quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Princesão dos cartazes rodoviários

Este post é em homenagem às minhas amigas do blog Essa Até Deus Duvida.

Ontem pela manhã, na Barrenjoey Rd, rodovia que liga Avalon e Palm Beach à Sydney, um cara espalhou alguns cartazes no acostamento.



Romântico, o primeiro dizia (em tradução livre para o português):

Jennifer, você casa comigo?

Não tenho dúvidas de que o princesão da Barrenjoey Rd derretou o coração da moça.

Porém, na sequência, ele muda "um pouco" o discurso:

Brincadeira, estamos terminando.

Se havia derretido o coração, agora também derreteu a cabeça. De ódio!

Um pouco à frente, outro cartaz:

Você tem 6 dias pra ir embora.

É o chamado "sangue nosóio".

Os cartazes já foram retirados, mas as dúvidas permanecem:

1. Quem é a tal da Jennifer?
2. Seria o princesão dos cartazes o mais recente corno das northern beaches?
3. Ou tudo isso não passa de brincadeirinha?

Meu veredicto: opção "b".

E vocês, o que acham?

Aliás, neste caso, como a vingança é um prato que se come frio (é isso mesmo?), eu não queria estar na pele do princeso!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Wolverine, James Bond e um bundão



Quarta-feira passada, na Broadway (a americana, não a nossa entre a Central Station e Glebe), os atores Hugh Jackman e Daniel Craig estavam no meio de uma cena intensa da peça A Steady Rain, quando um celular tocou (sim, ainda há cretinos que o deixam ligado).

Jackman parou de atuar, se dirigiu à platéia e pediu para a pessoa atender. O telefone continuou. Impaciente, ele falou: “Apenas desligue, não tem problema, a não ser que você tenha uma história melhor, queira subir aqui e contar pra gente.” O público, claro, caiu na risada e o aplaudiu. Os dois tentaram retomar, mas o telefone continuou. Constrangimento total e perigo.



Sim, perigo! A pessoa conseguiu, em pouquíssimos segundos, irritar o Wolverine e o James Bond. De uma só vez! Nem mesmo o Sabretooth e o Dr. No conseguiram tamanho feito.



Ainda bem que não era o meu celular!

Lembro que no início dos anos 90, quando os celulares começaram a aparecer e eram caríssimos (ou seja, só os barões e as “baroas” tinham), havia uma piadinha que era mais ou menos assim:



Sabe qual é a semelhança entre o celular e a celulite?
Resposta: todo bundão tem!

E era bem isso!

Clique aqui pra ver o vídeo.

domingo, 27 de setembro de 2009

Update esportivo

Este post é dedicado aos brasileiros recém-chegados na Austrália.

Neste final de semana, tivemos três grandes decisões de rugby, envolvendo dois tipos diferentes de rugby, que resultaram em um grande campeão.



Para que os recém-chegados não fiquem igual a mulher que não gosta de futebol em época de Copa do Mundo, ou seja, perguntando quem é o número 9 da seleção brasileira, e porque os jogadores usam as mãos para cobrar lateral e o pé quando o lateral é na "quina" do campo, segue uma geral no que aconteceu neste final de semana. E-que-final-de-semana!

Sexta à noite tivemos um derby: Parramatta Eels x Bulldogs. Parramatta é um subúrbio da área metropolitana de Sydney, uma espécie de São Bernardo do Campo em relação à São Paulo. E os Bulldogs são de Sydney.



O jogo foi válido pela semifinal do Rugby League, um dos 3 tipos de rugby mais populares na Austrália, o preferido nos estados de News South Wales e Queensland.

A exemplo do que aconteceu com o Santos no Brasileirão de 2002, quando ainda era no sistema de mata-mata, o Parramatta entrou no play-off por último, ou seja, em oitavo lugar, e de cara enfrentou o primeiro colocado. Desbancou o favorito! E na sexta venceu os Bulldogs - que fizeram a segunda melhor campanha - por 22 a 12. Partidaça!



Destaque para o fullback dos Eels Jarryd Hayne, 21 anos (foto acima). Rápido, habilidoso e do tipo que chama os adversários para o drible, ele lembra um pouco o Robinho naquele mesmo ano de 2002, quando a então promessa decidiu o campeonato para o Santos dando show (pena que ficou na promessa).

Com a vitória, os Eels garantiram presença na grande final que acontecerá no próximo domingo, no ANZ Stadium, o estádio olímpico de Sydney, contra o Melbourne Storm.



Eu não gostaria de enfrentar um time chamado Storm na semana seguinte à passagem de duas dust storm. Principalmente porque eles têm Billy Slater, na minha humilde (põe humilde nisso) opinião de sul-americano, o melhor jogador das finais até o momento.

O cara está simplesmente arrasador, tanto na defesa quanto no ataque, e, sem trocadilhos infames, não só faz chover como já provocou tempestade, ao marcar 4 dos 7 tries do Melboune na exibição de gala da semana passada, quando abriram as finais humilhando o Manly Sea Eagles por 40 a 12.



Ontem à noite, na semifinal contra o Brisbane Broncos, Slater (foto acima) conduziu o Melbourne a uma tranquila vitória por 40 a 10, e desembarcará em Sydney como favorito na decisão.

Torcerei para os Eels, apostarei nos Eels (10 doletas, só pra brincar - tchu-tchin), mas acho que vai dar Storm.

E ontem à tarde, em Melbourne, aconteceu a grande decisão do AFL, o rugby mais popular do estado de Victoria. Num jogo emocionante decidido somente nos minutos finais, o Geelong Cats, que esteve atrás do placar no final dos 3 primeiros quartos, cresceu na hora certa, pressionou e conquistou o título ao vencer o St Kilda Saints por 80 a 68.



Essa foi a terceira decisão de AFL que vi desde que cheguei na Austrália, e os Cats disputaram as três. Venceram em 2007 e 09, perderam em 08. Quase o mesmo aconteceu com o Melbourne Storm. Eles ganharam em 2007, perderam em 06 e 08 e, no próximo domingo, só Deus sabe o que vai acontecer.

Que vença o melh... (ops, que vença o Eels, já que colocarei 10 doletas neles - tchu-tchin)!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Bad news!

Não quero ser chato, pessimista ou alarmista, mas pelo que tudo indica, uma nova tempestade de poeira está a caminho.



Vinda diretamente do Outback, da parte localizada em South Australia, neste exato momento a caravana da asma está novamente tumultuando a vida dos moradores de Broken Hill - NSW (onde foi filmado o vídeo do post anteior). O aeroporto, por exemplo, já foi fechado.

Segundo os metereologistas, a exemplo da última quarta-feira, o dust storm deve passar por cidades nos estados de New South Wales e Queensland.

Não sei se é coincidência ou se é psicológico, mas o fato é que agora, 16h44, meu nariz está começando a me irritar. Como acabei de dar um tapinha na casa pra receber os gêmeos mais sensacionais da Oceania, talvez seja isso. Espero!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Quer brincar? Vai no Playcenter!

Ainda sobre o dust storm que rolou ontem em Sydney...

No final do meu texto, postei um videozinho filmado da minha casa. Piada! Brincadeirinha de criança! Vejam este abaixo, que impressionante!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O dia em que Sydney amanheceu alaranjada



Depois do "Dia em que Sydney parou", neste exato momento temos o "Dia em que Sydney amanheceu alaranjada - e sem exergar absolutamente nada".

Nunca vi nada igual. No melhor estilo Outback (o deserto, não o restaurante), após chuvas torrenciais e tempestades na noite passada, estamos assim desde às 4h30. O sol, dizem que deu o ar de sua imensa e calorosa graça às 5h45, mas, por ora, ninguém o viu.





As fotos foram tiradas um pouco depois das 6 da manhã da sacada do Château Elle Macpherson, o apartamento onde moro, e só agora, quase 7 horas, ouvi os primeiros pássaros (mas eles já se calaram novamente). As chapas ensolaradas, claro, são de dias normais, sem invasões alienígenas.

Na verdade, o que temos é uma tempestade de poeira que resultou neste fenômeno (batizaremos de Dia Nacional da Asma). Consequentemente, a cidade está um caos, os vôos atrasados nos aeroportos, as ferries fechadas, os pássaros mudos, a deusa loira do carro verde conversível ainda não foi trabalhar e eu estou aqui atualizando o blog, em vez de dormindo.

Mas tudo em nome do jornalismo laranja!





E como estou num momento musical do blog, quero tranquilizá-los com as sábias palavras de um ex-ministro:

Não é Natal / Nem ano bom / Nem um sinal no céu / Nenhum armagedom / Nenhuma data especial / Nenhum ET brincando aqui / No meu quintal




O vídeo está um pouco trêmulo, pois estamos falando de 6 horas de uma manhã com tempestade de poeira, após noite de drinks no Château.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O dia em que Sydney parou (viva o call sick)

Duas festas fizeram o domingão dos brasileiros em Sydney.

By Carol Favero


Primeiro, durante todo o dia, foi o 9th Ritmo Brazilian Festival, em Darling Harbour. Organizado pelo BraCCA, o festival juntou cerca de 15 mil pessoas (eu contei 15.543, mas posso ter esquecido alguém), e foi bem bacana.

By Carol Favero


Na sequência, a Fibra, juntamente com a Sollarium, mais a Ozzy Study Brazil e outras empresas, fizeram a We Love Brazil, festa que reuniu cerca de duas mil pessoas na Home, também em Darling Harbour. A casa (sem trocadilhos) simplesmente bombou!

By Carol Zatt


A consequência foi um recorde histórico de call sick nesta manhã. É verdade! O call sick é uma instituição local que foi rapidamente incorporada pelos brasileiros na Austrália.

By Carol Zatt


Ele nada mais é do que aquele telefonema em cima da hora, em geral feito da cama (nos dias de semana) ou da praia ou churrasco (aos finais de semana), dizendo ao boss que está muito doente e é impossível ir ao trabalho.



No melhor estilo Raulzito Seixas na Ozzyland, o que tivemos nesta segunda-feira foi mais ou menos assim:

O australiano não foi tomar café,
Pois sabia que a garçonete brasileira não estava lá
E o kitchen hands brasileiro não foi para o café
Pois sabia que o chef brasileiro também não estava lá
O professor não foi lecionar,
Pois sabia que os estudantes brasileiros não estavam lá
E os estudantes não foram estudar
Pois sabiam que os professores brasileiros não iriam acordar

No dia em que Sydney parou (Êêê)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou

Dona de casa não saiu pra comprar pão
Pois sabia que o baker brasileiro também não tava lá
A madame não saiu para se arrumar
Pois sabia que a manicure brasileira também não tava lá
E a saidinha não foi se depilar
Pois sabia que o brazilian wax não iam aplicar
E as agências de intercâmbio não puderam funcionar
Pois todo o staff brasileiro ainda estava a festejar

No dia em que Sydney parou (Êêê)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou

Os restaurantes tiveram que fechar
Pois não tinha motorista brasileiro para a carne entregar
E a function não pôde começar
Pois não tinha brasileiro para circular
O avião da Qantas não pôde pousar
Pois não não tinha brasileiro, ali pra sinalizar
E o doutor não foi trabalhar
Pois mesmo com tanto call sick não havia ninguém pra medicar

No dia em que Sydney parou (Êêê)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou

Agora todo mundo junto!



domingo, 20 de setembro de 2009

Um (f***ing) dia de fúria



Quem proferiu as seguintes frases em pouco menos de 15 segundos?

I don't care what you f***ers think!
You can get f***ed!
Don't you f***ing understand?

a) Samuel L Jackson antes de apagar um nigger mother f***er em Pulp Fiction

b) O tal do Kanye West, bêbado, estragando alguma premiação da MTV

c) Tommy Lee tomando café da manhã romântico com a Pamela Andreson

d) Kevin Rudd, primeiro-ministro da Austrália, em seu gabinete, no Parlamento



Se você optou pelo alternativa "d", a sua resposta está eeeeeee... xata!

Para os alunos do Objetivo Santo Amaro: em testes de múltipla escolha, se você não sabe a resposta, chute sempre "d" (em último caso, se estiver errada, o Marquinhos te passa).



Educado, poliglota (fala até mandarim fluente) e muitas vezes chamado de nerd pela imprensa local, Kevin Rudd, nosso primeiro-ministro, foi o autor dos impropérios acima.

Há duas semanas, Rudd recebeu um grupo de líderes do seu próprio partido, o Labour Party, em Canberra (incluindo 3 mulheres). O assunto em pauta era uma questão seríssima: o corte de $25,000 nos gastos em impressos.

Descontentes com a restrição ao Xerox e às impressoras governamentais, eles tentaram argumentar o contrário. O primeiro falou, o segundo cutucou e o terceiro insistiu. Quando chegou a vez do quarto, o senador David Feeney, Rudd explodiu e soltou, primeiro para todos:

I don't care what you f***ers think!

Depois, específico para o senador:

You can get f***ed! Don't you f***ing understand?

É por isso que eu amo a Austrália!

Aqui, problema de soberania nacional que faz o nosso pacato primeiro-ministro perder a cabeça é verba pra impressão.



Nada como um país que funciona!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Brazilian Day e os 3 tipos de brasileiros na Austrália



Importante:
Se você é daqueles que pagam pra ficar longe de brasileiros, mantenha-se a, pelo menos, 10 km de distância de Darling Harbour, em Sydney, no próximo domingo.



Podemos dividir os brasileiros na Austrália em 3 categorias: os que odeiam brasileiros, os que só andam com brasileiros, e o caminho do meio.

Os que odeiam brasileiros, em geral, são mal-humorados e levemente arrogantes. Eles acham que ter nascido no Brasil foi um acidente de percurso, uma falha Divina, e fazem de tudo para não interagir com os conterrâneos. Pior! Sempre tentam disfarçar a origem, mas os traços luso-indígena-ítalo-tupiniquim não deixam enganar. Ah, e são os primeiros a procurar um brasileiro quando a coisa aperta.

Os que só andam com brasileiros são aqueles que, no fundo, não querem nada com nada. Vivem exatamente como viviam no Brasil, fazem as mesma brasileirices que faziam no país, acham que todo mundo é obrigado a ouvir o pandeiro desafinado a qualquer hora, em qualquer lugar, e, em sua grande maioria, queimam o filme por aqui.

Eu sou o caminho do meio, a exemplo de grande parte dos brasileiros de bem. No melhor estilo búdico, o caminho do meio não perde as raízes, convive muito bem com os conterrâneos, mas também está ligado na cultura australiana e na convivência com os outros estrangeiros (quase ¼ da população) que vivem aqui. É a mistura da feijoada com o fish n’ chips, da Tooheys New com a caipirinha, do futebol com o Rugby League e, claro, do cabelo moreno com os olhos azuis (biônicos no caso das “suécias”).

Mas o que isso tem a ver com o domingo?



Bem, no próximo domingo, 20 de setembro, vai rolar em Darling Harbour o 9th Ritmo Brazilian Festival. Das 11 da manhã às 6 da tarde, terá apresentação de bandas nacionais, grupos de capoeira e dança, além de barracas com feijoada, pão de queijo, brigadeiro, Guaraná e outras delícias. São esperadas mais de 25 mil engenheiros (ops, pessoas), entre brasileiros, australianos, kiwis, latinos em geral, européias que estão chegando pra fugir do inverno e asiáticas que vivem nas redondezas e amam o Kaká.



E a partr das 17h, ali mesmo em Darling Harbour, na Home, vai rolar a festa We Love Brazil. Com 2 lounges, 3 palcos, 4 bandas (entre elas Samba Australia e Pisa na Fulô) e 15 DJ’s, são esperadas 2 mil pessoas. Para garantir o ingresso a $10, basta passar em uma das agências da Ozzy Study Brazil. Na porta custará $20. Já o Ritmo Brazilian é de graça, na faixa, no vasco, você só paga o que consumir.

Nos vemos lá!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O bem dotado homem from Bangkok

Sexta-feira, no aeroporto de Melbourne, um homem vindo de Bangkok foi preso com 7 mil tabletes de esteróides. Detalhe: estava tudo na cueca.

O “pacote”, obviamente, chamou a atenção dos oficiais do aeroporto.

Se entrar na Austrália com alimentos ou coisas do tipo já é complicadíssimo, pois eles são absolutamente neuróticos em relação à fronteira (ou à falta dela), imaginem com 7 mil tablóides ilegais na cueca.



O cara achou que seria fácil dar uma de Lírio, mas rodou!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O maior campo de golf do mundo

Logo mais, em 22 de outubro, vai ser inaugurado na Austrália o maior campo de golf do mundo, o Nullarbor Links. Com 1365 km, o campo cruza dois estados, entre as cidades de Kalgoorie, em Western Australia, e Ceduna, em South Australia. Cada um dos 18 buracos está em uma cidade diferente, e a distância média entre um buraco e outro são 66 km.



Com tamanha grandiosidade e se tratando de Austrália, não preciso dizer que a idéia surgiu com uma botejinha. É verdade! Alf Caputo e Bob Bongiorno, de saco cheio de viverem no meio de uma estrada imensa sem nada pra fazer, idealizaram o projeto enquanto tomavam um vinhozinho tinto. Nada mal!



É óbvio que ninguém fará os 18 buracos em um dia. A idéia é viajar até lá, se hospedar pela região e ir jogando aos poucos. Em 4 dias é possível completar tudo. Alguns buracos estão em campos de golf já existentes que acabaram sendo incorporados ao Nullarbor Links. Outros foram construídos especialmente para o projeto.

Ocupando áreas que vão do Outback ao litoral, ao longo do percurso pela Eyre Highway é possível ver animais típicos como cangurus, wombats, camelos e, acreditem, até baleias, as grandes estrelas do buraco 5.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Mais uma do gordinho arrogante



O gordinho que pensa ter o rei na barriga (sem trocadilhos), não aprende. Kyle Sandilands, co-"estrela" do The Kyle and Jackie O Show, programa de rádio que até pouco tempo era um dos líderes de audiência, viu o reinado começar a ruir há pouco mais de um mês quando fez uma pergunta cretina em um quadro imbecil de seu programa.

O show perdeu anunciantes e foi suspenso por algum tempo, enquanto ele e a co-apresentadora Jackie O foram bombardeados por todos os lados, perdendo não só ouvintes, como também credibilidade. O programa ainda está no ar, mas já não é a mesma coisa.



Pois bem, ontem ele novamente se meteu em confusão ao comentar sobre a comediante Magda Szubanski, uma gordinha que perdeu 25 kg (quase um 1/4 de seu peso) em uma batalha pública documentada diariamente pelos jornais, sites e revistas daqui.

Fazendo as piadinhas sem graça de sempre, Kyle, que definitivamente não está entre as 10 personalidades mais fit da Austrália, disse que ela deveria continuar a campanha e emagrecer mais. Quando Jakie O, sua parceira, falou que talvez Magda não conseguisse por conta da estrutura de seu corpo, ele emendou dizendo que isso é o que todo gordo fala, e era só colocá-la em um campo de concentração que ela perderia peso e ficaria magra.



Detalhe: Magda Szubanski é de origem polonesa, um dos países que mais sofreu nos campos de concentração nazista. Não preciso dizer que o programa perdeu mais anunciantes e foi suspenso por mais duas semanas pelo dono da emissora.

O mundo, depois que entrou na onda do politicamente correto nos anos 90, perdeu muito da graça? Sim! Mas um pouco de bom senso não faz mal a ninguém.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

7 de setembro – Um pití histórico

Texto publicado na edição 6 da Radar Magazine.



Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon. Não, esta não é a escalação do poderoso time do Bangu campeão carioca de 1933, mas o nome completo de ninguém menos do que Dom Pedro I, o primeiro imperador do Brasil (1822-1831) e principal símbolo da proclamação da nossa independência (não por acaso o nosso país é tão enrolado).

A independência do Brasil é comemorada em 7 de setembro, dia em que Dom Pedro I, filho de Dom João VI, então rei de Portugal, e Carlota Joaquina, aquela mesmo do filme da Carla Camurati, proferiu a célebre frase: “Independência ou morte”. O ano era 1822 e ele viajava de Santos para São Paulo quando um mensageiro lhe entregou algumas cartas. Uma delas era de papai, com ordens para que retornasse imediatamente para Portugal, caso contrário, haveria uma ação militar contra o Brasil. Percebendo que a vaca iria para o brejo, em um pití histórico, ele, que estava às margens do rio Ipiranga, ergueu a espada justiceira e soltou o que entrou para a história com o Grito do Ipiranga.



Os problemas entre Brasil e Portugal se agravaram muito a partir de 1808, quando a Corte Portuguesa foi transferida para o Rio de Janeiro, levando cerca de 15 mil pessoas (praticamente uma function além-mar). Com a elevação do Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves, e o enfraquecimento de Portugal por conta das ameaças francesas, espanholas e do descaso inglês, em 1820 eclodiu a Revolução Liberal do Porto, que exigia a volta da Família Real à Portugal. No ano seguinte, o rei Dom João VI não aguentou as pressões e retornou, deixando seu filho Dom Pedro I como Príncipe Regente do Brasil.

Os problemas continuaram e Portugal decidiu rebaixar o Brasil para a condição de colônia (algo como ser mandado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro no tapetão). Pra isso, invalidaram o título de Príncipe Regente e exigiram que Dom Pedro I voltasse à metrópole. Ele, porém, não acatou as ordens e, em 9 de janeiro de 1822, teve o seu primeiro chilique oficial, quando bateu o pé e gritou: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico”, consagrando a data como o “Dia do Fico”. Se fosse hoje, nosso governo diria que Dom Pedro I é luso-brasileiro e não desiste nunca.

A proclamação da independência foi apenas o desfecho destes e de tantos outros fatos que vinham se desenrolando. O importante é que no episódio de 7 de setembro, ao lado de Dom Pedro I estava o seu amigo, jornalista e poeta Evaristo da Veiga, que esboçou algumas linhas sobre o ocorrido e compôs a letra do Hino da Independência (famoso entre as crianças como Hino do Japonês: “Já podeis da Pátria filhos / Ver contente a mãe gentil / Já raiou a liberdade / No horizonte do Brasil...”). No mesmo dia, o próprio Dom Pedro I, notório tocador de piano, flauta, violão, fagote e trombone, entre outros instrumentos, musicou a letra. Era a nossa história sendo cantada às margens plácidas do Ipiranga, praticamente com um banquinho, um violão e a espada justiceira.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

After Party no Coogee Bay




Pra quem acha que o domingão acaba depois do Father's Day no Centennial Park, esqueça! Saindo do Brazilian Fields (mundialmente conhecido como CT dos Canarinhos), a festa continua no Coogee Bay Hotel com a Beach Samba Party.

O Coogee Bay todo mundo sabe, é de frente pra praia, tem muita gente bonita e rola aquela lambança de sempre. A festa, organizada pela Baluart 03 Productions (do meu chapa Balu), e com patrocínio da Ozzy Study Brazil (a empresa para qual trabalho), terá como atração principal o Samba Australia, banda que não tem nem um ano e já está arrebentando por aqui (os homens estão com a agenda cheia até dezembro).



O ingresso custará $5 para as mulheres (antes das 18h elas entram na faixa), $10 para os cuecas (a qualquer hora) e a caipirinha de Sagatiba estará somente $5. Ou seja, segunda-feira tem call sick!

Nos vemos lá!

Quem: Beach Samba Party
Quando: Domingo, 6 de setembro, das 16h às 22h
Onde: Coogee Bay Hotel (Selina's) - Coogee - Sydney
Quanto: $5 mulher (free antes das 18h) e $10 homem

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Dia dos Pais no Brazilian Fields Centennial Park

Seguindo a linha do post anterior, não é apenas a primavera que segue o estilo micareta por aqui, ou seja, fora de época. Mas o Dia dos Pais também.



É verdade! A maioria dos países que celebram o Father’s Day, o faz no terceiro domingo de junho, incluindo aí Argentina, Chile, África do Sul, França, Holanda, Estados Unidos, Irlanda, Japão e Malásia.

Outros países como Portugal, Espanha, Itália, Andorra, Bolívia, Honduras e a minha saudosa Liechtenstein comemoram em 19 de Março, dia de St Joseph, o popular São José de Nazaré.



No Brasil, como sabemos, a data é celebrada sempre no segundo domingo de agosto. Já na Austrália...

Bem, certamente por razões que só os nativos do terceiro continente à sua escolha conhecem, por aqui e na vizinha Nova Zelândia o Dia dos Pais é comemorado no primeiro domingo de setembro, dia 6 este ano.



E já que se trata do próximo, nós, do Sydney Brazilian Social Club, mais conhecido como Canarinhos, faremos uma grande festa no nosso campo, o Brazilian Fields Centennial Park (veja mapa no link abaixo).

Se você estiver em Sydney, apareça! A festa será das 10 da manhã às 4 da tarde, e além da tradicional pelada (futebolisticamente falando), teremos muita cerveja, refrigerante, churrasco e, claro, um especialíssimo e delicioso feijão tropeiro preparado pela Mana.



Isso mesmo! Feijãozinho da tropa 100% tupiniquim. Traga a família, os amigos, os flatmates gringos e venha passar um domingão ensolarado no melhor endereço brasileiro de Sydney: o Brazilian Fields Centennial Park.

Who: Father's Day 2009
When: 6th September - 10am to 4pm
Where: Brazilian Fields (field number 7) - Centennial Park - Sydney
Entry: Free

QUEM ESTIVER NA CIDADE E NÃO FOR, NÃO VAI PARA O CÉU!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O Princesão e a Primavera na Austrália

Lembram do Princesão do QVB, o australiano que está em frente ao Queen Victoria Building, em Sydney, cobrando $1 por beijo?



Então, na maioria dos países do hemisfério sul, a primavera começa em 22 de setembro e vai até 21 de dezembro, período que astrologicamente vai do equinócio de setembro ao solstício de dezembro (algo sim).

Não sei se por alguma lógica anglo-saxônica ou qualquer outro motivo, a Austrália, que tem o Cruzeiro do Sul na bandeira e como um de seus principais símbolos pátrios, simplesmente ignorou esta história de equinócio, solstício, plutão na casa 4 e, mesmo sendo um país austral (o próprio nome vem de terra do sul), decidiu que a primavera e todas as outras estações do ano começariam no primeiro dia do respectivo mês.



Assim, hoje, primeiro de setembro, mesmo sem os animais e as plantas terem sido avisados, entramos oficialmente na primavera.

E, na frente do Queen Victoria Building, na hora do almoço, Lachlan Christie, o princesão do QVB, além da plaquinha "Kisses $1", também segurava outra com a palavra "Spring", enquanto dançava um som aborígene com batidas eletrônicas que havia ligado de fundo.

Fi-gu-ra-ça!



Ah! E não por acaso, hoje é o dia da Golden Wattle, a flor nacional da Austrália. Para vê-la em Sydney, vá ao Botanic Gardens.