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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Foo Fighters na Austrália, Wombat Gigante e mais...

Redação aberta e bombando para esquecer a sova de ontem. Parabéns aos amigos de Queensland, que pelo jeito continuarão ganhando o State of Origin até 2054.

Esta é quentíssima, foi anunciada agora a pouco!


Foo Fighters fará turnê pela Oceania este ano, passando por cinco cidades australianas e uma neozelandesa. A pré-venda começa na próxima quinta-feira, 14 de julho, aqui. Vejam as datas e locais:

Segunda, 28 de novembro – NIB Stadium, Perth
Sexta, 2 de dezembro – AAMI Stadium, Melbourne
Segunda, 5 de dezembro – Adelaide Oval, Adelaide
Quinta, 8 de dezembro – Sydney Football Stadium, Sydney
Sábado, 10 de dezembro – Metricon Stadium, Gold Coast
Terça, 13 de dezembro - Western Springs Stadium, Auckland


Seguindo para o futebol, pelo Grupo D da Copa do Mundo Feminino, a Austrália venceu a forte equipe da Noruega, campeã em 1995, e avançou para a próxima fase. O adversário será a Suécia (bela foto acima). Pelo mesmo grupo, o Brasil sapecou 3 a 0 na fraca Guiné Equatorial e terminou em primeiro. No domingo enfrenta os Estados Unidos.

Em tempo: não ligo para futebol feminino.


Aos que estão em New South Wales, sentindo e ouvindo o vento gelado que esperneia lá fora, uma notícia: vai piorar! A imagem acima é de uma casa em Blue Mountains.


Já no noroeste de Queensland, foi achado restos de um diprotodonte, um wombat gigante de 3 metros de comprimento por 2 de altura que pesava 3 toneladas. Ou seja, dava trabalho para os "pareeentes" dos crocodilos de 6 metros de água salgada que até hoje habitam Northern Territory. Eles viveram em algum momento entre 25 mil e 2 milhões de anos atrás, mostrando que a única ciência exata é o futebol.


A primeira-ministra da Austrália, Julia Gillard, que tem o mesmo carisma de um mop, anunciará no domingo que fixará em $23 por tonelada o imposto sobre a emissão de carbono. Está mais do que na hora!


Por aqui, hoje tem Abuka Duo no Manly Leagues (563 Pittwater Rd - Brookvale), Ziggy Acoustic no Deck 23, em Dee Why, e Rafaela Nardi com o Neandertown Duo na Brazilian Box, em Darlinghurst, das 19h às 23h.


Um tchau do wombat gigante!

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quarta-feira, 6 de julho de 2011

State of Origin III - A vitória que nunca vi!

Ontem, tivemos terremoto de 4.6 na escala Richter, em Victoria, que pôde ser sentido na minha Melbourne, seguido por outros tremores menores.



Em New South Wales, um trem que viajava de Blackheath para Medlow Bath, região de Blue Mountains, foi atingido ontem à noite por uma árvore, tamanha força do vento, que chegou a 140km/h. Três pessoas ficaram feridas (e uma resfriada).


Hoje cedo, segundo o iPhone9 da Roberta Toneto, fez 2.7 graus em Perth. Aconselhei a amiga a dar um cold sick, a versão julho do call sick, e ficar em casa.

Grandes movimentos mas, com todo o respeito à Mãe Natureza, nada que se compare ao que teremos logo mais, em Brisbane, com o embate entre Queensland x New South Wales, que decidirá o State of Origin deste ano, o jogo de maor rivalidade do esporte australiano.


Os Marrons, de QLD, venceram a primeira partida por 16 a 12, enquanto que os Blues, de NSW, devolveram sapecando eletrizantes 18 a 8 na segunda partida. Às 20h, no Channel 9, começa a grande decisão.

Com o Suncorp Stadium completamente tomado por 52 mil pessoas, o jogo tem tudo para ser o maior dos 31 anos de história do State of Origin. Queensland venceu as últimas 5 edições e tem time para faturar a sexta seguida, fechando com chave de ouro a participação de Darren Lockhart, seu capitão, que despede-se hoje dos Marrons (eles vão jogar por ele).


Porém, os Blues nunca estiveram tão perto de quebrar esta séria de vitórias como este ano. Para usar uma expressão bem brasileira, os caras estão com "sangue nos óio", jogarão a vida hoje à noite e, tenho certeza, sairão campeões, o que pra mim será inédito, já que desde que desembarquei em Sydney, em agosto de 2007, jamais os vi ganhar a série.


No post sobre o jogo anterior, falei quem decidiria para nós. E acertei! Por conta deste momento Pablito-Dinah, e com o poder a mim atribuído pelo editor deste blog (no caso, eu), seguem 5 coisas que veremos esta noite:

- Porrada do início ao fim
- Billy Slater marcar um try
- Ao menos duas cuecas vermelhas
- James Soward decidir com um ou mais lances/assistências/ou mesmo try geniais
- Paul Gallen erguer o troféu


E já que falei no nosso skipper, eis as frases que ele irá proferir no vestiário, segundos antes do esquadrão entrar em campo:

Be proud - work for each other, play for each other... Let's win it for yourself, for your teammates, for NSW... Wear the jumper with pride. Now let's go out there and create history.

O esquadrão: A Minichiello, B Morris, J Hayne, M Gasnier, A Uate, J Soward, M Pearce, G Bird, G Stewart, B Creagh, T Mannah, M Ennis e P Gallen. Banco: K Gidley, K Galloway, L Lewis e A Watmough.

32 a 26 (ops)

Go Blues!!!

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quarta-feira, 15 de junho de 2011

State of Origin - Tudo azul!

A Mirella e o Dave que me perdoem, mas está na hora dessa gente azulada mostrar o seu valor. E acho que é hoje!


Sim, meu amigos, desde que pisei na Austrália pela primeira vez, em agosto de 2007, não vi New South Wales ganhar o State of Origin. O máximo foram algumas vitórias isoladas, mas jamais a série, uma vez que Queensland tem dominado desde 2006.


Mas algo me diz que hoje à noite vai mudar!


O State of Origin, para quem não sabe, é o evento esportivo de maior rivalidade na Austrália. Esqueçam Wallabies x All Blacks no Rugby Union, Austrália x Inglaterra no The Ashes de cricket ou Liberal x Labour na..., nenhuma rivalidade é maior no país do que New South Wales x Queensland (ou Blues x Marrons, como preferirem).

Pausa para ilustrar a afirmação.









Detalhe: muitos dos que saem na mão defendem o mesmo clube na liga. Pausa desfeita.

O State of Origin acontece desde o início dos anos 1980 e é disputado, anualmente, no meio da temporada da Rugby League, em melhor de três jogos.

Ao contrário do que aparenta, o critério de seleção não é o estado de origem dos jogadores, mas o estado a que pertence o último time que defenderam antes de entrarem para a liga principal.

Ou seja, mesmo que o jogador tenha nascido em Queensland, caso o último time seja de New South Wales, o cara vai defender as cores de NSW. Outro requisito: é preciso estar apto a defender a seleção australiana, os Kangooroos, o que elimina grandes jogadores como os neozelandeses Benji Marshall e Jason Nightngale, por exemplo.


Na primeira partida deste ano, há três semanas, os cane toads, como também são conhecidos os jogadores de QLD, venceram os cockroaches (outro apelido dos Blues) por 16 a 12, placar apertado definido no finalzinho (imagem abaixo) que deu muita esperança a NSW, já que vem de uma série horrorosa de derrotas, incluindo 3 jogos a 0 em 2010.


O bom desempenho na primeira partida, apesar da derrota, trouxe de volta o respeito perdido e elevou o moral dos jogadores, que têm tudo para vencerem essa noite, em Sydney, e conquistarem a série no próximo jogo, em três semanas.

E um dos responsáveis, caso isso ocorra, será o novo técnico, Ricky Stuart, que fez algumas alterações, deu novo ânimo aos jogadores e até chorou durante discurso inflamado na apresentação do novo uniforme.


Abaixo, treino/ensaio dos Blues na última sexta, no oval de Coogee. Vai ser difícil, pois o time deles tem com craques como Billy Slater, Johnathan Thurston, Darren Lockyer, Cameron Smith, Petero Civoniceva, Greg Inglis e ainda é melhor, porém, já não é tão superior como nos últimos anos.


Hoje, às 20h, no Channel 9

GO BLUES!!!

terça-feira, 26 de abril de 2011

O Barão e o Príncipe

Sim, meus amigos, o barão está de volta!



Quando um xavante-paulistano prepara o primeiro chimarrão do ano, significa que o calor se foi, o frio chegou e, a partir de agora, para esquentar é tomar vinho com a baroa e chimarrão quando estiver sem (sei que os amigos gaúchos vão ficar bravos, mas pra mim - já falei que sou paulistano e xavante - chimarrão é um esporte individual).

E ontem, enquanto abria solenemente a temporada assistindo ao filme The Queen, que passava no Channel 7, travei o seguinte diálogo com a minha flatmate finlandesa.


(O diálogo ocorreu em finlandês, claro, esta é apenas uma tradução livre para o português).

- Pablo, o que você está assistindo?
- The Queen, filme sobre a morte da princesa Diana e a rainha Elizabeth II.
- Sério? Quero ver! Estou tão empolgada com o casamento.
- Você? Finlandesa? Por que?
- Como assim? É um casamento real! Vai dizer que você não está, Pablo?
- Claro que não, Elvira, eu não ligo a mínima para casamento real, família real, nada disso.
- Não acredito, que decepção... Um príncipe vai se casar e você não está nem aí!

Pausa para tomar um fôlego e um mate, pois aí vem a pergunta:

- Mas me diz uma coisa, Pablo, qual é o seu príncipe preferido?

ENTER
ENTER
ENTER

3 ENTER'S para representar o tempo que permaneci engasgado com a erva atravessada na garganta.

- O que? Você só pode estar brincando!
- Brincando? Todo mundo deve ter um príncipe preferido: o William ou o Harry. O meu é o William!


Eu, que já estava preocupado com o rumo que a semana tem seguido com o casamento da sexta, desanimei de vez. Principalmente por estar na Austrália, país cuja maioria simplesmente ainda ama a monarquia britânica e não quer se ver livre da coroa tão cedo.

Parece mentira, mas é verdade! Mesmo não tendo mais poderes jurídicos sobre a Austrália desde 1986, a Grã-Bretanha ainda é a grande mãe da Austrália - enquanto a rainha Elizabeth II a avó.

Em 1999, ou seja, 13 anos após a rainha ter assinado o ato, foi realizado referendo na Austrália para decidir se o país deixaria de ser monarquia para se transformar em república, e o resultado foi um retumbante 55% a 45% para o "Não".

O casamento da sexta, claro, reacendeu os ânimos dos plebeus down under, como mostra pesquisa encomendada pelo The Australian. Segundo o jornal, em abril deste ano, o apoio à república, com 41%, atingiu o índice mais baixo dos últimos 17 anos, quando em março de 1994 estava em 39%. Pior! O índice de quem é fortemente a favor da república não passa de 25%.


A pesquisa só dá uma aliviada pró-república quando a pergunta refere-se ao apoio no caso do Príncipe Charles assumir o trono ao lado da gloriosa Camilla Parker. Neste cenário, 48% responderam que iriam com a república. No caso do William, o príncipe da minha flatmate finlandesa, o apoio à república ficaria em 45%. Mostrando que, por ora, Elizabeth II ainda é a rainha da popularidade por aqui.

Independentemente do que vem pela frente - e sei que será um bombardeio real com as emissoras locais se matando durante toda a semana e, principalmente, na sexta - vou tomando o meu chimarrão com muita pompa e circunstância, enquanto me preparo para o jogaço da NRL desta sexta-feira entre os Broncos e os Bulldogs. Vai pegar fogo! E na sequência tem Rabbithos contra Sharks. Dose dupla na TV!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Humor australiano

Darryl Brohman, também conhecido como Big Marn, é um ex-jogador de Rugby League que, em 1984 (lembrem-se deste número), venceu seu primeiro e único título na liga quando o Canterbury-Bankstown Bulldogs, time que defendia, bateu o Parramatta Eels por 6 a 4 na Grand Final.


Atualmente, Big Marn é comentarista na rádio 2GB e no Footy Show, programa sobre o esporte que vai ao ar todas às quintas-feiras, às 21h30, no Channel Nine. Darryl Brohman também é uma figura notória pela batalha bem-sucedida que travou em 2010 contra um câncer na próstata.


No último programa, homenagearam Big Marn pela conquista de 1984. Mas em vez de entregarem um trofeu, inaugurarem uma placa, indicá-lo para o hall da fama ou fazerem aqueles quadros pra lá de piegas no estilo "Essa é a sua vida", resolveram anarquizar. E é aí que entra o humor aussie!

Brasileiros e australianos têm algumas similaridades, não muitas, mas algumas, e quase todas decorrentes do fato dos dois países terem latitudes comuns do Trópico de Capricórnio. O humor, certamente, não está entre elas. Não que um seja melhor ou pior do que o outro, longe disso, mas são completamente diferentes. E um exemplo do humor que se faz por aqui é a homenagem ao Darryl Brohman.

Para situar quem está no Brasil, imaginem um programa de esportes como essas mesas-redondas com figuras como Galvão Bueno, Milton Neves ou Roberto Avallone. Pois bem, os caras que apresentam o Footy Show têm a mesma representatividade desses nomes no contexto daqui, com a diferença de que são ex-jogadores.

A ideia da homenagem era uma tatuagem. Até aí, nada de mais. Convidaram um tatuador do Bondi Ink e levaram o cara para o estúdio. O tema não poderia ser mais apropriado: 84, ano em que Big Marn conquistou seu primeiro e único título. O local da tatuagem, porém...

Em vez do braço, do peito ou da batata da perna, ela foi feita naquela parte globular constituída por músculos entre as costas e o joelho - popularmente chamada de bunda. Isso mesmo! Em plena nádega esquerda para uma audiência de centenas de milhares de telespectadores em casa, além de algumas dezenas no estúdio.

Mais do que nunca, algumas imagens valem por milhares de palavras.








quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Terremoto na NZ e a força dos All Blacks

Estive os últimos dois dias na Central Coast, preparando toda papelada, documentos, certificados, comprovantes de que não matei ninguém e afins para dar entrada num novo visto, por isso não consegui escrever nada sobre a Nova Zelândia, nosso e-p-e-t-a-c-u-l-a-r vizinho de terceiro continente à sua escolha.

No pouco que pude acompanhar, o que mais me chamou a atenção foi a enorme comoção que tomou conta da Austrália, não só pela proximidade e pelos laços históricos, como também por termos cerca de 500 mil neozelandeses vivendo aqui, o segundo maior contingente de estrangeiros, atrás somente do Reino Unido.

A situação em Christchurch, a cidade mais atingida pelo terremoto de 6.4 graus de magnitude, como todos sabem, é absolutamente devastadora, já foram encontrados 75 mortos, teme-se que o número chegue a 200 e cerca de 300 pessoas estão desaparecidas. Algumas notícias recentes é o fato de que o Grand Chancellor, o hotel mais alto da cidade, pode cair a qualquer momento, e que seis picaretas desalmados foram presos no final da tarde saqueando lojas e outros estabelecimentos. De Christchurch vão direto para o inferno!

Como entusiasta da Nova Zelândia, amante das neozelandesas, fan de rugby, curioso pela cultura maori e xavante do terceiro continente à sua escolha ligado no 2012 dos maias, segue minha singela homenagem aos amigos kiwis através do tradicional Haka dos All Blacks, a manifestação mais forte que vi desde que cheguei na Austrália. Força é o que eles mais precisam neste momento!

domingo, 30 de janeiro de 2011

Djokovic e o rugby!

Foi uma final com cara de semifinal. Fato! No início, parecia que iria para uns 4 a 5 disputadíssimos sets, mas não foi o que aconteceu. O sérvio e piadista (vejam o vídeo dele no Youtube) Novak Djokovic não deu chance para o escocês Andy Murray respirar e a vitória foi mais do que merecida. Ainda mais depois de ter atropelado o Federer na semi.



Mas o ponto principal, para nós, que estamos acompanhando o esporte neste verão australiano, e vendo a humilhação que a Austrália vem sofrendo para a Inglaterra/Grã Betrenha, principalmente após a Ashes Series de cricket, é saber que finalmente os bretões/pomes/whatever não comemoraram mais um título por aqui.

É verdade! Andy Murray, discípulo da Rainha e grande tenista - em breve estará entre os dois primeiros do mundo -, felizmente perdeu em solo australiano. Vendo o Djokovic vencendo no Channel 7 e a seleção australiana de cricket finalmente vencendo a Inglaterra no Channel 9, tudo o que tenho a dizer é... ufa! Um respiro nesse verão britânico de humilhação.

Quarta-feira estarei no Sydney Cricket Ground, mas o principal agora é que, findados o tênis e o cricket, que venha o rugby...

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Boa notícia (free tv)

É sempre bom começar a semana com boas novas. Portanto, vamos lá!

No início dos anos 1990, foi introduzido na Austrália o sistema de tv a cabo. À época, foi assinado documento assegurando que a transmissão dos principais eventos esportivos australianos como Melbourne Cup, Rugby League, AFL, Tests de cricket, Australian Open de tênis, entre tantos outros, ficariam com a tv aberta.

Pois bem, quase 20 anos se passaram e a expectativa e o receio do que poderia acontecer no início do próximo ano vinha aumentando. Principalmente por conta de um bicho-papão chamado Fox Sports, que quer comprar absolutamente tudo e revender via Foxtel.

Não sei se vocês repararam, mas aquelas propagandas com celebridades esportivas em prol da free tv que vinham sendo veiculadas nos últimos meses eram parte disso, pressionavam o governo, que controla o setor, a manter os direitos dos principais eventos com as tvs abertas.

A nova regulamentação será apresentada nos próximos dias, mas pelo que antecipou na semana passada o ministro das comunicações, Stephen Conroy, os principais eventos e torneios continuarão sendo exibidos na tv aberta, o que é um grande alívio, pois a exemplo do Brasil, aqui a programação das emissoras também é uma porcaria e, sem os esportes, não sobraria absolutamente nada!

domingo, 3 de outubro de 2010

Redemption Post - Go Roosters!

Ao contrário do Brasil, que a gente nasce e praticamente já é escolhido por um time de futebol, aqui, por chegarmos com mais de 20, 30 anos, é a gente que escolhe, seja de rugby, cricket ou mesmo futebol.



Quando cheguei na Austrália, em agosto de 2007, fui morar na casa da minha irmã, em Coogee. As finais da National Rugby League começariam em breve e, quando me dei conta, estava no Aussie Stadium acompanhando North Queensland Cowboys x Manly Sea Eagles. Torci para os Cowboys sem entender muito, pois era o time dela. Deu Manly, que depois perdeu a final para o Melbourne Storm.

Terminada a temporada, eu precisava escolher um time para a próxima, já que se ficasse com os Cowboys seria como viver em São Paulo e torcer para o Ceará (com todo respeito ao alvi-negro cearense). A opção imediata seria o South Sydney Rabbitohs, clube mais perto de Coogee.

Além disso, era lá que eu jogava squash com o meu cunhado e, à época, o nosso gladiador Russel Crowe estava comprando a parte de rugby do clube. Porém, é impossível torcer para um time cujo uniforme é igual ao da Portuguesa de Desportos. Continuei clubless.



Em 2008, mudei para North Bondi, mas com a vida começando de verdade por aqui (o início na escola de inglês é só fanfarra), eu estava mais preocupado em entregar chimichanga para pagar a escola e o aluguel do que escolher um clube. Principalmente porque o Sydney Roosters, a escolha natural para quem mora em Bondi, não passava a menor confiança.

Em 2009, vivendo em Bronte, ainda mais perto da sede dos Roosters, era simplesmente impossível torcer para os caras. Eles faziam lambanças atrás de lambanças, dentro de campo, fora de campo, dentro de quarto de hotel, fora de quarto de hotel (literalmente no corredor), em qualquer lugar. Não por acaso passaram grande parte da temporada na lanterna e terminaram o campeonato na... lanterna. Vergonha total como podem ver nesses dois posts:

http://www.pablitoaustralia.com/2009/07/o-primeiro-dia-do-resto-da-vida-do.html
http://www.pablitoaustralia.com/2009/07/e-continuam-afundando.html

Obviamente, como não queria entregar chimichanga para sempre na Austrália, trabalhei muito para que pudesse viver só de escrever, o que me proporcionaria muito mais tempo para aproveitar as coisas do terceiro continente à sua escolha, tentar entender algumas e, claro, finalmente escolher um time.

A temporada 2010 começou e eu continuava clubless. Porém, acompanhando toda semana os jogos, comecei a me identificar com alguns jogadores. Assim, quando os Bulldogs jogavam, torcia para eles por causa de Jamal Idris, "the biggest man on earth". O cara parecia um trator (foto abaixo). Quando os Dragons jogavam, eu ia com eles por conta do James Soward. Eeels em campo? Go Jarryd Hayne, o mais veloz e habilidoso da liga. Mas ainda faltava identificação com algum clube.



No meio da temporada, voltei a morar em North Bondi, e desta vez em uma situação totalmente diferente da anterior, já que passei a ter muito mais tempo e condições para aproveitar Bondi. E, confesso, eu amo esse lugar.

A coisa mais fácil de ouvir é "Bondi é uma porcaria, só tem brasileiro". Bes-tei-ra! Claro, tem muito brasileiro, assim como tem muito australiano, italiana, francesa, chilena e gente do mundo inteiro, o que torna esse lugar tão especial.

A cada dia, a cada nova pessoa que conheço e a cada novo lugar que vou, amo mais Bondi. E com os Roosters - que demitiu o técinco do ano passado e fez uma faxina no elenco - classificando-se para as finais, tentei finalmente torcer para eles.



Tudo ia bem, comecei a me identificar com alguns jogadores, principalmente Todd Carney, Sam Perrett, Braith Anasta e Anthony Minichiello, que mora na rua de baixo. Sem contar no amigo Todd Olivier, que jogava no clube quando eles foram campeões pela última vez, em 2002. Porém, o próprio Todd fez eu adiar a minha decisão, conforme podem ver abaixo.

http://www.pablitoaustralia.com/2010/09/sexta-em-melbourne-sydney-e-gold-coast.html

Pois bem, semana passada os Roosters simplesmente destruíram os Titans da Gold Coast, em Brisbane, vencendo por 32 a 6 e classificando-se para a Grand Final. No dia seguinte, Bondi já estava em azul, branco e vermelho. Durante toda essa semana, a coisa só aumentou e só se respira Roosters por aqui.

O jogo começa em duas horas e vinte minutos, os Dragons, que fizeram a melhor campanha durante toda a temporada, são favoritos. Porém, têm a fama de chokers, que num português-esportivo pode ser traduzido como amarelões. Se vão afinar, não sei, é muito mais provável que vençam. Mas oficialmente hoje, exatos 3 anos, 1 mês e 26 dias desde que cheguei na Austrália, finalmente consegui escolher o meu time. Go Bondi! Go Sydney Roosters!

sábado, 25 de setembro de 2010

Grand Grand Finals

Em primeiro lugar, preciso admitir: os Roosters jogaram muito ontem à noite e não deram a menor chance para os Titans. Mesmo quando fizeram os seus tradicionais vacilos defensivos, conseguiram se recuperar e demoliram o time da Gold Coast, em Brisbane.



E o que Carney, Perrett, Anasta, Pearce e Minichiello estão jogando não é brincadeira. Sapecaram 32 a 6 e agora chegam com todos os méritos na Grand Final da Rugby League em busca do décimo terceiro título da história. O último foi em 2002. Toddão, parabéns mate! Em sua homenagem: Ão Ão Ão, Roosters é Timão!

O Sydney Roosters enfrentará o vencedor do encontro de hoje à noite entre S. George Dragons e West Tigers. Os Dragons entram como favoritos, mas os Tigers estão em grande fase e, se Benji Marshall mantiver o nível dos último jogos e não der aquela tradicional amarelada que ele dá em decisões, os Tigers podem surpreender.



E daqui a pouco, no Melbourne Cricket Ground, o Maracanã da Austrália (mas com muito mais conforto, claro), Collingwood Magpies e St Kilda Saints disputam a Grand Final do Australian Football Rules, o popular AFL.

O Collingwood, apesar do uniforme com listras brancas e pretas que mais parece um misto de Corinthians com XV de Piracicaba (homenagem ao Fafau), é uma espécie de São Paulo F.C., já que é o clube mais rico da liga, um dos maiores vencedores (14 títulos) e possui a melhor estrutura. Ah, e também é o mais arrogante.



Já o St Kilda, que em 176 anos de história (isso mesmo, 176) venceu somente uma vez, em 1966, tem, talvez, o pior centro de treinamento da liga, mas o uniforme é totalmente São Paulo F.C., em vermelho, branco e preto.

Os Magpies entram como favoritos e com o brasileiro Harry O’Brien (acima). Os Saints, atuais vice-campeões, vão a campo com a bagagem de quem disputou a Grand Final no ano passado e perdeu. E eu, um apaixonado por Melbourne e pelos bares e cafés jazzísticos de St. Kilda, vou com o Tricolor local. Mas que vai ser difícil, vai. Go Saints!