Russel Crowe, e está preparando um roteiro sobre as brigas raciais que rolaram em Cronulla em 2005. Vai dar pano pra manga!
Enquanto isso, compôs. Hoje, está com 30 músicas, entre elas um single tocando nas rádios e outro a caminho. Na última vez que esteve em Hollywood, caiu nas graças do badaladíssimo Mickey Avalon. Lá mesmo produziu Showtime, o single que está bombando e é bom pra caramba!
No próximo dia 30, Mac abrirá o show do Marcelo D2 em Sydney, apresentação para 2 mil pessoas no Luna Park (ingressos à venda com desconto na Ozzy Study Brazil). Dia 5 de junho tocará no Beach Road, e dia 6 em Canberra. Não sou grande fã de rap, mas sempre curti coisa boa como RUN DMC. E afirmo, com toda a certeza, que Kid Mac vai longe, como podem ver clicando aqui!
SON-ZEI-RA!
Agora a pouco conheci o filho, Macario de Souza. Nome artístico: Kid Mac. Nascido na Austrália há 25 anos, Mac viveu do 1 aos 5 anos no Brasil, voltou pra cá e começou a aprender violão com o pai aos 11, enquanto ouvia Roberto Carlos com a mãe.
Mas a prioridade era mesmo o futebol. Tanto que aos 16 foi para o Brasil jogar no Atlético Mineiro. Ganhando 100 reais por mês, bem menos do que faturava em um supermercado na Austrália, resolveu voltar.
Aos 18 anos estourou o pé. Ficou um ano e meio sem chutar uma bola, o que abriu espaço para a música. Ele levou a sério, entrou para a universidade e estudou fine arts, onde aprendeu sobre cinema. Durante o curso, editou, co-dirigiu, compôs a música e sonorizou o premiadíssimo Bra Boys (2007), documentário sobre um polêmico grupo de surfistas de Maroubra Beach, que teve locução de Russel Crowe.
Mac também produziu outro documentário para a TV sobre os Rabbitohs, time de rugby league do ator Russel Crowe, e está preparando um roteiro sobre as brigas raciais que rolaram em Cronulla em 2005. Vai dar pano pra manga!
Enquanto isso, compôs. Hoje, está com 30 músicas, entre elas um single tocando nas rádios e outro a caminho. Na última vez que esteve em Hollywood, caiu nas graças do badaladíssimo Mickey Avalon. Lá mesmo produziu Showtime, o single que está bombando e é bom pra caramba!
No próximo dia 30, Mac abrirá o show do Marcelo D2 em Sydney, apresentação para 2 mil pessoas no Luna Park (ingressos à venda com desconto na Ozzy Study Brazil). Dia 5 de junho tocará no Beach Road, e dia 6 em Canberra. Não sou grande fã de rap, mas sempre curti coisa boa como RUN DMC. E afirmo, com toda a certeza, que Kid Mac vai longe, como podem ver clicando aqui!
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terça-feira, 12 de maio de 2009
Roubaram um gol de falta – Deu no Spanish Herald!
Canarinhos é um time de futebol formado por brasileiros, em Sydney, que joga todo santo domingo desde 1972. Os caras são tão assíduos que a direção do Centennial Park, um dos principais da cidade, batizou o campo das peladas de Brazilian Fields. Brasileiro que chega por aqui e quer bater uma bola, a indicação é uma só: passa domingo, às 11, no Centennial, e joga com os Canarinhos.
O time é o atual campeão da liga amadora mais importante de Sydney, volta e meia aparece na mídia e tem em seu quadro grandes nomes como o saudoso Johnny Warren, australiano que conduziu a seleção para a inédita classificação para a Copa do Mundo de 1974; Agenor Muniz, ex-Vasco, naturalizado australiano que defendeu a seleção local entre 1976 e 79; e Nélio Borges, o Nelinho, natural de Maricá (RJ), que jogou profissionalmente na Austrália durante os anos 1980, e é um dos grandes craques que já passou por aqui.
Em meados de 1997 ou 98, num amistoso vencido pelos Canarinhos, Nelinho fez dois gols. Um deles, um golaço de falta. Obra-prima que até hoje é lembrada. No final da partida, na conferência com a imprensa, um jornalista do Spanish Herald perguntou para Gelcimar, o popular Gel, lateral-direito, uma espécie de relações públicas, assessor de imprensa do time e responsável pela melhor moqueca capixaba da Austrália:
― Pero quiénes fueron los jugadores que anotaron los goles de la Selección Canariño?
Gel olha para um lado, olha para o outro, e solta:
― Ok, escreve aí: Júnior, Nelinho e o golaço de falta, aquele gol incrível: G - E - L - C - I - M - A - R camisa 2! Anotou?
Brazil-zil-zil!
O time é o atual campeão da liga amadora mais importante de Sydney, volta e meia aparece na mídia e tem em seu quadro grandes nomes como o saudoso Johnny Warren, australiano que conduziu a seleção para a inédita classificação para a Copa do Mundo de 1974; Agenor Muniz, ex-Vasco, naturalizado australiano que defendeu a seleção local entre 1976 e 79; e Nélio Borges, o Nelinho, natural de Maricá (RJ), que jogou profissionalmente na Austrália durante os anos 1980, e é um dos grandes craques que já passou por aqui.
Em meados de 1997 ou 98, num amistoso vencido pelos Canarinhos, Nelinho fez dois gols. Um deles, um golaço de falta. Obra-prima que até hoje é lembrada. No final da partida, na conferência com a imprensa, um jornalista do Spanish Herald perguntou para Gelcimar, o popular Gel, lateral-direito, uma espécie de relações públicas, assessor de imprensa do time e responsável pela melhor moqueca capixaba da Austrália:
― Pero quiénes fueron los jugadores que anotaron los goles de la Selección Canariño?
Gel olha para um lado, olha para o outro, e solta:
― Ok, escreve aí: Júnior, Nelinho e o golaço de falta, aquele gol incrível: G - E - L - C - I - M - A - R camisa 2! Anotou?
Brazil-zil-zil!
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domingo, 10 de maio de 2009
AC/DC em Sydney - Acaba de ser confirmado!
Após quase 10 anos sem tocar na terra natal, o AC/DC volta a se apresentar na Austrália, em fevereiro de 2010. O show em Sydney será dia 18, no ANZ Stadium - aquele mesmo no Olympic Park com capacidade para 60 mil pessoas.
Se você pretende ir ao show, prepare-se! Não para acampar na porta do estádio dois dias antes para adquirir o ingresso, mas para conectar-se à Internet na manhã de 25 de maio e fornecer o número do cartão de crédito o mais rápido possível.
Os ingressos para a turnê européia esgotaram-se em 10 minutos. Em 2007, na volta do Rage Against The Machine, os tickets para a apresentação em Sydney acabaram em menos de 2 minutos. Tudo pela Internet, claro.
Sei que nós, brasileiros, não estamos acostumados a planejar a médio, longo prazo, sempre deixamos tudo para a última hora. Mas os australianos não. E conhecendo a ansiedade deles e os níveis exorbitantes de fanfarrice, só se falará nisso nas próximas semanas. Portanto, fique esperto no dia 25!
Afinal, vivendo na Austrália, não há como perder o show da maior banda local de todos os tempos.
Clique aqui para maiores informações!
Se você pretende ir ao show, prepare-se! Não para acampar na porta do estádio dois dias antes para adquirir o ingresso, mas para conectar-se à Internet na manhã de 25 de maio e fornecer o número do cartão de crédito o mais rápido possível.
Os ingressos para a turnê européia esgotaram-se em 10 minutos. Em 2007, na volta do Rage Against The Machine, os tickets para a apresentação em Sydney acabaram em menos de 2 minutos. Tudo pela Internet, claro.
Sei que nós, brasileiros, não estamos acostumados a planejar a médio, longo prazo, sempre deixamos tudo para a última hora. Mas os australianos não. E conhecendo a ansiedade deles e os níveis exorbitantes de fanfarrice, só se falará nisso nas próximas semanas. Portanto, fique esperto no dia 25!
Afinal, vivendo na Austrália, não há como perder o show da maior banda local de todos os tempos.
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