terça-feira, 26 de agosto de 2008

Onde está o Wally?



Vocês se lembram do Wally, aquele intrépido mala que surgiu nos anos 90 desaparecendo no meio de multidões? Pois bem, esses dias ele reapareceu numa versão "cartola verde e amarelo" em Beijing. Na verdade, ele andou bem escondido durante os Jogos, até que no penúltimo dia, ao ver uma oportunidade de ouro, C. A. Wally N. (seu nome completo) não aguentou tamanha quantidade de holofote e deu o ar de sua graça. Vamos ver se vocês conseguem encontrá-lo nas imagens abaixo.



Basquete feminino: atuação patética. Nenhuma vitória. Alguém viu o Wally?



Diego Hypólito, o Daiano: erra no final de sua apresentação, fica em sexto, chora, dá um pití, chora mais um pouco, entra em depressão e pede desculpas ao Brasil (essa última foi demais - Quem se importa???). Alguém viu o Wally?



Fabio Luiz e Marcio (nomes de dupla de vôlei de prédio, daquelas que passam o domingo jogando contra Franja e Gu e Marcão e Paulão): não conseguiram atravessar a muralha careca norte-americana e acabaram tomando uma sova no terceiro set. Alguém viu o Wally?



Natália Falavigna: taekwondo. Ficou em quarto em Atenas, foi campeã mundial em 2005 e conquistou o bronze em Beijing por puro mérito próprio, pois se dependesse do apoio do governo... Alguém viu o Wally?



Futebol masculino. A menina dos olhos do país. Na verdade, as meninas, pois não passam de 22 primas-donas que jogam muito menos do que acham que jogam (sem contar o comandante). Tomaram um vareio da Argentina, venceram a Bélgica e amargaram o bronze (pelo menos apareceram pra receber, ao contrário de douze anos atrás). Alguém viu o Wally? Aliás, imaginem o Wally caso tivessem conquistado o inédito ouro.



Vôlei masculino. Geração que ganhou tudo e, como todo time no esporte, vive ciclos. Já não está lá em cima e mais uma vez perdeu uma final olímpica para os Estados Unidos. Nenhuma surpresa. Alguém viu o Wally na entrega das pratas?



Futebol feminino: (literalmente) pobres meninas. Só de terem chegado à idade adulta com saúde, já foram longe demais. O que dizer de mais uma final olímpica? Alguém viu o Wally para consolá-las?



Vôlei feminino: ouro!!! E não é que o Wally finalmente apareceu!!! Vejam que sorriso de campeão no alto à esquerda. Carlos Arthur Wally Nuzman: o cartola de ouro!!!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Pablito in China (town)



A partir de hoje, começo a minha heróica e confuciana cobertura dos Jogos Olímpicos direto de China (leia-se Tchaina, in english). Na verdade, de Chinatown, o bairro onde estudo aqui na Austrália (lá é praticamente um genericão de Beijing – sem muralha).



Em Chinatown é assim: chineses por tudo quanto é lado, lojas, lojinhas e mais lojinhas amontoadas em todos os cantos, patos avermelhados pendurados nas vitrines, cheiro de simpáticos quitutes como o “sonho do imperador” misturados com o aroma de incensos e produtos da milenar medicina local, além das melhores grifes do planeta – com ótimos preços – na versão Made in China.



E aproveitando que em Sydney tem gente do mundo inteiro (mas do mundo inteiro mesmo, incluindo lugares nanicos e longínquos como Liechtenstein, Granada e Acre), tentarei (sempre que possível, por questão de tempo) acompanhar as competições em um dos 2.467 pubs da cidade, ao lado das mais diferentes torcidas, tomando quantidades industriais de cerveja, tirando várias chapas e relatando para vocês. Tudo, claro, em nome do jornalismo pubiano (que usa os pubs como matéria-prima).



Que comecem os XXIX Jogos Olímpicos da Era Moderna, e que o espírito do Barão de Coubertin não venha dar o ar da graça, pois se o importante não é vencer, mas competir, então que fique em casa e não vai fazer feio no país do nosso saudoso Zheng He – o imperador.



Viva Chinatown!

domingo, 3 de agosto de 2008

Mini Guia Pablito na Ozzyland de Café



O café é uma mania na Austrália. Toda hora, em qualquer lugar, tem sempre alguém com um copo descartável na mão (ou vários). Eu, claro, entrei na onda e tomo religiosamente todos os dias, basicamente por 3 motivos:

1. Amo café (leia-se sou viciado).
2. Não é possível iniciar o dia sem café.
3. Tenho a minha própria grife e bebo personalizadamente (as mulheres gostam disso).



Mas não é fácil para o brasileiro que acaba de chegar tomar os seus primeiros cafés. Além de desconhecer a maioria das marcas, não dispomos do tradicional bule e do 102 da Walita. Assim, café caseiro é sempre um risco (e no caso do meu, não sei o motivo mas tem um efeito devastador que, no plural, me leva a chamá-los de cafézes).

Outro problema na hora da compra são os nomes em inglês. Claro, se o cara for tomar um Cappuccino ou um Moka, é fácil, pois no Brasil os nomes são os mesmos, mas se o cara sorrir para a atendente e soltar um: Can I please have a Pingado - o impasse será grande.



Para evitar situações constrangedoras, criei, com a ajuda da minha amiga Mari Garotinha, o Mini Guia Pablito na Ozzyland de Café com os tipos mais comuns encontrados por aqui e os correspondentes nas padocas e botecos do Brasil (na verdade, de São Paulo, pois lá os nomes mudam de região para região).

Apreciem sem moderação!



Ristretto = Curto (15 segundos de shot)
Short black = Espresso (20 segundos de shot)
Picollo = 3/4 (3/4 de leite)
Long black = Carioca (diluído na água quente)
Flat white = Pingado ou café com leite
Latte = Pingado ou café com leite com colarinho (na verdade, acho que não temos um similar do Latte, por isso essa viadagem do colarinho)
Machiatto é Machiatto (café curto com leite)
Mocha é Mocha (café com leite e chocolate)
Cappuccino é Cappuccino (café com leite mais chocolate e espuminha de leite por cima – macho, não?)