quarta-feira, 29 de abril de 2009

Somewhere over the rainbow



Aqui em Sydney é assim, basta uma boa chuva seguida de uma ligeira abertura de sol, que os duendes aparecem. Em especial os intrépidos leprechauns, aqueles seres verdes e barbudos que tomam conta dos potes de ouro no pé do arco-íris (está certo "pé" do arco-íris? Acho que não!).

Enfim, não sei se por residir um enorme contingente de irlandeses por aqui, mas o fato é que choveu, fez sol, aparecem os duendes - como vocês podem ver na foto abaixo. Caso não estejam visualizando, olhem fixamente pelos próximos 3 minutos. Se eles não aparecerem, ao menos serão contabilizados bons minutos de audiência para o blog (tchu-tchín!).



Nada como a magia dos intrépidos leprechauns!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Hugh Jackman, Twitter e um estagiário aspirante a roteirista



E não é que o ator australiano Hugh Jackman, o popular Droverine, conquistou de vez Hollywood? No começo desta semana ele esteve por aquelas bandas deixando suas pegadas e dando uma espalmada na calçada da fama. O homem, que já havia apresentado a cerimônia do Oscar no início do ano, agora cimentou para sempre seu lugar na calçada mais fotografada do mundo.

Aproveitando que está nos Estados Unidos, Jackman poderia passar um pito geral no seu staff, em especial no estagiário aspirante a roteirista, por conta de uma gafe que pegou mal por aqui.

O problema aconteceu quando ele esteve em Sydney há duas semanas promovendo X-Men Origins: Wolverine. Seguindo a onda das celebridades que aderiram ao Twitter (se você não sabe o que é, clique aqui), Hugh Jackman foi almoçar na Sydney Harbour, quando telefonou para o seu escritório nos Estados Unidos e pediu para postarem no Twitter onde ele estava e o que estava fazendo.



O estagiário aspirante a roteirista publicou:

"Having lunch on the harbor across from the Opera Center. Loving life!"

O que era para ser uma simples mensagem escrita pelo próprio ator, acabou sendo uma grande dor de cabeça.

Em primeiro lugar, ele não estava na harbor, e sim na harbour (com “u”), mas até aí tudo bem, poderia ser erro de digitação. O que pegou mal mesmo foi chamar a mundialmente famosa Opera House, um dos principais ícones do país natal do Droverine, de Opera Center. A imprensa daqui caiu matando e ele precisou adimitir que quem escreve seus posts no Twitter são os “ingenheiros” (tipo Didi pro Mussum) do seu staff nos Estados Unidos, e não ele.

Cornetaram tanto, que dias depois ele usou o próprio Twitter para doar 100 mil dólares para a instituição de caridade que, através das 140 palavras (ou menos) da ferramenta, o convencesse que merecia o dinheiro (tchu-tchin!). Ou seja, no melhor estilo Hollywood, nada como despejar alguns dólares para consertar a lambança de um estagiário aspirante a roteirista.



A propósito, impressão minha ou o teto da Opera House tem um "q" de Wolverine?

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Comprando vinho (australiano) na Austrália

Matéria minha publicada na edição 4 da Radar Magazine, disponível aqui em Sydney, na Gold Coast e em Brisbane.



Se você, toda vez que vai comprar um vinho, fica horas olhando para aquela infinidade de garrafas e acaba levando o mesmo de sempre por receio de escolher um desconhecido que não agrade, aqui vai um mini-roteiro para facilitar a sua próxima ida a um bottleshop ou loja especializada.

A Austrália conquistou o seu espaço no cenário mundial produzindo vinhos de qualidade com preços acessíveis. Claro, tem os “canhões” que custam $100, $200, $1000, e são espetaculares, assim como as “bombas”, que são baratíssimas e proporcionam grandes dores de cabeça. Mas a partir de $8, $10, é possível achar vinhos honestos, que são bons e fáceis de serem bebidos; desembolsando $15, $19, há vinhos muito bons; entre $20 e $25, há ótimos vinhos; e, acima disso, você corre o risco de encontrar a felicidade engarrafada.



Branco ou tinto?
Se entrar na loja sem a menor idéia do que quer, o primeiro passo é definir entre branco e tinto. Existem outros tipos como rosé, espumante, fortificado e de sobremesa, mas não vamos complicar. O branco é ideal para dias quentes, enquanto o tinto é perfeito para épocas mais amenas ou frias (tintos leves na primavera e outono, e tintos mais encorpados no inverno). Uma vez difinido o tipo, é hora de escolher a uva. Entre as que se deram melhor nos solos australianos, destaquemos 3 brancas e 3 tintas.

UVAS BRANCAS

Chardonnay

Branca mais popular do mundo, ela varia bastante de acordo com o clima. Nas regiões mais frias da Austrália produz vinhos leves e frescos, nas quentes vinhos complexos e untosos. Os aromas e sabores variam de frutas cítricas e tropicais como pêssego, melão, pêra e abacaxi, a toques amadeiradas e amanteigadas. Melhores regiões: Adelaide Hills, Yarra Valley e Mornington Peninsula (frias), Hunter Valley e Margaret River (quentes). Experimente: Brookland Verse 1 Margareth River 2006.



Semillon

Semillon na Austrália é sinônimo de Hunter Valley. Ou seria o contrário? Quando jovem, ele é um vinho fresco e vibrante, com sabores e aromas herbáceos e de frutas como lima, manga e pêssego. Com o tempo, envelhece muito bem e adquire características mais complexas de tostado e mel. Tem Semillon que só chega ao seu auge após 10 anos na garrafa, o que não é comum entre os brancos do dia-a-dia. As regiões de Margareth River e Barossa também produzem ótimos exemplares. Experimente: Brokenwood Hunter Valley 2007.



Riesling
Uva que encontrou o seu lar perfeito nas regiões frias da Alemanha e no norte da França (Alsácia), por aqui a Riesling se deu bem em South Australia, nas regiões do Eden Valley e, principalmente, Clare Valley. Vinho para ser tomado jovem, quando é bastante fresco, cítrico e elegante, trazendo lima, maracujá e maça-verde na cara do gol, além de aromas florais. Ele não envelhece tão bem e por tanto tempo quanto a Semillon, mas segura alguns anos na garrafa ganhando complexidade e evocando notas de tostado e mineral. Experimente: Leo Buring Eden Valley 2007.



Outras brancas de destaque: Sauvignon Blanc e Viognier.

UVAS TINTAS

Shyraz
Em poucos lugares do mundo a Shiraz encontrou um lar tão perfeito quanto na Austrália. Conhecida como Syrah no resto do planeta, ela é a tinta mais plantada e facilmente encontrada no país. Penfolds Grange e Henschke Hill of Grace são os dois melhores vinhos já produzidos em terras australianas. Ambos são feitos com a Shiraz e em Barossa (SA), onde os vinhos são ricos e encorpados, com textura aveludada e forte presença de frutas vermelhas maduras e frutas negras. Também apresentam toques herbáceos, de chocolate e menta. Outra espetacular região é o McLaren Valley. Experimente: Grant Burge Miamba 2006.



Cabernet Sauvignon
Se a Chardonnay é a branca mais popular do mundo, a Cabernet Sauvignon é a tinta. Uva que se adapta fácil a diferentes lugares, ela proporciona vinhos encorpados e elegantes que trazem frutas maduras, toques de chocolate, tabaco e madeira, algo herbáceo e uma pimentinha característica ou hortelã. As duas melhores regiões são Coonawara (SA) e Margareth River. Os Cabernets são vinhos que podem ser bebidos jovens, mas tem estrutura de sobra para envelhecer por muitos anos, tornando-se mais macios e complexos. Experimente: Flint’s of Coonawara Gammon’s Crossing 2005.





Pinot Noir
Uva clássica da região da Borgonha (França), é responsável por alguns dos melhores e mais caros vinhos do planeta como o mítico Romanée-Conti. A Pinot Noir é uma uva difícil, não se adapta a qualquer solo ou clima, mas quando isso acontece, faz vinhos delicados, elegantes, ricos, com forte presença de frutas vermelhas, muitas vezes negras, notas florais (violeta) e amadeiradas, algo de baunilha, caramelo, eucalipto e até uma pimentinha. Tão difícil quanto plantá-la, é comprar um Pinot com bom preço e pronto para ser tomado. Isso porque ele precisa envelhecer alguns anos para que seus aromas e sabores se revelem. Tente um do Yarra Valley ou de Mornington Peninsula da ótima safra 2004, ou da Tasmania 2005, as melhores regiões. Experimente: De Bortoli Gulf Station Yarra Valley 2007.




Outras tintas de destaque: Grenache e Merlot.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Camarada Pablo



Ontem, pela primeira vez desde que cheguei na Austrália, trabalhei como peão. É verdade! Por aqui, estudante internacional só pode labutar legalmente até 20 horas por semana, exceto nos períodos de férias, quando é ilimitado. Como temos algumas semaninhas de pausa a cada três meses, é hora de aproveitar para faturar. Ainda mais em tempos de crise mundial, quando só não vale vender o corpinho.

Fui a uma mansãozinha em Rose Bay como assistente do meu amigo de décadas Cadinho, que por sua vez era assistente de um russo gente fina especializado em reformas. O caso era simples. O barão, o dono da mansãozinha, deixou umas caixas armazenadas na garagem, em cima de uma bancada alta de madeira. Como estavam próximas das luminárias, numa certa noite as caixas esquentaram demais e pegaram fogo. Por sorte, as duas BMWs e uma terceira nave não-identificável não foram atingidas, mas o forro, o teto e as paredes ficaram totalmente flambadas.

Nossa missão era destruir o resto do forro, limpar o tostado das paredes e colocar um novo teto. Coisa simples! Principalmente sob o comando dos “ingenheiros” (falando estilo Didi Mocó) russos, espécies de Kasparovs da construção civil com lampejos de Sputnik.



O problema de trabalhar com russos, é o fato de que quando eles conversam entre eles – obviamente em russo – não se sabe se estão brigando, xingando as respectivas mães, discutindo se o comunismo ainda é o melhor sistema, quais os melhores rumos para o partidão ou conspirando para assassinar o nosso primeiro-ministro. É sério! Por sorte, não faço a barba há umas semanas e assim eu era uma espécie de companheiro Pablo versão camarada de Cuba (quase um sobrinho do Fidel), o que ajudou a me ambientar por lá.



E fiquei ainda mais em casa quando chegou um dos eletricistas. O cara era igualzinho ao Ritchie (aquele mesmo, do clássico Menina Veneno). Como grande oitentista que sou, comecei a lembrar do Gorbachev, da Perestroika, guerra fria, Ronald Reagan, Colosso do Playcenter e, quando me dei conta, a mansãozinha de Rose Bay já havia ganho um forro novo, e eu, graças ao bom Deus vivendo na Austrália, estava indo pra casa com 100 doletinhas no bolso e a dúvida se tomava um shotzinho de vodka ou rum.

Hay que faturar sin perder la ternura jamás!


quarta-feira, 15 de abril de 2009

Twitter and Shout

Acompanhando as últimas tendências do planeta, estou navegando sob as águas da crise mundial, pensando em virar pirata e manchetando no Twitter.




Se você não faz a menor idéia do que seja o Twitter, entra lá, dá uma fuçada e descubra, pois também estou desvendando. Meu endereço é http://twitter.com/pablonacer. Caso já esteja, let's twitter and shout!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

O alquimista princesando em Melbourne



E não é que o alquimista tentou fazer princesice aqui na Austrália? É verdade! Sir Richard Branson, o dono da Virgin, o homem de 6 bilhões de dólares, conhecido por transformar tudo o que toca em ouro, tentou “dourar” a modelo (e provavelmente atriz) de 24 anos Jessica Michibata.

Há pouco menos de um mês, no badalado restaurante Nobu, em Melbourne, horas antes de anunciar que a Virgin patrocinaria a equipe Brawn GP na temporada 2009 de Fórmula 1, Branson, com algumas champagnes na cabeça, tentou se engraçar com a modelo, namorada de Jenson Button, piloto número 1 da equipe.



Button, claro, não gostou e foi tirar satisfação. Apesar da confusão, Branson acabou não princesando com a modelo e ainda anunciou o patrocínio.

Resultado: Jessica Michibata ainda é uma mera (e bela) modelo de lingerie, enquanto a equipe patrocinada pelo bilionário lidera o campeonato com duas vitórias de Button, incluindo uma dobradinho em Melbourne que teve até Rubinho Barrichello na segunda posição. Isso mesmo, Ru-bens-Bar-ri-chel-lo no pódio! O homem é ou não é um alquimista?

terça-feira, 7 de abril de 2009

Schindler, Droverine, Wolverine e um desempregado



E não é que a Lista de Schindler (aquela mesmo, que o Spielberg filmou em 1993) apareceu em uma bilioteca de Sydney esta semana. Com 13 páginas amareladas e 801 nomes e nacionalidades de judeus datilografadas, ela estava no meio de várias notas de pesquisas e recortes de jornais alemães pertencentes ao escritor australiano Thomas Keneally, o autor do livro A Arca de Schindler, que deu origem ao filme. A biblioteca comprou o material em 1996 e não fazia a menor idéia que a lista estava lá.

Falando em cinema e Austrália, parece que eu fui uma das poucas pessoas no planeta que gostou do filme Australia. Não sei se pelo fato de eu ser um entusiasta (leia-se entusiaaaasta) do país e da cultura aborígene, ou por ter assistido sem muita expectativa, mas o fato é que pra mim, um romance filmado num lugar espetacular, cheio de bêbados locais e com pitadas mágicas do Oz, no caso, da Ozzyland, através dos silvícolas locais, funcionou.



Sem contar na atuação do Droverine. Encarnando o típico australiano do interior, o ator Hugh Jackman está bem engraçado no papel do “ogro-cowboy” Drover. Já a minha ex-musa Nicole Kidman decepcionou. Não pelo papel de lady inglesa, mas pela quantidade de botox colocada no lábio. Tratando-se do deserto australiano, a impressão é que ela foi picada pela temível abelha gigante do Outback.



E falando no Droverine, quinta-feira passada o colunista da FoxNews.com Roger Friedman quis dar uma de fanfarão da 25 de março (na verdade, de Chinatown), e escreveu em sua coluna que baixar o filme X-Men Origins: Wolverine foi bem mais fácil do que sair para vê-lo na chuva. O filme, segundo a 20th Century Fox, ainda nem havia sido finalizado (na Austrália só estréia em 29 de abril), e o pirateiro, que escrevia há 10 anos para o site e fez a crítica em cima de uma "cópia" ilegal, foi demitido.



Detalhe: 20th Century Fox e FoxNews.com são propriedades do mesmo dono, o magnata australiano Rupert Murdoch, o dono da News Corp, e sogro da Sarah Murdoch (esta sim, atual musa que volta e meia vem correr aqui em Bronte, onde tem uma mansãozinha de frente para a praia).


É a gata da direita, de cinza.

sábado, 4 de abril de 2009

O melhor esporte do mundo



Esportes como futebol, basquete e golf são bacanas, populares, mas nenhum se compara ao bowling, a popular bocha, o melhor esporte do mundo.

Desde que mudamos para Bronte – tremendo bairro praiano de Sydney – o nobre esporte bochão se tornou a granda mania no Château Elle Macpherson (o nome do nosso apê). Motivo? Nossa varanda não só é de frente para os dois belos gramados do glorioso Bronte Bowling Club, como está tecnicamente dentro da cancha número 1.



Com tamanha proximidade, domingo passado quebramos a barreira invisível entre o château e o clube, e fomos jogar. Que domingo!

Pergunto: qual esporte no planeta você pratica tomando cerveja, fumando charuto, de óculos escuros, usando chapéu Panamá e descalço? Respondo: only bowling (o inglês foi só pela rima).



E não é fácil jogar! O esporte requer muita concentração, um perfeito movimento para lançar a bola e precisão cirúrgica para conciliar curva e força. Mas o mais difícil é fazer tudo isso segurando a bola, o copo e o charuto ao mesmo tempo. Arte pura! Não por acaso a idade média dos frequentadores do Bronte Bowling Club é 63 anos. Precisa ter muita manha e décadas de bagagem para equilibrar tudo isso e ainda fazer a bola se aproximar da branca, que é o objetivo do jogo.



Coincidentemente, eu e o Alê, meu amigo de fé – irmão camarada (e flatmate de château), temos bowling correndo nas veias. Ele é neto do grande Badego, o melhor “bochero” que já passou pelo Piqueri. E eu sou filho do Nacer e neto do Vovô Pedro, dois grandes campeões no Uruguai (devem ter ganho um torneiozinho cada). Talvez por isso, na nossa estréia, jogamos como nunca e bebemos como sempre. Ficamos até amigo de toda a velha guarda do clube, incluindo o Moustache, Bald Head, Teethless, Boxer's Uncle e o Irish da guitarra, entre outros “máits”.



Aqui na Austrália, todo bairro tem um clube de bocha, onde os velhos corneteiros locais se juntam para tomar cerveja mais barata, almoçar com desconto, acompanhar rugby pela TV, deixar os dólares economizados na cerveja e no almoço nas máquinas de poker, participar de bingos, ouvir boa música e fazer um churrasquinho de vez em quando.

É ou não é o melhor esporte do mundo? (Ou será que estou ficando velho?)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Quase lá! (Ah, e antes que yo me esqueça...)



Com gols de Josh Kennedy e Harry Kewell, ontem à noite, em Sydney, a Austrália bateu o Uzbequistão por 2 a 0, praticamente garantido a vaga para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. A seleção só não carimbou o passaporte porque o Bahrein venceu o Catar por 1 a 0 (se tivessem empatado, a Austrália seria a primeira seleção do planeta a se classificar). Agora, os Socceroos - como são conhecidos - só precisam de um empatezinho nos próximos 3 jogos (sendo que 2 são em casa).

Mas vocês, que passaram boa parte dos anos 1980 debruçados em um tabuleiro de Wars, devem estar se perguntando: por que diabos a Austrália está jogando contra Uzbequistão, Bahrein e Catar, se o país fica na Oceania – o terceiro continente à sua escolha? Onde estão Sumatra, Bornéo e Papua-Nova Guiné?



O fato é que o futebol na Oceania é tão fraco, mas tão fraco, que a Austrália optou por se desligar da confederação local e passar para a asiática, pois cansou de golear Tonga, Samoa e Ilhas Cook por 10 a 0, e depois apanhar de times não tão medíocres. Disputando torneios mais fortes (ou menos fracos), o nível da seleção tende a subir.



Mas, na verdade, absolutamente nada disso importa, se do outro lado do mundo, nossos queridos hermanos sobem para La Paz e tomam de 6 da Bolívia, cujo principal atacante é o grosso do Marcelo Moreno, que passou pelo Vitória da Bahia e não chegava aos pés do glorioso Itacaré, o nosso centroavante (leia texto sobre o Itacaré) que ficava injustamente no banco.

Antes que eu me esqueça:

Choooooooooorassss, boludos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Tempestade, cerveja e surf na cidade



Ontem, entre o final da tarde e o início da noite, o céu literalmente desabou. São Pedro (ou Saint Peter, como o zelador celestial deve ser conhecido por aqui), não teve dó e abriu as porteiras do céu.

O resultado foram ventos ensurdecedores e inundações por quase toda a costa de New South Wales (incluindo Sydney), além de muita confusão, mais de 600 chamados de emergência e ondas de quase 5 metros na praias.



Eu e meu amigo Tércio, o chef, estávamos seguros no subsolo da Moncur Cellars, loja de vinhos em Woollahra, participando de uma degustação de cerveja conduzida pelo mestre Neil Whittorn, o cervejeiro da Matilda Bay Brewery, tremenda cervejaria de Western Australia.

Das 7 que tomamos, destaques para a Redback Original, cerveja absolutamente perfumada e com um gostinho de banana (isso mesmo, banana!) sensacional; e para a incrível Fat Yak Pale Ale, que tem uma pegada cítrica e é simplesmente fantástica.



Além disso, tivemos a oportunidade de cheirar diversos maltes como Pale, Cascade e Wheat, e foi assustador descobrir que o aroma destes parceiros do lúpulo - que dão origem à nossa gloriosa cerveja - é o mesmo das rações de cachorro.

Mas o mais impressionante mesmo ocorreu agora a pouco, quando vi que a chuva foi tanta, mas tanta, que as águas da Sydney Harbour estavam com ótimas ondas para o surf.

É verdade! Às 8 da matina, tecnicamente dentro da cidade (e cercados por tubarões), havia gente pegando onda. Isso é Austrália!


Photo by Aquabumps