quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Australian Obama Open 2009
Por motivos mais do que óbvios, comecei a semana com a absoluta certeza de que o Australian Obama Open 2009 ficaria nas mãos dos norte-americanos. Não com o Nebraska-boy Andy Roddick, muito menos com a loira da Georgia, Melanie Oudin. Mas com outros sobrinhos do Tio Sam. Fiz até uma fezinha apostando alguns simbólicos dólares neles.
Infelizmente, uma das minhas apostas já era. Venus Williams, número 6 do mundo, foi derrotada agora a pouco por 2 sets a 1 pela espanhola Carla Suarez Navarro. Porém, a irmã Serena continua viva. E as duas, juntas, também disputam o torneio de duplas. Já no masculino, fechei com o número 9 do planeta.
Vamos acompanhando!
Feminino simples
Serena Williams $10 (TCHU-TCHIN!)
Venus Williams $10 (FORA!)
Feminino duplas
Serena/Venus Williams $10 (TCHU-TCHIN!)
Masculino simples
James Blake $10 (TCHU-TCHIN!)
Yes we can!
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Fez história e foi pra escola
Bernard Tomic fez história. Na segunda-feira, 19 de janeiro, ao despachar o italiano Potito Starace por 3 sets 1, o adolescente de apenas 16 anos e 103 dias se tornou o tenista mais jovem de todos os tempos a vencer uma partida no Australian Open.
Mais! Joagando de óculos escuros numa marra tremenda, o rapaz, que é a cara do Pato (o do Milan, não o animal), derramou algumas lágrimas no final da partida e entrou no rol dos heróis nacionais.
A atenção sobre ele cresceu ainda mais com a eliminação do compatriota Lleyton Hewitt, que perdeu para o chileno Fernando González e disse adeus ao torneio na primeira rodada. Ainda bem, pois não tem nada mais insuportável do que os gritinhos mascarados de Come on!.
Já o nosso Alexandre Pato do Outback voltou à quadra nesta noite (quarta-feira) para enfrentar o luxemburguês (acho que é isso) Gilles Müller, e perdeu por 3 sets a 1. O jogador, nascido na Alemanha, filho de pai croata e praticante do esporte desde os 7 anos, tem um futuro imenso no tênis, mas ainda vai precisar comer muito fish n´ chips pra chegar lá.
Logo após a derrota, A-Tomic (como já está sendo chamado pelos reis dos trocadilhos locais), deixou a quadra rapidamente e correu para a casa. Afinal, amanhã cedo tem aula e com esta farra em Melbourne ele tá estouradão de faltas.
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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Com o "cooler" virado pra lua
Falando em milagre, no último dia 23 de dezembro, dois simpáticos pescadores birmaneses (naturais da Birmânia) navegavam próximos ao Torres Strait, norte do estado de Queensland (onde no Wars tem aquela linha pontilhada entre a Austrália e a Papua-Nova Guiné), quando o barco virou.
A embarcação era de madeira, tinha 10 metros e 20 tripulantes. Aqui na Austrália, ninguém ficou sabendo do naufrágio, até que ontem, terça-feira, um cooler (aquelas geladeiras de isopor) de menos de 2 metros de cumprimento por menos de 1 de largura e 1 de altura apareceu em Cape York Peninsula, a parte mais setentrional da Austrália, com os dois simpáticos pescadores birmaneses dentro. E vivos! Eles estavam desidratados e exaustos, mas vivos.
Durante os 25 dias, os dois simpáticos pescadores birmaneses se alimentararm de água da chuva que juntava no chão do isopor e restos de peixes que também apareciam por lá. MI-LA-GRE! Mas o grande feito foi passar quase um mês à deriva nas periculosas águas australianas e não serem engolidos por esfomeados tubarões. Ainda mais embalados pra viagem dentro de um isoporzão.
Não tenho dúvida de que os dois simpáticos pescadores birmaneses estavam com o cooler, cabalisticamente, virado pra lua.
A embarcação era de madeira, tinha 10 metros e 20 tripulantes. Aqui na Austrália, ninguém ficou sabendo do naufrágio, até que ontem, terça-feira, um cooler (aquelas geladeiras de isopor) de menos de 2 metros de cumprimento por menos de 1 de largura e 1 de altura apareceu em Cape York Peninsula, a parte mais setentrional da Austrália, com os dois simpáticos pescadores birmaneses dentro. E vivos! Eles estavam desidratados e exaustos, mas vivos.
Durante os 25 dias, os dois simpáticos pescadores birmaneses se alimentararm de água da chuva que juntava no chão do isopor e restos de peixes que também apareciam por lá. MI-LA-GRE! Mas o grande feito foi passar quase um mês à deriva nas periculosas águas australianas e não serem engolidos por esfomeados tubarões. Ainda mais embalados pra viagem dentro de um isoporzão.
Não tenho dúvida de que os dois simpáticos pescadores birmaneses estavam com o cooler, cabalisticamente, virado pra lua.
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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Milagre em Sydney – O Iluminado
Sou do tempo em que para atingir a iluminação divina, era preciso anos, talvez décadas, de muita dedicação, devoção e altruísmo. Sidarta Gautama, por exemplo, renunciou todos os seus bens materiais e, por anos, seguiu práticas ascéticas extremas e meditou debaixo de uma figueira para atingir a iluminação total, o chamado nirvana (o estado, não a banda), e tornar-se o Buda.
Já John Smith, um rapaz de Sydney que há tempos vivia num perrengue danado e rezando por um sinal divino, seguiu o caminho contrário e só precisou adquirir um bem material: uma simpática lâmpada de lava, daquelas que fizeram muito sucesso nos apês "transadões" dos anos 70.
É verdade! Num belo dia, o quase descrente John Smith ligou a sua recém-comprada lâmpada de lava e, quando viu, uma espantosa e miraculosa imagem da Virgem Maria segurando Baby Jesus apareceu e congelou. Mesmo mexendo, a imagem não se alterava.
Desde então, Mr. John Smith, o iluminado, mantém a ex-lâmpada pagã escondida e, em vez de fundar uma religião, sair pelo mundo com o sagrado abajour propagando o milagre ou mesmo construir um templo para demonstrar toda a sua devoção, ele cultua a santa imagem através de um website: http://holymarylamp.com/. Nada mais moderno!
John afirma que sua vida mudou após a grande reveleção. Não como a de Adriane Galisteu, que certa vez falou que a dela deu um giro de 360º. Mas a de John realmente saiu do lugar. Além de não parar de receber ótimas ofertas de trabalho e de chover dinheiro (não literalmente), ele simplesmente encontrou sua alma gêmea, “a mulher mais incrível, meu anjo na Terra”, segundo o próprio.
Se Jesus disse “Eu sou a luz do mundo”, nada como ter o Filho do Homem nos braços da Santa Mãe, dentro de uma lâmpada de lava e no sagrado conforto do lar. Isso que é iluminação divina no melhor estilo CasaCor2007 (o provável ano da revelação)!
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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Oferta de trabalho – Síndico de um Paraíso
Se você mora fora da Austrália, gosta de sol e praia, sabe mergulhar, nadar, não é tímido, comunica-se bem e fala e escreve em inglês fluentemente, Queensland quer você.
Na última terça-feira, o governo da costa mais ensolarada da Austrália ofereceu o que eles chamam de “o melhor trabalho do mundo”. O candidato escolhido receberá AU$ 150 mil (105.00 US dollars) para labutar durante 6 meses na paradisíaca Hamilton Island, localizada na Grande Barreira de Corais da Austrália, a maior do mundo. Função? Caseiro da ilha.
Entre as obrigações estão passear pelas areias brancas (tipo Caê), cuidar da fauna e da flora locais, mergulhar na Grande Barreira, fazer periódicas conferências com a mídia e manter um blog atualizado com fotos, vídeos e as últimas notícias da ilha (“Tartaruga faz 100 metros em 3 dias”, “Hoje fez sol e a previsão para os próximos 6 meses é de mais sol”, “Esta manhã o mar estava fraco, vi somente 74 tubarões” e assim por diante).
As inscrições estão abertas até 22 de fevereiro. Em maio, 11 pré-selecionados voarão para a ilha para o processo final de seleção. O escolhido começa a trabalhar em 1º de julho.
Isso, claro, faz parte de uma campanha de marketing. Em meio à crise financeira mundial, que obviamente afetou o turismo em todo o planeta, o Governo de Queensland criou esta vaga de trabalho internacional para promover e proteger a indústria do turismo do estado, que gira cerca de AU$ 18 bilhões por ano.
Tratando-se de uma ilha na Austrália, acho que entre os requisitos para ganhar a vaga, faltou dizer que o candidato deve ser graduado em Artes Marciais Aplicada com Tubarões, Jiu-jitsu no Fundo do Mar, Caça e Pesca de Tubarões, Inglês Nível: The Shark is on the Table e Primeiros-Socorros Marítmos para Si Próprio.
Mas o melhor de tudo é que o nosso Seu Antônio do paraíso não terá que carregar aquele tradicional e insuportável molho de chaves que todo zelador tem pendurado na calça.
Foto ilustrativa, princesão, não pense que esta gata estará o esperando na ilha!
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tubarão
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Treino mais prático, impossível!
Desta vez ele estava apenas a passeio.
Foto tirada pelo fotógrafo Silvio Rodriguez no último domingo, em Blueys Beach, praia ao norte de Sydney (mais de 3 horas de carro). Ao fundo, um tubarão branco de 3 metros – disparado, a grande celebridade do verão 2009. No primeiro plano, a cerca de 30 metros, adolescentes tem ("tem" novo, seguindo a última revisão ortográfica) aula de surf. Isso que é aula prática!
Gary Hughes, 50 anos, ex-surfista profissional e professor, percebeu a presença do tubarão Albert (como são tantos, a partir deste começarei a batizá-los em ordem alfabética, como acontece com furacões).
Para não causar pânico na molecada, Hughes monitorou Albert mas não alertou a turma, pois percebeu que o tubarão estava apenas de passagem, não demonstrando comportamento de ataque.
Professor com 50 anos de praia é outra história!
Foto tirada pelo fotógrafo Silvio Rodriguez no último domingo, em Blueys Beach, praia ao norte de Sydney (mais de 3 horas de carro). Ao fundo, um tubarão branco de 3 metros – disparado, a grande celebridade do verão 2009. No primeiro plano, a cerca de 30 metros, adolescentes tem ("tem" novo, seguindo a última revisão ortográfica) aula de surf. Isso que é aula prática!
Gary Hughes, 50 anos, ex-surfista profissional e professor, percebeu a presença do tubarão Albert (como são tantos, a partir deste começarei a batizá-los em ordem alfabética, como acontece com furacões).
Para não causar pânico na molecada, Hughes monitorou Albert mas não alertou a turma, pois percebeu que o tubarão estava apenas de passagem, não demonstrando comportamento de ataque.
Professor com 50 anos de praia é outra história!
Pelo mar, pelo ar...
Mr e Mrs Harvey, e praia de Fiji antes e durante.
O perigo está em todo lugar. Se não são os tubarões atacando pelo mar, são as tempestades de verão destruindo pelo ar. Desta vez foi em Fiji, onde Jason e Rachel Harvey, simpático casal de australianos, havia programado o casamento dos sonhos: a noiva seria carregada para os braços do noivo por guerreiros locais, um coro fijiano animaria a entrada, enquanto cerca de 50 convidados se divertiriam com jogos aquáticos. Era praticamente um Hopi Hari do Pacífico – Versão Sagrado Matrimônio!
Mas tudo foi por água abaixo (desculpem o trocadilho) quando no último final de semana, tempestades e dilúvios passaram pela gloriosa República das Ilhas Fiji, fechando rodovias, isolando ilhas (temos mais de 300 por lá) e matando 8 pessoas (ninguém do casório). O governo decretou estado de emrgência.
Os pombos desembarcaram em Tokoriki Island no início da semana passada, e aguardavam os convidados que viajariam da Austrália e os encontrariam lá. Porém, ao saírem do centro turístico de Nadi, já em Fiji, o barco enfrentou muitos problemas e não pode seguir até Tokoriki Island, pois todos os portos das proximidades estavam, literalmente, debaixo d´água. O jeito foi voltar para Nadi.
Sem alternativa, o casal pegou o vestido da noiva, juntou o resto dos trapos e seguiu para Nadi. O problema agora era onde fazer o casamento. Após conseguirem um lugar, dois novos empecilhos surgiram: não haveria comida suficiente para todos, muito menos um padre para realizar a cerimônia. Não foi fácil, mas graças ao trabalho insano da brigada do Novotel, o casal conseguiu se casar no centro de conferência do hotel, na frente dos 50 convidados e sob os auspícios de um ministro fijiano arrumado de última hora.
Moral da história: pra quê passar meses planejando um casamento, se é possível começar a organizar às 9 da manhã e realizá-lo às 7 da noite? Foi o que aconteceu ontem (segunda-feira).
A situação em Fiji ainda é dantesca, pois parece que um ciclone passaria por lá. Mas pelo menos Mr e Mrs Harvey, desde ontem, vivem felizes para sempre.
THE END
Mas tudo foi por água abaixo (desculpem o trocadilho) quando no último final de semana, tempestades e dilúvios passaram pela gloriosa República das Ilhas Fiji, fechando rodovias, isolando ilhas (temos mais de 300 por lá) e matando 8 pessoas (ninguém do casório). O governo decretou estado de emrgência.
Os pombos desembarcaram em Tokoriki Island no início da semana passada, e aguardavam os convidados que viajariam da Austrália e os encontrariam lá. Porém, ao saírem do centro turístico de Nadi, já em Fiji, o barco enfrentou muitos problemas e não pode seguir até Tokoriki Island, pois todos os portos das proximidades estavam, literalmente, debaixo d´água. O jeito foi voltar para Nadi.
Sem alternativa, o casal pegou o vestido da noiva, juntou o resto dos trapos e seguiu para Nadi. O problema agora era onde fazer o casamento. Após conseguirem um lugar, dois novos empecilhos surgiram: não haveria comida suficiente para todos, muito menos um padre para realizar a cerimônia. Não foi fácil, mas graças ao trabalho insano da brigada do Novotel, o casal conseguiu se casar no centro de conferência do hotel, na frente dos 50 convidados e sob os auspícios de um ministro fijiano arrumado de última hora.
Moral da história: pra quê passar meses planejando um casamento, se é possível começar a organizar às 9 da manhã e realizá-lo às 7 da noite? Foi o que aconteceu ontem (segunda-feira).
A situação em Fiji ainda é dantesca, pois parece que um ciclone passaria por lá. Mas pelo menos Mr e Mrs Harvey, desde ontem, vivem felizes para sempre.
THE END
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