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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Boa notícia (free tv)

É sempre bom começar a semana com boas novas. Portanto, vamos lá!

No início dos anos 1990, foi introduzido na Austrália o sistema de tv a cabo. À época, foi assinado documento assegurando que a transmissão dos principais eventos esportivos australianos como Melbourne Cup, Rugby League, AFL, Tests de cricket, Australian Open de tênis, entre tantos outros, ficariam com a tv aberta.

Pois bem, quase 20 anos se passaram e a expectativa e o receio do que poderia acontecer no início do próximo ano vinha aumentando. Principalmente por conta de um bicho-papão chamado Fox Sports, que quer comprar absolutamente tudo e revender via Foxtel.

Não sei se vocês repararam, mas aquelas propagandas com celebridades esportivas em prol da free tv que vinham sendo veiculadas nos últimos meses eram parte disso, pressionavam o governo, que controla o setor, a manter os direitos dos principais eventos com as tvs abertas.

A nova regulamentação será apresentada nos próximos dias, mas pelo que antecipou na semana passada o ministro das comunicações, Stephen Conroy, os principais eventos e torneios continuarão sendo exibidos na tv aberta, o que é um grande alívio, pois a exemplo do Brasil, aqui a programação das emissoras também é uma porcaria e, sem os esportes, não sobraria absolutamente nada!

domingo, 26 de setembro de 2010

Homenagem do AC/DC para a AFL

A temporada 2010 da AFL começou em 25 de março com o Carlton vencendo o Richmond por 120 a 64.

Durante a fase classificatória, 16 clubes fizeram 31845 pontos durante 176 partidas.

Oito clubes se classificaram para as finais (Collingwood, Geelong Cats, St Kilda, Western Bulldogs, Sydney Swans, Fremantle, Hawthorn e Carlton).

Desses 8, sobraram apenas Collingwood e St Kilda, que disputaram a Grand Final ontem.

A semana passada inteira em Melbourne foi em função do jogo.

Na sexta-feira, centenas de milhares de pessoas foram às ruas para a tradicional Grand Final Parade, que começou no bairro praiano de St Kilta e terminou na Collis St, onde as equipes foram apresentadas ao público nas escadarias do Treasury Building.

O pontapé inicial da Grand Final foi dado ontem às 14h30, hora de Melbourne, diante de um público de 100.016 espectadores no MCG.

Collingwood se manteve na frente durante os três primeiros quartos, mas o St Kilda jamais o perdeu de vista no marcador.

No quarto e decisivo quarto (bem, não tão decisivo assim), St Kilda passou a frente pela primeira vez. Collingwood conseguiu empatar.

Quando soou a sirene após 2 horas e 44 minutos de jogo, o placar mostrava 68 a 68.

Os 44 jogadores que participaram da partida, desambaram, enquanto 100.016 pessoas ficaram mudas.

Depois de 22 rodadas classificatórias, 3 semanas de finais, mais a Grad Final, a decisão terminou sem vencedor.

Pior! Na regra, não tem tempo extra, gol de ouro, nada.

Simplesmente, foi todo mundo pra casa e a partida precisará ser repetida no próximo sábado, o que é um total desrespeito aos 44 jogadores, comissões técnicas, 100.016 presentes ao estádio, milhões de espectadores que assistiram pela TV etc.

Tudo para a liga faturar mais uns 15 a 20 milhões de dólares com a partida-replay.

A AFL precisa urgentemente rever essa regra.

sábado, 25 de setembro de 2010

Grand Grand Finals

Em primeiro lugar, preciso admitir: os Roosters jogaram muito ontem à noite e não deram a menor chance para os Titans. Mesmo quando fizeram os seus tradicionais vacilos defensivos, conseguiram se recuperar e demoliram o time da Gold Coast, em Brisbane.



E o que Carney, Perrett, Anasta, Pearce e Minichiello estão jogando não é brincadeira. Sapecaram 32 a 6 e agora chegam com todos os méritos na Grand Final da Rugby League em busca do décimo terceiro título da história. O último foi em 2002. Toddão, parabéns mate! Em sua homenagem: Ão Ão Ão, Roosters é Timão!

O Sydney Roosters enfrentará o vencedor do encontro de hoje à noite entre S. George Dragons e West Tigers. Os Dragons entram como favoritos, mas os Tigers estão em grande fase e, se Benji Marshall mantiver o nível dos último jogos e não der aquela tradicional amarelada que ele dá em decisões, os Tigers podem surpreender.



E daqui a pouco, no Melbourne Cricket Ground, o Maracanã da Austrália (mas com muito mais conforto, claro), Collingwood Magpies e St Kilda Saints disputam a Grand Final do Australian Football Rules, o popular AFL.

O Collingwood, apesar do uniforme com listras brancas e pretas que mais parece um misto de Corinthians com XV de Piracicaba (homenagem ao Fafau), é uma espécie de São Paulo F.C., já que é o clube mais rico da liga, um dos maiores vencedores (14 títulos) e possui a melhor estrutura. Ah, e também é o mais arrogante.



Já o St Kilda, que em 176 anos de história (isso mesmo, 176) venceu somente uma vez, em 1966, tem, talvez, o pior centro de treinamento da liga, mas o uniforme é totalmente São Paulo F.C., em vermelho, branco e preto.

Os Magpies entram como favoritos e com o brasileiro Harry O’Brien (acima). Os Saints, atuais vice-campeões, vão a campo com a bagagem de quem disputou a Grand Final no ano passado e perdeu. E eu, um apaixonado por Melbourne e pelos bares e cafés jazzísticos de St. Kilda, vou com o Tricolor local. Mas que vai ser difícil, vai. Go Saints!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Sexta em Melbourne, Sydney e Gold Coast Titans

Se este blog fosse em inglês, os assuntos deste post seriam Final, Finals and Grand Final. Como é em português...

O final de semana começa oficialmente daqui a pouco, em Melbourne, com a Super Juliana Frantz e o Samba Cine Club, que hoje exibe “Corisco & Dadá” (1996). História real de um, digamos, genérico do Lampião que causou um bocado no sertão nordestino e entrou para a história como Diabo Loiro. O Samba Cine acontece no 1000€ Bend (361 Little Lonsdale St), o filme começa às 19h30, depois rola forró, xaxado e baião e a entrada é quanto você puder doar. Para mais informações, clique aqui.


Plena segunda em Melba. Em breve tem mais!

Ainda em Melba, a partir das 21h, DJ Hasin comanda a sua tradicional Tupinikings, balada na NUMBER FIVE (6 Queensbridge Square - Southbank) que hoje traz a cantora baiana Dany Maia acompanhada de seu quinteto. Depois, a festa continua até às 3 da matina com muito samba-rock, funk carioca, nova mpb, forró e house music. Ingresso a $15 na porta, $10 antecipado.



Por aqui, tudo começa às 19h45, com o jogo que na verdade acontece em Brisbane. Valendo vaga na Grand Final da Rugby League, os Roosters vão até a Gold enfrentar os Titans. Vai ser um jo-ga-ço! Desde que voltei a morar em North Bondi, tenho tentado torcer para os Roosters, que é daqui, mas não é fácil.

Semana passada, apoiei o time contra os Panthers, o five-eighth Todd Carney é um dos meus ídolos da temporada, pensei em continuar seguindo em homenagem ao amigo Todd Olivier, que já jogou pela agremiação, porém, depois de vê-lo com a camisa do Corinthians no último domingo, abortei temporariamente o projeto.

Sendo assim e sabendo que ele está aprendendo português para passar três semanas no Brasil pescando e secando o Timão, segue uma rápida aula.

Aula de Brasil para Todd Olivier
Mate there is a band in Brazil called Titãs (which means Titans). They are very popular, they've been playing for almost 30 years and their fans always yell Titans! Titans! Titans! on the concert. You should practice it tonight.




Fisicamente em Sydney, partir das 21h, Fernando, Igor e Careca Daresi, o maior torcedor do Gold Coast Titans de NSW, farão a festa semanal que mais bomba na cidade: a Circus, que rola toda sexta na The Eastern (500 Oxford Street) até às 5 da matina.

Lá a fórmula é a seguinte: entrada grátis a noite inteira + drinks acessíveis = estudantes de escola de inglês e backpackers. Com os europeus desembarcando por aqui por conta da alta temporada (leia-se as europeias), isso significa balada cada vez mais florida!



Mas se a ideia é assitir a uma das melhores bandas de Sydney, sem pagar um centavo por isso e ainda tomar as deliciosas Schwartz Dark Bier, Schwartz Wheat, Schwartz Stout, Schwartz Bavarian Red Lager, entre ouras que eles produzem no próprio pub, a dica é seguir até a 42 Wentworth Av, entre o Hyde Park e a Central Station, entrar no Macquarie Hotel e curtir o Samba Mundi, que se apresenta a partir da meia-noite.

A banda, que já é e-p-e-t-a-c-u-l-a-r, hoje terá participação especial de Tiago de Lucca, que se juntará aos colegas de Abuka Trio - Sandro Bueno e Marcello Maio -, além de Giorgio Rojas, Junichi Shiomi e Rafael Hora, entre outros. Diez puntos (pronuncia-se dié púnto). O Samba Mundi toca até às 3h.




Bem, amanhã falo dos dois jogos que faltaram - Dragons x Tigers e a Grand Final do AFL entre Colingwood x St. Kilda -, já que o post ficou grande, o sol está forte e vou descer para a praia.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Finais e fanfarrões

Imbuído do espírito bandeirante-jesuíta-anglo-saxão-down-under, continuo minha árdua missão de catequisar os brasileiros que vivem na Austrália em relação aos esportes locais (exceto o netball, que desconsidero). Felizmente, essa semana está bem mais simples do que a passada, já que estamos próximos das duas grandes finais.



Hoje, às 19h45, no Melbourne Cricket Ground, Collingwood e Gelong farão o jogo do ano da AFL. O primeiro fez a melhor campanha da temporada enquanto o segundo é o atual campeão, vencedor de dois títulos nos últimos três anos. Jo-ga-ço!



Quem ganhar disputa a Grand Final do próximo sábado contra o vencedor de St Kilda e Western Bulldogs, que se enfrentam amanhã, às 19h20, também no MCG. Acredito que o St Kilda atropela os Bulldogs e pegam o Collingwood na final.

Já na Rugby League, hoje, às 19h45, em Canberra, a sensação Raiders enfrenta o West Tigers. A grande dúvida é se Benji Marshall, aquele que eu falei na semana passada que afina em decisão, joga. Eu acho que sim. Quem passar enfrenta os Dragons na pré-final (o estágio carioca/repescagem entre a semi e a final).



Na outra chave, teremos amanhã Roosters x Panthers. A partida tem tudo para ser um jogaço e vale a pena assistir no Sydney Football Stadium ou em algum pubão (pronuncia-se pâbão). O jogo também começa às 19h45 e o vencedor enfrenta os Titans, em Brisbane, na próxima semana, valendo vaga na Grand Final.

Enquanto isso, Craig Moore, o zagueiro da seleção australiana de futebol que antes da Copa escrevi que batia até na mãe, está preso em Dubai por ter enchido a lata e discutido com policiais. Grande fanfarrão!



Em Dubai, segundo o nosso amigo aeromoço Lucas Furieri (acima e abaixo), é proibido beber na rua e ficar bêbado em público. Não por acaso nosso amigo (e também grande fanfarrão) não sai da piscina do hotel, uma vez que o copo grudou na mão desde que ele desembarcou há cerca de dois meses (ops, não só o copo).



Outro jogador que também deu um chego na cadeia foi o melhor jaqueta 7 da Rugby League, Johnathan Thurston. O capitão dos Cowboys passou a noite de quarta para quinta num cassino, em Brisbane, foi colocado pra fora e depois, após discutir com policiais, passou à noite no xilindró.

O pior foi a minha sobrinha Georgia, quase dois anos, que há algumas semanas finalmente aprendeu a falar o meu nome. Ela, já grande leitora, estava no colo da minha irmã, que abria a internet.



Ao ver a foto do atleta-fanfarrão-meliante com cabelo comprido, barba por fazer e aspecto beberrão, ou seja, desleixo total, Georgita proferiu:



- Pabo!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Finais da Rugby League e AFL

Tirem as crianças da sala, pois agora é pra valer. Neste final de semana começam as finais da Rugby League. Detalhe: daqui até a decisão, em 3 de outubro, todos os jogos serão transmitidos ao vivo em canal aberto pelo Channel 9. Haja VB!



Os oito times classificados são:

1. St George Illawarra Dragons
2. Penrith Panthers
3. Wests Tigers
4. Gold Coast Titans
5. New Zealand Warriors
6. Sydney Roosters
7. Canberra Raiders
8. Manly Sea Eagles

A grande ausência, claro, é o Melbourne Storm, atual campeão que teve participação apenas figurativa nesta temporada, já que se envolveu em um escândalo salarial e jogou sem disputar pontos (tipo aquele seu irmão mais novo que era café com leite nos jogos do prédio).



A partida de abertura acontece nesta sexta, às 19h45, entre Titans e Warriors. Apesar dos Titans jogarem em casa, acho que os Warriors do meu amigo Paul podem surpreender. Vou torcer pelos kiwis e apostar em uma vitória com margem mínima de diferença.

No sábado, aniversário da Vezita, teremos dois jogos. Às 18h30, Tigers e Roosters se enfrentam no Sydney Football Stadium. Jogo equilibrado, o West Tigers tem Lote Tuqiri, que voltou este ano para a League e está voando, porém, Benji Marshall sempre afina em decisões. Sendo assim, vou com Minichiello, Mitchell Pearcee, Nate Myles e, principalmente, Todd Carney, acreditando que os Roosters do meu amigo Todd Olivier ganham.

Jás às 20h30, os Panthers, mesmo com a ausência do capitão Petero Civoniceva (suspenso), uma versão aborígene e mais técnica do nosso tetracampeão Mauro Silva, irão atropelar os Raiders. Por gentileza, alguém anote a placa.




E no domingo, às 16h, Dragons e Sea Eagles fecham a primeira rodada das finais. Esse jogo terá um sabor de revanche e talvez vingança, já que no ano passado, após fazer a melhor campanha a exemplo deste ano, os Dragons foram eliminados pelo time de Manly. Acredito que domingão a história será completamente diferente, os Dragons, que possuem uma defesa impressionante, têm em Brett Morris, Matt Cooper, Jason Nightingale, Jamie Soward e Ben Hornby o quinteto que pode fazer a diferença e conduzir o time de Illawarra para a grande final.

Veremos!

Enquanto isso, a situação da AFL é a seguinte:

O Collingwood, que tem o brasileiro Harry O’Brien, fez a melhor campanha da fase classificatória e já está na preliminar da final (um estágio entre a semi e a final - coisa de anglo-saxão nascido no Outback). Eles aguardam o vencedor de Geelong e Fremantle, que se enfrentam nesta sexta às 19h45, no MCG. Podem cravar Geelong, o atual campeão, para ganhar com folga.



No sábado, às 19h20, o meu Sydney Swans, único time da cidade na competição, disputará o jogo da vida contra o Western Bulldogs, uma equipe marrenta com jogadores detestáveis. Será muito difícil, principalmente porque o jogo será em Melbourne, mas acho que os Swans consegum um feito heróico vencendo no finalzinho. Quem passar enfrenta o St Kilda, meu segundo time na liga, que na semana passada venceu o Geelong numa espécie de pré-semi-final-com-direito-a-repescagem (coisa de anglo-saxão nascido no Outback), e aguarda de camarote.



Os vencedores destas duas chaves, digamos assim, se enfrentam na grande final.

Sei que parece complicado, o regulamento das finais provavelmente foi feito pelo mesmo cara que faz o do Campeonato Carioca, o único torneio do planeta que 5 times jogam o quadrangular final, e o único do universo que um time foi tricampeão em 2 anos (o Flamengo em 1978/79). Mas no final dá tudo certo e vale a pena acompanhar os jogos, pois são batalhas homéricas. Que vençam os melhores (ou os times nos quais farei uma fezinha)!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Melbourne: Parte II - A Cidade



Três dias para conhecer uma cidade não é nada. Por outro lado, três dias, se bem aproveitados, é tempo de sobra para, ao menos, começar a ter uma idéia. Eu nunca havia visitado Melbourne até o final de semana passado, e achei sensacional. Mas claro, tem os seus problemas.



Sensacional porque é uma cidade cortada por um belo rio, o Yarra River, limpo (pelo menos parece ser), bem cuidado, sem mau cheiro e convidativo (não para nadar, mas para ficar nos arredores e até navegá-lo). Para quem viveu 26 dos primeiros 33 anos de vida em São Paulo (sendo 5 deles com vista para o Pinheiros), é algo sensacional ter um rio limpo dentro da cidade. Ainda mais tratando-se da segunda maior da Austrália.



Seria este o motivo pelo qual Melbourne é considerada a mais européia das cidades down under? Com certeza não, pois Perth, Brisbane e Hobart também são cortadas por rio.



A referência à Europa talvez seja pelas construções vitorianas, as mais fiéis e elaboradas ao estilo inglês de toda a Austrália, ou talvez pelo clima frio aliado aos bares e restaurantes, muitos deles à beira do próprio Yarra ou em ruelas estreitas e escondidas, todos muito charmosos e servindo boa comida e ótimos vinhos das regiões do Yarra Valley, Mornington Peninsula e Geelong, entre outras de Victoria. Passaria horas neles (aliás, passamos!).



Já St. Kilda é o bairro para se hospedar. Ou morar! A uns 20 minutos do centro, é onde está St. Kilda Beach, pedaço da costa que os moradores chamam de praia mas, na verdade, é uma baía.



A atmosfera do bairro é única. Acland Street, por exemplo, é uma espécie de Hall Street de Bondi, porém bem mais aculturada, com muito menos "artistas" e um contingente feminino mais interessante (incluindo a garçonete mais gata dos países não-nórdicos). A Acland, assim como a Fitzroy Street, merece uma caminhada a pé com parada em todo santo café, bar ou restaurante.



Já St. Kilda Beach é o local para praticar esportes, tomar sol, visitar a feirinha de artes e esquisitices que rola aos domingos e, claro, passar uma tarde tomando cerveja no beer garden dos hotéis ou nas varandas dos bares, enquanto ouve uma sonzeira ao vivo de frente para o mar (ops, pra baía).



Falando em som ao vivo, o grande barato de Melbourne é pegar todos os guias, tudo que se fala sobre a cidade - incluindo este blog - e deixar em casa. A cidade é repleta de bibocas, lugares pequenos onde você não dá nada ao passar pela porta, mas lá dentro rola uma música lascada ou uma comida incrível. O negócio é fuçar e descobrir.

Em off
Lembrem deste nome: Claypot.

Esporte é outra paixão e vocação da cidade. Todo mundo se lembra das Olimpíadas de Sydney 2000, mas não são todos que sabem que a primeira olimpíada no país foi disputada em 1956, em Melbourne.



Na semana que estávamos, além da final do futebol, tristemente relatada no post anterior, começaria o Australian Football Rules (AFL), modalidade número um do sul do país disputada em um campo oval e jogada com os pés e as mãos, cujo objetivo é fazer pontos chutando para um gol que é misto de trave de rugby com a do nosso futebol. Complicado? Nem tanto! O templo sagrado deste esporte e também do cricket em toda Austrália é o MCG (Melbourne Cricket Ground).

A cidade também já estava vivendo o clima da Fórmula 1, que começaria no final de semana seguinte (hoje). Mas, pra mim, o ápice esportivo é mesmo em janeiro, com o Australian Open de tênis que acontece no Melbourne Park, complexo que inclui a Rod Laver Arena, outro templo do esporte. Ainda assistirei umas partidas in loco.



Aliás, amo Sydney e por mim viveria aqui para sempre. Mas adoraria passar uma temporada "sabática" em Melbourne, chegando dia 1 de janeiro e ficando até 31 de dezembro. Neste período, iria em cada festival que rolasse na cidade, seja esportivo, artístico, gastronômico, enfim, viveria um ano em Melbourne conhecendo não só a cidade como o estado de Victoria inteiro, que por ser o segundo menor do país, não seria tão difícil.



Mas nem tudo é perfeito. Conforme dito no começo, a cidade tem alguns problemas.



O primeiro deles é a ausência de schooner. Sim! Uma cidade sem este copo pode se tornar inviável. Em Sydney, em qualquer pub que se vá, você sabe que pagará entre $4.50 e $6 num copo de cerveja de 425ml, a schooner. Lá só tem a pot, de 285ml, que seria a nossa middy, custa uns $4 e não dá nem para o cheiro; e a pint, o copão clássico de 568ml, mas que não sai por menos de $8. Só achamos schooner em um pub, num total de 147 que fomos. Ou seja, falência à vista!



O segundo problema é o clima. Não só por ser mais frio, o que não chegaria a ser um graaande problema, mas pela mudança constante de temperatura. Pô, meu, sou paulistano e sei bem o que é sair de manhã com vários casacos, ficar praticamente pelado na hora do almoço, começar a espirrar a partir das 17h e chegar em casa à noite querendo ir direto para o cobertor. Mas lá a alternância não pára. Em 4 horas sentado num pub ao ar livre, tirei e coloquei o casaco umas 14 vezes, sem exagero. As vezes eu não sabia se estava suando de calor ou se já era a febre por conta do frio.



E por último, mas não menos importante, temos os trams, os famosos bondinhos de Melbourne. Eu sei, fazem parte do DNA local, é a cara da cidade e tudo mais. Audrey e Ju, não se ofendam! Mas que eles são lentos demais, eles são, e que param a cada 15 metros, ah, eles param. Principalmente porque as ruas do centro são todas quadradas, e assim é esquina com farol demorado atrás de esquina com farol demorado, além de 4 paradas entre uma esquina demorada e outra. Perceberam a encrenca? Queria ver o que seria desses trams em Brasília, sem esquinas.



Parte III em breve com "O Jantar".