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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

I Concurso de Gemidos (e a evolução dos gemidos)

Aviso: este post pode ter conteúdo ou link impróprio para menores de 18 anos. Se você tem 17 anos e 363 dias (ou menos), não prossiga. Na pior das hispóteses, clique aqui.

Há alguns meses, fui procurado por um site de artigos de sex shop ligado ao Guia de Motéis. Eles trabalhavam na elaboração do I Concurso de Gemidos do Brasil e encomendaram um texto sobre o assunto. A tarefa não foi fácil, mas após muita pesquisa, descobri alguns fatos e passagens históricas bem interessantes.


O concurso foi lançado na semana passada e tem entre os jurados Leão Lobo, Edu Testosterona (colunista da Sexy), Acid Girl (responsável pelo blog e canal Acidez Feminina), Pietra Príncipe (apresentadora do Papo Calcinha, do Multishow) e Dr. Paulo Tessarioli (psicólogo especialista em sexualidade humana).

Para enviar e ouvir os gemidos, basta clicar aqui. Já o referido texto encontra-se abaixo.

A evolução do gemido

O cenário do primeiro gemido envolvendo um homem e uma mulher não poderia ter sido mais perfeito: o paraíso. Mas diferente do que possa parecer, este histórico momento não foi de puro prazer, mas de muita dor. Afinal, a criação de uma mulher a partir da costela de um homem deve ter sido bem dolorida.


Uma vez no paraíso, mais precisamente no Jardim do Éden, Adão e Eva, como bons humanos, não resistiram à tentação e comeram o fruto proibido. Na hora, o gemido foi de total deleite, mas as consequências... Além de expulsos do paraíso, os pombos acabaram institucionalizando o pecado. Resultado: a relação homem-mulher-fruto proibido nunca mais seria a mesma.

O casal passou a viver em uma caverna, onde teve filhos. Foram ali ouvidos os primeiros gemidos humanos em terra firme. A prole cresceu e após dominar o fogo, inventar a roda, desenvolver a escrita e descobrir que a fermentação da uva resulta no vinho, atingiu seu maior grau de civilidade. Mérito dos gregos, que passavam o dia pensando, discutindo, comendo e bebendo, fechando o banquete em intermináveis orgias. Segundo Pitágoras, a quantidade de ideias brilhantes e novas teorias era igualmente proporcional ao número de gemidos.



Durante cerca de mil anos, na Idade Média, também conhecida como Idade das Trevas, os gemidos que ecoaram pela Europa não foram muito agradáveis. Nos séculos seguintes, com as grandes navegações, os exploradores e colonizadores europeus causaram todos os tipos de gemidos em todos os cantos do planeta.

Curioso, o naturalista Charles Darwin, após 5 anos percorrendo os lugares mais remotos como ilhas Galápagos, Oceania e Brasil, publicou a sua Teoria da Evolução, que basicamente dizia: Fêmea que não tem orgasmo não geme alto. Quem não geme alto fica sem parceiro. Quem não tem parceiro não se reproduz. A espécie que não se reproduz acaba.


Nascia aí o orgasmo falso.

No século XX, o orgasmo falso deixou os lares e foi parar no cinema, na televisão e na MTV, era o famoso orgasmo técnico, descendente direto do beijo técnico. De repente, todo mundo estava gemendo novamente, só que de mentirinha, e a população mundial não parou mais de crescer. A virada dos anos 1960 para os 1970 foi uma espécie de retomada grega. Na onda do movimento hippy e da contra-cultura, filosofou-se demais, trabalhou-se de menos e, no melhor estilo “ninguém é de ninguém, todo mundo é de todo mundo”, gemia-se praticamente em tempo integral. As décadas seguintes foram marcadas pelo milagre da pílula azul, que trouxe esperança possibilitando um último gemido, além da revolução da internet, que resultou em 24 horas de gemidos online.



De Adão e Eva a www.adaoeeva.com muita coisa aconteceu. Mas a verdade é uma só: a humanidade jamais vai parar de gemer. Então que seja de prazer!


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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Brasil (após 3 anos)

Antes de mais nada, como é bom ir para o Brasil, e como é bom voltar para a Austrália.

Poderia ser um pouco mais perto, é verdade, ou não tão demorado, mas a tecnologia está aí para resolver isso (ou o bom senso, uma vez que argentino não vem em grande número para a Austrália, ao contrário do brasileiro, o que faz o itinerário São Paulo-Sydney ter muito mais sentido do que Buenos Aires-Sydney).

Continuando o que escrevi no Facebook, quando estava no Brasil, vamos a uma geral sobre o país.

Em primeiro lugar, impressionante a quantidade de dinheiro que está rolando (e o custo de vida). É investimento vindo de tudo quanto é lado, seja público, privado, nacional, estrangeiro, intergaláctico, enfim, estão todos investindo no Brasil - assim como os intermediários, facilitadores, atravessadores e aproveitadores de sempre.

Quando decidi viver na Austrália, em 2007, um dos motivos que mais me motivou a sair foi a corrupção institucionalizada e a impotência em relação à ela. Infelizmente, neste quesito só pioramos. Outro motivo foi a violência (e o medo dela). Também piorou.

A impunidade, sem dúvida, está entre os principais fatores, e o grande exemplo quando estive lá foi o acidente envolvendo a Porsche voadora. Violência no trânsito que resultou em uma morte e não colocará o assassino atrás das grades. Se for, será por pouquíssimo tempo, pois o cara é milionário.

Após o acidente, em vez de se preocupar com a vítima, ele só quis saber do carro, o que nos leva a outro ponto na questão da violência: a total falta de valor à vida e a banalizacão da morte. O exemplo maior foi um assalto na Bahia. A cena, filmada pela câmera do banco e exibida na íntegra no Jornal Nacional, foi assim:

Depois de fazer a limpa, o ladrão deixa a agência pela porta da frente com uma arma na mão. Ele anda rápido, mas sem correr. Uma mulher atravessa seu caminho. Em vez de seguir em frente, na maior naturalidade, o assaltante vira, acerta um tiro pelas costas e continua. Ela cai ali mesmo e se torna estatística.

Mas não pensem que voltei pessimista não. A impressão, após três anos sem ir ao Brasil, é de melhora. O pobre, que já não é tão pobre, de fato passou a ter acesso ao consumo e, mais do que isso, adquiriu auto-estima. Especialmente no nordeste, e aí, eu, que sempre detestei o Lula, admito que ele foi fundamental para isso.

Fernando Collor, por mais desastroso que tenha sido, fez a tão necessária ruptura com o caos econômico que vivíamos nos anos 80. Alguém precisava fazer o trabalho sujo, e ele fez - pena que de maneira generalizada.

Na sequência, Fernando Henrique construiu os alicerces econômicos e colocou o país no caminho, interna e externamente. Luiz Inácio manteve o rumo, virou santo nacional, pop star internacional e, através de sua política de assistencialismo, tirou 30 milhões de miseráveis do limbo social, deu condições para que uma gigantesca classe c passasse a existir economicamente e deixou para o povo a mensagem de que tudo é possível (seja lá o que isso significa).

Dilma Roussef, que eu via com desconfiança desde os tempos em que chefiava a Casa-Civil, me pareceu uma mulher bastante determinada, séria e, graças ao bom Deus, sem a demagogia populista do antecessor. Mas, claro, a desconfiança continua, pois há poucos meses ela passou um cheque em branco para quem quiser faturar indevidamente com a Copa.

Independentemente, hoje a presidenta tem a faca e o queijo. Para os próximos anos, bilhões ou trilhões de dólares, além de uma Copa do Mundo e, possivelmente, uma Olimpíada (no caso de reeleição). O passo natural é substituir o assistencialismo por políticas mais consistentes, investindo principalmente em infra-estrutura e educação. Ou seja, em vez de dar o peixe, ensinar a pescar. Espero que ela faça isso.

Jamais tivemos uma década tão promissora (e ao mesmo tempo tão perigosa). Vicente Matheus diria que a Copa do Mundo é uma faca de dois legumes. Concordo plenamente! A linha que separa o sucesso e o fracasso neste caso é incrivelmente tênue. A grande questão que provavelmente será respondida em cinco anos é se o país do carnaval e do futebol vai se transformar no país do presente, ou se seremos eternamente o país do futuro.



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quinta-feira, 28 de julho de 2011

2 dólares

Se você é daqueles que adora carregar dezenas de moedas no bolso, fazendo, quando anda, mais barulho do que molho de chave de zelador, não prossiga neste post.

Mas se você, como eu, detesta, e prefere receber seu troco em notas, colocá-las na carteira e viver feliz para sempre, vem comigo.

Desde que cheguei no Brasil, há quase três semanas, notei que tenho carregado menos moedas. Nem tanto pelo custo de vida em São Paulo, que está elevadíssimo - e com isso a grana mais curta -, mas em função de uma simpática nota levemente azulada que atende pelo nome de 2 reais.


Sim, meus amigos, ela faz a diferença. Na Austrália, quando tomo um café pequeno de $2.50 pagando com uma nota de $5, de troco vem, no mínimo, uma moeda de $2 e uma gigantesca de $0.50. Ao comprar um pãozinho de 0.80 com uma nota de $5, as calças praticamente arriam com uma cascata de moedas.


No Brasil não. Tomo um cafezinho de R$2.50, pago com uma nota de R$5 e, em troca, vem a azuzinha de R$2, além de uma moedinha de R$0.50. Agora a pouco, tomei uma cerveja de garrafa, R$6, paguei com R$10 e recebi duas azuzinhas. Fácil! Na Austrália, se tomar uma Coopers num pub e pagar com $10 voltam pelo menos duas moedas de $2. In-fer-nal.


Por tudo isso e pelo histórico que tenho com moedas e cofrinhos, peço à Casa da Moeda Australiana que olhe para este lado do Pacífico, mire-se no exemplo tupiniquim e adote a nota de 2 dólares. O bolso agradece!


terça-feira, 26 de julho de 2011

Xopotó - Cozinha Mineira

Xopotó é um rio em Minas Gerais que nasce na Serra da Mantiqueira e banha a Zona da Mata do estado.


Em São Paulo, é um restaurante mineiro localizado há doze anos na Vila Olímpia. E dos bons!


Hoje, saindo da terapeuta (sim, após três anos, nada como uma sessãozinha), passei lá. Era pra ser um almoço rápido de segunda-feira. Fiquei horas.


Não só pela ótima comida, bem caseira, muito saborosa e nada pesada, como também por um atrativo da casa apresentado pelo dono: a cachaça.


Com dez anos de São Paulo, o mineiro Ben-Hur, atual dono, simplesmente deu uma aula. Só de cachaças mineiras são 54. Fora as outras. Não dá vontade de ir embora.


O restaurante abre todos os dias, tem especiais de almoço de segunda a sexta, mas recomendo ir no final de semana ou dia de semana à noite, sem pressa para voltar à labuta. Principalmente se estiver um dia quente e a parte externa do restaurante aberta. Sério, é no coração da Vila Olímpia e nem parece São Paulo.


Entre os pratos, o carro-chefe é o Mexido Mineiro, tradicionalíssimo, que traz lombo, carne seca, ovo, arroz, tutu, queijo, couve e torresmo. Logo em seguida vem a feijoada, servida todos os dias. Entre as cachaças, Tabaroa é imbatível! E olha que lá tem a rainha, Havana Anísio Santiago.


Quanto aos causos contados pelo Ben-Hur, teve um sobre o autor do quadro acima, um excêntrico mineiro que só pintava à noite e levou 40 dias para fazê-lo. Ao término, havia num canto do restaurante, junto ao material de trabalho, 40 garrafas vazias de cachaça. O que dá uma média de...

Xopotó
Rua Dr Fadlo Haidar, 136 (próximo à Fiandeiras e Clodomiro Amazonas)
Vila Olímpia - São Paulo
11 3849 1267


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Mercadão Municipal de São Paulo

Mercadão Municipal de São Paulo (muito além do sanduíche de mortadela).
Rua da Cantareira, 306 - Sé
São Paulo - Sao Paulo, 01024-000, Brazil






























Nada como ser turista na própria cidade natal.

Agradecimento especial ao Eduardo e à irmã Marisa.


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sábado, 16 de julho de 2011

The Footbolt - Shiraz

Lendo a boa e velha Gula, edição 220, "Especial - 100 Rótulos que valem a pena beber", dei uma olhada nas botejas disponíveis no mercado brasileiro que estão em alta (pelo menos para os degustadores da revista), com foco, é claro, nos australianos, para saber o que chega aqui e por quanto.

Dos cem, encontrei seis aussies, o que para um país distante como a Austrália (leia-se alto custo com transporte e impostos), está bom.


Dos seis, dois produtores entraram no Guia 2011 deste blog, entre eles o d'Arenberg, ícone do McLaren Vale, região no estado de South Australia.

Eles têm uma linha chamada The Musketeers Red, referência aos três mosqueteiros, cujo rótulo, praticamente uma eno-leitura do uniforme do River Plate, é extremamente popular na Austrália.

Originalmente, os três mosqueteiros respondiam pelo d'Arry's Original, corte de Shiraz com Grenache, The High Trellis, Cabernet Sauvignon, e The Footbolt, Shiraz (hoje, a linha ganhou mais dois rótulos).

E foi justamente o The Footbolt 2007 que entrou no ranking da Gula (leiam descrição abaixo).


No Brasil, ele custa R$80, enquanto que na Austrália não passa de AU$20. Numa rápida conversão com o câmbio de hoje, seria R$33.74. Mas, claro, é preciso calcular taxas, transporte, luz, água, cafezinho, staff, impostos, lucro... o que eleva o preço duas vezes e meia.

Independentemente, recomendo que experimentem por aqui, pois é um vinho absolutamente fiel à sua região, e na Austrália idem, pois a AU$20 é fantástico.

Principalmente o mosqueteiro Cabernet The High Trellis, que indiquei no Guia para ser combinado com canguru. Aliás, aproveitando este final de semana gelado aí na Austrália, é uma excelente pedida, já que combina com várias outras carnes.

No Brasil, à venda na Zahil.
Na Austrália, em quase todo bottle shop.


.........Patrocinadores do Guia 2011.............

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Da dura poesia concreta de tuas esquinas

Durante dez anos, entre os 1970 e 1980, meu pai, Alberto Nacer, trabalhou como fotógrafo profissional em São Paulo, fazendo fotos publicitárias.

Quando montou, no início dos 80, a Diálogo Propaganda, deixou a câmera de lado - pelo menos profissionalmente - para se dedicar à agência, onde era sócio, diretor de arte e de criação.

A agência não existe mais, virou Talent Biz no início dos 90, mas a paixão pela fotografia jamais apagou e, felizmente, teve o cuidado de passar pra mim.

Sábado passado, cheguei em São Paulo após três anos sem visitar o Brasil e, aos poucos, tenho visto o que ele vem fotografando desde que se aposentou, há cerca de dois meses.

Nessa sequência fotografada em duas horas num espaço de aproximadamente quatro querteirões próximos de onde mora, o que mais me chamou a atenção foi o fato de ter encontrado formas e até certa beleza em algo que é um dos principais responsáveis por toda a dureza que São Paulo se tornou, os enormes edifícios que transformaram a cidade numa gigantesca e mirabolante selva de pedra.

Mais! Ainda descolou um ângulo fantástico na quarta chapa que fez o estado de São Paulo saltar à vista, no melhor estilo "Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços".

Muy bueno!

















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